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S.

INÁCIO: homem em caminho


“Inácio seguia o Espírito, não se adiantava a Ele. Deste modo era conduzido
serenamente por onde não sabia.
Aos poucos o caminho se lhe abria e o percorria sabiamente
ignorante, colocando, simplesmente, seu coração em Cristo” (Nadal,
diálogos 1).

Na pessoa de S. Inácio encontramos claramente um processo de crescimento.


E não vamos pensar que se trata de um processo todo programado para obter
frutos pré-estabelecidos.
A definição de peregrino, que ele mesmo se aplicou no fim de sua vida,
comporta certa dose de riscos e de ignorância quanto ao êxito final.
O peregrino é um homem livre, que gosta de cada passo em cada momento e sofre por isso, que
não se acomoda num determinado lugar, que está sempre na expectativa da novidade.

Na pessoa de S. Inácio há um caminho interior que nos ensina muitas coisas.


É alguém que não tem medo de si mesmo, capaz de olhar para si em todos os
aspectos e dar-se conta do que está acontecendo. Com o passar do tempo,
tornar-se-á capaz de reconhecer a ação de Deus.
Desenvolverá uma enorme capacidade de reconhecer e aceitar o momento
presente para identificar o próximo passo possível e pôr mãos à obra.
No nosso pessoal processo espiritual devemos também desenvolver esta
capacidade de ver quem somos nós e onde estamos sem o temor de nos
defrontarmos com respostas desagradáveis.
Somente partindo da realidade de nós mesmos, que é sempre uma realidade
encoberta e limitada, poderemos crescer como peregrinos para um ponto que
progressivamente se mostrará sempre mais claro.
A mensagem de S. Inácio, como homem que experimentou um caminho
interior, é impressionante, e nos convida a desenvolver hoje tais atitudes:
- o discernimento dos espíritos e o exame de consciência, o itinerário dos Exercícios Espirituais;
- o testemunho de sua vida e a liberdade com a qual subordinava os fins intermediários a uma única
meta mais importante;
- o respeito pelas pessoas com as quais tratou e formou;
- o integrar em Deus as várias etapas vividas e o abrir-se ao que virá...
Caminhando na escola de Inácio não se resolvem todos os problemas da vida e
do amor humano, mas se adquire este processo interior e esta linguagem, que
permite um diálogo mais sereno consigo mesmo, com Deus e com os outros. Ser
homem ou mulher “espiritual” é deixar-se conduzir a cada dia pelo Espírito de
Deus, que anima a luta em busca do “novo céu e da nova terra”, que leva a inserir-
nos na trama humana e a assumir o risco da história.
Nesse sentido, a espiritualidade inaciana é um caminho estreitamente ligado à
vida concreta.
Deus nos chama a cada dia para o desconhecido, para o novo; Deus nos tira de casa, nos
faz
sair do que é nosso, da segurança, da comodidade... e nos faz entrar numa “terra nova”...
Ao “deixar-se conduzir” cada pessoa vai construindo seu caminho, único, original,
sagrado...

Não há dois caminhos iguais


Em um dos seus raros escritos, o sábio sufi Hafir comenta a busca espiritual:
“Aceite com sabedoria o fato de que o Caminho está cheio de contradições.
O Caminho, muitas vezes, nega-se a si mesmo, para estimular o viajante a descobrir o
que existe além da próxima curva.
Se dois companheiros de jornada estão seguindo o mesmo caminho, isto significa que
um deles está na pista falsa
Porque não há fórmula para se atingir a verdade do Caminho, e cada um precisa correr
os riscos de seus próprios passos.
Só os ignorantes procuram imitar o comportamento dos outros.
Os homens inteligentes não perdem seu tempo com isto, e desenvolvem suas
habilidades pessoais;
sabem que não existem duas folhas iguais numa floresta de cem mil árvores; não
existem duas viagens iguais no mesmo Caminho”.

Texto bíblico: Mc. 10,46-52

Na oração: Seja alguém de partida a fim de chegar. Peregrinar é


a maneira adequada de se descobrir e crescer.
Amplia a visão sobre a vida e aprofunda o conhecimento de seu mistério.
A peregrinação ativa e revela a escondida nobreza em cada pessoa.
Em Deus você encontra repouso; o Senhor o conservará em movimento e
plasmará caminhos novos no íntimo de seu coração, onde, como farol, estabelece sempre divina morada.

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