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Centro de Excelência em Tecnologia e Manufatura

Maria Madalena Nogueira

ELETROTÉCNICA

SENAI-CETEM
AV. Amazonas, 55 – CENTRO
BETIM – MG – Cep. 32650-720
Tel. 31-3594-1000 – E-mail: cetem@fiemg.com.br

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Eletrotécnica/ Curso de Eletrotécnica
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Presidente da FIEMG
Robson Braga de Andrade

Gestor do SENAI
Petrônio Machado Zica

Diretor Regional do SENAI e


Superintendente de Conhecimento e Tecnologia
Alexandre Magno Leão dos Santos

Gerente de Educação e Tecnologia


Edmar Fernando de Alcântara

Elaboração
Equipe CETEM

Edição: Maio 2007

Unidade Operacional
Centro de Excelência em Tecnologia e Manufatura Maria Madalena Nogueira

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Eletrotécnica/ Curso de Eletrotécnica
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1 - INTRODUÇÃO

Histórico: O estudo da eletricidade iniciou-se na Grécia antiga, quando um pastor


percebeu que seu cajado era atraído por uma pedra de âmbar (eléktron em
grego). O estudo do fenômeno comprova a existência das cargas elétricas.

Eletricidade: Fenômeno natural do movimento das cargas elétricas.

Matéria: Tudo que ocupa lugar no espaço e possui massa.

O átomo

Para melhor entendimento da energia elétrica e seus fenômenos,


procuremos entender primeiro a constituição da matéria. Conforme a teoria
atômica, qualquer substância (madeira, ferro, cobre, etc.) é composta de átomos.
Portanto, átomo é o elemento básico que constitui a matéria.

Os átomos possuem dimensões reduzidíssimas e são basicamente


constituídos de partículas, e segundo a teoria atômica são classificados de:
• Núcleo, composto por prótons e nêutrons, é onde se concentra a
massa de átomo.
• Elétrons, partículas com carga elétrica negativa, que giram em torno
do núcleo com alta velocidade.
Os prótons possuem carga elétrica positiva, os nêutrons possuem carga
elétrica neutra e os elétrons possuem carga elétrica negativa. As cargas elétricas
iguais se repelem e as cargas elétricas diferentes se atraem. Os elétrons são
atraídos pelo núcleo, que tem carga elétrica negativa, porém não chegam a se
encostar a ele, pois a aceleração centrípeta do elétron cria uma força que se
equilibra com a força de atração do núcleo.
Se os prótons possuem carga elétrica positiva e o núcleo é formado por
prótons, é natural questionar por que não existe uma reação mútua entre eles de

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forma que se repelissem. Isso não acontece devido aos nêutrons, que equilibram
a massa do núcleo, evitando tal reação.
A figura abaixo ilustra a ação (campo elétrico) das forças de ação e repulsão
das cargas elétricas:

Existem regiões nos átomos onde os elétrons podem se posicionar, que são
chamadas camadas.
A força de atração do núcleo em relação ao elétron varia conforme distância
entre os dois e quanto maior a energia do elétron, maior será sua distância em
relação ao núcleo, por isso podemos concluir que as camadas representam
também, a quantidade de energia do elétron.
Quando o elétron recebe energia (quantum), se desloca para uma camada
ou órbita mais externa e quando perde energia (fótons), se desloca para uma
camada mais próxima do núcleo.
Resumindo, quanto mais afastado do núcleo estiver o elétron, menor será a
força de atração entre eles e, conseqüentemente, quanto mais próximo maior a
força de atração.
A camada mais externa do átomo recebe o nome de camada de valência, e
o elétron que a ocupa também recebe o nome de elétron de valência ou elétron
de condução a até elétron livre. O elétron mais próximo do núcleo recebe o nome
de elétron planetário.
As cargas elétricas que se deslocam são somente as cargas negativas,
sendo que as cargas positivas são estáticas.

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Seguindo essa relação entre camadas e força de atração, podemos definir


os seguintes materiais elétricos: isolantes, condutores e semicondutores.

Condutores: os elétrons mais distantes do núcleo são atraídos muito fracamente,


em conseqüência, possuem maior facilidade em se deslocarem para uma órbita
mais externa. O elétron da última camada, quando recebe uma quantidade de
energia (quantum), em forma de luz, temperatura ou outra, se torna um elétron
livre. Resumindo, os elétrons mais distantes do núcleo, em especial os da última
camada, têm maior facilidade em se desprenderem do átomo.
Como a eletricidade é o movimento das cargas elétricas (negativas), é
fácil deduzir que os condutores são os materiais que têm facilidade
para permitir o movimento de cargas elétricas. Exemplos de materiais
condutores: ouro, prata, cobre alumínio, zinco, etc.
O cobre, por exemplo, possui 29 elétrons. Fazendo sua distribuição
eletrônica poderemos perceber que na última camada restará apenas
1 elétron, que estará mais distante do núcleo.

Os bons condutores são materiais que têm facilidade em doar


elétrons, permitem com facilidade o movimento de cargas
elétricas.

