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MANUAL DOS BENEFÍCIOS FISCAIS DO IRPJ  COMO MANTER-SE ATUALIZADO NA LEGISLAÇÃO

Uma das formas mais práticas e rápidas de atualizar-se na legislação é recebendo as


Autor: Júlio César Zanluca novidades no seu e-mail. O Portal Tributário tem boletins GRATUITOS de legislação. Para
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SOBRE O AUTOR E A OBRA
Todos os direitos reservados
Júlio César Zanluca é Contabilista e mora em Curitiba – PR. De 1986 a 2003 foi auditor e
Dica: para localizar rapidamente uma palavra, tecle CTRL + L consultor de várias empresas no Paraná e Santa Catarina. Atualmente, o autor é coordenador
de conteúdo do site Portal Tributário, tendo escrito várias outras obras, como 100 Idéias
SUMÁRIO: (clique no link de cada módulo para acessá-lo) Práticas de Economia Tributária, Manual do IRPJ – Lucro Real, Planejamento Tributário,
Cooperativas, Contabilidade de Custos, Gestão Tributária (esta última, em co-autoria com
Introdução Paulo Henrique Teixeira), entre outras.
Siglas Utilizadas
DEPRECIAÇÃO ACELERADA INCENTIVADA  Direitos autorais REGISTRADOS. A cópia, reprodução, distribuição ou comercialização
PROGRAMA DE ALIMENTAÇÃO DO TRABALHADOR (PAT) por qualquer meio somente será permitida mediante autorização POR ESCRITO do detentor
PROGRAMAS ESPECIAIS DE EXPORTAÇÃO – BEFIEX de direitos autorais. Permitida a reprodução de apenas 1 (uma) cópia para uso exclusivo e
INCENTIVOS ÀS ATIVIDADES CULTURAIS OU ARTÍSTICAS pessoal do adquirente.
INCENTIVOS À ATIVIDADE AUDIOVISUAL
DOAÇÕES AO FUNDO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE SIGLAS UTILIZADAS
REDUÇÃO DO IR COMO INCENTIVO AO DESENVOLVIMENTO REGIONAL -
SUDENE E SUDAM CLT: Consolidação das Leis do Trabalho (Decreto-Lei 5.452/43)
APLICAÇÃO DO IR EM INVESTIMENTOS REGIONAIS COFINS: Contribuição Social para o Financiamento da Seguridade Social (Lei Complementar
PESQUISA TECNOLÓGICA E DESENVOLVIMENTO DE INOVAÇÃO TECNOLÓGICA DE PRODUTOS –
REVOGADO PELA LEI 11.196/2005 70/1991)
INCENTIVOS À INOVAÇÃO TECNOLÓGICA – A PARTIR DE 01.01.2006 CPMF: Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (Lei 9.311/1996)
INCENTIVOS AO DESPORTO CSL ou CSLL: Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (Lei 7.689/1988)
ADENDO: QUADRO RESUMO DOS LIMITES DE APLICAÇÕES EM INCENTIVOS ICMS: Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços (Lei Complementar
FISCAIS 87/1996)
Lucro da Exploração GPS: Guia da Previdência Social
IN: Instrução Normativa
INSS: Instituto Nacional de Seguridade Social
INTRODUÇÃO
IR: Imposto de Renda
IRF: Imposto de Renda na Fonte
Incentivos fiscais ou benefícios fiscais são expressões sinônimas, caracterizando-se pela
IRPF: Imposto de Renda – Pessoa Física
redução ou eliminação, direta ou indireta, do respectivo ônus tributário, oriundo de lei ou
IRPJ: Imposto de Renda – Pessoa Jurídica
norma específica.
ISS: Imposto sobre Serviços (Lei Complementar 116/2003)
LALUR: Livro de Apuração do Lucro Real
A legislação do Imposto de Renda tem diversos incentivos fiscais. Por desconhecimento,
LC: Lei Complementar
muitos contribuintes deixam de utilizar tais dispositivos legais, pagando, assim, maior
OS: Ordem de Serviço
imposto.
PIS: Programa de Integração Social (Lei Complementar 7/1970)
RFB: Receita Federal do Brasil
O presente Manual tem por objetivo apresentar os benefícios fiscais vigentes, na área do
RIPI: Regulamento do Imposto sobre Produtos Industrializados (Decreto 4.544/2002)
Imposto de Renda.
RIR/99: Regulamento do Imposto de Renda (Decreto 3.000/1999)
RPS: Regulamento da Previdência Social (Decreto 3.048/1999)
Sugere-se, sempre, acompanhamento da legislação vigente, para aplicação de qualquer
SRF: Secretaria da Receita Federal
incentivo previsto.
TJLP: Taxa de Juros a Longo Prazo
 Observar que todos os exemplos são meramente ilustrativos. Para avaliação dos efeitos
PESSOAS JURÍDICAS EXCLUÍDAS DO GOZO DOS INCENTIVOS FISCAIS
monetários dos incentivos (real ou potencial), verificar a adequação dos cálculos à efetiva
realidade fiscal do contribuinte e legislação vigente à época.

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De acordo com o art. 614 do Regulamento do Imposto de Renda/1999, não podem se Exemplo:
beneficiar da dedução dos incentivos de que trata este manual:
Custo de aquisição (corrigido) de equipamento adquirido em 07.01.1994: R$ 240.000,00.
I – as pessoas jurídicas tributadas com base no lucro presumido; Valor contabilizado (no ano) como depreciação: R$ 240.000,00 x 10% = R$ 24.000,00
II – as pessoas jurídicas tributadas com base no lucro arbitrado; Valor do incentivo, que poderá ser excluído na apuração do Lucro Real (no ano):
III – as empresas instaladas em Zona de Processamento de Exportação – ZPE;
IV – as microempresas – ME e empresas de pequeno porte – EPP, optantes pelo SIMPLES; R$ 240.000,00
V – as empresas concessionárias de serviços públicos, relativamente à parcela do lucro dividido por 24 quotas = R$ 10.000,00
inflacionário tributada à alíquota de 6% (seis por cento); vezes 12 quotas de janeiro a dezembro = R$ 120.000,00
VI – as pessoas jurídicas com registro no Cadastro Informativo de créditos não quitados do menos: valor já contabilizado como depreciação no ano (R$ 24.000,00) = R$ 96.000,00
setor público federal – CADIN.
O Parecer Normativo CST 7/92 dispôs que:
A concessão ou reconhecimento de qualquer incentivo ou benefício fiscal, relativos a tributos
e contribuições administrados pela Secretaria da Receita Federal fica condicionada à a) para fins de gozo da depreciação incentivada, entende-se como máquinas e
comprovação pelo contribuinte, da quitação de tributos e contribuições federais (Lei equipamentos os produtos classificados nos Capítulos 84, 85 e 90 da TIPI e, como processo
9.069/95, art. 60). industrial, o conjunto de procedimentos a que é submetido o material (matéria-prima e
insumos) até a obtenção do produto acabado;
DEPRECIAÇÃO ACELERADA INCENTIVADA
b) com referência aos bens objeto de arrendamento mercantil, atendidos os pressupostos
Em casos previstos na legislação, permite-se a adoção de coeficientes de depreciação da legislação especifica, poderiam usufruir da depreciação incentivada as máquinas e os
acelerada com a finalidade de incentivar a implantação, renovação ou modernização de equipamentos adquiridos pelas empresas arrendadoras, utilizados pelas arrendatárias em seu
instalações e equipamentos (Regulamento do Imposto de Renda/99, art. 313). processo industrial.

DEPRECIAÇÃO DE BENS ADQUIRIDOS ENTRE 12.06.1991 E 31.12.1993 DEPRECIAÇÃO DE EQUIPAMENTOS EMISSORES DE CUPOM FISCAL
ADQUIRIDOS ENTRE 12.01.1995 E 31.12.1995
Por meio da Lei 8.191/91, art. 2, é permitida a depreciação acelerada, calculada pela aplicação
da taxa de depreciação usualmente admitida, multiplicada por dois, sem prejuízo da Por meio do art. 103 da Lei 8.981/95, foi permitido às pessoas jurídicas com atividade
depreciação normal, das máquinas, equipamentos, aparelhos e instrumentos novos destinados comercial de vendas de produtos e serviços promover depreciação acelerada dos equipa-
ao uso da produção industrial incorporados ao ativo fixo do adquirente no período mentos Emissores de Cupom Fiscal (ECF) novos, adquiridos no período compreendido entre
compreendido entre 12 de Junho de 1991 e 31 de dezembro de 1993 e utilizados no processo 12 de janeiro e 31 de dezembro de 1995.
de produção.
Calcula-se a depreciação acelerada pela aplicação da taxa de depreciação usualmente
Exemplo: admitida, sem prejuízo da depreciação normal.

Máquina adquirida em 25.07.1993, pelo valor (corrigido) de R$ 70.000,00 Exemplo:


Depreciação contábil (10% de R$ 70.000,00) no ano: R$ 7.000,00
Depreciação incentivada que poderá ser excluída do LALUR: R$ 7.000,00 x 2 = R$ Depreciação contabilizada: R$ 2.000,00
14.000,00. Depreciação incentivada (mesmo valor da contabilizada) R$ 2.000,00

Nota: Conforme Portaria MFEP 596/91, os bens abrangidos por esse benefício são os que O benefício, todavia, somente alcança os equipamentos:
constam do Anexo ao Decreto 151/91.
a) que identifiquem no cupom fiscal emitido os produtos ou serviços vendidos; e
DEPRECIAÇÃO DE BENS ADQUIRIDOS ENTRE 12.01.1992 E 31.12.1994 b) cuja utilização tenha sido autorizada pelo órgão competente dos Estados, do Distrito
Federal ou dos Municípios.
Por meio das Leis 8.383/91, art. 46, e 8.643/93, art. 22, é permitido às pessoas jurídicas
depreciar, em 24 quotas mensais, o custo de aquisição ou construção de máquinas e MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS ADQUIRIDOS ENTRE 14.06.1995 E 31.12.1997
equipamentos, novos, adquiridos entre 12 de janeiro de 1992 e 31 de dezembro de 1994,
utilizados em processo industrial da adquirente, inclusive máquinas e equipamentos objeto de Pode ser depreciado aceleradamente o custo de aquisição ou construção de máquinas,
contratos de arrendamento mercantil (neste caso, o beneficio é da empresa arrendadora, ou equipamentos, aparelhos e instrumentos novos, relacionados no Anexo à Lei 9.493/97,
seja, da empresa de Leasing). adquiridos (ou construídos) entre 14.06.1995 e 31.12.1997 e utilizados no processo industrial
da empresa.

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pela aplicação da taxa de depreciação usualmente admitida, sem prejuízo da depreciação
A depreciação acelerada equivale a valor correspondente à depreciação normal, sem prejuízo normal.
desta.
Foi vedada a fruição deste beneficio (previsto nos artigos 320 e 494 do RIR/99)
O benefício é extensivo aos bens (relacionados no Anexo à Lei 9.493/97) objeto de contrato cumulativamente com o de que trata o art. 500 do RIR, que permite a concessão ás empresas
de arrendamento mercantil, utilizados no processo industrial da empresa arrendatária. Nesse titulares de PDTI de um crédito de parcela do imposto retido na fonte incidente sobre os
caso, a depreciação acelerada pode ser utilizada pela empresa arrendadora, a quem cabe valores pagos, remetidos ou creditados a beneficiários residentes ou domiciliados no exterior,
proceder à depreciação. a título de royalties, assistência técnica, científica, administrativa ou assemelhadas, e de
serviços técnicos especializados, previstos em contratos averbados nos termos do Código da
Exemplo: Propriedade Industrial, quando o programa se enquadrar em atividade industrial prioritária.

Depreciação contabilizada de um bem nas condições acima: R$ 25.000,00 Exemplo:


Depreciação incentivada (mesmo valor da contabilizada) R$ 25.000,00
Depreciação contabilizada de um bem nas condições acima: R$ 17.000,00
Nota: O benefício referido neste tem fica condicionado a comprovação, pelo contribuinte, da Depreciação incentivada (mesmo valor da contabilizada) R$ 17.000,00
regularidade quanto ao pagamento de todos os tributos e contribuições federais e não pode ser
usufruído cumulativamente com outros da mesma natureza. PDTI/PDTA APROVADO A PARTIR DE 03.06.1993

PROGRAMAS SETORIAIS INTEGRADOS (PSI) Às empresas industriais e agropecuárias que executarem Programas de Desenvolvimento
Tecnológico Industrial (PDTI) e Programas de Desenvolvimento Tecnológico Agropecuário
Os Programas Setoriais Integrados aprovados até 03 de junho de 1993 pelo Conselho de (PDTA) a legislação consolidada no art. 321 do RIR/99 autoriza o benefício de depreciação
Desenvolvimento Industrial (CDI), vinculado ao Ministério da Indústria, Comércio e acelerada, calculada pela aplicação da taxa de depreciação usualmente admitida, multiplicada
Turismo, podiam prever a depreciação acelerada de máquinas, equipamentos, aparelhos e por dois, sem prejuízo da depreciação normal, das máquinas, equipamentos, aparelhos e
instrumentos novos, de produção nacional, utilizados no processo de produção e em instrumentos, novos, destinados á utilização nas atividades de pesquisa e desenvolvimento
atividades de desenvolvimento tecnológico industrial. tecnológico, industrial e agropecuário.

Nesses casos, sem prejuízo da depreciação normal, a depreciação acelerada equivale à Nota: os benefícios PDTI e PDTA foram revogados, a partir de 01.01.2006, pela Lei
aplicação: 11.196/2005.

a) da taxa de depreciação usualmente admitida, para os programas aprovados até 28 de Exemplo:


dezembro de 1989;
b) de 50% da taxa de depreciação usualmente admitida, para os programas aprovados a Depreciação contabilizada de um bem nas condições acima: R$ 15.000,00
partir de 29 de dezembro de 1989. Depreciação incentivada (2 x o valor da contabilizada) R$ 30.000,00

Exemplo 1: Programa PSI aprovado até 28.12.1989 Este incentivo fiscal foi regulamentado pelo Decreto 949/93.
Depreciação contabilizada de um bem nas condições acima: R$ 17.000,00
Depreciação incentivada (mesmo valor da contabilizada) R$ 17.000,00 PROGRAMAS BEFIEX

Exemplo 2: Programa PSI aprovado a partir de 29.12.1989 Foi permitido às empresas industriais titulares de Programas Befiex, aprovados até 03 de
Depreciação contabilizada de um bem nas condições acima: R$ 20.000,00 junho de 1993, sem prejuízo da depreciação normal, usufruir do benefício da depreciação
Depreciação incentivada (50% do valor da depreciação contabilizada) R$ 10.000,00 acelerada de máquinas, equipamentos, aparelhos e instrumentos, novos, de produção nacional,
utilizados no processo de produção e em atividades de desenvolvimento tecnológico
Base: art. 319 do RIR/99. industrial, calculada pela aplicação:

PDTI APROVADO ATÉ 03.06.1993 a) da taxa de depreciação usualmente admitida, no caso de Programas Befiex aprovados
até 28.12.1989;
Às empresas executoras, direta ou indiretamente, de Programas de Desenvolvimento b) de 50% da taxa usualmente admitida, tratando-se de Programas Befiex aprovados a
Tecnológico Industrial (PDTI) no Pais, sob sua direção e responsabilidade diretas, aprovados partir de 29.12.1989.
até 03 de junho de 1993, foi permitido usufruir do benefício da depreciação acelerada de
máquinas, equipamentos, aparelhos e instrumentos, novos, de produção nacional, calculada Exemplo 1:

