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PODER JUDICIÁRIO

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DE SÃO PAULO


l|à|l TRIBUNAL DE JUSTIÇA DE SÃO PAULO
ACÓRDÃO/DECISÃO MONOCRÁTICA
REGISTRADO(A) SOB N°

ACÓRDÃO I IIIIII uni mu uni um um mu mi] mi m


*03382331*
Vistos, relatados e discutidos estes autos de
Agravo de Instrumento n s 0556976-24.2010.8.26.0000,
da Comarca de São Paulo, em que é agravante
COOPERATIVA HABITACIONAL DOS BANCÁRIOS DE SAO PAULO
sendo agravado TEREZA CRISTINA DE ALMEIDA MANTOVANI.

ACORDAM, em 1- Câmara de Direito Privado do


Tribunal de Justiça de São Paulo, proferir a seguinte
decisão: "CONHECERAM EM PARTE DO RECURSO E, NA PARTE
CONHECIDA, NEGARAM-LHE PROVIMENTO. V.U.", de
conformidade com o voto do(a) Relator(a), que integra
este acórdão.

O julgamento teve a participação dos


Desembargadores LUIZ ANTÔNIO COSTA (Presidente sem
voto), ÁLVARO PASSOS E ELCIO TRUJILLO.

São Paulo, 09 de fevereiro de 2011.

; //•

PEDRO BACCARAT
RELATOR
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO
SEÇÃO DE DIREITO PRIVADO
7a CÂMARA

AGRAVO DE INSTRUMENTO n° 990.10.556976-5

AGRAVANTE: Cooperativa Habitacional dos Bancários de São Paulo


AGRAVADO: Tereza Cristina de Almeida Mantovani
COMARCA: São Paulo - 10a Vara Cível

Agravo de instrumento. Execução de


título extrajudicial. Penhora da sede
da executada. Pedido de
substituição da penhora por um
imóvel onde a executada construiu
condomínio edilício. Impossibilidade.
Substituição que traria prejuízo à
exeqüente. Alegação de que a
penhora da sede infringiria acordo
realizado com o Ministério Público.
Matéria argüida em recurso anterior.
Recurso parcialmente conhecido, e
na parte conhecida desprovido.

VOTO n.° 11.693

Vistos.

Cuida-se de agravo de instrumento


tirado contra decisão que, em execução de título extrajudicial,
indeferiu o pedido de substituição do bem penhorado. O magistrado,
Doutor Fernando Antônio Tasso, entendeu não comprovada a
equivalência dos bens, requisito estabelecido pelo art. 668 do CPC.

Insurge-se a Executada alegando


que a penhora da sede da cooperativa trará graves prejuízos aos

Agravo de instrumento n" 990.10.556976-5 - Comarca: São Paulo - 10a Vara Cível - voto n" 1 I .693 \
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demais cooperados, pois sem a sede haverá um desequilíbrio na


administração de seus interesses. Invoca o artigo 620 do CPC,
aduzindo que se existe a possibilidade de penhorar outro imóvel, a
penhora da sede não poderá prevalecer, porque mais onerosa. Diz
que em ação civil pública firmou acordo com o Ministério Público do
Estado de São Paulo, homologado judicialmente, em que se
comprometeu a manter contas bancárias específicas e
individualizadas dos empreendimentos, de modo a garantir que os
cooperados serão responsáveis apenas quanto ao empreendimento
que estão vinculados. Afirma que a intenção do MP foi estabelecer
patrimônio de afetação para cada empreendimento, de modo que
qualquer pagamento deve ser feito exclusivamente com os bens
referentes ao empreendimento específico.

Recurso tempestivo, preparado e


regulamente processado.

É o relatório.

Tereza Cristina de Almeida


Mantovani ajuizou execução em face de Cooperativa Habitacional
dos Bancários de São Paulo Ltda - Bancoop em razão do
inadimplemento de "Termo de Restituição de Créditos", no qual a
executada se obrigara a restituir R$ 51.033,47 em 36 parcelas. A
cooperativa opôs embargos à execução, que foram julgados
improcedentes (fls. 152/154), estando o recurso de apelação
pendente de julgamento.