Isolantes: são materiais que possuem elétrons mais próximos do núcleo. Esses
materiais têm dificuldade em permitir o movimento de cargas elétricas. Quando
fazemos a distribuição eletrônica de uma material isolante perceberemos que sua
camada de valência conterá entre 5 e 8 elétrons.
Exemplos de materiais isolantes: borracha, mica, plástico, porcelana, etc.

Os isolantes ou mau condutores são materiais que não permitem


o movimento de cargas elétricas, ou permitem com dificuldade.

Semicondutores: são materiais que podem ser isolantes ou condutores


dependendo da forma como se interligam. Possuem 4 elétrons na camada de
valência. Têm enorme aplicação na eletrônica. Exemplos de semicondutores:
silício, germânio, arsênio, etc.

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O esquema a seguir resume a relação entre esses materiais elétricos e a


quantidade de elétrons em suas camadas de valência.

N. º de elétrons na camada
Material
de valência.
Isolantes 1a3
semicondutores 4
Condutores 5a8

Íons

Os átomos são encontrados na natureza eletricamente equilibrados, ou seja,


possuem a mesma quantidade de prótons e elétrons, esses átomos são
chamados átomos neutros. Os átomos que possuem números diferentes de
cargas positivas e negativas são chamados íons ou átomos desequilibrados.

Quando um átomo perde um elétron, ele se torna carregado positivamente,


sendo denominado íon positivo ou cátion. Quando ganha um elétron, ele se torna
carregado negativamente, sendo denominado íons negativos ou ânion.

2 - GRANDEZAS ELÉTRICAS

Tensão e Corrente elétrica

Vamos considerar o material equilibrado da figura abaixo. Ao observarmos,


notaremos que sua quantidade de elétrons é igual à quantidade de prótons.

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Causaremos um desequilíbrio elétrico nesse material, por exemplo, nos


átomos das extremidades. Retiraremos 1 elétron da extremidade da direita e
acrescentarmos outro elétron no átomo da extremidade esquerda.

Notemos agora que existirá uma diferença entre os potenciais elétricos do


material. A extremidade esquerda estará com uma carga negativa de 1 elétron e a
extremidade direita estará com uma carga positiva de 1 elétron. Essa diferença é
chamada de d.d.p. – diferença de potencial.

Como existe agora a diferença de potencial, e as cargas diferentes se


atraem, existirá, então uma força de atração que tenderá a manter o equilíbrio
elétrico no material. Essa força é chamada f.e.m. – força eletromotriz.

O elétron se deslocará, então, até a extremidade que falta um elétron, para


manter o equilíbrio elétrico.

A diferença de potencial (d.d.p.) e a força eletromotriz (f.e.m.), apesar de


serem fenômenos distintos, podem ser considerados como a mesma grandeza:
tensão elétrica.

Tensão elétrica é a força que impulsiona ou movimenta os


elétrons.

Ao movimento do elétron em busca de equilíbrio elétrico no material


chamamos de corrente elétrica.

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Corrente elétrica é o movimento ordenado dos elétrons em uma


unidade de tempo.

A tensão elétrica pode ser comparada a diferença de nível entre a água do


dique e a do vale (diferença de pressão), como mostra a figura abaixo:

A corrente a elétrica pode ser comparada com a água que escoa do dique
para o vale. Somente haverá fluxo de água se houver um desnível de pressão. Da
mesma forma, somente haverá corrente elétrica se houver d.d.p. – tensão
elétrica.

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Unidades de medidas

A tensão elétrica é representada pelas letras V, E ou U. E sua unidade de


medida é o Volt, que é representada pela letra V. Exemplo: “A tensão residencial
em Minas Gerais é de 127V (127 volts). As tensões industriais podem ser 220V,
380V, 440V e 760V”.
Quando nos referimos à grandeza elétrica, dizemos tensão elétrica quando
nos referimos à unidade de medida, dizemos Volt. Portanto, é incorreto dizer
VOLTAGEM.

A corrente elétrica é representada pela letra I e sua unidade de medida é o


Ampére, que é representada pela letra A. Exemplo: “A corrente do motor da
lixadeira é de 1,33A O chuveiro tem corrente de 34A”.
Da mesma forma que a tensão, é incorreto dizer AMPERAGEM.

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Resistência Elétrica

A corrente elétrica ao atravessar um determinado material, encontra


algumas dificuldades e obstáculos. Que podem ser:
Área: quanto maior a área do condutor, menor será a dificuldade da corrente
elétrica em percorrer o material, e vice-versa.

Comprimento: quanto maior à distância que a corrente elétrica deve


percorrer, maior será sua dificuldade em atravessar o material.

Tipo do material: já vimos que a quantidade de elétrons do átomo influencia


diretamente sobre sua capacidade de ser um bom ou mau condutor. Como cada
material tem uma quantidade diferente de átomos, podemos dizer que cada um
deles apresenta uma dificuldade diferente a passagem da corrente elétrica.

Essa dificuldade oferecida pelo material à passagem da corrente elétrica é


chamada de resistência elétrica.

