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A EVOLUÇÃO DO
PROTOCOLO ETHERNET (802.3)
NOVEMBRO/2002
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JOSÉ ALVES DE LIMA
LUCINÉIA GONÇALVES DA COSTA
A EVOLUÇÃO DO
PROTOCOLO ETHERNET (802.3)
MANAUS-AM
NOVEMBRO/2002
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SUMÁRIO
INTRODUÇÃO.....................................................................................................................04
1 HISTÓRIA DO PADRÃO ETHERNET.......................................................................05
2 O PADRÃO ETHERNET (IEEE 802.3)........................................................................06
2.1 SUPLEMENTOS DO IEEE.......................................................................................07
2.2 ORGANIZAÇÃO DO PADRÃO IEEE.....................................................................07
3 CARACTERÍSTICAS GERAIS.....................................................................................08
3.1 MEIO FÍSICO.............................................................................................................08
3.1.1 Especificações de Mídia....................................................................................08
3.1.2 Repetidores........................................................................................................09
3.1.3 Modos de Transmissão......................................................................................09
3.2 REGRAS DE CONTROLE DE ACESSO AO MEIO...............................................10
3.2.1 Sub-Camada MAC, IEEE 802.3........................................................................10
3.2.1.1 Endereçamento MAC............................................................................10
3.2.2 CSMA/CD (Carrier Sense Multiple Access with Collision Detection)............10
3.2.3 Topologias.........................................................................................................12
3.3 QUADRO ETHERNET..............................................................................................13
4 A EVOLUÇÃO DA ETHERNET...................................................................................14
4.1 ETHERNET – 10 Mbps..............................................................................................14
4.2 FAST ETHERNET – 100 Mbps.................................................................................15
4.3 GIGABIT ETHERNET – 1 Gbps...............................................................................15
4.3.1 Transmissão em Half-Duplex............................................................................15
4.3.2 Transmissão em Full-Duplex............................................................................16
4.4 FAST GIGABIT ETHERNET (10 Gbps)...................................................................16
CONCLUSÃO.......................................................................................................................17
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS................................................................................18
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INTRODUÇÃO
Desde o primeiro esborço feito por Metcalfe até hoje, o padrão Ethernet sofreu
muitas modificações, passando de uma comunicação a 2,94 Mbps para os atuais 10 Gbps.
Estas modificações mostram o quanto o padrão Ethernet evoluiu. O que vale observar ao
longo deste trabalho é que o padrão Ethernet somente obteve resultados positivos graças a
padronização pelo Institute of Electrical and Eletronics Engineers.
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1 HISTÓRIA DO PADRÃO ETHERNET
Em 22 de maio de 1973, Bob Metcalfe (Xerox Palo Alto Research Center, PARC, na
Califórnia) escreveu um memorando descrevendo o sistema de rede Ethernet. Este
memorando descrevia um sistema de rede baseado em uma experiência anterior com redes,
chamada rede Aloha. A rede Aloha foi iniciada na Universidade do Havaí no final dos anos
60, quando Norman Abramson e seus colegas desenvolveram uma rede de rádio para
comunicação entre as Ilhas Havaianas, sendo a primeira experiência no desenvolvimento de
mecanismo para compartilhar um canal de comunicação comum.
A primeira rede experimental de Metcalfe foi denominada Alto Aloha Network, mais
tarde sendo chamada de Ethernet, com uma taxa de transmissão de 2,94 Mbps. Em 1976,
Metcalfe desenhou o diagrama da figura a seguir para apresentar o Ethernet pela primeira vez.
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2 PADRÃO ETHERNET IEEE 802.3
O padrão Ethernet original de 10 Mbps foi publicado pela primeira vez em 1980,
pelo consórcio de empresas DEC-Intel-Xerox (DIX). O padrão, intitulado “The Ethernet, a
Local Área Network: Data Link Layer and Physical Layer Specifications”, continha as
especificações para a operação do Ethernet e também para o sistema de uma única mídia,
baseada em cabo coaxial grosso. Este padrão posteriormente foi revisado para incluir algumas
mudanças técnicas, correções e pequenas melhorias.