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Programa BEFIEX aprovado até 28.12.1989
Depreciação contabilizada de um bem nas condições acima: R$ 15.000,00 Considera-se atividade rural:
Depreciação incentivada (mesmo valor da contabilizada) R$ 15.000,00
a) a agricultura;
Exemplo 2: b) a pecuária;
c) a extração e a exploração vegetal e animal;
Programa BEFIEX aprovado a partir de 29.12.1989 d) a exploração da apicultura, avicultura, cunicultura, suinocultura, sericicultura,
Depreciação contabilizada de um bem nas condições acima: R$ 20.000,00 piscicultura e outras culturas animais;
Depreciação incentivada (50% do valor da depreciação contabilizada) R$ 10.000,00 e) a transformação de produtos decorrentes da atividade rural, sem que sejam alteradas a
composição e as características do produto in natura, feita pelo próprio agricultor ou criador,
Base: art. 322 do RIR/99. com equipamentos e utensílios usualmente empregados nas atividades rurais, utilizando
exclusivamente matéria-prima produzida na área rural explorada, tais como a pasteurização e
MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS PARA OBRAS AUDIOVISUAIS o acondicionamento do leite, assim como o mel e o suco de laranja, acondicionados em
embalagem de apresentação;
Foi permitida a depreciação em 24 quotas mensais do custo de aquisição ou construção de f) o cultivo de florestas que se destinem ao corte para comercialização, consumo ou
máquinas e equipamentos adquiridos entre 12 de janeiro de 1992 e 31 de dezembro de 1993, industrialização.
utilizados pelos adquirentes para exibição, produção, ou de laboratório de imagens ou de
estúdios de som para obras audiovisuais conceituadas no art. 2 da Lei 8.401/92. Base: art. 58 e 314 do RIR/99

Exemplo: Depreciação Incentivada Rural e Contribuição Social sobre o Lucro

Custo de aquisição (corrigido) de equipamento adquirido em 09.09.1994: R$ 240.000,00. De acordo com o art. 52 da IN SRF 93/97, na apuração da base de cálculo da Contribuição
Valor contabilizado (no ano) como depreciação: R$ 240.000,00 x 10% = R$ 24.000,00 Social sobre o Lucro (CSL) por empresas que explorem a atividade rural, os bens do Ativo
Valor do incentivo, que poderá ser excluído na apuração do Lucro Real (no ano): Permanente Imobilizado, exceto a terra nua, utilizados nessa atividade poderão ser depre-
ciados integralmente no próprio período de apuração da aquisição.
R$ 240.000,00
dividido por 24 quotas = R$ 10.000,00 Desta forma, podem ser adotados os mesmos critérios aplicáveis à depreciação acelerada
vezes 12 quotas de janeiro a dezembro = R$ 120.000,00 incentivada para efeitos do Imposto de Renda.
menos: valor já contabilizado como depreciação no ano (R$ 24.000,00) = R$ 96.000,00
Assim, no período de apuração em que o bem for adquirido, poderá ser excluído do lucro
Base: art. 323 do RIR/991 líquido, para determinação da base de cálculo da CSL (a título de depreciação acelerada), o
valor que, somado ao da quota de depreciação normal, registrada na escrituração contábil,
DEPRECIAÇÃO NA ATIVIDADE RURAL resulte em 100% do custo de aquisição.

Os bens do Ativo Permanente Imobilizado, exceto a terra nua, adquiridos por pessoa jurídica REVERSÃO DA DEPRECIAÇÃO ACELERADA INCENTIVADA
que explore a atividade rural, para uso nessa atividade, podem ser depreciados integralmente
no próprio ano de aquisição. Nos períodos de apuração subsequentes, porém, deverão ser adicionadas ao lucro líquido, na
determinação do Lucro Real e da base de cálculo da CSL, as importâncias registradas na
Isso significa excluir do lucro líquido, no Livro de Apuração do Lucro Real (LALUR) (no ano escrituração contábil relativas às quotas de depreciação.
de aquisição), valor que, somado à depreciação normal (registrada na escrituração contábil),
resulte em 100% do custo de aquisição do bem. Exemplo:

Exemplo: Valor de Aquisição de um Trator, no ano 1: R$ 25.000,00


Depreciação de Trator, no ano 2 de sua aquisição: R$ 5.000,00
Depreciação de trator: Valor Contábil da Depreciação Acumulada no ano 1 da depreciação: R$ 5.000,00
Valor de Aquisição: R$ 25.000,00 Valor da Exclusão no Lucro Real e na Base de Cálculo da CSL, no ano 1, como depreciação
Valor da Depreciação Contábil no ano: R$ 5.000,00 incentivada na atividade rural: R$ 20.000,00
Valor da Depreciação Incentivada (mediante exclusão no LALUR) R$ 20.000,00 Valor da Adição, tanto no Lucro Real como na Base de Cálculo da CSL, a título de reversão
Total da Depreciação Contábil + Incentivada: R$ 25.000,00 da depreciação incentivada, no ano 2: R$ 5.000,00 (mesmo valor contabilizado como custo ou
despesa, naquele ano).
CONCEITO DE ATIVIDADE RURAL

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FORMA DE APROVEITAMENTO DA DEPRECIAÇÃO ACELERADA Exemplo:
INCENTIVADA
Em janeiro de 2000, determinada empresa rural tributada com base no lucro real anual
A quota de depreciação acelerada, correspondente ao beneficio, constituirá exclusão do lucro adquiriu, por R$ 50.000,00, um equipamento sujeito à taxa de depreciação normal de 10%.
liquido e deve ser escriturada no Livro de Apuração do Lucro Real (LALUR), observando-se Então os seguintes cálculos deverão ser procedidos:
que:
a) em 2000:
a) o total da depreciação acumulada, incluindo a normal e a acelerada, não pode
ultrapassar o custo de aquisição do bem; 1) despesa de depreciação lançada na contabilidade: R$ 5.000,00 (10% de R$ 50.000,00);

b) a partir do período de apuração em que for atingido o limite mencionado em “a” (valor 2) depreciação acelerada incentivada, excluída do lucro líquido na Parte “A” do Lalur:
total do custo de aquisição), o valor da depreciação normal, registrado na escrituração R$ 50.000,00 menos R$ 5.000,00 = R$ 45.000,00.
comercial, deverá ser adicionado ao lucro líquido para efeito de determinação do lucro real.
Este valor deverá ser registrado em folha própria da Parte B do Lalur.
c) salvo autorização expressa em lei, o benefício fiscal da depreciação acelerada não
pode ser usufruído cumulativamente com outros idênticos, exceto com a depreciação 3) a partir do ano-calendário de 2001 e até 2010:
acelerada em função dos turnos de trabalho. 3.1) despesa de depreciação, lançada anualmente na contabilidade: R$ 5.000,00 (10% de R$
50.000,00);
Assim, registra-se normalmente, na contabilidade, a quota de depreciação do bem (calculada
pela taxa correspondente ao prazo estimado de sua vida útil) e, em seguida, exclui-se, no 3.2) adição ao lucro líquido, na Parte “A” do Lalur: R$ 5.000,00
LALUR, o valor correspondente depreciação acelerada incentivada.
Este valor será anualmente baixado na forma própria da Parte B do Lalur que controla o valor
A quota anual de depreciação acelerada incentivada é determinada aplicando-se a taxa excluído pelo incentivo em 2.000
admitida pela legislação específica sobre o custo de aquisição do bem (corrigido
monetariamente até 31.12.1995, se adquirido até essa data). Nota Importante:

Se a pessoa jurídica apurar lucro real referente a período inferior a 12 meses ou se houver Especificamente no caso aqui exemplificado, que se refere à depreciação acelerada
acréscimo de bem (beneficiado pela depreciação acelerada incentivada) ao Ativo no curso do incentivada de bens do Ativo Imobilizado de empresas rurais, seriam cabíveis os ajustes
período-base, a quota anual deverá ser ajustada proporcionalmente ao número de meses. exemplificados também para efeito de determinação da base de calculo da Contribuição
Social sobre o Lucro.
CONTROLE NA PARTE “B” DO LALUR
Nas demais modalidades de depreciação acelerada incentivada, o beneficio é restrito ao
As quotas de depreciação acelerada excluídas do liquido mediante ajuste lançado na Parte “A” Imposto de Renda.
do devem ser registradas em folha própria da Parte "B" do mesmo livro.
EXERCÍCIOS:
Este controle é obrigatório, e segue o seguinte esquema:
a) Complete o quadro com o valor dos benefícios de exclusão do Lucro Real e/ou da base de
a) o bem estará integralmente depreciado, para efeitos fiscais, a partir do momento em que a cálculo da CSL:
soma da depreciação acumulada normal (registrada na escrituração contábil) com a
depreciação acelerada incentivada (excluída no Lalur) atingir 100% do custo de aquisição do Especificação Valor Valor da Valor da Depreciação
bem (corrigido até 31.12.1995, se for o caso); Depreciação Depreciação Incentivada na base de
Contábil R$ Incentivada – IRPJ cálculo da CSL
b) para fins contábeis, no entanto, o bem ainda não estará totalmente depreciado e sua Lucro Real
depreciação continuará a ser registrada normalmente como custo ou despesa operacional; Atividade Rural (valor do 5.000,00
Equipamento R$
c) a depreciação que for registrada na contabilidade após o bem estar integralmente 50.000,00)
depreciado para efeitos fiscais (letra “a”) deverá ser adicionada ao lucro líquido, na Parte “A” Máquina adquirida em 10.000,00
do Lalur, baixando-se idêntico valor da conta de controle, na Parte “B” do livro, até que o 15.06.1991
bem esteja totalmente depreciado (contabilmente) e, conseqúentemente, não haja mais saldo BEFIEX aprovado em 2.000,00
da depreciação acelerada na Parte “B” do Lalur. 05.04.1989
PSI aprovado em 1.000,00

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07.08.1994 É permitido às pessoas jurídicas tributadas com base no lucro real deduzir do Imposto de
PDTI aprovado em 1.900,00 Renda devido, a título de incentivo fiscal, entre outros, o valor correspondente á aplicação da
01.09.1990 alíquota do imposto sobre a soma das despesas de custeio realizadas no período em
Equipamento adquirido 50.000,00 Programas de Alimentação do Trabalhador (PAT).
em 11.01.1994, por R$ (apuração anual)
500.000,00 (valor Para cadastrar-se no PAT, a pessoa jurídica deve apresentar e registrar formulário junto ao
corrigido) ECT ou enviar via internet constante no "site" do MTE (www.mte.gov.br), mantendo o
comprovante de postagem da agência ou o comprovante de adesão via internet. Estes
b) Calcule a reversão da depreciação incentivada, com base nos seguintes dados: documentos têm validade por prazo indeterminado.

Valor contábil de aquisição do bem R$ 75.000,00 As empresas que firmarem o termo de adesão a partir de 2.000 não precisam renovar o
Valor contábil da depreciação acumulada do bem R$ 50.000,00 formulário, no entanto, aquelas que o fizeram antes, devem renovar o mesmo, que a partir
Valor contábil da depreciação do período R$ 7.500,00 dessa renovação será válido por prazo indeterminado.
Valor da depreciação incentivada, registrada na Parte B do LALUR R$ 25.000,00
Base: Art. 10 da Lei 9.532/97 e art. 2 da Portaria SIT 3/2002.
RESPOSTAS:
FORMA E PRAZO DE ADESÃO E VALIDADE DO PROGRAMA
a) A adesão ao PAT consiste na apresentação do formulário oficial, devidamente preenchido e
instruído com os seguintes elementos:
Especificação Valor Valor da Depreciação Valor da Depreciação
Depreciação Incentivada – IRPJ Incentivada na base de
Contábil R$ Lucro Real cálculo da CSL
1) identificação da empresa beneficiária;
Atividade Rural 5.000,00 45.000,00 45.000,00 2) número de refeições maiores e menores;
(valor do 3) modalidade de serviços de alimentação e percentuais correspondentes (próprio, fornecedor,
equipamento R$ convênio e cesta de alimentos);
50.000,00) 4) número de trabalhadores beneficiados por UF;
5) número de trabalhadores beneficiados por faixas salariais;
Máquina adquirida 10.000,00 20.000,00 Zero (não existe
6) termo de responsabilidade e assinatura do responsável pela empresa.
em 15.06.1991 incentivo para a CSL)
BEFIEX aprovado 2.000,00 2.000,00 Zero (não existe
O formulário é adquirido nas agências da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT).
em 05.04.1989 incentivo para a CSL)
A inscrição também pode ser efetuada por meio eletrônico utilizando o formulário constante
PSI aprovado em 1.000,00 500,00 Zero (não existe
da página do Ministério do trabalho e Emprego na INTERNET (www.mte.gov.br).
07.08.1994 incentivo para a CSL)
PDTI aprovado em 1.900,00 3.800,00 Zero (não existe
O PAT fica automaticamente aprovado mediante a apresentação e registro do formulário na
01.09.1993 incentivo para a CSL)
ECT.
Equipamento 50.000,00 200.000,00 (apuração Zero (não existe
adquirido em (apuração anual) anual) incentivo para a CSL) A empresa deverá informar anualmente no Relatório Anual de Informações Sociais - RAIS
11.01.1994 por R$ sua participação no Programa.
500.000,00 (valor
corrigido) Base: Art. 2, parágrafo 1 da Portaria Interministerial MTPS/MF/MS 5/1999; e art. 2 da
Portaria SIT 3/2002.
b) Cálculo:
GUARDA DOS DOCUMENTOS DO PAT
1. Valor da Depreciação Incentivada Parte B LALUR 25.000,00
2. Valor Contábil da Depreciação Acumulada 50.000,00
A cópia do formulário e o respectivo comprovante oficial da postagem ou o comprovante de
3. Valor contabilizado no período como depreciação 7.500,00 adesão via INTERNET deverá ser mantida nas dependências da empresa, matriz e filiais, á
4. Soma (1 + 2 + 3) 82.500,00 disposição da fiscalização federal.
5. Valor contábil de Aquisição do Bem 75.000,00
6. Valor da reversão (4 - 5) 7.500,00 A documentação relacionada aos gastos com o Programa e aos incentivos dele decorrentes
deve ser mantida à disposição da fiscalização, de modo a possibilitar seu exame e confronto
PROGRAMA DE ALIMENTAÇÃO DO TRABALHADOR (PAT) com os registros contábeis e fiscais exigidos pela legislação pertinente.