Resistência elétrica é a dificuldade oferecida por um material a


passagem da corrente elétrica.

A unidade de medida da resistência elétrica é o Ohm, em homenagem ao


cientista que a estudou, George Simon Ohm. O Ohm é representado pela letra
grega ômega - Ω.

Exemplo: “O chuveiro tem resistência de 3,66Ω”.

Existem alguns componentes elétricos que utilizam a resistência para


executar uma determinada função. Geralmente transformam a energia elétrica em
energia luminosa ou energia térmica, podemos dizer que essa é uma das
finalidades básicas desses componentes.
Tal componente é denominado resistência ou resistor, e sua função é limitar
o valor da corrente elétrica. Todo resistor limita a resistência elétrica, mesmo que
sua função em um determinado circuito não seja essa. Quando um resistor limita
a corrente elétrica, ele dissipa a energia transformada em forma de calor que em
alguns casos pode gerar luz.

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Resistor ou resistência é um componente elétrico que tem por


finalidade limitar o valor da corrente elétrica.

Os símbolos do resistor são:

Alguns exemplos de resistores:

Instrumentos de medidas

Toda grandeza pode ser medida. Os instrumentos utilizados para medições


de grandezas elétricas são:

Grandeza elétrica Unidade de medida Instrumento de medida

Tensão elétrica Volts Voltímetro V

Corrente elétrica Ampére Amperímetro A

Resistência elétrica Ohm Ohmímetro Ω

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Além desses instrumentos, existem outros que medem a mesma grandeza,


porém em escalas diferentes. Exemplo: megômetro, miliamperímetro,
micromímetro, etc.

Para valores elevados, como 13600V (13,6KV) ou 500A, são utilizados


instrumentos de medida indireta. Significa que em vez de medir diretamente
500A, o instrumento mede uma amostra dessa corrente e fornece um valor
proporcional ao valor real.

Um outro instrumento bastante conhecido é o multímetro ou multiteste. Esse


instrumento reúne todos os outros em apenas um aparelho (ohmímetro,
amperímetro e voltímetro).

Lei de Ohm

George Simon Ohm realizou um experimento que demonstrou a relação


entre tensão, corrente e resistência elétrica, através de um circuito simples,
composto de uma fonte de tensão e uma resistência.
Ao ligar uma resistência de 100Ω a uma fonte variável de 0 a 100V e variar a
tensão da fonte gradativamente, notaremos que a corrente elétrica se comportará
da seguinte maneira:

Tensão V 1 20 30 40 50 60 70 80 90 100
Corrente A 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 0,6 0,7 0,8 0,9 1
Resistência 100Ω

Ao observamos a relação entre a tensão e a corrente elétrica, notaremos


que para uma resistência de valor fixo, ao aumentarmos a tensão elétrica, a
corrente aumentará na mesma proporção. Porém se alterarmos o valor da
resistência, por exemplo, dobrarmos seu valor, a corrente elétrica terá variação
proporcional à tensão, mas em seu valor será metade do valor com a resistência
de 100Ω. Veja a tabela abaixo:

Tensão V 1 20 30 40 50 60 70 80 90 100

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Corrente A 0,05 0,1 0,15 0,2 0,25 0,3 0,35 0,4 0,45 0,5
Resistência de 200Ω

Através da análise desses quadros, podemos concluir que a corrente elétrica


aumenta de valor proporcionalmente a tensão elétrica e quando a resistência
aumenta de valor, a corrente diminui.
Depois de realizado o experimento e analisado os dados, Ohm elaborou sua
lei, denominada Lei de Ohm.

Lei de Ohm: A intensidade da corrente elétrica é diretamente


proporcional a variação da tensão elétrica e inversamente
proporcional a resistência elétrica.

A equação matemática que define a lei de ohm é:

V = R× I

Onde:
• V = tensão elétrica em volts;
• R = resistência elétrica em ohms;
• I = corrente elétrica em ampéres.

Exemplo: “Um ebulidor tem uma resistência de 73,3·, quando ligado


consome uma corrente de 3A, calcule a tensão da rede”.

V=73,3Ω x 3A
V=220V

Potência Elétrica

Podemos definir como potência mecânica, o trabalho realizado em um


determinado tempo. Por exemplo, se máquina A consegue trefilar 350t de arames
em 2h e a máquina B consegue trefilar a mesma quantidade em 1h, dizemos que
a máquina B é mais potente que a máquina A, pois realizou o mesmo trabalho em
um tempo menor.
O mesmo princípio se aplica a eletricidade, porém os elementos que
realizam trabalho na eletricidade são os elétrons. A potência elétrica é o trabalho
realizado pelos elétrons em um determinado tempo. Se um determinado
equipamento elétrico tem maior potência que outro, significa que ele realiza um
trabalho elétrico maior em um tempo menor.

Potência elétrica é o trabalho realizado pelos elétrons em um


período de tempo.

A potência elétrica é representada pela letra P.


A unidade de medida mais conhecida é o Watt ( lê-se “vate” ) e é
representado pela letra W, porém existem outras que são bastante usadas:
CV – Cavalo Vapor: 1CV = 736W;
HP – Horse Power: 1HP = 746W;

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J/S – Joule por segundo: 1J/S = 1W.

