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DETALHES CONSULTA

Consulta: 1804209
Data: 17/2/2011
Prezados, A IN 834/2008 regulamenta a retençao de impostos por Consorcio de
Sociedades. O recolhimento desses impostos deverá ser feito em nome do consorcio ou
Pergunta:
das consorcidadas ? E em relação as obrigações acessórias, DCFT, DIRF, como seriam
tratados? Quem seria os responsaveis pelas informaçoes? Att. João Batista

Consultor: FLAVIO DANELON

Área: IR/PIS/COFINS/CSLL
Data: 18/2/2011

Prezado assinante,

Em atenção a sua consulta, tecemos as seguintes considerações:

1. Nos pagamentos decorrentes das operações do consórcio sujeitos à

retenção na fonte do imposto de renda, da CSLL, da Contribuição para o
PIS e da COFINS, na forma da legislação em vigor, a retenção e o
recolhimento devem ser efetuados em nome de cada pessoa jurídica
consorciada, proporcionalmente à sua participação no empreendimento.

2. Da mesma forma, nos recebimentos de receitas decorrentes das

operações do consórcio sujeitas à retenção do imposto de renda, da
CSLL, da Contribuição para o PIS e da COFINS, na forma da legislação
em vigor, o aproveitamento da retenção deve ser efetuada em nome de
cada pessoa jurídica consorciada, proporcionalmente à sua participação
no empreendimento.

3. Assim, as obrigações acessórias devem ser cumpridas pelas

empresas consorciadas.

OBSERVARÇÕES:

a – A partir de 29/10/2010 com a publicação da MP 510/2010 para

Resposta:
efeitos tributários os consórcios passaram a ter personalidade jurídica e
obrigados a cumprirem em nome próprio as obrigações tributárias
federais, sendo que as empresas consorciadas passaram a ser
solidariamente responsáveis por tais obrigações.

Portanto, os Consórcios que contratarem em nome próprio, pessoas

físicas ou jurídicas, com ou sem vínculo empregatício, ficam
responsáveis pelas Retenções do Imposto de Renda e das Contribuições
Sociais.

b – Por outro lado como a matéria é objeto de MP devemos aguardar a

conversão desta medida em Lei, pois o poder legislativo poderá alterar
a redação bem como não aceitar a proposta. Outro aspecto que
observamos que a matéria deverá ser regulamentada pela Receita
Federal;

c – Assim, ocorrendo à equiparação do consórcio a PJ o mesmo poderá

apurar seus impostos pelo lucro real ou pelo lucro presumido de forma
semelhante a que ocorre com a SCP, salvo disposição legal em contrário
(Lei 9.718/98, art.14);

d – Conseqüentemente, ocorrendo a equiparação do consórcio a PJ, o

rendimento de aplicação financeiro auferido será oferecido a tributação

http://www.cenofisco.com.br/consulta/impressao_consulta.asp?IDConsulta=1804209 18/02/2011
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e o imposto de renda retido na fonte compensado com o devido

(RIR/99, art. 773)

MP 510/2010 dispõe o seguinte:

Art. 1o Os consórcios cumprirão as respectivas obrigações tributárias

sempre que realizarem negócios jurídicos em nome próprio, inclusive na
contratação de pessoas jurídicas e físicas, com ou sem vínculo
empregatício.

§ 1o As empresas consorciadas serão solidariamente responsáveis

pelas obrigações tributárias decorrentes dos negócios jurídicos de que
trata o caput, não se aplicando, para efeitos tributários, o disposto no §
1o do art. 278 da Lei no 6.404, de 15 de dezembro de 1976.

§ 2o O disposto neste artigo aplica-se somente aos tributos federais.

Lei 6.404/76

Art. 278. As companhias e quaisquer outras sociedades, sob o mesmo

controle ou não, podem constituir consórcio para executar determinado
empreendimento, observado o disposto neste Capítulo.

§ 1º O consórcio não tem personalidade jurídica e as consorciadas

somente se obrigam nas condições previstas no respectivo contrato,
respondendo cada uma por suas obrigações, sem presunção de
solidariedade.

§ 2º A falência de uma consorciada não se estende às demais,

subsistindo o consórcio com as outras contratantes; os créditos que
porventura tiver a falida serão apurados e pagos na forma prevista no
contrato de consórcio.

http://www.cenofisco.com.br/consulta/impressao_consulta.asp?IDConsulta=1804209 18/02/2011