Вы находитесь на странице: 1из 5

A Regra da Cadeia

Continuação das notas de aula do mês 11/03


Versão de 20 de Novembro de 2003

Agora queremos entender o que acontece com a derivada de uma composição


de funções. Antes de mais nada, lembremos a notação e o significado disso:
denotamos f ◦ g (x) à composição f (g (x)). Podemos pensar nessa composição
como dois passos: y = g (x) e z = f (y). Faça uma figura representando essa
composição e indicando as três derivadas presentes nessa discussão: g 0 (x), f 0 (y)
0
e (f ◦ g) (x).
A regra da cadeia diz precisamente a relação entre essas derivadas. Para
obter tal relação vamos novamente fazer uso da idéia de derivada como aprox-
imação linear. Assim,

f (y + ∆y) ≈ f (y) + f 0 (y) ∆y, (1)


g (x + ∆x) ≈ g (x) + g 0 (x) ∆x, (2)

e agora queremos obter destas a aproximação linear de f ◦ g (x + ∆x). Usando


primeiramente a expressão (2), tem-se

f (g (x + ∆x)) ≈ f (g (x) + g 0 (x) ∆x) , (3)

e agora usa-se a expressão (1) reconhecendo y = g (x) e ∆y = g 0 (x) ∆x:

f (g (x + ∆x)) ≈ f (g (x)) + f 0 (g (x)) g 0 (x) ∆x, (4)

de onde deve ficar claro que


0
(f ◦ g) (x) = f 0 (g (x)) · g 0 (x) (5)

Em notação de Leibniz, esse resultado pode ser escrito de uma forma até
mneomônica:
dz dz dy
= · , (6)
dx dy dx
que nos lembra como são encadeadas as pequenas variações de x, y e z. O
estudante, porém, deve estar atento tanto ao fato de na notação de Leibniz não
ser explı́cito onde são calculadas as derivadas, quanto para o fato que o que está
escrito na expressão (6) não é um produto de frações!
Agora vamos discutir algumas conseqüências da regra da cadeia.
• Derivada de F (x) = erx , com r constante.
Você pode pensar F como uma composição onde f (y) = ey e g (x) = rx.
Com isso,
F 0 (x) = erx · r = rerx . (7)

1
• Derivada de F (x) = ax , onde a > 0 é constante.
Para isso recorremos à inversa da exponencial, o logaritmo. Basta lembrar
que x
ax = eln(a ) = ex ln a , (8)
e notar que ln a é uma constante, e portanto podemos usar a expressão
(7). Assim,
F 0 (x) = ln a · ex ln a = ln a · ax . (9)
Vale notar que a expressão acima novamente corrobora a frase que descreve
as funções exponenciais: “quanto mais tem mais cresce”, ou de maneira
mais precisa, “a taxa de variação é proporcional à própria função.
• Derivada de xn , onde n é um número inteiro negativo.
−m
 escrever n = −m, com m inteiro positivo. E note que x
Vamos
−1 m
=
x . Novamente vamos usar a regra da cadeia, usando que já sabemos
(de maneira justificada) que
d m
x = mxm−1 . (10)
dx
Temos então
d n d m m−1
x−1 = mx−1 · −x−2 = (−m) x−m−1 = nxn−1 . (11)

x =
dx dx
1
• Derivada de G (x) = x p , onde p é inteiro.
Agora a estratégia é utilizar a regra da cadeia compondo G com uma
função que sabemos derivar, e tal que o resultado da composição também
seja uma função que sabemos derivar. Um exemplo disso é dado por
p
(G (x)) = x. (12)
Como a igualdade acima vale para todo x em que ela está definida, as
derivadas também deverão ser iguais. Calculando esta derivada:
d p d
(G (x)) = x
dx dx
p−1
p (G (x)) · G0 (x) = 1
1 1−p
G0 (x) = (G (x))
p
1 p1 −1
G0 (x) = x , (13)
p
p
• Derivada de F (x) = x q , com p e q inteiros. Você é convidado a obter esse
resultado usando a regra da cadeia.1
1 Note que agora temos razão para acreditar na fórmula para a derivada de xn para qualquer

potência racional. Com a estratégia acima, é o melhor que podemos fazer. Sabendo a derivada
do logaritmo você poderá usar novamente a regra da cadeia para mostrar que este resultado
vale para qualquer potência real.

