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O estabelecimento dos valores e dos contra-valores

Valores e sociedade actual*

* Maria Pereira Coutinho1

Falar ou escrever sobre “valores” e, mais ainda, sobre “quem


estabelece os valores e os contra-valores” não é tarefa fácil, sobretudo
quando se pensa na sociedade actual, numa sociedade em profunda e
acelerada mutação e na qual a palavra “crise”, hoje exaustivamente
repetida, se refere, fundamentalmente, a uma crise de valores.
É, porém, neste contexto, repleto de dificuldades e de
complexidades, mas também de desafios, que, movidos por um optimismo
que se nos apresenta como obrigatório e do qual não podemos, por isso,
fugir impunemente, que ouso não dar uma resposta, mas reflectir sobre este
problema, centrando a atenção naquilo que, no estabelecimento de valores,
está em jogo, isto é, na dignidade da pessoa.
Esta minha comunicação centra-se em três pontos: 1. a crise de
valores na sociedade actual; 2. valores e sistemas de valores; 3. origem dos
valores. Terminarei com uma breve conclusão.

1. A crise de valores na sociedade actual

É, precisamente, a partir dos novos desafios colocados ao homem


contemporâneo que se está a repor a pergunta sobre os fins últimos com o
objectivo de encontrar sentido para a existência, no seu todo, e, em
particular, para a acção humana, tanto na sua dimensão individual como
colectiva.
Fruto da crise da racionalidade moderna, nomeadamente do
desenvolvimento científico e tecnológico e das propostas da pós-
modernidade, estamos vivendo um tempo em que é notória uma crise que é
fundamentalmente uma crise de esperança, tanto mais quanto está em
questão o futuro da espécie humana e se está a instalar uma imagem
negativa do homem.
Caracterizado pela perda de sentido para a vida humana, controlada
por aquele desenvolvimento e ao qual não são alheios, prioritariamente, os
interesses económicos, o homem tornou-se, como dizia Herbert Marcuse, o
acessório da máquina produtiva e do aparelho de dominação. A razão
tornou, deste modo, o homem num prisioneiro.
1
Professora Auxiliar com Agregação da Universidade Nova de Lisboa

1
Esta perda de sentido é acompanhada pela tendência em rejeitar o
Absoluto e em afirmar o relativismo em todos os domínios: ciências
humanas, meios de comunicação social, política, arte, literatura, teatro, etc.
Entendido como Deus, como Homem (Kant considerava que o
homem é o lugar que determina o sentido de tudo) ou como Razão, o
Absoluto tem vindo a ser rejeitado, dando lugar à afirmação do relativismo
que se opõe ao universalismo dos valores.
As próprias ciências humanas tentam mostrar-nos que os valores são
apenas o resultado, num dado momento histórico, das relações de força e
de cooperação entre os diferentes grupos constitutivos da sociedade. As
suas propostas, dominadas por uma antropologia utilitarista, vão no sentido
de o homem, nas suas acções, procurar, em primeiro lugar, o prazer, pondo
de lado a questão do Bem.
No que se refere aos meios de comunicação social, estes veiculam
uma imagem publicitária do humano, através dos valores ou contra-valores
que apresentam, apostando no culto da imagem e na glorificação do
espectacular e do imediato.
A política, que quis assumir-se como promotora de valores, ficou,
apenas, ao nível da cidadania e do civismo, apregoando, hoje, como fonte
de legitimação, o consenso que começa, todavia, a ser percebido como
mera retórica.
Passando para a literatura, para a arte figurativa, para o cinema e para
o teatro, o que domina é, como refere J. Ratzinger, uma visão negativa do
Homem.
E, a uma sociedade que não é gerida pelos pilares modernos, que já
não sabe que modelos permanecem, partilhando das características da pós-
modernidade, resta-lhe, apenas, gerir o pluralismo (o que supõe gerir a
laicidade e gerir a democracia): a laicidade que desabrocha numa
racionalidade inquieta e crítica que mantém aberto o espaço do pluralismo
secularizado, contrário ao endoutrinamento; a democracia que, com a sua
preocupação em torno da vontade geral, viabiliza o relativismo de valores.
Mesmo quando, através dos media, se fala em valores democráticos, tal não
significa senão um discurso vazio; todos os valores se relativizam.
Refira-se que, hoje, o relativismo tende a ser vivido em conexão com
os anseios de auto-realização pessoal e de autenticidade, fundando-se no
respeito pelo outro. Defende-se que cada um tem os seus valores e que é
impossível argumentar em relação aos mesmos, não se devendo julgar os
valores do outro; a cada um pertence a eleição da sua vida, tendo cada um
direito a desenvolver a sua própria vida, fundada no sentido que cada um
dá àquilo que tem ou não tem valor.
Encontramo-nos perante uma sociedade marcada não pela busca da
certeza, na qual os valores parecem assegurados, mas perante uma
sociedade votada à gestão da incerteza, na qual os valores se apresentam