Para calcular a potência elétrica em circuitos de corrente contínua, ou


circuitos resistivos de corrente alternada, basta multiplicar a tensão pela corrente
elétrica, então temos:

P =V ×I
Onde:
P = potência elétrica em watts
V = tensão elétrica em volts
I = corrente elétrica em ampéres.

Exemplo: “Qual a potência elétrica do motor do limpador de pára-brisas de


um automóvel sabendo que sua tensão é de 12V e sua corrente é 1A”?
P = 12V × 1A
P = 12W

“Qual a corrente elétrica consumida por um chuveiro de 4400W ligado a uma


rede de 127V”?
P 4400W
I= I=
V 127V
I = 34,64A

Efeito Joule

Todo material pode ser percorrido por uma corrente elétrica. Não existe um
isolante perfeito, que impossibilita a passagem de um elétron sequer, da mesma
forma não existe um condutor perfeito, que apresenta 0Ω de resistência à
passagem da corrente elétrica.
Quando uma corrente elétrica atravessa um material, os elétrons dissipam
energia em forma de calor, que na verdade representa a transformação de
energia. Segundo a lei de Lavousier, “Na natureza nada se cria, nada se perde,
tudo se transforma”. Todo material ao ser percorrido por uma corrente elétrica
emite uma quantidade de calor que depende do valor da corrente elétrica e da
resistência do material, pois quanto menor a resistência, maior será a corrente
elétrica. Definimos como lei de Joule, a propriedade dos materiais de, ao serem
percorridos por uma corrente elétrica, aquecerem.

Efeito Joule é a dissipação de calor de um material provocada pela


circulação de corrente elétrica.

Exemplo: Um chuveiro esquenta a água através da lei de Joule. No seu


interior existe uma resistência elétrica que ao ser percorrida por corrente elétrica
se esquenta, aquecendo a água. Quando mudamos a chave seletora para a
posição inverno, a resistência elétrica diminui, por conseqüência a corrente
elétrica aumenta, e aumenta então a quantidade de calor desenvolvida pelo
chuveiro.

A quantidade de calor desenvolvida pelo efeito Joule pode ser calculada pela
seguinte equação:

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Q = I2 x R x t

Onde:
Q: quantidade de calor desenvolvida em j (joules)
I: corrente elétrica
R: resistência elétrica.
T: tempo em segundos

Para calcularmos a quantidade desenvolvida em cal (calorias):

Q = I2 x R x t x 0,24

Onde 0,24 é a constante de transformação de joules para cal.

3 - CIRCUITO ELÉTRICO

A palavra circuito significa caminho fechado, ou seja, aquele caminho que


permite regressar ao ponto de partida logo após ao ponto de chegada. Circuito
elétrico pode ser definido, então, como caminho fechado por onde circulam os
elétrons.

Circuito elétrico é o caminho fechado por onde circulam os


elétrons.

Componentes de um circuito elétrico

Dispositivo de
manobra

Fonte

Consumidor
ou carga

Condutores

Fonte: é responsável por gerar e fornecer tensão elétrica ao circuito.

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Condutor: elemento responsável em conduzir a corrente elétrica pelo


circuito.
Dispositivo de manobra: pode ser um interruptor, chave, seccionador ou
outro componente que tenha por finalidade abrir e fechar o circuito, comandando-
o.
Consumidor ou carga: elemento responsável em transformar energia
elétrica em outro tipo de energia (calor, luz, movimento, etc.). São exemplos de
cargas: lâmpadas, chuveiros, televisores, motores elétricos, computadores, etc.
Continuidade

Para que os elétrons percorram o circuito, é necessário que o mesmo não


esteja interrompido em nenhum ponto, ou seja, é necessário que o caminho
esteja contínuo, saindo da fonte, passando pelo dispositivo de manobra,
passando pela carga e retornando à fonte.

Quando o circuito tem continuidade e a carga está em funcionamento, diz-se


que o circuito está fechado. Quando o circuito está interrompido, por qualquer
motivo, diz-se que o mesmo está aberto.

Circuito fechado, portanto, é aquele que tem continuidade, isto é, através


dele a corrente pode circular, conforme demonstrado na ilustração a seguir:

Circuito aberto é o que não tem continuidade, que está interrompido. Através
dele a corrente não circula, conforme se pode observar na ilustração.

Simbologia

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A representação dos circuitos elétricos através de desenho de seus


componentes como são na realidade torna-se muito difícil e até mesmo
impossível em situações mais complexas. Por isso são utilizados símbolos para
representar componentes, recebendo esse desenho o nome de diagrama. O
quadro a seguir mostra exemplos de componentes do circuito elétrico e os
símbolos que os representam nos diagramas.