A Exeqüente indicou à penhora o


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conjunto n° 152, 5o andar, da Rua Libero Badaró, de propriedade da


executada desde 1998.

O termo de penhora do imóvel foi


lavrado em 27 de maio de 2010. Contra a decisão que determinou a
penhora foi interposto o agravo de instrumento n° 990.10.332822-1,
em que também se alegou a existência de patrimônio de afetação,
nos termos do acordo firmado com o Ministério Público. Por essa
razão o presente agravo de instrumento não será conhecido nesta
parte.

Observe-se que esta Câmara negou


provimento ao mencionado agravo, restando pendente de
julgamento apenas os embargos de declaração opostos pela
agravante. Eis o teor do acórdão: "A agravante pretende seja
afastada a penhora que recaiu sobre o imóvel onde localizada sua
sede, ao argumento de que fere o patrimônio de afetação de cada
empreendimento, pois permite que o seu patrimônio seja utilizado
para a satisfação de dívidas do empreendimento Vila Inglesa, do
qual a agravada era associada, prejudicando a cooperativa e
comprometendo sua confiança, devendo a constrição ser limitada ao
patrimônio do empreendimento invocado. Razão, no entanto, não lhe
assiste, uma vez que todo o patrimônio da executada responde por
suas dívidas, independentemente do empreendimento do qual se
originou o débito, cumprindo ressaltar que, em momento algum, a
agravante apontou bens que constituíam o patrimônio do
empreendimento Vila Inglesa para que fosse promovida a
substituição da constrição. Também não há que se falar em violação
a patrimônio de afetação, porque ajuste entre a Bancoop e o

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Ministério Público firmado em ação civil pública previu


especificamente que: 'a celebração do presente acordo não impede
que os cooperados exerçam todos os direitos que lhe são
assegurados pelo ordenamento juridico (especialmente pela Lei
Federal nr. 5.764/71) e pelo Estatuto da Bancoop, ou que ajuízem
ações individuais ou coletivas contra a Cooperativa visando
assegurar seus interesses' (fl. 42). Além disso, o acordo previu que a
Cooperativa manteria contas separadas para cada um dos
empreendimentos. Não há nos autos o mais pálido indício de que a
devedora disponha de aludida conta, ou que esta tenha fundos
suficientes para cobrir a dívida em aberto. Sob esse enfoque, parece
claro que o acordo não obsta a penhora de bens livres e
desimpedidos da cooperativa para saldar a dívida que lhe incumbe
por força de decisão judicial (TJSP - Agravo de Instrumento n.
994.09.282252-2, rei. Des. Francisco Loureiro, j. 13.01.2010) Por
tais fundamentos, nega-se provimento ao recurso" (rei. Milton Paulo
de Carvalho Filho, j . 29.09.2010).

Resta, portanto, somente a


apreciação do pedido de substituição do bem penhorado por outro
imóvel, este que compõe o decantado patrimônio de afetação do
empreendimento Vila Inglesa. Trata-se do terreno sobre o qual foi
construído o Condomínio Residencial Vila Inglesa.

A exeqüente não concordou com o


pedido de substituição, porque o imóvel oferecido "está
integralmente compromissado, já tendo sido especificado o
condomínio, sendo certo que este imóvel não pertence mais à
Bancoop, devendo ser resguardado o direito real de aquisição dos
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adquirentes das unidades habitacionais" (fls. 238).

O pedido devia mesmo ser


indeferido, porque traria prejuízo à exeqüente. Sobre o terreno foram
construídos prédios para comercialização das unidades
condominiais. Dessa forma, como no condomínio edilício a compra
da unidade tem correspondência na fração ideal do solo (art. 1332,
inc. II do Código Civil), a propriedade da cooperativa será extinta
assim que vendidas todas as unidades.

Ante o exposto, conhece-se


parcialmente do recurso, e na parte conhecida, nega-se provimento.

Pedro BaccarSt—;
Relator

Agravo de instrumento n" 990.10.556976-5 - Comarca: São Paulo - 10a Vara Cível - voto n° 11.693 5

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