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13 – Manual dos Benefícios Fiscais do IRPJ © 14 – Manual dos Benefícios Fiscais do IRPJ ©
Bases: parágrafo 2, art. 4 da Portaria Interministerial MTPS/MF/MS 5/1999 e § 1 e 2 do art. 2
da Portaria SIT 3/2002. Na emissão dos documentos de legitimação, deverão ser adotados mecanismos que assegurem
proteção contra falsificação.
QUALIDADE E TEOR NUTRITIVO DA ALIMENTAÇÃO
Bases: Decreto 2.101/96; e art. 8, 9, 10 da Portaria SIT 3/2002.
Os programas de alimentação do trabalhador deverão propiciar condições de avaliação do teor
nutritivo da alimentação, conforme disposto no art. 3º do Decreto nº 5, de 14 de janeiro de FORNECIMENTO DE CESTA BÁSICA
1991.
As pessoas jurídicas participantes do PAT, mediante prestação de serviços próprios ou de Independentemente da existência de Programa de Alimentação do Trabalhador os gastos com
terceiros, deverão assegurar qualidade e quantidade da alimentação fornecida aos a aquisição de cestas básicas, distribuídas indistintamente a todos os empregados da pessoa
trabalhadores, cabendo-lhes a responsabilidade de fiscalizar a qualidade e o teor nutritivo. jurídica, são dedutíveis do lucro liquido, para fins de determinação do lucro real e da base de
cálculo da Contribuição Social sobre o Lucro (IN SRF 11/96, art. 27, parágrafo único).
As normas específicas do teor nutritivo da alimentação foram estabelecidas pela Portaria
Interministerial 66/2006. EXTENSÃO DO PROGRAMA
Os cardápios deverão oferecer, pelo menos, uma porção de frutas e uma porção de legumes ou
verduras, nas refeições principais (almoço, jantar e ceia) e pelo menos uma porção de frutas Empregados dispensados ou com contrato suspenso
nas refeições menores (desjejum e lanche).
O beneficio do PAT pode ser estendido pela pessoa jurídica:
FORMAS DE EXECUÇÃO DO PAT
a) aos trabalhadores por ela dispensados, no período de transição para novo emprego,
Para a execução do PAT, a pessoa jurídica beneficiária poderá: limitada a extensão ao período de seis meses; e
b) aos empregados que estejam com o contrato de trabalho suspenso para participação em
1) manter serviço próprio de refeições; curso ou programa de qualificação profissional, limitada essa extensão ao período de cinco
2) distribuir alimentos, inclusive não preparados (cestas básicas) e meses.
3) firmar convênios com entidades que forneçam ou prestem serviços de alimentação coletiva,
desde que essas entidades sejam credenciadas pelo Programa e se obriguem a cumprir o Empregados de subempreiteira
disposto na legislação do PAT e na Portaria SIT 3/2002, condição que deverá constar
expressamente do texto do convênio entre as partes interessadas. De acordo com o Parecer Normativo CST 08/82, a empresa empreiteira pode estender o PAT
aos empregados de subempreiteira que para ela trabalhem no mesmo canteiro de obras.
As empresas produtoras de cestas de alimentos e similares, fornecedoras de componentes
alimentícios devidamente embalados e registrados nos órgãos competentes, para transporte INEXISTÊNCIA DE REFLEXOS NA REMUNERAÇÃO DO TRABALHADOR
individual, deverão comprovar atendimento à regulamentação técnica da Secretaria de Defesa
Agropecuária do Ministério da Agricultura e do Abastecimento, através de organismo É importante ressaltar que no PAT previamente aprovado pelo Ministério do Trabalho, a
designado pelo INMETRO - Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade parcela paga in natura pela empresa não tem natureza salarial, não se incorpora á
Industrial - para esta finalidade. remuneração para quaisquer efeitos, não constitui base de incidência de contribuição
previdenciária ou do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) nem se configura como
Quando a pessoa jurídica beneficiária fornecer a seus trabalhadores documentos de rendimento tributável do trabalhador (art. 6 do Decreto 05/1991).
legitimação (impressos, cartões eletrônicos, magnéticos ou outros oriundos de tecnologia
adequada) que permitam a aquisição de refeições ou de gêneros alimentícios em INCLUSÃO DOS TRABALHADORES DE RENDA MAIS ELEVADA NO PROGRAMA
estabelecimentos comerciais, o valor do documento deverá ser suficiente para atender às — CONDIÇÃO
exigências nutricionais do PAT.
Os trabalhadores de renda mais elevada podem ser incluídos no Programa de Alimentação do
Nos documentos de legitimação deverão constar: Trabalhador, desde que esteja garantido o atendimento da totalidade dos trabalhadores que
percebam até 5 salários mínimos, independentemente da duração da jornada de trabalho.
a) razão ou denominação social da pessoa jurídica beneficiária;
b) numeração continua, em seqüência ininterrupta, vinculada à empregadora; O benefício concedido aos trabalhadores que percebem até 5 salários mínimos não poderá,
c) valor em moeda corrente no País; sob qualquer pretexto, ter valor inferior àquele concedido aos de renda mais elevada.
d) nome, endereço e CGC/CNPJ da prestadora do serviço de alimentação coletiva;
e) prazo de validade, não inferior a 30 dias nem superior a 15 meses; e Bases: art. 2 do Decreto 05/1991 e art. 3 da Portaria SIT 3/2002.
f) a expressão “válido somente para pagamento de refeições” ou “válido somente para
aquisição de gêneros alimentícios", conforme o caso. FORMA DE APROVEITAMENTO DO INCENTIVO

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15 – Manual dos Benefícios Fiscais do IRPJ © 16 – Manual dos Benefícios Fiscais do IRPJ ©

Observados os critérios expostos a seguir, a pessoa jurídica pode deduzir do Imposto de Além disso, a dedução fica limitada a 4% do imposto devido (também sem a inclusão do
Renda devido com base no lucro real o valor equivalente á aplicação da alíquota cabível do adicional), se for pleiteada em conjunto com o incentivo relativo a Programas de
Imposto de Renda sobre a soma das despesas de custeio realizadas na execução do PAT, Desenvolvimento Tecnológico Industrial/Agropecuário (PDTI/PDTA).
diminuída a participação dos empregados no custo das refeições.
DEDUÇÃO DO IMPOSTO DEVIDO POR ESTIMATIVA OU COM BASE NO LUCRO
Portanto, a dedução se dá “em dobro”: REAL DEFINITIVO

1) uma vez, via contabilidade valor liquido dos gastos a título de despesa com o PAT, ressal- Observados os limites supracitados e os demais requisitos aqui mencionados, o valor do
tando-se que essa dedução não tem limites; incentivo ao PAT pode ser deduzido do valor do imposto:
2) a segunda vez, pela dedução direta do imposto, obedecidos os limites determinados.
1) devido mensalmente por estimativa, ainda que calculado com base em balanços/balancetes
CUSTEIO EM COMUM COM OUTRA EMPRESA de suspensão ou redução do imposto mensal;
2) apurado com base no lucro real anual ou trimestral.
A pessoa jurídica que custear em comum com outra pessoa jurídica as despesas para a
execução do Programa de Alimentação do Trabalhador poderá beneficiar-se do incentivo PARCELA QUE EXCEDER O LIMITE —APROVEITAMENTO
fiscal, porém, apurando-se o valor do incentivo pelo critério de rateio. (art. 6 do Decreto
05/1991). A dedução do incentivo ao PAT, como já mencionado, está limitada a 4% do imposto devido,
mas o eventual excesso pode ser utilizado para dedução nos dois anos-calendário
TRATAMENTO CONTÁBIL DOS GASTOS COM O PROGRAMA subsequentes com observância dos limites admitidos.

A pessoa jurídica deve destacar contabilmente, com subtítulos por natureza de gastos, as Para efeito de pagamento mensal do imposto por estimativa, a parcela do incentivo excedente
despesas constantes do Programa de Alimentação do Trabalhador (art. 7 do Decreto em cada mês pode ser utilizada nos meses subsequentes, do mesmo ano-calendário,
05/1991). observados os limites legais.

Exemplo: PARTICIPAÇÃO DO TRABALHADOR NO CUSTO DIRETO DA REFEIÇÃO

Conta: DESPESAS COM O PAT A participação do trabalhador no PAT é limitada a 20% (vinte por cento) do custo direto da
Subcontas: refeição.
CUSTO DE AQUISIÇÃO DE ALIMENTOS
CUSTO DE FUNCIONÁRIOS Bases: parágrafo 2o do artigo 585 do Regulamento IR/99 e art. 4 da Portaria SIT 3/2002.
DEPRECIAÇÃO DO REFEITÓRIO
ÁGUA E ENERGIA DO REFEITÓRIO Exemplo:
MANUTENÇÃO DO REFEITÓRIO, etc.
Valor do Custo Direto da Refeição: R$ 4,00
DESPESAS DE CUSTEIO ADMITIDAS NA BASE DE CÁLCULO DO INCENTIVO Limite de participação do trabalhador: 20% x R$ 4,00 = R$ 0,80 por refeição

As despesas de custeio admitidas na base de cálculo do incentivo são aquelas que vierem a LIMITE DE CUSTO DE REFEIÇÃO DEDUTÍVEL DO IMPOSTO DE RENDA
constituir o custeio direto e exclusivo do serviço de alimentação, podendo ser considerados,
além da matéria-prima, mão-de-obra, encargos decorrentes de salários, asseio e os gastos de Para efeito de utilização do incentivo fiscal a Programas de Alimentação do Trabalhador
energia diretamente relacionados com o preparo e a distribuição das refeições. (PAT), o custo máximo por refeição é de R$ 1,99.

LIMITES DE DEDUÇÃO DO IMPOSTO Aplicando-se sobre a base do incentivo (R$ 1,99) a alíquota do Imposto de Renda (15%),
encontra-se o limite dedutível por refeição (R$ 0,2985).
Desde 01.01.1998, a dedução direta no imposto, relativa ao incentivo ao PAT, fica limitada a
4% (QUATRO POR CENTO), do Imposto de Renda (sem a inclusão do adicional). Base: artigo 2, parágrafo 2 da IN SRF 267/2002.

Exemplo: CÁLCULO DO INCENTIVO

Valor do IRPJ (sem adicional) devido: R$ 120.000,00 O incentivo ao PAT, descontável diretamente do IRPJ, corresponderá ao menor dos seguintes
Limite de dedução do PAT: 4% de R$ 120.000,00 = R$ 4.800,00 valores:

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b) A responsabilidade pela fiscalização permanente das condições protéicos-calóricas das
1) aplicação da alíquota de 15% sobre a soma das despesas de custeio realizadas com o PAT; refeições é:
2) R$ 0,2985 (15% de R$ 1,99), multiplicado pelo número de refeições fornecidas no período.
( ) do Ministério do Trabalho
Exemplo: ( ) do Ministério da Previdência e Assistência Social
( ) do Ministério da Fazenda
Vamos supor que uma pessoa jurídica optante pelo pagamento mensal do imposto por ( ) do próprio contribuinte
estimativa (portanto, sujeita ao lucro real anual) apresentasse, no mês de março, os seguintes
dados: c) Indique quais os mecanismos de execução admissíveis para o PAT:

1) IR por estimativa devido no mês: 1) manter serviço próprio de refeições


2) pagar, em dinheiro, um benefício/refeição
imposto normal: R$ 10.000,00; 3) distribuir alimentos, inclusive não preparados (cestas básicas)
adicional (10%) do imposto: R$ 4.666,67; 4) firmar convênio com entidades fornecedoras de alimentação coletiva

2) despesas realizadas no mês com o PAT, já deduzida a participação cobrada dos d) O fornecimento de cestas básicas, indistintamente a todos os funcionários, poderá ser
empregados: R$ 5.000,00; considerado dedutível no Lucro Real e na Contribuição Social sobre o Lucro, nas
seguintes condições:
3) número de refeições servidas no mês: 2.500,
1) desde que a empresa tenha o PAT
2) não há restrição
Diante desses dados, teremos:
e) Quais os trabalhadores cujos benefícios do PAT podem ser estendidos?
I - Determinação da base de cálculo mensal do incentivo ao PAT:
1) aos trabalhadores dispensados, no período de transição para novo emprego, limitada a
R$ 1,99 x 2.500 refeições = R$ 4.975,00 extensão ao período de 6 meses.
2) aos trabalhadores terceirizados.
II — Parcela dedutível a título de PAT: 3) aos empregados que estejam com o contrato de trabalho suspenso para participação em
curso ou programa de qualificação profissional, limitada essa extensão ao período de 5
R$ 4.975,00 x 15% = R$ 746,25 meses.
4) Aos trabalhadores da subempreiteira, que para ela trabalhem no mesmo canteiro de obras.
Observe-se que esse é o um valor menor do que os 150/o sobre a soma das despesas de custeio
(15% de R$ 5.000,00 = R$ 750,00). Portanto, prevalecerá o menor valor (R$ 746,25). f) Quais os limites de dedução do PAT:
III - Limite da dedução do PAT no mês: 1) 4% do Imposto de Renda Devido + Adicional
2) 4% do Imposto de Renda Devido
R$ 10.000,00 (IRPJ) x 4% = R$ 400,00 3) 15% dos Gastos Líquidos efetuados com o PAT
4) 15% do Gasto Total efetuado com o PAT
IV - Excesso a ser utilizado nos meses subsequentes 5) 15% de R$ 1,99 por refeição
6) 15% de R$ 2,49 por refeição
R$ 746,25 - R$ 400,00 = R$ 346,25
g) A participação máxima do trabalhador no custo da refeição é de:
Note-se que, como este exemplo toma por base uma empresa que esteja pagando o IR mensal
por estimativa, o excesso apurado (R$ 346,25) poderá ser utilizado nos meses subsequentes 1) 20% do custo direto da refeição
do mesmo ano-calendário, observados os limites legais. 2) 20% de R$ 2,49
3) 20% do salário mínimo
EXERCÍCIOS:
h) Calcule o valor do incentivo, descontável do IRPJ, do PAT com os seguintes dados:
a) Qual o período de validade do PAT, cujo formulário foi apresentado em:
Valor do Custo Direto (já descontado a participação dos trabalhadores) R$ 25.500,00
1) 15.03.2001 Número de refeições servidas: 10.090.
2) 18.04.2001

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i) Calcule o excesso do incentivo do PAT, a ser aproveitado em até dois anos-calendário Exportação – Comissão BEFIEX, poderão ser concedidos os seguintes benefícios, nas
subsequentes com observância dos limites admitidos: condições fixadas em regulamento (Decreto-lei 2.433/88, art. 8, incisos III e V, e Lei
8.661/93, art. 8):
Valor do Custo Direto (já descontado a participação dos trabalhadores) R$ 50.900,00
Número de refeições servidas: 26.400 I – compensação de prejuízo fiscal verificado em um período de apuração com o lucro real
IRPJ Devido (sem o adicional) R$ 104.000,00 determinado nos 6 (seis) anos-calendário subseqüentes independentemente da distribuição dos
lucros ou dividendos a seus sócios ou acionistas, não estando submetida ao limite de
RESPOSTAS: compensação de 30% (Lei 8.981/95, art. 95, e Lei 9.065/95, art. 1);
II – depreciação acelerada das máquinas, equipamentos, aparelhos e instrumentos novos, de
a) 1) 01.01.2001 a 31.12.2001 e 2) 18.04.2001 a 31.12.2001 produção nacional, utilizados no processo de produção e em atividades de desenvolvimento
tecnológico industrial.
b) do próprio contribuinte
A depreciação acelerada de que trata o inciso II será calculada mediante a aplicação de 50%
c) 1, 3 e 4 (cinqüenta por cento) da taxa de depreciação usualmente admitida, sem prejuízo da
depreciação normal, das máquinas, equipamentos, aparelhos e instrumentos, novos, de
d) 2 produção nacional, utilizados no processo de produção, ou em atividades de desenvolvimento
tecnológico industrial (Decreto-Lei 2.433, de 1988, art. 8, inciso V, e Lei 7.988/89, art. 1,
e) 1, 3 e 4
inciso IV).
f) 2 , 3 e 5
Exemplo:
g) 1
Depreciação normal = 10% ao ano
Depreciação incentivada = 5% ao ano
h) Cálculos:
BEFIEX APROVADO ATÉ 31.12.1987 - LUCRO DA EXPLORAÇÃO
1) Valor do Custo Líquido Direto do PAT R$ 25.500,00
2) 15% x Valor do Custo = 1º Limite R$ 3.825,00
As empresas que tiveram projeto BEFIEX aprovado até 31.12.1987 tem isenção do imposto
3) Número de Refeições Servidas 10.090 refeições
de renda até o limite do lucro da atividade calculado com base no lucro da exploração, durante
4) Valor máximo do incentivo por refeição R$ 1,99 x 15% = R$ 0,2985 a vigência do mesmo programa.
4) Número de Refeições x Valor máximo por refeição (3 x R$ 3.011,86
4) = 2º Limite O Lucro da Exploração é calculado com base na receita, custos e despesas da atividade, com
6) Valor a prevalecer (o menor entre o 1º e o 2º Limite) R$ 3.011,86 os ajustes previstos na legislação do Imposto de Renda, e corresponderá a parcela isenta do
Nota: há ainda de se observar o limite de 4% do valor do IRPJ Devido (sem o adicional) IRPJ.
i) Cálculos: Exemplo:
1) Valor do Custo Líquido Direto do PAT R$ 50.900,00
1. Lucro Total R$ 1.000.000,00
2) 15% x Valor do Custo = 1º Limite R$ 7.635,00
2. Lucro da Exploração (BEFIEX aprovado até 31.12.1987) R$ 700.000,00
3) Número de Refeições Servidas 26.400 refeições
3. Lucro de Outras Atividades (1 - 2) R$ 300.000,00
4) Valor máximo do incentivo por refeição R$ 1,99 x 15% = R$ 0,2985
5) Número de Refeições x Valor máximo por refeição (3 x R$ 7.880,40
BEFIEX APROVADO ATÉ 28.12.1989
4) = 2º Limite
6) Valor a prevalecer (o menor entre o 1º e o 2º Limite) R$ 7.635,00 Os projetos aprovados até 28.12.1989 utilizavam como taxa de depreciação acelerada, taxa
7) IRPJ Devido (sem o adicional) x 4% Limite Incentivo = R$ 4.160,00 igual à normal.
R$ 104.000 x 4%
8) Excesso a ser utilizado posteriormente (6 - 7) R$ 3.475,00 Exemplo:
PROGRAMAS ESPECIAIS DE EXPORTAÇÃO – BEFIEX Depreciação normal = 10% ao ano
Depreciação incentivada = 10% ao ano
Às empresas industriais titulares de Programas Especiais de Exportação aprovados até 3 de
junho de 1993, pela Comissão para Concessão de Benefícios Fiscais a Programas Especiais de

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Assim, se a contabilização da depreciação foi de R$ 5.000,00, a parcela incentivada, excluída PROJETOS CULTURAIS INCENTIVADOS
do lucro real, corresponderá ao mesmo montante (R$ 5.000,00).
As doações e os patrocínios em favor de projetos culturais somente poderão ser objeto do
BEFIEX APROVADO A PARTIR DE 29.12.1989 incentivo fiscal se o projeto houver sido aprovado pelo Ministério da Cultura (MinC).

