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Disponível em:
<www.conpedi.org.br/publicacoes/66fsl345/8g6821fe/a8tHOTQAT2UcaoFV.pdf> Acesso em:
set. 2016.
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I Simpósio Regional de Agrimensura e Cartografia
“A Topografia e a Geodésia no cenário nacional”
Universidade Federal de Uberlândia – UFU / Campus Monte Carmelo
22 a 24 de novembro de 2016
RESUMO:
1 INTRODUÇÃO
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2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
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3 MATERIAIS E MÉTODOS
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4 RESULTADOS E DISCUSSÃO
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Conforme pode ser visto na Figura 1, ao longo das vertentes dos cursos d’água que
compõem a bacia (Córrego do Liso, Córrego Buritizinho e Córrego do Lobo), instalam-se os
bairros Maravilha, São José, Pacaembu, Jardim Brasília, Santa Rosa, Nossa Senhora das
Graças, Residencial Gramado, Liberdade, Jardim América I e II e Presidente Roosevelt; to-
dos localizados à esquerda do Córrego do Liso. Além destes, à direita, situa-se o Distrito In-
dustrial da cidade, atualmente sob responsabilidade do Governo do Estado de Minas Gerais.
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O Mapa de Uso e Ocupação do Solo classifica o solo da bacia em sete segmentos dis-
tintos: Vereda, Cerrado, Área Industrial, Pastagem, Vereda Degradada, Área Urbana e Cer-
rado Degradado. Como pode ser observado, a área urbana é responsável pela maior parce-
la de ocupação do solo local, seguida imediatamente pela área industrial. Juntas, elas se
configuram como a atividade humana e tendência construtiva predominante da Bacia Hidro-
gráfica do Córrego do Liso, (FIGURA 3).
A predominância de áreas urbanas e industriais contribui para a existência de uma dis-
crepância entre a oferta de infraestruturas básicas de moradia, saneamento, transportes e
energia e a real demanda por parte dos moradores locais. Por parte da Administração Públi-
ca, há certa prevalência de investimentos na estruturação de uma rede de transporte e lo-
gística eficiente para o escoamento produtivo do Distrito Industrial. Em contrapartida, edifica-
ções básicas de habitação, sistemas de drenagem urbana e coleta de resíduos, esgotamen-
to doméstico, distribuição de água e fornecimento de energia elétrica são negligenciados.
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Desta forma, o uso e ocupação do solo regional se dá, muitas vezes, sem a promoção
de estudos técnicos e ferramentas de gestão espacial capazes de auxiliar na concomitância
entre desenvolvimento urbano, qualidade de vida da população e preservação ambiental
dos mananciais do Córrego do Liso.
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Conforme visto nos resultados, a Bacia Hidrográfica do Córrego do Liso abrange gran-
de parte da área industrial do município de Uberlândia – MG. Desta maneira, as observa-
ções feitas para a área de drenagem do Córrego do Liso e seus afluentes também podem
ser aplicadas à realidade urbanística e ambiental da área industrial da cidade.
Este trabalho diagnosticou que a região industrial do município de Uberlândia possui
solo predominantemente grosso, sendo classificado como uma Areia Fina Mal Graduada.
Solos assim apresentam elevado índice de vazios (razão entre o volume de vazios e o volu-
me de sólidos de uma amostra de solo), alta porosidade (razão entre o volume de vazios e o
volume total de uma amostra de solo) baixo grau de compactação, pouca densidade e resis-
tência mecânica relativamente instável.
Devido a estas características, o solo da área industrial do município de Uberlândia
não é propício ao estabelecimento de construções destinadas a esta finalidade. De modo
geral, edificações industriais se comportam como cargas (pontuais e distribuídas) de eleva-
do valor, colocando em risco a integridade física da massa de solo que as suporta.
Geralmente, as fundações e obras de base deste tipo de construção são “pesadas”,
profundas e sua execução (quando mediante a aplicação de técnicas tradicionais) causam
impactos significativos e grandes vibrações dinâmicas no solo.
O acúmulo destes impactos, atrelado ao aumento gradativo da densidade urbana/in-
dustrial na área de solos grossos como o da Bacia do Córrego do Liso, provoca a longo pra-
zo a fadiga por esforço repetitivo dos grãos do solo. Assim, o solo chega a perder algumas
de suas características elásticas fundamentais para a estabilidade das construções que se
instalam sobre ele.
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Além disso, por ser um solo grosso, fica facilitado o contado e percolação de plumas
de poluentes (tanto efluentes poluidores domésticos quanto industriais) por entre os vazios
do solo da Bacia do Córrego do Liso. Assim, a configuração geotécnica do solo local, atrela-
da à existência de inúmeras edificações industriais na região age de modo a colocar em ris-
co a integridade biológica e ambiental dos recursos hídricos subterrâneos e aquíferos locais.
Todavia, por questões de inviabilidade técnica, logística, operacional e econômica, não
se torna possível transferir o Distrito Industrial da cidade de Uberlândia para uma área com
solo mais favorável a instalação deste tipo de aglomerado urbano. Deve-se, portanto, esti-
mular a realização de estudos de monitoramento, enquadramento e adequação das edifica-
ções existentes e futuras no local à realidade geotécnica experimentada pela área de drena-
gem do Córrego do Liso.
Os órgãos competentes, bem como a administração pública municipal, devem se aten-
tar a promover uma maior distribuição geográfica das indústrias localizadas na bacia. Com
isso, evita-se o acúmulo de cargas (edificação e fundações) em áreas de solo com pouca re-
sistência mecânica e configuração geotécnica desfavorável à absorção e distribuição de car-
gas axiais e cisalhantes elevadas.
Além disso, uma melhoria no planejamento e disposição logística geoespacial na ins-
talação de indústrias na região do Córrego do Liso também contribui significativamente para
com a redução dos impactos ambientais existentes na bacia. Com isso, a população local
pode experimentar benefícios no que diz respeito à diminuição da emissão de poluentes no
ar, produção e disposição indevida de resíduos sólidos, contaminação de recursos hídricos
superficiais e subterrâneos por efluentes poluidores industriais, perda de biodiversidade dos
ecossistemas locais, entre outros aspectos.
Por fim, a promoção de estudos que visem monitorar e enquadrar o espaço construído
na área industrial de Uberlândia – MG também pode auxiliar na promoção de melhorias na
infraestrutura urbana disponível para a população destas regiões. Com um melhor planeja-
mento e gestão, é possível elaborar políticas e ações, baseadas em critérios técnicos de En-
genharia de Construção Civil e Urbana, que busquem promover o desenvolvimento urbano
sustentável da região, levando em consideração os limites impostos pela configuração geo-
técnica local e as tendências e anseios de sua população residente.
5 CONCLUSÕES
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REFERÊNCIAS
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