2
• Derivada do logaritmo: f (x) = ln x.
A idéia é semelhante ao que foi feito na expressão (12). E nesse caso, us-
amos a inversa do logaritmo, a exponencial, que já sabemos derivar.Assim,

ln (ex ) = x
d d
ln (ex ) = x
dx dx
f 0 (ex ) · ex = 1, (14)

podemos então denotar y = ex , e concluir que


1
f 0 (y) = . (15)
y
Você agora deve fazer um gráfico de f (x) = ln x, esboçar então o gráfico de
sua derivada e possivelmente concordar que se este resultado (a derivada
do logaritmo) não é de todo intuitivo, também não é nenhum contra-senso.
Foram ainda propostos e/ou discutidos em sala os seguintes exercı́cios (ordem
em que foram propostos):
• 4.2: 6, 7, 35, 34, 11, 12 e 20;
• 4.3: 9, 13, 37 e 38;
• 4.4: 1, 3, 6, 14, 21 e 27.
Resolvendo estes exercı́cios, você encontrou algumas funções do tipo F (x) =
f (x)
g(x) e deve ter conseguido calcular sua derivada. Algumas pessoas preferem usar
a chamada ”regra do quociente”, que será desenvolvida agora em duas etapas.
A minha opinião sincera é que, assim como com várias outras propriedades, não
se deve gastar energia tentando memorizar a regra do quociente. Mais que isso,
deve se ter muito cuidado para não confundir o sinal envolvido nela. Uma boa
maneira de não errar este sinal é lembrar “de onde ele vem”. A dita “regra do
quociente” será aqui apresentada como uma conseqüência das duas regras mais
importantes que foram discutidas: a regra do produto e a regra da cadeia.
1 −1
Como primeiro passo, vamos calcular a derivada de f (x) = (f (x)) usando
a regra da cadeia:
−f 0 (x)
 
d 1 −1
= 2 · f 0 (x) = 2, (16)
dx f (x) (f (x)) (f (x))
f (x)
para agora usar a regra do produto no cálculo da derivada de F (x) = g(x) =
1
f (x) · g(x) , assim:
 
d df 1 d 1
F = · +f ·
dx dx g dx g

3
dg
df 1
= · − f · dx2
dx g g
df dg
dx · g − f dx
= , (17)
g2
ou, na notação envolvendo linhas:

f 0 g − f g0
F0 = . (18)
g2
Você pode agora refazer os exercı́cios que envolvem quocientes de funções e
recalcular as derivadas utilizando a regra do quociente.

Derivadas de Funções Trigonométricas


Nosso problema agora é determinar a derivada de funções trigonométricas
como f (x) = sen (x) e g (x) = cos (x). Isso pode ser feito diretamente no
cı́rculo trigonométrico (você é convidado a tentar deduzir as fórmulas aqui ap-
resentadas através de construções geométricas), ou com a ajuda da fórmula para
somas de arcos:

sen (a + b) = sen a cos b + cos a sen b. (19)

Uma caso particular dessa fórmula (b = π2 ) nos lembra o importante fato que o
cosseno pode ser visto como a função seno deslocada de π2 . Portanto, conhecendo
a derivada de sen x conheceremos também a derivada de cos x.
Para obter a derivada de sen x começamos pela expressão (19), de onde,

sen (x + ∆x) = sen x cos ∆x + cos x sen ∆x. (20)

Precisamos entender o comportamento de cos ∆x e de sen ∆x quando ∆X é


muito pequeno. Lembrando do gráfico de cos x, é fácil perceber que a reta
tangente ao gráfico em x = 0 é horizontal, portanto a derivada de cos x em
x = 0 vale zero. Ou seja,

cos ∆x ≈ 1 + 0 · ∆x. (21)

Para completar esse quadro, devemos ainda saber a derivada de sen x calculada
em x = 0. Em outras palavras, queremos determinar o limite:
sen ∆x
lim . (22)
∆x→0 ∆x
Para estimar tal limite você pode voltar mais uma vez ao cı́rculo trigonométrico
e marcar um segmento de reta vertical que representa sen ∆x e o arco que

4
representa2 ∆x. Feito isso, você pode se convencer que esta razão tende a um
quando ∆x tende a zero. Ou seja, ambos os comprimentos tendem a zero,
mas a razão entre eles se aproxima de 1 (o arco e o segmento tornam-se quase
idênticos). Este é um dos limites mais importantes em um curso de cálculo,
merece então ser destacado:
sen ∆x
lim = 1. (23)
∆x→0 ∆x
Agora o cenário está completo, a derivada de sen x em x = 0 vale 1. Como
sen 0 = 0, temos
sen ∆x ≈ 0 + 1 · ∆x. (24)
Finalmente, usando as aproximações (21) e (24) na expressão (20) obtemos

sen (x + ∆x) ≈ sen x + cos x · ∆x, (25)

que quando comparada com a expressão (1) (que traduz a idéia de derivada
como inclinação da reta tangente) nos leva a concluir que

d
sen x = cos x. (26)
dx
Agora você pode escolher uma de duas alternativas (e por que não seguir as
duas?): ou refaz um argumento semelhante ao aqui apresentado para o seno e
obtém a derivada da função cosseno, ou argumenta que translações não afetam
a derivada e translada e expressão (26) de π2 , obtendo

d
cos x = − sen x. (27)
dx
Foram ainda propostos/discutidos os exercı́cios:
4.5) 3, 4, 10, 15, 19 e 20.
Isso encerra o nosso conjunto de “regras de derivação”. Não há maneira
melhor de se acostumar com elas do que usando-as.

2 Lembre-se que a definição de radianos é que medimos ângulos como a razão entre o arco

e o raio; quando escolhemos o raio igual a 1, obtemos diretamente a igualdade numérica entre
ângulo e arco.

Вам также может понравиться