Os projetos aprovados a partir de 29.12.1989 tiveram a taxa de depreciação acelerada A aprovação do projeto, que é publicada no Diário Oficial da União, deverá conter:
reduzida para 50% da taxa normal.
a) o título;
Exemplo: b) a instituição beneficiária de doação ou patrocínio;
c) valor máximo autorizado para captação;
Depreciação normal = 10% ao ano d) o prazo de validade da autorização;
Depreciação incentivada = 5% ao ano e) o dispositivo legal (art. 18 ou 25 da Lei 8.313/91, com a redação dada pelo art. 1 da
Lei 9.874/99), relativo ao segmento objeto do projeto cultural.
Assim, se a contabilização da depreciação foi de R$ 8.000,00, a parcela incentivada, excluída
do lucro real, corresponderá a metade do montante contabilizado (R$ 4.000,00). Vedação a Projetos destinados a circuitos privados ou a coleções particulares

EXERCÍCIOS: O incentivo somente será concedido a projetos culturais que visem a exibição, utilização e
circulação públicas dos bens culturais deles resultantes, vedada a concessão de incentivo a
a) Calcule a depreciação incentivada para os seguintes programas Befiex: obras, produtos, eventos ou outros decorrentes, destinados ou circunscritos a circuitos
privados ou a coleções particulares.
Programa aprovado em: Valor Depreciação Normal Valor Depreciação
R$ Incentivada R$ Restrição a doações ou patrocínios a pessoa vinculada
05.06.1989 10.000,00
04.06.1992 20.000,00 Para fins do incentivo, a doação ou o patrocínio não poderão ser efetuados a pessoa ou
04.09.1993 15.000,00 instituição vinculada ao agente.

b) Uma empresa teve o programa BEFIEX aprovado em 10.05.1992. Teve prejuízo fiscal em Consideram-se vinculados ao doador ou ao patrocinador:
31.12.1994. Qual o prazo limite para compensação deste prejuízo, sem limite de 30%?
a) a pessoa jurídica da qual o doador ou patrocinador seja titular, administrador, gerente,
RESPOSTAS: acionista ou sócio, na data da operação, ou nos doze meses anteriores;
b) o cônjuge, os parentes até o terceiro grau, inclusive os afins, e os dependentes do doador ou
a) patrocinador ou dos titulares, administradores, acionistas ou sócios de pessoa jurídica
vinculada ao doador ou patrocinador.
Programa aprovado em: Valor Depreciação Normal Valor Depreciação c) outra pessoa jurídica da qual o doador ou patrocinador seja sócio.
R$ Incentivada R$
05.06.1989 10.000,00 10.000,00 Não se consideram vinculadas as instituições culturais sem fins lucrativos, criadas pelo
04.06.1992 20.000,00 10.000,00 doador ou patrocinador, desde que devidamente constituídas e em funcionamento, na forma
04.09.1993 15.000,00 Sem incentivo * da legislação em vigor.
* Os incentivos da depreciação correspondem somente aos programas aprovados até
06.06.1993. INTERMEDIAÇÃO - INAPLICABILIDADE

b) 31.12.2000 (6 anos calendários após o prejuízo). Nenhuma aplicação de recursos poderá ser feita com a utilização de qualquer tipo de
intermediação.
INCENTIVOS ÀS ATIVIDADES CULTURAIS OU ARTÍSTICAS
No entanto, a contratação de serviços necessários à elaboração de projetos para obtenção de
doação, patrocínio ou investimento, bem como a captação de recursos ou a sua execução por
Cabe fruição do incentivo fiscal de dedução do Imposto de Renda devido por pessoas
pessoa jurídica de natureza cultural, não configura intermediação.
jurídicas, tributadas com base no lucro real, que efetuarem doações ou patrocínios em favor
de projetos culturais.
CONCEITO DE DOAÇÕES E DE PATROCÍNIOS
Base: Lei 8.313/91, regulamentada pelo Decreto 5.761/2006.
Considera-se doação:

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A transferência gratuita, em caráter definitivo, à pessoa física ou à pessoa jurídica de natureza e) o custo de cessão de uso de bens móveis ou imóveis de propriedade do patrocinador,
cultural, sem fins lucrativos, de numerário, bens ou serviços para realização de projetos cedidos ao responsável pela execução do projeto cultural, observado que:
culturais, vedado o uso de publicidade paga para a divulgação desse ato, observando-se que se
equiparam a doações: 1) o custo de cessão de uso de bens móveis ou imóveis será calculado com base no
preço de mercado que o proprietário deixar de receber durante o período de cessão do
1) as despesas efetuadas por pessoas físicas ou jurídicas com o objetivo de conservar, bem;
preservar ou restaurar bens de sua propriedade ou sob sua posse legítima, tombados pelo 2) havendo dúvida quanto ao valor declarado, a Secretaria de Apoio á Cultura e a
Governo Federal, desde que atendidos os requisitos correspondentes. Secretaria da Receita Federal (SRF) poderão solicitar ao doador ou patrocinador laudo
técnico de avaliação, assinado por três peritos;
2) a distribuição gratuita de ingressos para eventos de caráter artístico-cultural efetuada por
pessoas jurídicas a seus empregados e dependentes legais. f) as doações em espécie ao Fundo Nacional da Cultura (FNC), desde que comprovadas por
meio de recibo de depósito bancário e de declaração de recebimento firmada pelo donatário;
Considera-se patrocínio:
g) as despesas realizadas por pessoas jurídicas na aquisição de ingressos para eventos de
1) a transferência gratuita, em caráter definitivo, à pessoa física ou jurídica de natureza caráter cultural ou artístico, para doação a seus empregados e dependentes legais,
cultural com ou sem fins lucrativos, de numerário para a realização de projetos culturais, com devidamente representados pelas respectivas organizações de trabalhadores na empresa, desde
finalidade promocional e institucional de publicidade; que sejam objeto de acordo firmado entre as partes e aprovado pelo Ministério da Cultura.

2) a cobertura de gastos ou a utilização de bens móveis ou imóveis, do patrimônio do Bases: art. 91 e 477 do RIR/99.
patrocinador, sem a transferência de domínio, para a realização de projetos culturais por
pessoa física ou jurídica de natureza cultural, com ou sem fins lucrativos. VALOR DOS BENS DOADOS

Nota: Constitui infração o recebimento, pelo patrocinador, de qualquer vantagem financeira Com referência ao valor dos bens doados, observar que, no caso de doações efetuadas por
ou material em decorrência do patrocínio que efetuar. pessoa jurídica, o valor dos bens móveis ou imóveis doados será:

DISPÊNDIOS QUE PODEM SER OBJETO DO INCENTIVO FISCAL 1) tratando-se de bem integrante do Ativo Permanente, o valor contábil do bem, constante da
escrituração comercial do doador - ou seja, o custo de aquisição (corrigido monetariamente
Podem ser objeto do incentivo fiscal: até 31.12.1995, se o bem houver sido adquirido até essa data) deduzido da respectiva
depreciação, amortização ou exaustão acumulada;
a) os recursos financeiros correspondentes a doações ou patrocínios depositados em conta
corrente mantida especialmente para este fim e de movimentação exclusiva do responsável 2) tratando-se de bem não integrante do Ativo Permanente, o custo de sua aquisição ou
pelo projeto cultural, em estabelecimento bancário de sua livre escolha; produção.

b) as doações ou os patrocínios realizados sob a forma de prestação de serviços ou de Bases: §§ 22, 32 e 52 do art. 32 da Instrução Normativa Conjunta SE-MC/SRF 1/95.
fornecimento de material de consumo, previstos como itens de despesa nos respectivos
projetos culturais, observados os preços praticados no mercado; COMPROVAÇÃO DAS DOAÇÕES OU DOS PATROCÍNIOS

c) o valor de bens móveis ou imóveis doados, observadas as normas mencionadas adiante; A pessoa física ou jurídica responsável pelo projeto cultural aprovado deverá emitir
comprovantes, sob a forma e modelo definidos pela Secretaria de Apoio á Cultura (SAC), em
d) as despesas realizadas pelo proprietário ou titular da posse legítima de bens tombados pelo favor do doador ou do patrocinador, devidamente firmados em três vias, que terão a seguinte
Governo Federal, objetivando sua conservação, preservação ou restauração, desde que destinação:
observados os seguinte requisitos:
a) a primeira via deverá ser entregue ao doador ou patrocinador para efeito do benefício fiscal;
1) preliminar definição, pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional b) a segunda via deverá ser encaminhada á SAC, no prazo de 5 dias após a efetivação da
(IPHANI), das normas e dos critérios técnicos que deverão reger os projetos e os operação;
orçamentos; c) a terceira via deverá ficar em poder do responsável pelo projeto cultural por um prazo não
2) aprovação prévia, pelo IPHAN, dos projetos e dos respectivos orçamentos de inferior a 5 anos, para fins de fiscalização.
execução de obras;
3) posterior certificação, pelo IPHAN, das despesas efetivamente realizadas e da cir- O comprovante deverá conter:
cunstância de terem sido as obras executadas de acordo com os projetos aprovados; • nome do projeto;

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25 – Manual dos Benefícios Fiscais do IRPJ © 26 – Manual dos Benefícios Fiscais do IRPJ ©
• data da publicação de sua aprovação no Diário Oficial da União; b) observadas as regras mencionadas, do imposto devido sobre o lucro real anual poderá ser
• nome da pessoa física ou jurídica responsável pelo projeto, número de sua inscrição no deduzido o incentivo, tomando-se por base as doações e os patrocínios realizados no ano-
CPF ou CNPJ e endereço completo; calendário, até o limite de 4% do imposto anual.
• tipo de operação (doação ou patrocínio);
• valor da operação em reais, correspondente ao período da doação ou do patrocínio; Observe-se que o valor do incentivo que, em decorrência da limitação, não for aproveitado no
• data da operação, no caso de contribuição em bens e serviços; ano-calendário da realização das doações e dos patrocínios não poderá ser deduzido do
• data do depósito bancário, nome do banco e número da conta bancária do responsável imposto devido em ano-calendário subsequente.
pelo projeto, no caso de contribuição em espécie;
TRATAMENTO DOS GASTOS NA DETERMINAÇÃO DO LUCRO REAL
• nome do doador ou patrocinador, número de sua inscrição no CNPJ ou no CPF e
endereço completo;
Para efeito de determinação do lucro real, os valores correspondentes a doações e patrocínios
• assinatura do responsável pelo projeto ou, quando se tratar de pessoa jurídica, de seu
culturais realizados terão um dos seguintes tratamentos, conforme o caso:
representante legal, com indicação de nome, cargo e CPF.
a) as doações e os patrocínios realizados em favor de projetos culturais aprovados pelo
Base: art. 92 da Instrução Normativa Conjunta SE-MC/SRF 1/95.
Ministério da Cultura com base no art. 25 da Lei 8.313/91 podem ser integralmente deduzidos
como despesa operacional, sem prejuízo da dedução do incentivo fiscal (observadas as regras
APROVEITAMENTO DO INCENTIVO FISCAL
antes mencionadas);
LIMITE DE DEDUÇÃO
Nota: No caso de doações e patrocínios realizados, a preços de mercado, sob a forma de
prestação de serviços ou de fornecimento de material de consumo para projetos culturais, o
A dedução do incentivo referente a doações e patrocínios culturais é limitada a 4% (quatro por
cômputo como despesa operacional limitar-se-á ao custo contábil do bem ou serviço.
cento) do imposto normal devido (sem a inclusão do adicional do imposto), dele excluído o
eventual valor do imposto incidente sobre a parcela do lucro real correspondente a lucros,
b) o valor total das doações e dos patrocínios realizados em favor de projetos culturais
rendimentos e ganhos de capital.
aprovados pelo Ministério da Cultura com base no art. 18 da Lei 8.313/91 (com a redação
dada pelo art. 12 da Lei 9.874/99), é indedutível como despesa operacional, o que significa
PESSOA JURÍDICA DOADORA OU PATROCINADORA
que deverá ser adicionado ao lucro líquido, para fins de determinação do lucro real.
O art. 10 da Lei 9.532/97 dispõe que:
Exemplo de dedução do incentivo no IR mensal por estimativa:
“do imposto apurado com base no lucro arbitrado ou no lucro presumido não será permitida
Empresa optante pelo pagamento do Imposto de Renda mensal do imposto por estimativa
qualquer dedução a título de incentivo fiscal”,
apresente os seguintes dados correspondentes ao mês de junho/2006 (imposto a ser pago até
31.07.2006):
o que significa que somente as pessoas jurídicas tributadas com base no lucro real podem
usufruir do incentivo fiscal de que trata este texto.
• imposto normal R$ 52.500,00
Assim, observado o limite indicado anteriormente, as pessoas jurídicas tributadas com base no • (+) Adicional do IR R$ 20.000,00
lucro real podem deduzir diretamente do Imposto de Renda devido importância • (=) Total do IR devido no mês R$ 72.500,00
correspondente a até:
Se considerássemos que essa empresa tivesse realizado no mês dispêndios em favor de
40% do valor das doações e projetos culturais aprovados pelo Ministério da Cultura, com observância de todas as normas
30% do valor dos patrocínios explanadas neste texto, nos valores de R$ 5.000,00 (a título de doações) e de R$ 3.000,00
(patrocínios), a parcela incentivada dos gastos seria assim determinada:
realizados no período de apuração do imposto, em favor de projetos culturais previamente
aprovados pelo Ministério da Cultura. • doações (40% de R$ 5.000,00) ....... R$ 2.000,00
• (+) patrocínios (30% de R$ 3.000,00) R$ 900,00
No caso de empresa optante pelo pagamento do Imposto de Renda calculado mensalmente por • (=) Total .................................... R$ 2.900,00
estimativa e, consequentemente, pela apuração anual do lucro real:
Neste caso:
a) a parcela excedente ao limite de 4% do imposto normal devido no mês em que forem
efetuadas as doações ou os patrocínios poderá ser deduzida nos meses subsequentes do a) o limite de dedução do incentivo no mês seria de R$ 2.100,00 (4% de R$ 52.500,00, que é
mesmo ano-calendário até dezembro, observado o limite legal; o imposto normal devido); e

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27 – Manual dos Benefícios Fiscais do IRPJ © 28 – Manual dos Benefícios Fiscais do IRPJ ©
b) restaria um excedente dedutível nos meses seguintes, até dezembro/2006 (observado o
limite de 4% do imposto normal devido), no valor de R$ 800,00, que é a diferença entre o MANUTENÇÃO DE CONTROLES PRÓPRIOS PELO RESPONSÁVEL POR
total da parcela incentivada (R$ 2.900,00) e o limite deduzido em julho (R$ 2.100,00). EXECUÇÃO DE PROJETOS CULTURAIS