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como relativos. Trata-se de uma relativização difusa dos valores que
conduz a uma banalização das orientações e das decisões a tomar, uma vez
que tudo é provisório e passageiro.
Esta situação, visível no âmbito sexual, na violência, na concepção
da auto-realização, na concepção da justiça, etc., vem-se, porém, tornando
problemática.
Não podemos, contudo, esquecer que, como refere O. Fullat, a par da
hermenêutica da pós-modernidade, continuam, ainda, a adoptar-se outras
hermenêuticas: a hermenêutica da pré-modernidade na qual tudo gira à
volta do Absoluto, entendido como Deus Encarnado, e a da modernidade,
em que acaba por prevalecer a ideia de que o Absoluto é o Homem e, a
seguir, a Razão.

2. Valores e sistemas de valores

Da análise que, embora muito sucintamente, acabamos de fazer, da


sociedade actual em relação aos valores, algumas questões se colocam: em
primeiro lugar, o que é valor e quem confere a qualidade de valor àquilo
que é aceite como tal; em segundo lugar, se aquilo que é reconhecido como
valor pode ser universalizado e por quem.
Etimologicamente, valor provém do verbo latino valere que significa
“gozar de boa saúde”, “passar bem”, “ser forte”, “ser corajoso”, e do grego
axios, que significa “aquilo que vale”.
Embora os filósofos antigos tenham já percebido a sua importância,
sob os nomes de Bem, de Perfeição, a noção de valor emergiu,
progressivamente, na filosofia moderna, desde o século XVIII, revestindo-
se, hoje, de uma importância primordial.
Adam Smith foi o primeiro a usar a expressão valor, distinguindo
entre o “valor de uso” e o “valor de troca”. Da economia, a expressão
transitou passou para o mundo da moral e da filosofia, com relevo para o
filósofo alemão Rudolf Lotze (1818-1881) que distinguiu realidade,
verdade e valores, mundos a que corresponderiam as seguintes conexões:
causais, de sentido e de fim. Este modelo foi adoptado por Heinrich Rickert
e pela Escola neo-kantiana de Baden.
Para Rickert (criador da chamada “filosofia dos valores” e inspirador
da sociologia de Max Weber), os valores não existem, mas valem. São
valores de verdade, valores morais, estéticos e religiosos. Na sua
perspectiva, os valores, apesar de serem um a priori teorético-cognitivo,
não são considerados nem como puramente subjectivos, nem como
arbitrários. Os valores não estão para além da realidade, uma vez que a
penetram, atravessando-a como a luz que passa através de certos corpos
translúcidos.