Componentes Símbolos

Pilhas

Baterias
Fonte geradora
Gerador corrente contínua

Gerador corrente alternada

Condutor Fios e cabos

Ponto de
ligação

Aberto
Dispositivo de
manobra
Fechado

Lâmpada

Carga Motor CC CA

Resistência ou resistor

O circuito apresentado anteriormente, composto por uma pilha, uma


lâmpada e um interruptor, será representado, então, pelo seguinte diagrama:

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Tipos de Circuitos

O circuito elétrico pode ter apenas uma carga, o que caracteriza um circuito
simples, ou mais de uma carga.
Quando o circuito tiver mais de uma carga, essas poderão ser ligadas de
maneiras diferentes e cada uma delas apresentará características próprias.

Circuito Série

Pode-se instalar as cargas no circuito de forma que a saída de um


componente seja ligada à entrada do componente seguinte e assim
sucessivamente. Dessa maneira, a corrente elétrica terá apenas um caminho para
percorrer, saindo da fonte, passando pelo dispositivo de manobra, passando por
todas as cargas e retornando à fonte. Esse tipo de circuito é chamado de circuito
série.

Circuito série é aquele em que a corrente tem apenas um caminho


para percorrer. A saída de um componente está ligada à entrada
do componente seguinte e assim sucessivamente.

O circuito em série permite ligar ou desligar todas as cargas ao mesmo


tempo, ou seja, não é possível que apenas uma parte fique em funcionamento.
Um defeito em um dos componentes interrompe o funcionamento de todo o
circuito, pois a corrente elétrica não tem outro caminho.

Circuito Paralelo

As cargas também podem ser instaladas de forma que cada uma tenha seu
próprio caminho para a corrente, ou seja, de modo que os elétrons que passarem
em cada carga retornem para a fonte sem passar em nenhuma outra. Dessa
forma, a corrente que sai da fonte se divide, passando uma parte por cada uma
das cargas e retornando à fonte. Esse tipo de circuito é chamado de circuito
paralelo.

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Circuito paralelo é aquele em que cada carga tem seu próprio


caminho para a passagem da corrente elétrica. Nele, a entrada e a
saída de cada carga estão ligadas diretamente à fonte sem passar
por nenhuma outra.

O circuito paralelo permite comandar todas as cargas ao mesmo tempo,


apenas algumas ou cada uma separadamente. Um defeito em um dos
componentes não impede que os outros continuem funcionando.

Circuito Misto

Um terceiro modo de ligar as cargas no circuito é através de aplicação das


duas formas anteriores, ou seja, parte em série e parte em paralelo. Dessa
maneira, a corrente elétrica tem mais de um caminho a percorrer, porém, em
alguns desses caminhos, terá que passar por mais de uma carga para retornar à
fonte. Esse tipo de circuito é chamado de circuito misto.

Circuito misto é o que apresenta as características dos circuitos


série e paralelo. Possui uma parte ligada em série e outra em
paralelo.

Apenas algumas cargas podem ser comandadas separadamente e um


defeito em um dos componentes poderá prejudicar o funcionamento de uma parte
do circuito ou de todo o circuito.

4 - MAGNETISMO

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Existe na natureza certos tipos de materiais que apresentam uma


característica especial como por exemplo a magnetita. Este material é capaz de
atrair pedaços de ferro que estão na sua vizinhança, tal material recebeu o nome
de IMÃ, o qual todos já conhecem ou já ouviram falar.
Esta potencialidade de atração é verificada com maior intensidade nas
extremidades dos materiais que é o local por onde emanam as forças magnéticas,
estas extremidades recebem os nomes se pólo norte e pólo sul magnéticos de um
imã.

Os pólos magnéticos diferentes são atraídos e os pólos magnéticos iguais


são repelidos mutuamente.

Uma característica importante dos imãs é a indivisibilidade dos pólos.


Quando um imã é partido ao meio, são criados dois novos imãs. Conforme
observamos na figura a seguir.

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Notamos também, que isto ocorre todas as vezes que efetuamos esta
operação. Como já foi visto, podemos obter quantos imãs naturais quisermos.
Concluímos então que os pólos magnéticos não podem ser isolados, sendo que
teremos pólo Norte e Sul mesmo se o imã for reduzido até a menor dimensão
possível.

Campos Magnéticos

Para provarmos a existência de campos magnéticos saindo das


extremidades do imã , podemos colocar perto dos polos, limalhas de ferro,
esferas, pedaços pequenos de ferro, etc. Verificamos que a uma determinada
distância estes materiais são atraídos pelo campo magnético do imã e, quando
vamos afastando gradualmente os elementos ferrosos das proximidades do imã
nota-se que o imã não tem mais influência sobre os metais, provando desta forma
que existe uma área delimitada em que oimã atua em materiais ferrosos. Essa
área chama-se “CAMPO MAGNÉTICO”.

Então podemos dimensionar a área de atração de um imã, como mostra a figura a


seguir :

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Uma das experiências mais usadas para provar o trajeto das linhas de força
emanadas pelo imã, é colocar limalhas de ferro nas proximidades do imã e
observar o que ocorre com as limalhas. É verificado que as linhas de força
orientam as limalhas no sentido que fluem, mostrando mais uma vez a sua
existência.