DOAÇÃO EM ESPÉCIE A pessoa física ou jurídica responsável pela execução de projetos culturais deverá possuir
controles próprios, nos quais registre, de forma destacada, a despesa e a receita do projeto,
Somente serão consideradas para fins de comprovação do incentivo em espécie, as bem como manter em seu poder todos os comprovantes e documentos a ele relativos, pelo
contribuições que tenham sido depositadas em conta bancária específica em nome do prazo de cinco anos contados a partir da data do recebimento de doações ou patrocínios.
beneficiário, discriminadas na respectiva prestação de contas.
EXERCÍCIOS:
Base: art. 25 da Instrução Normativa SRF 267/2002.
a) Calcular o incentivo fiscal para projetos culturais:
DOAÇÕES EM FORMA DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS OU FORNECIMENTO DE
MATERIAL DE CONSUMO Origem: Valor aplicado Incentivo R$
Doações R$ 50.000,00
As doações ou patrocínios realizados na forma de prestação de serviços ou de fornecimento Patrocínios R$ 40.000,00
de material de consumo:
b) As seguintes empresas poderão deduzir do IRPJ a pagar o incentivo de projetos culturais:
I - serão efetuados a preços de mercado, para fins de dedução do imposto de renda devido,
respeitados os limites legais; ( ) As tributadas pelo Lucro Presumido, Real ou Arbitrado
II - não integrarão a receita bruta ou faturamento do doador ou patrocinador na determinação ( ) As tributadas pelo Simples Federal
da base de cálculo do IRPJ; ( ) Somente as tributadas pelo Lucro Real
III - computar-se-ão como despesa operacional, limitados ao custo contábil do bem ou
serviço. c) Calcule o limite para gozo do incentivo fiscal de uma empresa que tenha:

Base: art. 20, parágrafo 6 da Instrução Normativa SRF 267/2002. R$ 50.000,00 do IRPJ á alíquota normal
Mais R$ 20.000,00 do IRPJ á alíquota adicional
OBRIGAÇÕES A SEREM CUMPRIDAS
d) Uma empresa doou R$ 5.000,00 para um projeto cultural, aprovado pelo MinC com base
PELOS RESPONSÁVEIS POR PROJETOS CULTURAIS no art. 25 da Lei 8383/91 e R$ 1.000,00 para outro projeto, também aprovado pelo MinC,
este com base no art. 18 da Lei 8383/91. No Livro de Apuração do Lucro Real, deverá
As pessoas físicas ou jurídicas responsáveis pelos projetos culturais deverão encaminhar, no adicionar o valor de R$:
prazo de 30 dias após a execução final do projeto, a respectiva prestação de contas à SAC, que
constará de informações sob forma e modelos a serem por esta definidos, com os seguintes ( ) 6.000,00
elementos: ( ) 5.000,00
( ) 1.000,00
a) relatório técnico sobre a execução do projeto e avaliação dos resultados;
b) demonstrativo da execução da receita e de despesa, evidenciando todos os aportes, inclusi- RESPOSTAS:
ve sob a forma de bens e serviços, os rendimentos auferidos da aplicação dos recursos no mer-
cado financeiro e possível saldo; a)
c) relação de pagamentos de qualquer espécie;
Origem: Valor aplicado Incentivo R$
d) relação de bens móveis e imóveis adquiridos. produzidos ou construídos;
e) conciliação bancária; Doações R$ 50.000,00 40% = R$ 20.000,00
f) comprovante do recolhimento, ao Fundo Nacional da Cultura (FNC), de eventual saldo não Patrocínios R$ 40.000,00 30% = R$ 12.000,00
utilizado na execução do projeto.
b) Somente as tributadas pelo Lucro Real.
PELOS DOADORES OU PATROCINADORES
c) O limite será de R$ 50.000,00 x 4% = R$ 2.000,00 (a parcela de R$ 20.000,00 do IRPJ
Os incentivadores confirmarão perante a SAC, em modelo definido por esta, as informações adicional não terá qualquer incentivo).
supra-mencionadas, prestadas pelos beneficiários, com indicação das formas de incentivo
d) R$ 1.000,00
fiscal utilizadas.

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INCENTIVOS À ATIVIDADE AUDIOVISUAL
Os Certificados de Investimento, que poderão ser nominativos ou escriturais, deverão conter:
Até o ano calendário de 2006, inclusive, as pessoas jurídicas terão incentivos na área do
Imposto de Renda caso efetuarem investimentos em: a) a denominação “Certificado de Investimento - Decreto 974/93”;
b) número de ordem do Certificado;
I - de produção independente de obras audiovisuais cinematográficas brasileiras de que trata o c) qualificação da empresa emissora, com os números de inscrição no CNPJ e da inscrição
caput do art. 1º da Lei nº 8.685, de 1993; estadual;
II - específicos da área audiovisual, cinematográfica de exibição, distribuição e infra-estrutura d) número de aprovação do projeto no Ministério da Cultura;
técnica apresentados por empresa brasileira, previstos no § 5º da art. 1º da Lei nº 8.685, de e) denominação do projeto aprovado pelo Ministério da Cultura;
1993; f) número do registro de emissão e distribuição na CVM, identificando a natureza pública do
III - de produção de obras cinematográficas e videofonográficas brasileiras de longa, média e registro;
curta metragens de produção independente, de co-produção de obras cinematográficas e g) número total de quotas beneficiárias de incentivos fiscais e respectivo percentual de
videofonográficas brasileiras de produção independente, de telefilmes, minisséries, participação nos direitos de comercialização;
documentais, ficcionais, animações e de programas de televisão de caráter educativo e h) número de quotas representadas em cada Certificado de Investimento;
cultural, brasileiros de produção independente, nos termos do § 6º do art. 39 da Medida i) identificação do investidor;
Provisória nº 2.228-1, de 2001, desde que produzidos com os recursos de que trata o inciso X j) especificação dos direitos assegurados no empreendimento;
desse mesmo artigo 39. l) garantias, se houver;
m) prazo para conclusão do projeto;
As deduções previstas no art. 1º da Lei 8.685/1993, ficam prorrogadas até o exercício de 2010 n) local e data de emissão do Certificado;
inclusive, devendo os projetos a serem beneficiados por estes incentivos ser previamente o) assinatura autorizada do responsável pela empresa emissora.
aprovados pela ANCINE – art. 50 da MP 2228-1/2001, alterada pela Lei 11.329/2006.
APROVEITAMENTO DO INCENTIVO
Os investimentos decorrentes de aplicações de que tratam os itens I e II anteriores, embora
não contabilizados em despesas, e sim em conta patrimonial, podem reduzir o lucro real do Pessoas jurídicas tributadas com base no lucro real trimestral
período-base em que for efetuado o investimento, mediante exclusão, em seu valor integral.
As pessoas jurídicas tributadas com base no lucro real apurado trimestralmente só podem
Observação: deduzir o incentivo do valor do imposto devido no trimestre em que os investimentos forem
efetuados, observado, ainda, o limite de 3% do imposto normal devido (sem a inclusão do
Os investimentos nos projetos de que trata o item III anterior não poderão ser excluídos do adicional do imposto), dele excluído o eventual valor do imposto incidente sobre a parcela do
lucro líquido para fins de determinação do lucro real, conforme art. 28, parágrafo 3 da IN SRF lucro real correspondente a lucros, rendimentos e ganhos de capital auferidos no exterior.
267/2002.
Pessoas jurídicas optantes pela estimativa mensal
REDUÇÃO DO IMPOSTO DE RENDA
Respeitado o limite, as pessoas jurídicas optantes pelo pagamento mensal do imposto por
Além do incentivo de exclusão do lucro líquido, relativo aos dispêndios tratados nos itens I e estimativa e, consequentemente, pela apuração do lucro real anual podem deduzir o incentivo
II anteriores, ainda é possível a redução do Imposto de Renda, conforme analisado mais do imposto devido no mês em que os investimentos forem feitos.
adiante.
Observações:
Os valores aplicados nos investimentos, poderão ser deduzidos em até 3% (três por cento) (era
de 1% até 15.08.1996) do imposto devido (Lei 8.685/93, art. 1°, §§ 2° e 3°, Lei 9.323/96, art. 1) a parcela do investimento que exceder ao limite mensal de dedução poderá ser deduzida do
1°). imposto devido nos meses subsequentes, até dezembro do mesmo ano, observado o limite le-
gal;
A dedução é restrita a investimentos:
2) do imposto calculado com base no lucro real anual será deduzido o valor dos investimentos
• em projetos aprovados previamente pelo Ministério da Cultura (MinC); feitos durante o ano-calendário e a eventual parcela excedente não poderá ser deduzida do
imposto devido em períodos posteriores; e
• efetuados mediante aquisição de quotas representativas dos direitos de comercialização das
respectivas obras audiovisuais, caracterizadas por Certificados de Investimento emitidos de 3) se o valor do incentivo deduzido do imposto mensal estimado for superior ao calculado
acordo com as normas baixadas pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM). com base no imposto devido sobre o lucro real anual, a diferença deverá ser paga no prazo
fixado para o pagamento do saldo do imposto apurado no ano.
CERTIFICADOS DE INVESTIMENTO EM OBRAS AUDIOVISUAIS

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Bases: art. 486 do 818/99 e § 39 do art. 2 da Instrução Normativa SRF 56/94, com a redação Exemplo:
dada pelo art. 1 da Instrução Normativa SRF 62/95.
Valor da aquisição de Certificado de Investimento: R$ 15.000,00
LIMITE DE DEDUÇÃO Valor do Lucro Líquido do Exercício: R$ 85.000,00

A dedução do incentivo relativo a investimentos em atividades audiovisuais é limitada a 3% Demonstração do Lucro Real:
do imposto normal devido (sem a inclusão do adicional do imposto), dele excluído o eventual
valor do imposto incidente sobre a parcela do lucro real correspondente a lucros, rendimentos 1. Lucro Líquido do Exercício 85.000,00
e ganhos de capital auferidos no exterior. 2. Exclusão: Aplicações em Certificados de Obras Audiovisuais 15.000,00
3. Lucro Real (1 - 2) 70.000,00
Além disso, a dedução desse incentivo em conjunto com a dedução do incentivo relativo a
Operações de Caráter Cultural e Artístico não poderá exceder a 4% do imposto normal devido Ganhos auferidos, por pessoa jurídica, na alienação dos Certificados de Investimento
(respeitado o limite específico de 3% para o incentivo referente a investimentos em atividades
audiovisuais). Os ganhos auferidos por pessoa jurídica na alienação dos Certificados de Investimento
sujeitam-se á tributação pelo Imposto de Renda como ganhos líquidos no mercado de renda
Bases: § 11 do art. 394 e art. 486 e 543 do RIR/99. variável (se a negociação for realizada por intermédio de bolsa de valores) ou como ganhos de
capital na alienação de bens do Ativo Permanente (nas demais hipóteses).
Exemplo:
Observação: a perda de capital apurada na alienação ou baixa dos Certificados não será
Contribuinte optante pelo pagamento do Imposto de Renda mensal por estimativa apresente dedutível na determinação do lucro real por tratar-se de investimento adquirido mediante
os seguintes dados correspondentes ao mês de março/2001: dedução do imposto de renda devido pela pessoa jurídica.

• Imposto normal R$ 52.500,00 Bases: art. 429 do RIR/99 e inciso 1 do art. 5 da Instrução Normativa SRF 56/94.
•(+) Adicional do IR R$ 23.000,00
• (=) Total do IR devido no mês R$ 75.500,00 DEPÓSITO EM CONTA ESPECIAL

Se considerarmos que, nesse mesmo mês, a empresa adquiriu Certificado de Investimento em Os recursos destinados aos projetos vinculados á emissão de Certificados de Investimento
projeto audiovisual no valor total de R$ 10.000,00, atendendo as demais normas legais: deverão ser depositados em contas especiais de aplicação financeira no Banco do Brasil, pela
instituição financeira interveniente, em nome do produtor, para cada projeto.
a) o limite de dedução do incentivo no mês seria de R$ 1.575,00 (3% de R$ 52.500,00, que é
o imposto normal devido); A movimentação da conta sujeitar-se-á à prévia comprovação, perante o Ministério da
Cultura, de que se destina a investimentos em projetos de produção de obras audiovisuais
b) restaria um excedente dedutível nos meses seguintes, até dezembro/2001 (observado o cinematográficas brasileiras de produção independente.
limite de 3% do imposto normal devido em cada mês), no valor de R$ 8.425,00, que é a
diferença entre o valor do Certificado de Investimento (R$ 10.000,00) e o limite deduzido em Os rendimentos decorrentes desses depósitos estão sujeitos à tributação na fonte segundo as
março (R$ 1.575,00), supondo ainda que não exista excesso do incentivo relativo a meses regras previstas para a tributação de rendimentos de aplicações financeiras de renda fixa.
anteriores.
Notas:
Exclusão, na apuração do lucro real, do valor total aplicado
1) Os investimentos não poderão ser utilizados na produção de obras audiovisuais de natureza
Sem prejuízo da dedução do incentivo diretamente do imposto devido, segundo as regras já publicitária.
focalizadas, o valor total aplicado pela empresa no investimento em projeto audiovisual
poderá ser abatido como despesa operacional. 2) As pessoas jurídicas receptoras do investimento deverão manter escrituração contábil
destacada para cada projeto.
Mas, como o valor aplicado deve ser registrado contabilmente em conta do Ativo Permanente
(Investimentos) e não em conta de despesa operacional, a dedução será feita mediante ajuste AQUISIÇÃO DE QUOTAS DOS FUNCINE
ao lucro líquido, na determinação do lucro real (exclusão do lucro líquido, na parte ‘A” do
Lalur, no período de apuração em que ocorrer o desembolso). Como alternativa ao incentivo tratado anteriormente, as pessoas jurídicas tributadas pelo
Lucro Real, que adquirirem quotas dos FUNCINES, poderão usufruir dos seguintes incentivos
Base: art. 372 do RIR/99. fiscais:

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33 – Manual dos Benefícios Fiscais do IRPJ © 34 – Manual dos Benefícios Fiscais do IRPJ ©
1) Exclusão do Lucro Líquido:
Bases: art. 706 e 707 do RIR/99.
O valor do investimento pode ser, mediante exclusão, deduzido da base de cálculo do IRPJ e
da CSLL, sendo: DEPÓSITO DO VALOR A APLICAR

100% nos anos-calendário de 2002 a 2005; O contribuinte que se utilizar do incentivo de redução do imposto de renda devido pela
50% nos anos-calendário de 2006 a 2008; e aquisição de cotas do FUNCINE ou que se beneficiar da redução do imposto de renda na
25% nos anos calendários de 2009 e 2010. fonte nas remessas ao exterior, deverá:

2) Dedução do imposto de renda devido: a) depositar, por meio de guia própria (em modelo aprovado pelo Ministério da Cultura), na
data de ocorrência do fato gerador do imposto na fonte, o valor correspondente à redução do
Sobre o valor das quantias dispendidas com a aquisição das cotas a pessoa jurídica, tributada imposto devido (70%) em conta de aplicação financeira no Banco do Brasil S/A, aberta em
com base no lucro real, aplicará o percentual resultante da soma das alíquotas do IRPJ e da nome do investidor estrangeiro optante pelo incentivo;
CSLL devidos, inclusive adicional, encontrando a parcela a ser deduzida do imposto de renda
devido no período de apuração, trimestral ou anual. b) recolher ao Tesouro Nacional a parcela correspondente a 30% do IR Fonte devido, por
meio de Darf (sob o código 5192).
A redução está limitada a 3% do imposto devido.
Para efeito da remessa do rendimento, deverá ser apresentada ao Banco Central do Brasil
Quando a empresa utilizar também outros incentivos fiscais de dedução do imposto, deverá comprovação do depósito e do recolhimento do imposto.
observar os limites globais de dedução. Ver tópico próprio no presente trabalho, contendo
Quadro Resumo dos Limites individuais e globais para cada incentivo de dedução do imposto Os recursos da conta de aplicação financeira especial serão transferidos à conta da empresa
devido. produtora, em nome do projeto, acrescidos dos rendimentos financeiros auferidos no período.