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A cultura apresenta-se, assim, como uma região intermédia que vai
da natureza (aquilo que, na realidade, se apresenta como geral) até aos
valores, constituindo uma realidade referida a valores, sem se confundirem
com a ideologia que apenas joga com elementos apriorísticos, subjectivos e
arbitrários. A cultura, tratando de valores ligados aos fenómenos, não os
inventa, apenas os recolhe, devendo revestir-se de um interesse geral, ser
reconhecidos e aceites pela comunidade.
Os valores não existem antes de ser praticados. Assim, é preciso que
alguém, culturalmente, comece a vivê-los. Paul Ricoeur salienta que os
valores, mesmo vividos por poucas pessoas, se propagam através do
conceito de identificação, no sentido de terem a mesma qualidade humana.
Contudo, os valores não são somente reais quando se encontram
realizados através da actividade de certos homens; eles são-no também
porque eles, à sua maneira, integram factos que se impõem ao homem para
o dirigir antes de qualquer realização. Daí o interesse na descoberta dos
verdadeiros valores para a existência.
Os valores são o objecto de uma preferência subjectiva, não
egocêntrica, mas em vista de um fim considerado digno de ser prosseguido.
Os valores dão, assim, sentido à vida; a perda dos valores é uma perda de
sentido.
Como refere L. Lavelle, em Traité des valeurs, aquilo que é próprio
de um valor é que ele não é nem dado como um objecto, nem pensado
como um conceito; ele é querido e é porque é querido que pode ser
contestado. É neste sentido que a teoria dos valores procura, precisamente,
algo que pode ser querido absolutamente, isto é, por todo o lado e sempre,
revestindo, contudo, sempre, aqui e agora, formas particulares.
O valor supõe uma vontade livre, isto é, uma vontade que se pode
determinar a ela própria sobre um objecto da sua escolha. Lá onde reside o
valor verdadeiro, a aspiração da vontade, longe de ser limitada pela posse
de um objecto, encontra uma satisfação que a enche e que alimenta,
indefinidamente, o seu próprio movimento; em vez de o suspender,
descobre o infinito no finito.
Para Adela Cortina, é a região ôntica e natural do homem que o leva
não só a conhecer, mas também a saber que conhece; não só a possuir-se
(pela sua liberdade), mas também a poder entregar-se ao outro (sem estar
obrigado a isso); não só a viver dentro de si, mas também a entregar-se
abertamente à comunhão com os demais. Isto significa que o homem é
capaz, pela sua própria natureza, de aderir a valores, de possuir a sua
liberdade, de ser considerado como um ser moral, de tal modo que é
conduzido para o bem por si mesmo e não por outros.
Michel Renaud afirma que, estando relacionados com o agir, o agir
do indivíduo ou do grupo, agir consciente ou agir transformado em hábito
social, os valores são afectados pelo carácter contingente do agir, ficando

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na dependência do agir que os actua, que lhes confere uma existência real.
Princípios fundadores e reguladores da essência do juízo e das acções dos
membros de uma comunidade, os valores são ideais que motivam o agir de
tal ou tal maneira mais do que de outra; são o que “vale” a pena viver,
aprender, trabalhar, arriscar, sofrer, etc.; são referências que orientam as
convicções e os comportamentos. O valor refere-se à motivação do agir, ao
passo que o seu conteúdo implica a presença implícita de um princípio de
hierarquização. Tal como a existência se vive numa multiplicidade de
dimensões, assim há, também, uma pluralidade de campos de valores que é
vivida, não à maneira de uma justaposição, mas a partir de um princípio de
hierarquização unificadora. Há um valor porque existe um princípio de
preferência e de hierarquização, sendo o Bem aquilo que constitui o
respeito pela própria hierarquização dos valores do agir.
Quanto ao sistema de valores, este é a expressão daquilo que nós
somos e da nossa relação com a vida. Situados numa perspectiva
ontológica, sendo a Vida o valor dos valores, um sistema de valores não é
outra coisa senão a configuração conceptual da maneira como nós
representamos o que para nós tem sentido.
Assim, para Michel Henry, o verdadeiro nome da crise de valores,
que atravessa a nossa civilização, chama-se “doença da vida”. E, quando
esta doença atinge uma civilização, esta orienta-se para a barbárie. Esta
doença desenvolve-se em práticas marcadas pela projecção na evasão, na
fuga de si.
A sociedade moderna actual é fundamentalmente uma sociedade
pluralista, isto é, constitui-se a partir de um confronto permanente entre
diferentes cosmovisões; não tem um único sistema de valores.
Fruto, sobretudo da globalização, existe, no interior de cada
sociedade, um pluralismo inter-cultural que convive, contudo, com uma
tendência de homogeneização das sociedades relativamente ao domínio de
certos valores (consumo, direitos humanos, etc.).
Michel Renaud chama a atenção para o facto de não nos devermos
espantar com o fluxo e o refluxo dos valores, como se isso fosse uma
descoberta dramática dos nossos tempos. É que, apesar do carácter
eventualmente absoluto do seu conteúdo, os valores não têm uma
existência universal, uma vez que são afectados pelo carácter contingente
do agir e da cultura em que o agir se insere; ficam na dependência do agir
que os actua e lhes confere uma existência real. Os valores são universais
(em compreensão), a priori, contendo algo de absoluto; e são históricos,
culturalmente situados, perecíveis, relativos e mutáveis.
Contudo, este seu carácter mutável não apaga, salienta Michel
Renaud, aquilo que, no valor, se encontra como proposta de conteúdo
absoluto, pertencendo ao ser humano descobrir, de modo culturalmente
situado, o que na acção supera a acção.

