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É necessário aprender a ler a cidade com os olhos caridosos, pacientes, misericordiosos, amigos, fecun-
dos, cordiais.
É preciso reconhecer o bem profundo que habita o coração de tantas pessoas da cidade e a ânsia ou
a necessidade de Deus que, consciente ou inconscientemente, existem em muitos. É necessário sentir a
força da ação do Espírito em cada canto da cidade e em cada rosto
anônimo que encontramos.
Este é um momento propício para que os cristãos coloquem suas vidas a serviço
do surgimento de uma nova cidade. Estará próxima a “Jerusalém celeste?”
Em todas as partes brotam as sementes de um Reino novo...
A história da salvação, na primeira página da Bíblia, começa no Jardim
do Paraíso, no qual irrompe o pecado, e termina, em sua última página,
na “santa cidade Jerusalém”, aquela cidade que já não conhece a morte,
as lágrimas, o pranto e a tribulação; tampouco precisa de templo, porque
foi constituída como a morada de Deus entre os homens.
A cidade é o lugar por excelência do discernimento, porque é o
crisol da humanidade, o espaço de decisão onde se constrói o futuro
comum. Lugar da política, da cultura, da educação, da saúde... onde
se forjam as mentalidades, as solidariedades.
Nas associações solidárias são numerosos os cristãos que trabalham,
“homens e mulheres para e com os demais”.
A terceira linha básica da espiritualidade das “cidades-deserto” em que vivemos há
de ser
a necessidade de favorecer a presença dos profetas e mestres, de modo que sua escuta
nos faci-
lite o acesso ao Mistério Trinitário no marco de uma cidade fraterna e humana.