3) Perdas na alienação do investimento: Os rendimentos ficam sujeitos à tributação na fonte, conforme previsto para a tributação dos
rendimentos de aplicações financeiras de renda fixa.
A perda apurada na alienação das quotas dos FUNCINES será sempre indedutível na
apuração do lucro real e da base de cálculo da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido - REMESSAS AO EXTERIOR DE RENDIMENTOS ATRIBUÍDOS A CO-PRODUTORES
CSLL. ESTRANGEIROS

EXPLORAÇÃO DE OBRAS AUDIOVISUAIS As remessas, ao exterior, dos rendimentos atribuídos a co-produtores estrangeiros decorrentes
ESTRANGEIRAS - APLICAÇÃO DE PARTE DO IR FONTE da exploração das obras audiovisuais cinematográficas produzidas com recursos advindos do
incentivo fiscal em referência ficam sujeitas ao Imposto de Renda na Fonte á alíquota de 25%,
Estão sujeitas à incidência do Imposto de Renda na Fonte, à alíquota de 25%, as importâncias que deverá ser recolhido no dia da ocorrência do fato gerador mediante DARF preenchido
pagas, creditadas, empregadas, remetidas ou entregues aos produtores, distribuidores ou com o código 5192.
intermediários no exterior, como rendimento decorrente da exploração de obras audiovisuais
estrangeiras em todo o território nacional ou por sua aquisição ou importação, a preço fixo. Para fins de apuração do valor do rendimento a ser atribuído ao co-produtor estrangeiro, a
empresa produtora deverá:
O imposto incide sobre:
a) manter escrituração contábil destacada para cada projeto;
a) os filmes importados a preço fixo, no momento da efetivação do crédito para pagamento
dos direitos adquiridos; b) apurar a parcela do rendimento proporcional á participação de co-produtores estrangeiros.
b) os rendimentos decorrentes da exploração das obras audiovisuais estrangeiras em regime
de distribuição e comercialização em salas de exibição, emissoras de televisão, de sinal aberto ALIENAÇÃO DO DIREITO DE PARTICIPAÇÃO
ou codificado, cabo-difusão, mercado videofonográfico ou qualquer outra modalidade de
exploração comercial da obra, no momento da efetivação do crédito a produtor, distribuidor Os ganhos de capital auferidos por pessoas físicas ou jurídicas, decorrentes da alienação do
ou intermediários domiciliados no exterior. direito de participação na co-produção, ficam sujeitos à tributação, á alíquota de 15%,
ressalvada a aplicação de alíquota menor constante de acordos internacionais.
Mas os contribuintes desse imposto poderão beneficiar-se do abatimento de 70% do valor do
imposto devido, desde que invistam na co-produção de obras audiovisuais cinematográfícas Para efeito de apuração do ganho de capital tributável não há custo a ser computado.
brasileiras de produção independente, em projetos previamente aprovados pelo Ministério da
Cultura. Bases: art. 18 da Lei 9.249/95; e art. 10 da Instrução Normativa SRF 56/94.

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35 – Manual dos Benefícios Fiscais do IRPJ © 36 – Manual dos Benefícios Fiscais do IRPJ ©

MANUTENÇÃO DE REGISTROS E DE DOCUMENTOS PELAS EMPRESAS As doações aos Conselhos Municipais, Estaduais ou Nacionais dos Direitos da Criança e do
BENEFICIÁRIAS Adolescente, em bens ou em dinheiro não são dedutíveis para fins de apuração do lucro real,
embora possam reduzir o imposto devido.
As empresas receptoras dos recursos oriundos dos incentivos fiscais focalizados neste texto
deverão manter todos os registros e os documentos relativos aos projetos, bem como o livro As pessoas jurídicas tributadas com base no lucro real podem deduzir do imposto devido, em
de registro de transferência dos Certificados de Investimento, pelo prazo de 5 anos, a contar cada período de apuração, as contribuições feitas aos fundos controlados pelos Conselhos
da data fixada para a conclusão do projeto. Municipais, Estaduais e Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente, observados os
limites e as regras a seguir focalizados.
Base: art. 15 da Instrução Normativa SRF 56/94
DOAÇÕES EFETUADAS POR PESSOA JURÍDICA
EXERCÍCIOS:
As pessoas jurídicas tributadas com base no lucro real (e somente estas) podem deduzir do
a) Calcule o limite do incentivo fiscal de aplicações em certificados de obras audiovisuais, imposto devido o total das doações efetuadas aos fundos controlados pelos Conselhos
numa empresa tributada pelo Lucro Real que apresentou os seguintes dados: Municipais, Estaduais e Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente, devidamente
comprovadas, respeitado o limite.
Histórico Valor R$ Limite do Incentivo R$
IRPJ Normal 50.000,00 LIMITE DE DEDUÇÃO
IRPJ Adicional 10.000,00
O total das doações efetuadas aos Fundos dos Direitos da Criança e do Adolescente pelas
b) Demonstre o Lucro Real de uma empresa que aplicou em certificados de investimentos em pessoas jurídicas tributadas com base no lucro real pode ser deduzido diretamente do Imposto
obras audiovisuais, devidamente aprovados pelo MinC e demais exigências legais, com os de Renda devido, desde que não exceda o limite de 1 % do imposto normal devido (calculado
seguintes dados: à alíquota de 15%, sem a inclusão do adicional), diminuído do imposto correspondente a
lucros, rendimentos ou ganhos de capital auferidos no exterior.
Lucro Líquido do Exercício R$ 200.000,00
Aplicações em certificados de investimentos em obras audiovisuais: R$ 45.000,00 A dedução das doações efetuadas aos fundos dos Direitos da Criança e do Adolescente, se
pleiteada em conjunto com outras deduções, não está submetida a limite global.
c) A dedução do incentivo em obras audiovisuais, em conjunto com a dedução do incentivo
relativo a Operações de Caráter Cultural e Artístico não poderá exceder a: Bases: §11 do art. 394 do RIR/99, Instrução Normativa SRF 93/97, § 4º, artigo 2º.

( ) 3% Exemplo:
( ) 4%
( ) 1% Total das doações efetuadas: R$ 10.000,00
Total do IRPJ devido (sem o adicional e o correspondente a lucros, rendimentos ou ganhos de
RESPOSTAS: capital auferidos no exterior): R$ 150.000,00
Limite: 1% de R$ 150.000,00 = R$ 1.500,00
a)
APROVEITAMENTO DO INCENTIVO
Histórico Valor R$ Limite do Incentivo R$
IRPJ Normal 50.000,00 3% = R$ 1.500,00 Para fins de dedução do incentivo deve ser observado que:
IRPJ Adicional 10.000,00 Não há incentivo
a) se a pessoa jurídica for optante pela tributação com base no lucro real trimestral, a
b) Demonstração do Lucro Real: dedução será feita no imposto devido no trimestre em que for efetuada a doação, até o limite
de 1% exposto anteriormente;
1. Lucro Líquido do Exercício 205.000,00
2. Exclusão: Aplicações em Certificados de Obras Audiovisuais 45.000,00 b) se a pessoa jurídica for optante pelo pagamento mensal do imposto por estimativa
3. Lucro Real (1 - 2) 155.000,00 (lucro real anual):

c) 4% 1) o valor doado poderá ser deduzido do imposto devido no mês, observado o limite, e a
parcela excedente do incentivo, em cada mês, poderá ser deduzida do imposto devido nos
DOAÇÕES AO FUNDO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE meses subsequentes do mesmo ano-calendário, observando sempre o referido limite;

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ou em relação anexa, informando também se houve avaliação, e o CPF ou o CNPJ dos
2) as doações feitas no ano-calendário poderão ser deduzidas do valor do imposto anual responsáveis por essa avaliação;
devido até o limite mencionado. 2) considerar-se-á como valor do bem o seu valor contábil (desde que não exceda ao valor de
mercado ou, no caso de imóveis, ao que serviu de base de cálculo do imposto de transmissão).
Bases: Inciso 1 e § 49 do art. 9, § 4 art. 23 e inciso 1 do §2 art. 38 da Instrução Normativa
SRF 93/97. VALOR CONTÁBIL DOS BENS DOADOS

INDEDUTIBILIDADE, COMO DESPESA, DOS VALORES DOADOS Considera-se valor contábil:

As doações aos fundos dos Direitos da Criança e do Adolescente só podem ser utilizadas 1) bens não classificados no Ativo Permanente: o valor contábil corresponde àquele pelo qual
como dedução direta do imposto, observados o limite e os critérios supracitados. o bem estiver registrado na escrituração da pessoa jurídica;
2) bens classificados no Ativo Permanente (exceto participações societárias): o valor contábil
E vedada a dedução do respectivo valor como despesa operacional, tanto para efeito da corresponde ao valor pelo qual o bem estiver registrado na escrituração da pessoa jurídica
determinação do lucro real quanto da base de cálculo da Contribuição Social sobre o Lucro, o (corrigido monetariamente até 31.12.1995, se adquirido até essa data), diminuído, se for o
que significa que os valores da espécie, contabilizados como despesa, constituirão adição ao caso, de depreciação, amortização ou exaustão acumulada;
lucro líquido do período, na determinação da base de cálculo desses tributos. 3) participações societárias (registradas no Ativo Permanente): o valor contábil corresponde
ao valor pelo qual as participações estiverem registradas na escrituração da pessoa jurídica,
Exemplo: acrescido do ágio ou reduzido pelo deságio (se o investimento for avaliado pela equivalência
patrimonial), e diminuído da provisão para perdas que tiverem sido computadas, como
Doações efetuadas no período: R$ 5.000,00 dedução, na determinação do lucro real.

Demonstração do Lucro Real: Nota: a pessoa jurídica deverá baixar os bens doados na sua escrituração contábil.

Lucro Líquido antes do IRPJ R$ 50.000,00 GANHO DE CAPITAL – VALOR DOS BENS DOADOS AVALIADOS POR PREÇO DE
Adições: Doações aos fundos DCA R$ 5.000,00 MERCADO
Lucro Real no Período R$ 55.000,00
O doador poderá optar pelo valor de mercado dos bens, que será determinado mediante prévia
COMPROVAÇÃO DAS DOAÇÕES avaliação por meio de laudo idôneo de perito ou empresa especializada de reconhecida
capacidade técnica para aferição do seu valor.
Para fins de comprovação, a pessoa jurídica deve registrar em sua escrituração os valores
doados e manter arquivada a documentação correspondente. Quando a doação for efetuada por valor superior ao contábil, deverá ser apurado ganho de
capital com base na legislação vigente.
Os Conselhos Municipais, Estaduais ou Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente,
controladores dos fundos beneficiados pelas doações, devem emitir comprovante em favor do Base: parágrafos 5 e 6 do artigo 12 da Instrução Normativa SRF 267/2002.
doador, no qual especifique o nome e o CNPJ do doador, a data e o valor efetivamente
recebido em dinheiro. ENTIDADES BENEFICIÁRIAS DAS DOAÇÕES - PRESTAÇÃO DE CONTAS À SRF

O comprovante deverá; Os Conselhos Municipais, Estaduais ou Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente
deverão informar à Secretaria da Receita Federal (SRF), até o último dia útil do mês de março
a) conter o número de ordem, o nome e a inscrição no CNPJ e o endereço do emitente; do ano subseqüente, o valor das doações recebidas.
b) ser firmado por pessoa competente para dar a quitação da operação.
A prestação da informação será efetuada em meio digital, nas condições a serem definidas
DOAÇÃO EFETUADA EM BENS pela Coordenação-Geral de Fiscalização (Cofis) da SRF.

Na hipótese de a doação ser efetuada em bens, o doador deverá comprovar, por meio de Base: art. 13 da Instrução Normativa SRF 267/2002.
documentação hábil, a propriedade dos bens doados, observado que:
EXERCÍCIOS:
1) o comprovante da doação, além de conter o número de ordem, o nome e a inscrição no
CNPJ e o endereço do emitente e de ser firmado por pessoa competente para dar a quitação da a) Os valores doados aos fundos da Criança e do Adolescente são (marque as certas):
operação, deve conter a identificação desses bens, mediante sua descrição em campo próprio
1. ( ) Admissíveis como doação somente quando efetivados em dinheiro

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2. ( ) Podem reduzir o Imposto de Renda devido, dentro do limite de 1% incentivo, juntamente com a documentação necessária, estabelecida segundo o "Roteiro para
3. ( ) Devem ser acrescidos ao Lucro Real Elaboração de Pleitos", adotado pela Autarquia.

b) Calcule o limite de dedução do Imposto de Renda da seguinte doação ao fundo da criança A SUDENE ou a SUDAM analisa o pleito e, ao aprová-lo, expede Declaração, sendo
e do adolescente: imprescindível que, de posse da mesma, a empresa compareça à Delegacia da Receita Federal
à qual a empresa estiver jurisdicionada, solicitando o reconhecimento e a homologação do
Total das doação efetuada: R$ 1.000,00 direito ao benefício pretendido.
Total do IRPJ devido (sem o adicional e o correspondente a lucros, rendimentos ou ganhos de
capital auferidos no exterior): R$ 120.000,00 O Fundo de Desenvolvimento do Nordeste é regulamentado pelo Decreto 4.253/2002.

RESPOSTAS: Já o Fundo de Desenvolvimento da Amazônia é regulamentado pelo Decreto 4.254/2002.

a) 2 e 3 (a frase 1 não é correta porque a doação pode ser efetivada em bens). REGULAMENTO DE INCENTIVOS FISCAIS – SUDENE
b) O limite é de R$ 1.000,00. O limite de 1% do IRPJ devido (R$ 120.000 x 1% = R$ A Resolução SUDENE 26-A/2006, consolida o Regulamento dos Incentivos Fiscais
1.200,00) somente será utilizado para dedução se o valor da doação for igual ou superior a administrados pela SUDENE.
este valor.
ASPECTOS GERAIS
REDUÇÃO DO IR COMO INCENTIVO AO DESENVOLVIMENTO
REGIONAL – SUDENE E SUDAM A redução só terá efeito a partir da data da apresentação à SUDENE ou à SUDAM do
requerimento devidamente instruído.
NOTA INTRODUTÓRIA
O direito à redução não alcança o Imposto de Renda e adicionais não-restituíveis que já
REDUÇÃO PARA EMPREENDIMENTOS NOVOS NA ÁREA DA SUDENE E tenham sido pagos à Fazenda Nacional.
SUDAM
A utilização do benefício da Redução não impede a opção em favor do FINOR, FINAM ou do
As pessoas jurídicas que tenham projeto protocolizado e aprovado a partir do ano-calendário Reinvestimento, com relação ao saldo do Imposto de Renda a pagar;
de 2000 até 31 de dezembro de 2013 para instalação, ampliação, modernização ou
diversificação, enquadrado em setores da economia considerados, em ato do Poder Executivo, As empresas devem efetuar, em relação às atividades beneficiadas, registros contábeis
prioritários para o desenvolvimento regional nas áreas de atuação da Superintendência do específicos, destacando os elementos de que se compõem os respectivos custos, receitas e
Desenvolvimento da Amazônia - SUDAM e da Superintendência do Desenvolvimento do resultados de cada um dos estabelecimentos incentivados que operam na área da SUDENE ou
Nordeste -SUDENE, terão direito à redução de setenta e cinco por cento do imposto sobre a da SUDAM.
renda e adicional, calculados com base no lucro da exploração (Medida Provisória 2.199-14,
de 24 de agosto de 2001, art. 1º, caput). O valor que deixar de ser pago à Receita Federal em virtude da concessão do Incentivo não
poderá ser distribuído aos sócios e constituirá reserva de capital da empresa para ser utilizada
REGULAMENTO apenas em absorção de prejuízos ou aumento de capital social.

A Portaria MIN 2.091-A/2008 aprova a consolidação do Regulamento dos Incentivos Fiscais, Esse valor não é dedutível na determinação do lucro real.
comuns às Regiões da Amazônia e do Nordeste - SUDAM e SUDENE.
PARCELA DA REDUÇÃO DO IMPOSTO DE RENDA
E o Decreto 6539/2008 estabelece critérios para o enquadramento de projeto de instalação, de
diversificação ou modernização total, e de ampliação ou modernização parcial de A parcela de redução do Imposto de Renda será determinada mediante a aplicação, sobre o
empreendimento, para efeito de redução do imposto sobre a renda e adicional, calculados com lucro da exploração do empreendimento, de percentagem igual à relação, no mesmo período
base no lucro da exploração. de apuração, entre a receita líquida de vendas da produção criada pelo projeto e o total da
receita líquida de vendas do empreendimento.
COMO HABILITAR-SE AO INCENTIVO
Exemplo:
A empresa interessada deve encaminhar requerimento à SUDENE ou a SUDAM, conforme a
localização do empreendimento, através de seus Escritórios Regionais, solicitando que seja Receitas Líquidas das Vendas da Produção Criada pelo Projeto R$ 1.000.000,00
expedida Declaração de que satisfaz as condições mínimas indispensáveis ao gozo do Receita Líquida Total de Vendas do Empreendimento: R$ 2.000.000,00
% do Lucro da Exploração Incentivado: R$ 1.000.000 dividido por R$ 2.000.000 = 50,00%

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Nota: Para determinação do lucro de exploração, clique no link do mesmo. Base: artigos 59 a 61 da Instrução Normativa SRF 267/2002.