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Outra maneira de provar a existência das linhas de força, é através de uma


agulha imantada a qual é posta em um eixo tendo assim a máxima liberdade de
girar.

A agulha tende a se orientar no sentido das linhas de força, assumindo a


posição relativa aos pólos, ou seja, a parte norte da agulha tende a procurar a
parte sul do imã e vice-versa.

Como mostra a figura, as linhas de força de um imã seguem a seguinte rota:


Sai do pólo Norte externamente e penetram no pólo Sul, sendo que internamente
o caminho percorrido é o contrário.

Permeabilidade dos Materias

Quando temos um imã natural, e junto dele um material ferroso notamos


que as linhas de força junto as extremidades do ferro se concentram, e na parte
onde não há este elemento as linhas permanecem inalteradas. Então dizemos
que determinados materiais possuem a propriedade de concentrar as linhas de
força de um imã.

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Este comportamento é pelo fato que alguns materiais criam resistência ao


fluxo de linhas magnéticas, sendo que esta resistência varia de material para
material. Por isso dizemos que certos materiais possuem “Permeabilidade” ou são
mais “Permeáveis que outros”, isto significa que opõem menos resistência que
outro. Estes materiais são:
• Ferro;
• Ligas Ferrosas.
Outros materiais não apresentam esta propriedade ou seja não é um
caminho viável para as linhas de força. Se estes materiais forem postos junto a
um imã, notamos que:

“AS LINHAS NÃO SE MODIFICAM”

Os materiais que comportam desta maneira são:


• Cerâmica;
• Madeira;
• Material Plástico;
• Latão;
• Vidro, Etc...

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5 - ELETROMAGNETISMO

Os fenômenos magnéticos naturais podem ser reproduzidos


por meios artificiais, ou seja, se fizermos passar em um condutor
uma corrente elétrica e em torno do fio colocarmos várias
bússolas, notamos que as agulhas assumirão uma posição bem
definida, devido à presença de um campo magnético em torno do
condutor.

Podemos provar isto colocando limalhas de ferro em uma placa de vidro ou


plástico e passarmos um fio no meio da mesma. Se ligarmos o fio a uma fonte de
tensão...

Notaremos que ao ser percorrido pela corrente elétrica, o condutor cria um


campo circular, como mostra a figura.

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O sentido das linhas de força em um condutor retilíneo pode ser dado pela
regra de Maxwell, ou “Método do saca-rolha” que diz o seguinte: se a corrente
convencional está entrando em um condutor as linhas ficam no seguinte sentido:

Quando a corrente convencional está saindo do condutor o sentido das


linhas é:

Pode-se também determinar o sentido das linhas no condutor retilíneo


utilizando outro método conhecido como: “Regra da Mão Esquerda”, que diz o
seguinte:

“Segurando-se um condutor com a mão esquerda, com o polegar


apontando no sentido da corrente real, os outros dedos indicarão
sentido das linhas de força do campo magnético”.

Campo magnético de uma ou mais espiras

Se dobrarmos um fio condutor em forma de espira e o alimentarmos com uma


corrente elétrica, o campo magnético criado, será mais forte no centro da espira,
pois as linhas de forças irão se concentrar. Isto é provado colocando limalhas de
ferro sobre uma placa de plástico e fazendo passar pela placa uma espira
percorrida por uma corrente elétrica. Notamos que no centro da espira o campo
magnético é mais intenso.

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Relembrando que o sentido das linhas de força “externas” de ímã


magnético vão do pólo sul para o pólo norte. Podemos então
determinar a polaridade da espira.

Quando colocamos mais de uma espira junto uma da outra, estamos


construindo um novo elemento para a eletricidade e eletrônica, é o Solenóide ou
Bobina.

Em um solenóide, as linhas de força existentes quando ele é percorrido por


uma corrente elétrica é idêntica a de um ímã natural, como mostrado na figura
abaixo.

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Podemos dizer que: o que ocorre com o ímã natural, pode ocorrer
perfeitamente com um solenóide. A determinação dos pólos de um solenóide é
dada pela regra da mão direita. A regra é a seguinte:

Segurando um solenóide com a mão direita de modo que a corrente


convencional entre o pulso e saia pelos dedos, o polegar apontará o
pólo norte.

A vantagem do solenóide sobre o ímã natural é que você


pode variar a intensidade de forças magnéticas e pode modificar
os sentidos dos pólos modificando apenas o sentido de corrente.

Eletroímã

O eletroímã constitui uma particularidade que o solenóide


proporciona, que é a de polarizar um pedaço de ferro no mesmo
sentido em que se encontra polarizado.

Com isto obtemos um ímã temporário, que tem a mesma propriedade de


atrair materiais ferrosos como o ímã natural.

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Como mostra a figura, se uma barra de ferro é posta perto de um solenóide,


esta barra será polarizada no sentido tal que será atraída pelo solenóide. Este tipo
de polarização é pelo método de “indução”, e ficará dentro do solenóide em uma
posição de equilíbrio.

Intensidade de campo ou força magnética

Baseando-se que um campo magnético é um campo de


força, poderemos medi-lo e para isto, teremos que observar e
retirar quais são as grandezas que entrevêem e criam ou variam
o campo magnético.