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3. Origem dos valores

Na perspectiva da modernidade, o problema da origem dos valores


não se situa na tradição nem em qualquer outra instância fora da livre
conquista exercida pelo homem sobre o seu próprio processo de
personificação, conduzindo à efectivação do ideal de uma civilização da
razão.
A modernidade trouxe-nos, como ponto essencial do seu ideário, a
noção de progresso linear. Este, elevado a dogma (um dogma redutor),
acabou por fechar, num círculo de ferro, a visão axiológica.
Nietzsche, que usa a expressão valor como equivalente do conceito
clássico de Bem, considerava que o racionalismo moderno tinha aberto as
portas ao relativismo. Entendendo poder contribuir para uma “reviravolta
nos valores”, faz um diagnóstico sobre a sua época e sobre o tempo a vir,
estabelecendo uma crítica à hegemonia que a modernidade instalou.
Os pós-modernos, liderados por F. Lyotard, desacreditam a razão
moderna, considerando-a como uma grande ilusão e como vilã dos terríveis
desastres praticados em nome da ciência e do progresso. Em relação aos
valores, na pós-modernidade, estes tornam-se mais fluidos, levando-nos à
afirmação de que nos encontramos perante um vazio axiológico que a razão
teórica, minada pela crítica e pelo cepticismo, jamais pode encher.
Considerando que a verdade definitiva não existe, não há verdadeiro fim a
prosseguir, não há fim universalmente justo; cada um estabelece, assim, os
seus valores.
Encontramo-nos perante a sobrevalorização do provisório e do
passageiro; Deus ou as grandes narrativas jamais podem fundar o bem
social. E, numa perspectiva intercultural do relativismo, os critérios morais
dependem das diferentes culturas, de modo que só pode decidir-se o que é
justo e bom se nos situarmos no interior de cada cultura, assumindo que
vale unicamente para ela.
Passando para a perspectiva pragmático-transcendental, muito em
voga, actualmente, considera-se que o estabelecimento dos valores deve
acontecer no discurso argumentativo, através de uma reflexão pós-
convencional.
São importantes as vivências subjectivas de valores, a experiência
dos indivíduos, nas quais estão também presentes elementos de sentido,
modelados historicamente nas vertentes mais antigas do agir social. São
importantes também estruturas mais complexas que pressupõem uma
objectivação do sentido subjectivo do agir social, a fim de o indivíduo fazer
conexões lógicas e dar início ao controlo de sequências diferenciadas de
acção.