A fruição da isenção fica condicionada à observância, pela empresa beneficiária, dos LIMITES DOS INCENTIVOS NA ÁREA DA SUDENE E SUDAM A PARTIR DE 1998 -
dispositivos da legislação trabalhista e social e das normas de proteção e controle do meio NOVOS EMPREENDIMENTOS
ambiente, podendo a SUDENE ou a SUDAM, conforme o caso, a qualquer tempo, verificar o
cumprimento do disposto. Os benefícios fiscais de redução, para os projetos de instalação, modernização, ampliação ou
diversificação, aprovados pelo órgão competente, a partir de 1º de janeiro de 1998, observadas
Demonstração do Lucro do Empreendimento Beneficiado com Redução as demais normas em vigor, aplicáveis à matéria, passam a ser de redução do imposto de
renda e adicionais não restituíveis, observados os seguintes percentuais (Lei 9.532/97, art. 3º,
Quando se verificar pluralidade de estabelecimentos, será reconhecido o direito à isenção em caput):
relação aos rendimentos dos estabelecimentos instalados na área de atuação da SUDENE e/ou
da SUDAM (Lei 4.239/63, art. 16, § 1°). I – 75% (setenta e cinco por cento), a partir de 1º de janeiro de 1998 até 31 de dezembro de
2003;
Para os efeitos do disposto neste item, as pessoas jurídicas interessadas deverão demonstrar II – 50% (cinqüenta por cento), a partir de 1º de janeiro de 2004 até 31 de dezembro de 2008;
em sua contabilidade, com clareza e exatidão, os elementos de que se compõem as operações III – 25% (vinte e cinco por cento), a partir de 1º de janeiro de 2009 até 31 de dezembro de
e os resultados do período de apuração de cada um dos estabelecimentos que operem na área 2013.
de atuação incentivada (Lei 4.239/63, art. 16, § 2°).
O disposto neste item não se aplica a projetos aprovados ou protocolizados até 14 de
Se a pessoa jurídica mantiver atividades não consideradas como industriais ou agrícolas, novembro de 1997, no órgão competente, para os quais prevalece o benefício de isenção até o
deverá efetuar, em relação às atividades beneficiadas, registros contábeis específicos, para término do prazo de concessão do benefício (Lei 9.532/97, art. 3º, caput e § 1º).
efeito de destacar e demonstrar os elementos de que se compõem os respectivos custos,
receitas e resultados. LIMITE DOS INCENTIVOS BENEFICIADOS COM REDUÇÃO DO IR DE
EMPREENDIMENTOS JÁ EXISTENTES
Na hipótese de o sistema de contabilidade adotado pela pessoa jurídica não oferecer condições
para apuração do lucro por atividade, este poderá ser estabelecido com base na relação entre Os benefícios fiscais de redução do imposto de renda e adicionais não restituíveis relativos a
as receitas líquidas das atividades incentivadas e a receita líquida total, observado o disposto empreendimentos já existentes, observadas as demais normas em vigor, aplicáveis à matéria,
quanto ao lucro da exploração. passam a ser calculados segundo os seguintes percentuais (Lei 9.532/97, art. 3º, § 2º):

Exemplo: I – 37,5% (trinta e sete inteiros e cinco décimos por cento), a partir de 1º de janeiro de 1998
até 31 de dezembro de 2003;
Receitas Líquidas das Atividades Incentivadas R$ 2.000.000,00 II – 25% (vinte e cinco por cento), a partir de 1º de janeiro de 2004 até 31 de dezembro de
Receita Líquida Total R$ 5.000.000,00 2008;
% do Lucro da Exploração Incentivado: R$ 2.000.000 dividido por R$ 5.000.000 = 40,00% III – 12,5% (doze inteiros e cinco décimos por cento), a partir de 1º de janeiro de 2009 até 31
de dezembro de 2013.
A redução de que trata este item somente se aplica ao imposto e adicionais não restituíveis
calculados com base no lucro da exploração do empreendimento (Decreto-lei 1.598/77, art. EXTINÇÃO DOS INCENTIVOS DE IR
19, § 1°, alínea b, e Decreto-lei 1.730/79, art. 1°, inciso I). Assim, por exemplo, o lucro
decorrente de aplicações financeiras ou ganhos de capital, por exemplo, não é incentivado. Ficam extintos, relativamente aos períodos de apuração encerrados a partir de 1º de janeiro de
2014, os benefícios fiscais de redução do Imposto de Renda (Lei 9.532/97, art. 3º, § 3º).
PEDIDO DE RECONHECIMENTO DO DIREITO À REDUÇÃO DO IRPJ
DESTINAÇÃO DO VALOR DO IMPOSTO DE RENDA - ATIVIDADES
A competência para reconhecer o direito será da unidade da SRF a que estiver jurisdicionada INCENTIVADAS DA SUDENE/SUDAM
a pessoa jurídica, devendo o pedido estar instruído com laudo expedido pelo Ministério da
Integração Nacional (MI). O valor do imposto de renda que deixar de ser pago em virtude da isenção aos
empreendimentos na SUDENE e/ou SUDAM não poderá ser distribuído aos sócios e
O chefe da unidade da SRF decidirá sobre o pedido em cento e vinte dias contados da constituirá reserva de capital da pessoa jurídica, que somente poderá ser utilizada para
apresentação do requerimento à repartição fiscal competente. absorção de prejuízos ou aumento de capital (Regulamento do Imposto de Renda/99, art.
545).
O prazo de fruição do benefício fiscal é igual ao período compreendido entre o ano de início
de fruição e 31 de dezembro de 2013, não podendo exceder a dez anos. Exemplo:

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43 – Manual dos Benefícios Fiscais do IRPJ © 44 – Manual dos Benefícios Fiscais do IRPJ ©
Efetuados os recolhimentos, a empresa deverá apresentar à SUDENE ou à SUDAM,
Valor do IRPJ que deixou de ser pago, em função da isenção e/ou redução: R$ 500.000,00 conforme sua localização, através de seus Escritórios Regionais ou de Representação, um
projeto técnico-econômico acompanhado dos referidos comprovantes de depósito bancário e
Contabilização: da documentação exigida segundo o "Roteiro para Elaboração de Pleitos", adotado pela
autarquia.
D. IRPJ do Exercício (Conta de Resultado)
C. Reserva de Incentivos Fiscais (Patrimônio Líquido) R$ 500.000,00 Uma vez analisado e aprovado o projeto, a SUDENE ou a SUDAM emite uma ordem de
Histórico: pela formação da reserva de incentivo fiscal, conforme projeto SUDENE/SUDAM. liberação autorizando o Banco a proceder à transferência imediata dos recursos (Incentivo
mais Recursos Próprios) existentes em conta vinculada, devidamente corrigidos, para a conta
A contabilização a débito de uma conta de resultado (IRPJ do Exercício) é necessária para de livre movimentação da empresa, que deverá efetivar a incorporação destes recursos ao seu
evitar que o valor seja distribuído aos sócios e/ou que seja transferido para Lucros Capital Social, num prazo de 180 dias, contados a partir da data de emissão do ofício de
Acumulados ou Reservas de Lucros, prejudicando assim a manutenção do incentivo fiscal. liberação.

REINVESTIMENTO DO IMPOSTO DE RENDA - SUDENE e SUDAM NOTAS:

Para as empresas dos setores industrial, agroindustrial e de construção civil, que estejam em 1. Este Incentivo pode ser utilizado cumulativamente ao Incentivo da Redução de até 37,5%
operação na área de atuação da SUDENE ou da SUDAM, é permitindo o reinvestimento de do Imposto de Renda;
parte do Imposto de Renda devido apurado sobre o Lucro da Exploração, acrescido de uma 2. Uma vez beneficiada com o Incentivo da Redução, a empresa não pode optar pela
parcela de recursos próprios (50% do valor do Imposto que será reinvestido), na dedução do Imposto de Renda em favor do FINOR ou FINAM;
modernização ou complementação de equipamentos dos seus projetos, até o ano de 2013,
observando os seguintes percentuais: EXERCÍCIOS:

• De 1998 a 2003 - 30% a) Um empreendimento já existente que tiver reconhecimento de redução do imposto de
• De 2004 a 2008 - 20% renda, na área da SUDENE, poderá pagar o imposto e respectivo adicional, durante o ano
• De 2009 a 2013 - 10% de 2.001, com a redução de:

Base: art. 612 do Regulamento do IR/99. 1. ( ) 50%


2. ( ) 37,5%
COMO HABILITAR-SE AO INCENTIVO 3. ( ) 20%

A empresa deve fazer a opção pelo incentivo em sua Declaração de Rendimentos, no campo b) Calcule o % de incentivo sobre o lucro da exploração, considerando um empreendimento
específico existente com essa destinação – Redução por Reinvestimento. na área da SUDAM, com os seguintes valores de Receita Líquida:

Paralelamente, os valores correspondentes ao Imposto e ao incentivo (% do Imposto a ser Receita Líquida Incentivada: R$ 2.250.000,00
reinvestido mais 50% de recursos próprios) devem ser depositados numa agência do Banco do Receita Líquida Total: R$ 3.000.000,00
Nordeste do Brasil S/A (se a empresa está na área da SUDENE) ou no Banco da Amazônica
(se a empresa está na área da SUDAM), ficando o montante referente ao incentivo, enquanto c) Para fins de contabilização do valor do incentivo, o IRPJ que deixou de ser pago por
não aplicado, reservado e preservado em conta vinculada, sendo remunerado pela Taxa de incentivo na área da SUDENE ou SUDAM deverá (assinale a correta):
Juros de Longo Prazo (TJLP), desde a data da efetivação dos depósitos até a sua liberação. ( ) Ser distribuído aos sócios
( ) Compor reserva de capital
Esses depósitos devem ser efetuados da seguinte forma: ( ) Compor reserva de lucros
( ) Ser mantido como Provisão de IRPJ a Pagar
 Imposto – correspondente a até 70% do Imposto de Renda devido, dependendo do
percentual de reinvestimento a que a empresa tem direito, devendo ser recolhido normalmente d) A data da extinção dos incentivos na área da SUDENE e SUDAM, para fins de apuração
através de DARF, como receita da União. do Imposto de Renda, ocorrerá em ...../....../..........
 Incentivo – correspondente a até 30% do valor do Imposto de Renda devido mais 50% de
recursos próprios, devendo ser recolhido através do documento "Guia de Recolhimento", e) Uma empresa com empreendimento agroindustrial situado na SUDAM pretende reinvestir,
disponível nas agências do Banco do Nordeste ou do Banco da Amazônia, no mesmo prazo mediante depósito no Banco da Amazônia, parte do Imposto de Renda devido sobre o Lucro
fixado para pagamento do Imposto. de Exploração de R$ 200.000,00 em 2.001. O valor máximo do incentivo, para base de
cálculo do depósito, será de R$ .....................

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45 – Manual dos Benefícios Fiscais do IRPJ © 46 – Manual dos Benefícios Fiscais do IRPJ ©
RESPOSTAS: A partir do dia 2 de maio de 2001, somente é possível a aplicação nesses Fundos pelas
pessoas jurídicas ou grupos de empresas detentores de 51% do capital votante de sociedade
a) 2 (37,5% até 31.12.2003) titular de projeto.

b) 75,00% (Cálculo: R$ 2.250.000 dividido por R$ 3.000.000) LIMITE DAS APLICAÇÕES

c) Compor reserva de capital Sem prejuízo do limite específico para cada incentivo, o conjunto das aplicações em favor do
Fundo de Investimentos do Nordeste (Finor) e do Fundo de Investimentos da Amazônia
d) 01/01/2014 (Finam) não poderá exceder, em cada período de apuração, os percentuais do imposto devido
a seguir indicados, incluídas as deduções compulsórias, no montante de doze por cento, em
e) R$ 60.000,00. Cálculo: 30% x R$ 200.000,00.
favor do Programa de Integração Nacional (PIN) de que trata o art. 5º do Decreto-lei nº 1.106,
de 16 de junho de 1970, e do Programa de Redistribuição de Terras e de Estímulo à
APLICAÇÃO DO IR EM INVESTIMENTOS REGIONAIS
Agroindústria do Norte e do Nordeste (Proterra) de que cuida o art. 6º do Decreto-lei nº 1.179,
de 6 de julho de 1971):
OPÇÕES DE INCENTIVOS
I - 30% (trinta por cento), relativamente aos períodos de apuração encerrados a partir de 1º de
A pessoa jurídica ou grupos de empresas coligadas de que trata o art. 9º da Lei nº 8.167, de
janeiro de 1998 até 31 de dezembro de 2003;
1997, que, isolada ou conjuntamente, detenham, pelo menos, 51% do capital votante de
II - 20% (vinte por cento), relativamente aos períodos de apuração encerrados a partir de 1º de
sociedade titular de projetos nas áreas de atuação da Sudam e Sudene, aprovados, no órgão
janeiro de 2004 até 31 de dezembro de 2008;
competente, até o dia 2 de maio de 2001, enquadrado em setores da economia considerados,
III - 10% (dez por cento), relativamente aos períodos de apuração encerrados a partir de 1º de
pelo Poder Executivo, prioritários para o desenvolvimento regional, que sejam beneficiários
janeiro de 2009 até 31 de dezembro de 2013.
das aplicações no Finor, Finam e Funres, poderão manifestar a opção pela aplicação de parte
do imposto de renda em investimentos regionais, na declaração ou no curso do ano-
PAGAMENTOS MENSAIS – CÓDIGOS DO DARF
calendário, nas datas de pagamento do imposto apurado trimestralmente.
A pessoa jurídica que efetuar pagamentos mensais deverá recolher o valor correspondente à
FORMA DE OPÇÃO
aplicação em investimentos regionais, em Darf específico com os códigos: 6677 (Finor), 6692
(Finam) ou 6704 (Funres).
A opção será manifestada na declaração ou no curso do ano-calendário, nas datas de
pagamento do imposto com base no lucro estimado, apurado mensalmente, ou no lucro real,
A pessoa jurídica sujeita à apuração trimestral do imposto deverá recolher o valor
apurado trimestralmente.
correspondente à aplicação em investimentos regionais, em Darf específico com os seguintes
códigos: 1800 (Finor), 1825 (Finam) e 1838 (Funres).
LIMITE DAS APLICAÇÕES
A opção manifestada é irretratável e os Darf utilizados para recolhimento com os códigos
As aplicações somente poderão ser efetuadas até o final do prazo previsto para a implantação
anteriormente mencionados não poderão sofrer retificação relativa ao código ou ao valor da
dos respectivos projetos.
receita (MP nº 2.058, de 2000, art. 3º c/c art. 13, e reedições).
REGULAMENTO
PARCELA EXCEDENTE NO AJUSTE ANUAL
A Portaria MIN 2.091-A/2008 aprova a consolidação do Regulamento dos Incentivos Fiscais,
A parcela excedente destinada aos fundos verificada no ajuste anual pelas pessoas jurídicas
comuns às Regiões da Amazônia e do Nordeste - SUDAM e SUDENE.
será considerada:
APLICAÇÕES ATÉ 02.05.2001
a) como recurso próprio aplicado no respectivo projeto, quando o recolhimento for efetuado
pelas pessoas jurídicas de que trata o art. 9º da Lei nº 8.167, de 1991;
As pessoas jurídicas submetidas à apuração do imposto de renda pelo lucro real, trimestral ou
b) como subscrição voluntária para o fundo destinatário da opção manifestada no Darf,
anual, que não se enquadrem no art. 9º da Lei nº 8.167, de 1991 puderam optar pela aplicação
quando o recolhimento for efetuado pelas demais pessoas jurídicas.
de parte do imposto de renda devido em investimentos regionais destinados ao Finor, Finam e
Funres até 2 de maio de 2001, mediante recolhimento por Darf específico (Medida Provisória
AJUSTE ANUAL – CÓDIGOS DO DARF
nº 2.128-9, de 26 de abril de 2001 e MP nº 2.145, de 2 de maio de 2001). Não é possível, para
essas pessoas jurídicas, a opção pela aplicação na DIPJ.
O valor referente à aplicação em incentivos fiscais correspondentes aos valores apurados no
ajuste anual deverá ser recolhido nos seguintes códigos: 7920 (Finor), 7933 (Finam) ou 7946
(Funres).