Variando o número de espiras, o comprimento, e a corrente, podemos


observar que o solenóide (eletroímã), eleva o mesmo peso demonstrando que a
intensidade do campo magnético é a mesma nos três casos.

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Notamos então que a força de campo magnético depende de:

• Número de espiras que formam o solenóide;


• Da intensidade de corrente que passa no solenóide;
• Material que constitui o núcleo;
• Tamanho do núcleo.

Então dizemos que: “A intensidade de campo ou força magnética, é


proporcional ao valor da corrente, ao número de espiras e inversamente
proporcional ao comprimento do solenóide”.

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6 - GERADORES

Com o aumento industrial e populacional, o homem tem


necessidade de aproveitar todos os recursos energéticos da
natureza. O grande problema era como distribuir a energia
elétrica produzida no local de consumo. Este problema foi
resolvido com o desenvolvimento das instalações elétricas e a
facilidade de transportar a energia elétrica a grandes distâncias,
com o uso de condutores.
Existem diversos meios para geração de eletricidade. O mais utilizado é a
geração pelo magnetismo, devido à sua simplicidade e capacidade de grandes
potenciais.
A eletricidade pode ser gerada pelos seguintes meios :
• Atrito;
• Pressão;
• Magnetismo;
• Reação química;
• Transformação da energia térmica;
• Transformação da energia luminosa.

Geração de eletricidade por magnetismo

Para gerar eletricidade através do magnetismo, precisamos dos seguintes


componentes :
• Campo magnético;
• Movimento;
• Condutor elétrico.
O gerador produz energia elétrica movimentando um condutor dentro de um
campo magnético. A energia mecânica necessária para esse movimento pode ser
proveniente de várias fontes, tais como queda d’água, vapor, motor à explosão,
etc.

O gerador elétrico é uma máquina que transforma energia


mecânica em energia elétrica.

A tensão elétrica é produzida no gerador através da combinação do


movimento, campo magnético e condutor elétrico. Caso tenhamos um campo
magnético, um condutor e a tensão elétrica, também poderemos produzir o
elemento faltante, que é o movimento. O motor elétrico é a máquina que produz o
movimento através da combinação do campo magnético, condutor elétrico e
tensão elétrica.

O motor elétrico é uma máquina que transforma energia elétrica em


energia mecânica.

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F.e.m. Induzida em um gerador

Consideremos um campo magnético uniforme e um condutor retilíneo que é


posto em movimento em um campo magnético cortando as linhas de força
"transversalmente".

Pelo fenômeno de indução eletromagnética nasce nos terminais do condutor


uma "Força Eletromotriz Induzida".(F.e.m.i.). O sentido da F.e.m. induzida no
condutor pode ser estabelecido com a "Regra da Mão Direita".

Regra da Mão Direita

Colocando a mão direita no sentido do condutor, com a palma virada para o


pólo norte, e o polegar no sentido do movimento do condutor, os outros dedos
indicarão o sentido da f.e.m. induzida.

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Princípio de funcionamento do Gerador

Consideremos uma espira imersa em um campo magnético uniforme, no


qual a fazemos girar sobre seu próprio eixo.

Neste caso o corte da linha de força ou do fluxo não é constante em cada


posição, mas depende da inclinação da espira com respeito a linha de força do
campo.
Para melhor entendermos, iremos utilizar só um lado da espira, em suas
diversas posições as quais assumem quando realizam o movimento de rotação
dentro do campo magnético.
Podemos revelar que o valor de f.e.m. induzida assume uma conformação
senoidal, passando de um zero a um máximo depois retorna a zero atingindo
depois um máximo negativo.

Uma aplicação importante deste caso agora considerado, é que existem


geradores eletromagnéticos os quais tem condutores que rodam em um campo
magnético cortando as linhas de força ali existentes.

Qualquer condutor imerso em um campo magnético está sujeito a uma força


eletromotriz, a qual é calculada pela fórmula da 1º Lei de Faraday.

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Natureza da corrente elétrica

A tensão elétrica possui padrões diferentes de comportamento em relação


ao tempo, de acordo com a forma como foi gerada, podemos dividi-la em dois
grupos :
Senoidal
Tensão alternada Triangular
Quadrada
Etc.

Pulsante
Tensão Contínua
Pura

Corrente Alternada

A corrente alternada (CA) é a mais usada, devido à sua facilidade de ser


transmitida, distribuída e alterada. Sua característica principal, como seu nome
sugere, é a de possuir polaridade e valores variáveis.
Para uma tensão ser alternada é necessário que siga um padrão de
variação. O seu valor deve começar do zero, em um determinado momento,
atingir seu valor máximo positivo, voltar ao valor zero, atingir seu valor máximo
negativo e voltar ao seu valor zero, ao completar essa etapa dizemos foi realizado
um período da tensão alternada. O sentido da corrente alternada é variável,
percorrendo um condutor em um sentido e no momento seguinte inverte seu
sentido de circulação.
A tensão alternada senoidal é a mais fácil de ser gerada das tensões
alternadas. O seu valor descreve uma variação seguindo a função seno, de
movimentos circulares uniformes.