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A partir de agora o padrão IEEE 802.3 será tratado como padrão Ethernet.
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2.1 SUPLEMENTOS DO PADRÃO ETHERNET
Quando o padrão Ethernet precisa ser alterado para incluir um novo sistema de mídia
ou uma nova capacidade, o IEEE emite um suplemento que contém uma ou mais seções, ou
“cláusulas”. O suplemento pode conter uma ou mais cláusulas inteiramente novas, mas
também pode realizar mudanças nas cláusulas já existentes no padrão. Suplementos novos ao
padrão são avaliados por especialistas de engenharia nas várias reuniões antes de ser
considerado padrão completo.
Novos suplementos recebem uma designação de letra quando são criados. Quando o
suplemento tiver completado o processo de padronização, ele se torna parte do padrão básico
e não mais publicado como um documento suplementar separado. A tabela abaixo relaciona
diversos suplementos e a que eles se referem. As datas indicam quando ocorreu a aceitação
formal do suplemento ao padrão.
Suplemento Descrição
Os padrões do IEEE são organizados de acordo com o modelo OSI (Open Systems
Interconection). O padrão Ethernet preocupa-se com os elementos das duas primeiras
camadas do modelo OSI, física e enlace de dados respectivamente, descrevendo diversas
entidades. Para ajudar os detalhes, subcamadas extras foram definidas, que se encaixam nas
duas camadas inferiores do modelo OSI, o que significa que o padrão Ethernet inclui algumas
camadas mais detalhadas do que o modelo OSI, conforme a figura a seguir.
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Camada 7
Aplicativo
Camada 6
Apres entação
Camada 5 Subcamada Logic al
Sessão
Link Control ( LLC)
Camada 4
Transporte Sub camad a Media Access
Camada 3 Control (MAC)
Rede
Subcamadas de
Camada 2 sinalização fí sica
Enlace de dados
Camada 1 Especificações de mídia
Física
3 CARACTERÍSTICAS GERAIS
- 10Base2: cabo coaxial fino, com limite de comprimento de 185 metros por
segmento. Opera a 10 Mbps.
- 10Base5: Cabo coaxial grosso, com limite de comprimento de 500 metros por
segmento. Opera a 10 Mbps.
- 10BaseT: Cabo par trançado sem blindagem, com limite de comprimento de 100
metros por segmento. Opera a 10 Mbps.
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- 10BaseFL: Fibra óptica de modo múltiplo, com limite de comprimeto de 2 Km
por segmento. Opera a 10 Mbps.
- 100BaseT: Cabo par trançado sem blindagem, com limite de comprimento de 100
metros por segmento, operando a 100 Mbps. Esse padrão é também chamado Fast
Ethernet.
- 100BaseTX: Fibra óptica de modo múltiplo, operando a 100 Mbps, com limite de
comprimento de 412 metros por segmento, caso seja usada apenas uma fibra e
comunicação half-duplex. Caso sejam usada duas fibras, a comunicação é full-
duplex e o limite de comprimento passa a ser de 2 Km por segmento.
- 1000BaseT: Cabo par trançado sem blindagem, operando a 1 Gbps. Esse padrão é
também chamado Gigabit Ethernet. O limite de comprimento é de 100 metros por
segmento.
- 1000BaseSX: Fibra óptica de modo múltiplo, operando a 1 Gbps. O limite de
comprimento do cabo é de 220 metros por segmento. Esse é o padrão mais usado
na montagem de redes Gigabit Ethernet usando fibras ópticas.
- 1000BaseLX: Esse padrão de fibras ópticas permite um comprimento maior do
cabo: 550 metros caso seja usada fibra de modo múltiplo ou 5 Km caso seja usada
fibra óptica de modo único.
3.1.2 Repetidores
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3.2 ACESSO AO MEIO
O endereço MAC consiste em seis bytes, como mostra a figura abaixo. Os três
primeiros bytes são chamados de OUI (Organizationally Unique Indentifier) e identifica o
fabricante da placa de rede e são padronizados pelo IEEE, os três últimos bytes são definidos
e controlados pelo fabricante.