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2. 50%
As pessoas jurídicas, que não se enquadrem no art. 9º da Lei nº 8.167, de 1991, submetidas à 3. 49%
apuração do imposto de renda pelo lucro real, trimestral ou anual, que optaram pela aplicação 4. 51%
de parte do imposto de renda devido em investimentos regionais destinados ao Finor, Finam e
Funres até 2 de maio de 2001, mediante recolhimento por Darf específico, deverão informar b) As aplicações da questão anterior (a) somente poderão ser efetuadas até ...................
na DIPJ os valores aplicados.
c) Para fins de planejamento tributário, recomenda-se, quanto á opção de aplicação em
PESSOAS JURÍDICAS NÃO BENEFICIADAS incentivos fiscais de dedução do IRPJ:

Não têm direito aos benefícios fiscais relacionados neste módulo: 1.( ) Recolher o valor mensalmente, em DARF
2.( ) Optar somente na época do preenchimento da Declaração de Informações da PJ
a) a pessoa jurídica que goze do benefício fiscal de redução por reinvestimento, relativamente
à parcela da base de cálculo absorvida por este incentivo; RESPOSTAS:
b) a pessoa jurídica instalada em Zona de Processamento de Exportação – ZPE;
c) a pessoa jurídica referida no art. 28 da Lei nº 7.730, de 1989, relativamente à parcela do a) 51%
lucro inflacionário tributada à alíquota de seis por cento;
d) as pessoas jurídicas ou grupos de empresas coligadas, mesmo tributados com base no lucro b) o final do prazo previsto para a implantação dos respectivos projetos.
real, que não sejam detentores, isolada ou conjuntamente, de pelo menos, 51% do capital
votante de sociedade titular de projeto nas áreas da Sudam e Sudene que seja beneficiário das c) 2
aplicações no Finor, Finam e Funres.
PESQUISA TECNOLÓGICA E DESENVOLVIMENTO DE INOVAÇÃO
A prática de atos que configurem crimes contra a ordem tributária (Lei nº 8.137, de 1990) TECNOLÓGICA DE PRODUTOS
acarretará à pessoa jurídica infratora a perda, no ano-calendário correspondente, dos
incentivos e benefícios de redução ou isenção previstos na legislação tributária. A concessão Nota: os benefícios tratados neste módulo foram revogados, a partir de 01.01.2006, pela
ou reconhecimento de qualquer incentivo fiscal relativo a tributos e contribuições Lei 11.196/2005
administrados pela Secretaria da Receita Federal fica condicionado a comprovação pelo
contribuinte da quitação de tributos e contribuições federais (art. 59 e 60 da Lei nº 9.069, de A partir de 01.01.2003, as pessoas jurídicas poderão deduzir do lucro líquido, na
1995). determinação do lucro real e da base de cálculo da CSLL, as despesas operacionais relativas
aos dispêndios realizados com pesquisa tecnológica e desenvolvimento de inovação
VALOR MÍNIMO DAS APLICAÇÕES tecnológica de produtos. Base: art. 39 da Lei 10.637/2002.

Não serão consideradas aplicações inferiores a R$ 8,28. Referido incentivo foi regulamentado pelo Decreto 4928/2003.

RECOMENDAÇÃO INOVAÇÃO TECNOLÓGICA – CONCEITO

Para fins de planejamento tributário, recomenda-se que as empresas que não tiverem projetos Considera-se inovação tecnológica a concepção de novo produto ou processo de fabricação,
próprios não recolham o incentivo fiscal em DARF específico porque não terão qualquer bem como a agregação de novas funcionalidades ou características ao produto ou processo
vantagem, tendo o risco de recolher a maior o incentivo. que implique melhorias incrementais e no efetivo ganho de qualidade ou produtividade,
resultando maior competitividade no mercado.
Se pagar tudo como IRPJ, poderá optar, na DIPJ, no fundo escolhido, mantendo o direito de
receber os certificados de investimentos, no montante máximo permitido. FORMA DE UTILIZAÇÃO DO INCENTIVO

EXERCÍCIOS: EXCLUSÃO DA DEPRECIAÇÃO INTEGRAL

a) O benefício de aplicação de parte do imposto de renda em investimentos regionais, a partir Os valores relativos aos dispêndios incorridos em instalações fixas e na aquisição de
de 02.05.2001, é restrita á pessoa jurídica ou grupos de empresas coligadas de que trata o art. aparelhos, máquinas e equipamentos, destinados à utilização em projetos de pesquisa e
9º da Lei nº 8.167, de 1997, que, isolada ou conjuntamente, detenham, pelo menos, o seguinte desenvolvimentos tecnológicos, metrologia, normalização técnica e avaliação da
percentual do capital votante de sociedade titular de projetos nas áreas de atuação da Sudam e conformidade, aplicáveis a produtos, processos, sistemas e pessoal, procedimentos de
Sudene, aprovados, no órgão competente: autorização de registros, licenças, homologações e suas formas correlatas, bem como
relativos a procedimentos de proteção de propriedade intelectual, poderão ser depreciados
1. 90%

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na forma da legislação vigente, podendo o saldo não depreciado ser excluído na Sem prejuízo do incentivo normal, a pessoa jurídica poderá, ainda, excluir, na determinação
determinação do lucro real, no período de apuração em que concluída sua utilização. do lucro real, valor equivalente a 100% (cem por cento) do dispêndio total de cada projeto
que venha a ser transformado em depósito de patente, devidamente registrado no Instituto
A exclusão do saldo não depreciado não se aplica para efeito de apuração da base de cálculo Nacional de Propriedade Industrial (INPI), e, em pelo menos uma das seguintes entidades de
da CSLL. exame reconhecidas pelo "Patent Cooperation Traty" (PCT):

Exemplo: I – Departamento Europeu de Patentes (European Patent Office);


II – Departamento Japonês de Patentes (Japan Patent Office); ou
Gastos incorridos em instalações fixas: R$ 1.000.000,00 III – Departamento Norte-Americano de Patentes e Marcas (United States Patent and Trade
Valor depreciado no período de apuração: R$ 40.000,00 Mark Office).
Saldo não depreciado: R$ 1.000.000,00 – R$ 40.000,00 = R$ 960.000,00
Valor a ser excluído do lucro real = R$ 960.000,00 O valor que servirá de base para a exclusão deverá ser controlado na parte B do Lalur, por
projeto, até que sejam satisfeitas as exigências previstas, quando poderão ser excluídos na
CONTROLE DO INCENTIVO NA PARTE B DO LALUR determinação do lucro real, como incentivo adicional.

O valor do saldo excluído deverá ser controlado na parte B do Livro de Apuração do Lucro CONDIÇÕES PARA UTILIZAÇÃO DOS INCENTIVOS
Real (Lalur) e será adicionado, na determinação do lucro real, em cada período de apuração
posterior, pelo valor da depreciação normal que venha a ser contabilizada como despesa Para convalidar a adequação dos dispêndios efetuados, com vistas ao gozo do benefício
operacional. fiscal adicional, os projetos de desenvolvimento de inovação tecnológica deverão ser
encaminhados às agências de fomento, federais ou estaduais, credenciadas pelo Ministério
Exemplo: da Ciência e Tecnologia para análise e aprovação técnica, nos termos dispostos no § 5o do
art. 4o da Lei no 8.661, de 2 de junho de 1993, observadas regras fixadas em regulamento. A
Valor excluído na Parte A do Lalur em 2.003: R$ 960.000,00 concessão do benefício fiscal adicional far-se-á mediante portaria do Ministro de Estado da
Depreciação dos gastos incorridos incentivados em 2.004: R$ 40.000,00 Ciência e Tecnologia.
Valor a ser adicionado na Parte B do Lalur em 2.004: R$ 40.000,00
Controle do Saldo na Parte B do Lalur: Para gozo do benefício fiscal previsto, tanto o normal quanto o adicional, a pessoa jurídica
Saldo final em 2.003: R$ 960.000,00 deverá comprovar, quando for o caso, o recolhimento da contribuição de intervenção no
Valor adicionado em 2.004 na Parte A: R$ 40.000,00 domínio econômico instituída pela Lei no 10.168, de 29 de dezembro de 2000, e alterada pela
Saldo final em 2.004: R$ 960.000,00 – R$ 40.000,00 = R$ 920.000,00 Lei no 10.332, de 19 de dezembro de 2001.

CONTROLE CONTÁBIL DOS GASTOS Para se utilizar dos incentivos (normal e adicional), os dispêndios somente poderão ser
deduzidos se pagos a pessoas físicas ou jurídicas residentes e domiciliadas no País, exceto os
Para fins da dedução, os gastos deverão ser controlados contabilmente em contas pagamentos destinados à obtenção e manutenção de patentes e marcas no exterior.
específicas, individualizadas por projeto realizado.
Exemplo:
Exemplo:
Em 20.12.2003 a empresa Alfa concluiu o projeto tecnológico de inovação de seu produto
Projeto de inovação tecnológica do Produto XYZ: Beta, registrando-o no INPI. O total de gastos contabilizados foi de R$ 1.500.000,00 (todo
Aquisição de 1 máquina no valor de R$ 250.000,00: este valor foi pago a pessoas físicas ou jurídicas residentes e domiciliadas no País). Este
D. Máquinas e Equipamentos - Projeto Inovação Produto XYZ (Ativo Imobilizado) projeto foi submetido à análise e aprovação do Ministério da Ciência e Tecnologia e das
C. Fornecedores demais regras pertinentes, observando-se todas as condições para utilização do respectivo
incentivo.
SALDOS DO ATIVO DIFERIDO DE 2.002
Em 29.08.2004, a mesma empresa obteve registro de depósito de patente do mesmo processo
No exercício de 2003, o incentivo aplica-se também aos saldos, em 31 de dezembro de 2002, no “European Patent Office”. Poderá excluir, no lucro real apurado no balancete de
das contas do Ativo Diferido, referentes a dispêndios realizados com pesquisa tecnológica e redução/suspensão do imposto de 31.08.2004, o valor integral de gastos, de R$ 1.500.000,00.
desenvolvimento de inovação tecnológica.
Nota: Os valores registrados deverão, a qualquer tempo, ser comprovados por documentação
INCENTIVO ADICIONAL PARA PATENTES idônea, que deverá estar à disposição da fiscalização da Secretaria da Receita Federal.

INCENTIVOS À INOVAÇÃO TECNOLÓGICA A PARTIR DE 01.01.2006

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atividades
Operações de
Valor das doações e 4% do IRPJ audiovisuais
Veja tópico Incentivos à Inovação Tecnológica, no Guia Tributário On Line. Caráter Cultural e
patrocínios realizados devido
Artístico

INCENTIVOS AO DESPORTO
LUCRO DA EXPLORAÇÃO
A partir do ano-calendário de 2007 e até o ano-calendário de 2015, inclusive, poderão ser
deduzidos do imposto de renda devido, apurado na Declaração de Ajuste Anual pelas pessoas Considera-se lucro da exploração o lucro líquido do período de apuração antes de deduzida a
físicas ou em cada período de apuração, trimestral ou anual, pela pessoa jurídica tributada provisão para o imposto de renda, ajustado pela exclusão dos seguintes valores:
com base no lucro real os valores despendidos a título de patrocínio ou doação, no apoio
direto a projetos desportivos e paradesportivos previamente aprovados pelo Ministério do I - a parte das receitas financeiras que exceder às despesas financeiras;
Esporte. II - os rendimentos e prejuízos das participações societárias;
III - os resultados não operacionais;
As deduções ficam limitadas: IV - os resultados obtidos em operações realizadas no exterior;
I - relativamente à pessoa jurídica, a um por cento do imposto devido, observado o disposto V - os baixados na conta de reserva de reavaliação, nos casos em que o valor realizado dos
no § 4 do art. 3º da Lei 9.249, de 26 de dezembro de 1995, em cada período de apuração; bens objeto da reavaliação tenha sido registrado como custo ou despesa operacional e a baixa
da reserva tenha sido efetuada em contrapartida à conta de:
II - relativamente à pessoa física, a 6% (seis por cento) do imposto devido na Declaração de a) receita não operacional;
Ajuste Anual, conjuntamente com as deduções de que trata o art. 22 da Lei 9.532, de 10 de b) patrimônio líquido, não computada no resultado do mesmo período de apuração.
dezembro de 1997. VI - a reserva especial (art. 2º da Lei nº 8.200, de 1991) computada para determinação do
Bases: Lei 11.438/2006, alterada pela Lei 11472/2007, e regulamentada pelo Decreto lucro real em razão da realização de bens ou direitos mediante alienação, depreciação,
6.180/2007. amortização, exaustão ou baixa a qualquer título;
VII - a parcela do lucro inflacionário apurado na fase pré-operacional, realizado a partir do
ADENDO: QUADRO RESUMO DOS LIMITES DE APLICAÇÕES EM INCENTIVOS período em que o empreendimento instalado na área de atuação da Sudene e Sudam entrar em
FISCAIS fase de operação;
VIII - os tributos e contribuições com exigibilidade suspensa, na forma dos incisos II a IV do
art. 151 da Lei nº 5.172, de 25 de outubro de 1966, Código Tributário Nacional (CTN),
Incentivos Fiscais Base de Cálculo do Limite de Limite de Embasamento Legal
Incentivo Dedução Dedução
adicionados ao lucro líquido, para efeito de determinação do lucro real. As importâncias
Individual Cumulativa acrescidas, controladas na Parte B do Livro de Apuração do Lucro Real (Lalur), serão
diminuídas do lucro da exploração no período em que ocorrer o efetivo pagamento dos
15% das despesas de tributos e contribuições.
custeio do PAT, líquidas da
Programa de parcela cobrada dos
Alimentação ao empregados ou 15% de R$ Será adicionada ao lucro líquido, para efeito de determinação do lucro da exploração, a CSLL
Trabalhador - PAT 1,99 x número de refeições devida, relativa ao período de apuração.
fornecidas no período, o
Artigos 491 a 493,
que for menor 4% do IRPJ 4% do IRPJ As variações monetárias dos direitos de crédito e das obrigações da pessoa jurídica, em
504 a 507, 581 a 587
devido devido
do RIR/99 função da taxa de câmbio ou de índices ou coeficientes aplicáveis por disposição legal ou
Programa de
Desenvolvimento contratual são consideradas como receitas ou despesas financeiras, conforme o caso.
Tecnológico 15% dos dispêndios
Industrial ou incorridos no período Base: art. 544 do RIR/99 e art. 57 da IN SRF 267/2002.
Agropecuário –
PDTI/PDTA A relação completa de nossas obras eletrônicas na área tributária está em
Doações aos www.portaltributario.com.br/obras.htm
Fundos dos Doações efetivamente 1% do IRPJ
Não existe Art. 591 do RIR/99
Direitos da Criança realizadas devido Conheça também nossas publicações nas áreas contábil e trabalhista
e do Adolescente
PORTAL TRIBUTÁRIO EDITORA – TODOS OS DIREITOS RESERVADOS 
Valores aplicados na 4% do IRPJ
aquisição de certificados de devido,
Atividade 3% do IRPJ Artigos 475 478,
investimentos em projetos observado o
Audiovisual devido 484 a 488 do RIR/99
aprovados pelo Ministério limite específico
da Cultura para as

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