Elementos da Corrente Alternada

Amplitude: Denomina-se amplitude de uma onda senoidal, o valor máximo que


uma senóide pode alcançar, tanto no sentido positivo como no negativo.

Período: Denomina-se período de uma onda senoidal, o tempo gasto


para que a onda saia de um valor (zero) e passando por um valor
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máximo positivo, retornando a zero e em seguida por um valor


máximo positivo, retornando a zero e em seguida por um valor
máximo negativo e finalmente retornando a zero.
Ciclo: Denomina-se ciclo de uma corrente alternada senoidal, o trajeto realizado
pela forma de onda.

Freqüência: Denomina-se freqüência de uma corrente alternada, o


número de vezes que essa corrente assume valores positivos e
negativos na unidade de tempo.

Corrente Contínua

Define-se corrente contínua (c.c.), aquela corrente elétrica que flui sempre
em um sentido, nunca se invertendo, desde que o circuito em que flui seja
mantido fechado. Existem dois tipos de corrente contínua :
• Corrente Contínua pura
• Corrente Contínua pulsante

Corrente Contínua Pura

É a corrente que mantém o mesmo valor ou seja, ela é constante em


qualquer instante da sua trajetória.

Corrente Contínua Pulsante

É a corrente que flui em um só sentido, mas que altera o seu


valor de um instante para o outro em todo seu trajeto.

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Fonte de Obtenção de Corrente Contínua

Instalação Hidrelétrica

As centrais hidrelétricas utilizam a energia gravitacional, contida na água dos


diques ou represas dos rios.

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Instalação Termelétrica

As usinas termelétricas, possuem como fonte de calor os combustíveis


sólidos, gasoso, vapores naturais ( aqueles retirados do fundo da crosta terrestre)
e de reações nucleares.

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Instalação Termonuclear

As centrais termonucleares utilizam o calor desprendido em


uma reação nuclear, para produzir energia mecânica e esta,
energia elétrica.

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7 - MOTORES

Força Eletro-Magnética em um condutor

Consideremos um condutor retilíneo em movimento, que seja percorrido por


uma corrente, imerso em um campo magnético uniforme.

Nestas condições o condutor é sujeito a uma força mecânica chamada


"Força Eletromecânica", que tende a colocar o condutor em movimento no
espaço.

O sentido da força que tende a movimentar o condutor se determina com a


"Regra da Mão Esquerda".

Colocando a mão esquerda ao longo do condutor com a palma virada para o


norte magnético do campo e com as pontas dos outros dedos no sentido da
corrente, o polegar aberto indicará o movimento do condutor.

Princípio dos Motores

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Consideremos simplesmente para análise, uma espira imersa em um campo


magnético uniforme, fixa oportunamente em um ponto e liberada para rodar.

As duas Extremidades da espira são percorridas pela mesma corrente mas em


sentidos opostos. Essas correntes geram duas forças de sentidos opostos nas
extremidades da espira. Essas duas forças juntas formam um "binário de forças"
que faz com que a espira assuma uma posição perpendicular as linhas
de força do campo.

Dizemos que uma espira colocada em um campo magnético e percorrida por


uma corrente, tende a rodar para se colocar de modo a ser atravessada por uma
grande intensidade de fluxo. Uma aplicação importante do caso acima citado, é o
dos motores a corrente contínua, os quais são feitos de uma parte fixa (indutor)
colocada sobre os pólos magnéticos fixos e uma outra parte que é móvel
(induzido) constituída de vários condutores percorridos por uma corrente elétrica e
livre para rodar em torno de seu eixo.

Os motores são feitos de maneira que a força que o faz rodar não termina
depois de um quarto de giro, mas sim mantém o giro constante.

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Uma outra aplicação importante dos fenômenos descritos, nós temos nos
instrumentos de medida do tipo
magneto-elétrico. Uma pequena
bobina percorrida por uma
corrente que será medida, se
encontra dentro de um campo
magnético.

Com a passagem de
corrente na bobina, ela sofre uma
deflexão, varrendo um ângulo que
é proporcional a intensidade de
corrente que a percorre.

Generalidades

O contínuo progresso técnico, coloca em evidência a


necessidade de dispor de máquinas capazes de produzir
movimentos rotativos. O motor elétrico é uma destas máquinas.

Vantagens

Os motores elétricos apresentam as seguintes vantagens


sobre os demais motores:
• Rendimento elevado;
• Manutenção simples;
• Funcionamento silencioso;
• Não polui o ar;
• Adaptável para comandos a distância;
• Em igualdade de potência custa menos e ocupa menor espaço;
• Capacidade de resistir a altas sobrecargas.

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Classificação

Em base às características dos circuitos e as necessidades,


se pode escolher o tipo de motor elétrico mais adequado.
Os motores elétricos podem ser assim classificados:

Esta classificação não é completa, mas serve para fornecer uma indicação
em linhas gerais dos motores mais usados.

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Referências Bibliográficas

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