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t ransm it fra me
as s emble fr ame
no
no yes
c ollisio n detect?
send jam
no
t ransm iss ion d one?
y es
too man y att empt s ?
no
c ompu te ba ck of f
re ceive fram e
s t art re ceivi ng
y es do ne re ceivi ng?
yes
no
y es no
r eco gniz e adr ess ?
valid fr ame no
chec k sequence?
yes no
extr a bits ?
no
valid leng ht fie ld? yes
done: fram e
do ne: lengh t err or d one : r ece ive O K
c heck erro r
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O protocolo CSMA/CD foi projetado para fornecer acesso junto ao canal
compartilhado, para que todas as estações tenham a chance de usar a rede e nenhuma estação
fique travada devido a alguma outra estação estar pretendendo o canal. Após cada transmissão
de pacote, todas as estações usam o protocolo CSMA/CD para determinar qual estação usará
o canal Ethernet em seguida. O protocolo CSMA/CD apresenta o seguinte algoritimo para
transmissão:
3.2.3 Topologias
As redes Ethernet podem usar basicamente dois tipos de topologia: linear (também
chamada em barramento) e estrela. Independente do tipo de topologia usada, uma coisa é
certa, todos os dispositivos de rede, direta ou indiretamente, estão conectados a um mesmo
cabo.
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origem e a máquina de origem e a máquina de destino, não replicando os quadros recebidos
por toda a rede.
Dados e PAD
Preâmbulo SFD MAC Destino MAC Origem Comprimento FCS
(de 6 a
(7 bytes) (1 byte) (6 bytes) (6 bytes) (2 bytes) (4 bytes)
1500 bytes)
- Preâmbulo: marca o início do quadro. São 7 (sete) bytes 10101010. Junto com o
SFD forma um padrão de sincronismo, isto é, ao encontrar sete byttes 10101010 e
um byte 10101011, o dispositivo receptor sabe estar diante do início de um
quadro. Na realidade esse padrão 10101010 irá gerar, por causa da codificação
Manchester, um sinal de clock de 10 MHz (no caso do uso da velocidade Ethernet
padrão de 10 Mbps), utilizado no sincronismo entre o transmissor e o receptor.
- SFD (Start of Frame Delimiter): é um byte 10101011.
- Endereço MAC de destino: neste campo é incluído o endereço MAC da placa de
rede da máquina de destino, que possui os seis bytes.
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- Endereço MAC de origem: neste campo é informado o endereço MAC da placa
de rede que está gerando o quadro. É um número de seis bytes.
- Comprimento: indica quantos bytes estão sendo transferidos no campo de dados
do quadro, já que o campo de dados de um quadro Ethernet tem tamanho variável
e não fixo.
- Dados: são os dados enviados pela camada acima da camada de controle de
acesso ao meio. Esse campo possui um comprimento mínimo de 46 bytes e
máximo de 1500 bytes.
- PAD: se a camada de controle do link lógico (LLC) enviar menos do que 46 bytes
de dados para a camada de controle de acesso ao meio (MAC), então são inseridos
dados chamados PAD para que o campo de dados atinja o seu tamanho mínimo de
46 bytes.
- FCS (Frame Check Sequence): contém informações para controle de correção de
erros. Possui quatro bytes (32 bits).
Como o campo de dados do quadro usado em redes Ethenet é variável (pode ter entre
46 e 1.500 bytes), o tamanho do quadro Ethernet é variável. O tamanho mínimo de um quadro
Ethernet é de 72 bytes e o tamanho máximo, 1.526 bytes.
4 A EVOLUÇÃO DA ETHERNET
Desde sua criação por Metcafe até hoje, o protocolo IEEE 802.3 passou por muitas
mudanças. Estas mudanças muitas vezes foram oriundas pela necessidade de novas
aplicações, como as que são encontradas agora (tráfego de voz e vídeo). Os padrões Ethernet,
que são o de 10 Mbps ou Ethernet, o de 100 Mbps ou Fast Ethernet, o de 1 Gbps ou Gigabit
Ethernet e, agora mais recentemente, o de 10 Gbps ou Fast Gigabit Ethernet possuem cada um
suas características particulares, apresentadas a seguir.