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Michel Renaud, referindo-se ao “círculo hermenêutico”, salienta o
facto de, no primeiro momento, o valor implicar uma escolha, uma opção,
uma decisão em seu favor. Nesta decisão, existe algo de a priori, uma vez
que não é possível deduzir tal opção de modo inteiramente racional (pois
pode situar-se ao nível da vivência).
À medida que o valor se exprime no agir e ganha força, numa
existência concreta, torna-se objecto de reflexão. Esta reside, então, na
compreensão do modelo existencial que se perfila por detrás do valor ou,
mais exactamente, no tipo de figura vivida que o valor inspirou à
existência.
A inovação existencial do valor tematizou-se conceptualmente e o
valor passou a existir no conjunto das propostas de sentido que, desde
então, se propõem a todas as formas semelhantes do agir. Neste sentido,
quem inventa os valores são os primeiros que os vivem. Só depois são
codificados; daí a nossa responsabilidade perante eles.

Conclusão

1. A problemática dos valores é uma problemática complexa e


difícil; sobre ela não há consenso, mas é fundamental e faz parte dos mais
prementes desafios colocados ao nosso tempo. A sociedade necessita de
sistemas de valores que orientem a vida dos homens em relação às ideias de
Bem e de Mal, as quais têm repercussões a nível individual e a nível da
coesão social.
Constituindo os valores, a cada momento, a trama da educação
reveste-se de enorme importância. Relacionada com o novo contexto em
que vivemos e com a sua ambiguidade, a educação deve funcionar como
estimuladora de uma nova consciência axiológica. É que todo o valor
designa um ganho e exige um sacrifício que tem de ser livre e não forçado,
justificado e não cego, cheio e não vazio.
2. Existe, porém, no nosso tempo, uma grande dificuldade em pensar
os valores. Esta dificuldade resulta de uma dupla decepção: uma, a respeito
do universalismo optimista do Iluminismo, mesmo adoptando a posição de
Habermas segundo a qual a razão, forjada pelas Luzes, encontra, no próprio
coração da comunicação intersubjectiva, a garantia da sua própria
legitimidade; outra, a respeito de um relativismo que se quis crítico e lúcido
e que se definiu como pós-moderno, mas em relação ao qual nos
apercebemos já dos próprios limites.
De facto, a esperança do Iluminismo não se concretizou e as
propostas da pós-modernidade não se têm saldado numa maior felicidade
para os homens e para as sociedades. As consequências manifestam-se no
subdesenvolvimento, na distribuição da riqueza e do trabalho, na ecologia,

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nos direitos humanos, na violência, na falta de ética nas instituições e na
política.
Estamos, assim, vivendo as consequências da desconstrução de
valores, operada no século XX, que se saldou num relativismo de valores,
conduzindo a uma profunda transformação das condições da vida humana,
lançada numa crise de sentido sem precedentes na história.
3. É que a dignidade humana, como valor máximo, enquanto atributo
que se predica, universalmente, de todo o ser humano, independentemente
das suas características físicas e das suas manifestações individuais, não
pode ser relativizada, sem ir contra o próprio fundamento de uma “ética
mínima”.
Apesar da dificuldade em defini-la, a dignidade humana não é algo
que se tem, mas algo que se “predica” do ser. A dignidade humana, embora
ligada à vulnerabilidade humana, é a força intrínseca dessa vulnerabilidade,
constituindo o seu carácter inviolável.
Deste modo, nos valores, deve descobrir-se a sua relação à realidade,
descobrir-se quais são os verdadeiros valores da existência. Mas, para isso,
não é suficiente o conhecimento teórico de tipo científico; é necessário que
o homem se ultrapasse a si próprio e se dirija para o Transcendente
fundamental que é o Absoluto.
Neste sentido, e sabendo que podemos encontrar esta problemática
nos pensadores contemporâneos, nomeadamente, em Max Scheler, Jean-
Paul Sartre, E. Lévinas e Paul Ricoeur, João Paulo II, em Memória e
Identidade, considera que há, na Humanidade, uma aspiração pela
Redenção, confirmando-se, assim, a necessidade de um Redentor para a
salvação do homem. Na resposta aos desafios, presentes na sociedade de
hoje, é urgente ter-se isto em consideração.

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