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Mãe... sobrou peça...

*Milton Sobreiro

Você já viu acontecer a velha história do menino que pega as ferramentas do pai, o eletrodo-
méstico danificado da mãe e, munido de sua curiosidade, ímpeto de sapiência e ousadia, abre,
desmonta, encontra algo que crê ser o problema e ao remontar percebe que sobrou peça. Algu-
mas vezes faz vrum e funciona, em outras, quando esta ação é apenas fruto de sua irresponsabi-
lidade juvenil, faz bum...
É exatamente esta cena que vemos no atual panorama mundial. Estamos vivendo um mo-
mento no mundo de desconstrução e reconstrução, característica de uma mudança de período
histórico, a contemporaneidade, já chamada de Pós-Modernidade está desconstruindo o que o
período Moderno construiu, tirando seus excessos, e buscando reconstruí-lo de uma forma mais
minimalista, mais enxuta. E a Educação não poderia estar fora desta dicotomia: desconstrução-
reconstrução.
Uma das mais profundas transformações da Pós-Modernidade se pode perceber no que tan-
ge a duas grandezas, talvez as principais na atualidade. Tempo e espaço sofreram profundas alte-
rações conceituais provocadas pelo desenvolvimento tecnológico. Se antes, a comunicação, para
se efetivar, precisava ser por carta, cruzando estradas precárias, muitas vezes em tração animal,
o que tomava muito tempo, passado algum tempo, com o advento do avião as mesmas distân-
cias passaram a ser percorridas, a cada novo modelo de aeronave, em menor tempo, aproximan-
do as distâncias. Com o avanço desta tecnologia, hoje, num simples clicar de botões ela se faz.
O homem pós-moderno não pode mais esperar a informação para o dia seguinte, nas páginas
amareladas de periódicos monocromáticos. Antes pelo rádio, depois pela TV e hoje pela Internet,
o que acontece em qualquer parte do Universo atinge-o quase que imediatamente, encurtando a
distância que o separa do acontecimento. Hoje, não seria mais uma vantagem um telejornal ter
em seu slogan a frase que consagrou o Repórter Esso dos idos dos 60 – A testemunha ocular do
fato. Quem está linkado neste mundo cibernético também o é.
A Escola Moderna, de origem nos monastérios, permeada de tradicionalismo estrutural e pe-
dagógico não ficou imune à derrubada de seus paradigmas, e, está dando lugar a uma reformula-
ção espaço-tempo-pedagógica, aos moldes pós-modernos. Os focos mudaram, sempre visando
uma adequação às práxis sociais vigentes. É nesta direção que, a cada dia mais solidificada, surgiu
a Educação a Distância. Modalidade que abrevia tempo e espaço, universalizando a Educação,
rompendo fronteiras, democratizando o acesso ao conhecimento que, até então, em alguns rin-
cões deste país-continente não chegava. O homem pós-moderno, proativo, que não pode perder
tempo em obter informação, com a EAD, tem ao seu dispor, não só a informação, mas a forma-
ção com a qualidade inerente ao seu tempo de dedicação.
Voltando à história do nosso menino cientista, a Educação a Distância desmontou a estrutura
tradicional da Educação, e a remontou, excluindo as peças, que por não terem muita funcionali-
dade, acabavam por facilitar o travamento da engrenagem funcional. A grande diferença daquele
menino, é que quem faz a EAD hoje não é inexperiente e curioso, mas um profundo conhecedor
da Pedagogia e das teorias do conhecimento. EAD é a tendência pós-moderna em Educação, lu-
gar de quem está antenado com seu tempo.

Prof. Milton JB Sobreiro


Licenciado em Ciências Sociais
Especializando em Educação a Distância
Designer Instrucional
Educomunicador
Coordenador STNB – EAD e OnLine

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