O padrão Ethernet opera a 10 Mbps, com quadros que possuem tamanho entre 64 e
1518 bytes. O endereçamento é feito através de uma numeração que é única para cada host
com 6 bytes sendo os primeiros 3 bytes para a identificação do fabricante e os 3 bytes
seguintes para o número seqüencial da placa. Esta numeração é conhecida como endereço
MAC – Media Access Control.
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4.2 FAST ETHERNET – 100 Mbps
- Criação de pause frames, que são pacotes que a máquina que está recebendo a
informação envia à fonte para avisá-la que deve pausar a transmissão durante um
período de tempo;
- Não existe mais diferenciação entre estar transmitindo e estar recebendo;
- Não é mais necessário “perceber” o silêncio da linha. A transmissão se faz quando
o receptor se diz apto;
- Aumento da banda para 200 Mbps.
O padrão Fast Ethernet suporta cabo coaxial fino, par trançado sem blindagem e fibra
óptica (multimodo ou monomodo). Quanto à topologia, é suportada tanto a topologia linear
quanto a estrela, sendo para esta utilizado cabo par trançado sem blindagem.
Este novo padrão agregou valor não só ao tráfego de dado como também ao de voz e
vídeo. O Gigabit Ethernet foi desenvolvido para suportar o quadro padrão Ethernet, isto
significa manter a compatibilidade com a base instalada de dispositivos Ethernet e Fast
Ethernet e não requerer tradução de quadro. Possui taxa de transmissão de 1 Gbps e, na sua
essência, segue o padrão Ethernet com detecção de colisão, regras de repetidores. Aceita
modo de transmissão half-duplex e full-duplex. Algumas mudanças foram necessárias para
obter o suporte ao modo half-duplex.
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colisão. O tamanho do menor quadro para um domínio de colisão é determinado pelo atraso
máximo dos vários dispositivos da rede, como repetidores, pela camada MAC das estações e pelo
meio físico em si.
Outra mudança foi a introdução da rajada de quadros -frame burst. A rajada de quadros é
uma característica opcional, através da qual uma estação pode transmitir vários pacotes para
o meio físico sem perder o controle. A transmissão em rajada é feita preenchendo-se o espaço entre
os quadros com bits, de maneira que o meio físico não fique livre para as outras estações
tarnsmitirem.
Sua utilização no Gigabit Ethernet aumenta a banda de l Gbps para 2 Gbps, aumenta
as possíveis distâncias para meio e elimina a colisão. O controle não será mais feito pelo
CSMA/CD e sim pelo Flow Control.
Os tipos de cabos suportados pela Gibabit Ethernet são o coaxial fino, o par trançado sem
blindagem e a fibra ópitca (monomodo e multimodo), com as topologias de barramento e estrela.
Os tipos de cabos que podem ser suportados pela Fast Gigabit Ethernet são a fibra óptica
monomodo ou multimodo, o cabo par trançado, que ainda estão em estudos para padronização. A
topologia a ser utilizada será a estrela, com ligações ponto-a-ponto com dispositivos de rede.
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CONCLUSÃO
A evolução da Ethernet tem sido nos últimos anos impulsionada por vários fatores,
dentre eles pode-se destacar a necessidade de se ter à disposição uma banda maior, um serviço de
melhor qualidade e mudanças no perfil do tráfego de informações.
O meio físico também veio a sofrer algumas alterações, dentre elas a utilização de
materiais novos, como a fibra óptica e a possibilidade de um alcance maior das redes que utilizam
o padrão Ethernet em sua comunicação. Com isto, aumenta cada vez mais o número de redes
metropolitanas.
Como se pode observar, as mudanças sofridas no padrão Ethernet foram feitas para
suprir necessidades que o mercado começava a desmonstrar. O que vale salientar é que devido às
constantes mudanças foi necessária uma padronização a fim de manter compatibilidades entre os
diferentes níveis desta tecnologia.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
TORRES, Gabriel. Rede de Computadores – Curso Completo. Rio de Janeiro: Axcel Books,
2001.
SPURGEON, Charles. Ethernet – O Guia Definitivo. Rio de Janeiro: Editora Campus, 2000.
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