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Centro Universitário Salesiano de São Paulo - UNISAL

Curso: Geografia
Disciplina: Representações Gráficas no Ensino da Geografia
Série: 2º
Professor: Maurício Zacharias Moreira

Módulo Tema Período


Considerações Iniciais Sobre a
CI Representação Gráfica no Ensino da FEV/MAR
Geografia
Sistema de comunicação (fonte, codificação,
CI.1 transmissão, recepção, decodificação e 8 horas aula
destino).
CI.2 Informação Geográfica 4 horas aula
Símbolos na representação dos fenômenos
CI.3 4 horas aula
geográficos
RG Representações Gráficas ABR/MAI
Definição e classificação das representações 10 horas aula
RG.1
gráficas.
RG.2 Elementos de representação em mapas. 6 horas aula
G Gráficos JUNHO
Definição e classificação de gráficos
G.1 8 horas aula
estatísticos.
TC Técnicas Computacionais AGOSTO
Utilização de software na elaboração de
TC.1 8 horas aula
mapas e gráficos.
CT Cartografia Temática SETEMBRO
CT.1 A linguagem da representação gráfica temática 8 horas aula
ERG Elaboração de Representações Gráficas OUTUBRO
Etapas do processo de construção da 10 horas aula
ERG.1
representação gráfica
RGE Representações Gráficas no Ensino NOV/DEZ
Método e técnicas cognitivas da representação 8 horas aula
RGE.1
gráfica em geografia.
RGE.2 A prática da representação gráfica no ensino 4 horas aula

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CI – Considerações Iniciais Sobre a Representação Gráfica no Ensino da Geografia

Hoje, está claro para professores ou alunos, para todos da comunidade acadêmica ou
não, que o tratamento de informação e a sua representação gráfica são cada vez mais
imprescindíveis na transmissão/interpretação, análise e crítica dos fenômenos e da
informação. Parece ser evidente que a representação gráfica, como linguagem universal,
é extremamente eficaz para atenuar as barreiras lingüísticas e culturais entre os povos e
entre os indivíduos. A idéia de que "uma imagem substitui mil palavras" torna-se mais
verdadeira quando analisamos os atuais dias globalizados.

A Geografia sempre foi (e continua a ser) uma disciplina, cujo trabalho é desenvolvido
com base em mapas, gráficos, e outras representações gráficas. No entanto, não é só
nessa disciplina que a expressão gráfica se revela fundamental. Tanto o tratamento da
informação, como a representação gráfica da informação ou a análise de diferentes
representações revelam-se cada vez mais necessários em todas as disciplinas assim
como no nosso cotidiano.

Nesse contexto, o tratamento de dados e a representação da informação apoiados por


meios informáticos, além de desenvolverem uma cultura tecnológica nas pessoas,
assumem uma vertente propícia à criatividade individual e de grupo. Desta forma, torna-
se necessário privilegiar a utilização do computador e instrumentos informáticos no
desenvolvimento das atividades da disciplina.

CI.1 – Sistema de Comunicação

Partindo do princípio de que comunicação é o processo de troca de mensagens entre


duas ou mais pessoas ou entre dois sistemas diferentes, pode-se concluir que, para que
as mensagens possam ser intercambiadas, é preciso que repousem sobre um sistema
simbólico solo comum ao transmissor e ao receptor. Esse sistema simbólico se formula
através de um código, dentro do qual são concebidas as mensagens.

Há que se distinguir, contudo, formas diferentes na comunicação. A primeira


caracteriza-se fundamentalmente pelo fato de ser oral (comunicação direta e imediata).
A segunda, ou seja a escrita (comunicação indireta), através da comunicação impressa.
A terceira é caracterizada pelos meios de comunicação de massa (rádio, cinema e tv).

A língua, sistema simbólico verbal, tem em comum com todo sistema simbólico o fato
de constituir um código, o qual supõe um conjunto limitado de elementos que se
combinam segundo regras específicas e que presidem a sua atualização. Há, em suma,
comunicação onde ocorre emprego de signos, elementos de operacionalização de
códigos. O signo dispõe-se entre os dois extremos, absoluta aleatoriedade e absoluta
previsibilidade. A comunicação é, pois, função da transmissão de signos.

A imagem visual aceita uma grande quantidade de informações e vários níveis de leitura
através do agrupamento dos elementos. Uma representação gráfica permite memorizar
rapidamente um grande número de informações, desde que transcritas de maneira
conveniente e ordenadas visualmente. Somente esta transcrição gráfica permite ao leitor
do mapa uma percepção significativa de conjunto sem perda de informação.

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TRANSMISSOR RECEPTOR
RUÍDO
FONTE MENSAGEM MENSAGEM
CODIFICADA
DE CODIFICAÇÃO SINAL
DECODIFICAÇÃO
DADOS
MENSAGEM
CODIFICADA RUÍDO MENSAGEM

Figura 1: Esquema de Comunicação

"Mensagem", "sinais" e "ruído", todos têm significados técnicos bem específicos na


teoria da transmissão de sinais (embora muitos cartógrafos critiquem fortemente quando
aplicadas à informação interpretada e entendimento humano). Em termos gerais, se a
comunicação é entendida como transferência de conhecimento, de idéias, de informação
de uma pessoa à outra ou a um grupo, o processo de comunicação só se torna bem
sucedido se o transmissor/cartógrafo produz um sinal/mapa que é compreendido pelo
receptor/usuário, ou seja, em uma situação considerada ideal, o receptor/usuário deveria
ser capaz de decodificar o sinal/mapa ora codificado pelo transmissor/cartógrafo em
algo significativo (Figura 1).

Entretanto, fatores perturbadores influenciam a percepção de mapas e são chamados


"ruídos", podendo ser definidos como distúrbios indesejáveis no processo de
comunicação, causando a perda de informação. Os possíveis ruídos que podem ocorrer
no processo de comunicação cartográfica são provenientes tanto do coletor quanto do
editor de dados, do projetista cartográfico, do desenhista, do especialista em reprodução,
ou mesmo do próprio usuário. O usuário de mapas pode não detectar toda a informação
relevante, não ter adequado conhecimento básico de Cartografia ou então pode dar
interpretação errada à informação. Na realidade, o "usuário de mapas" como tal não
existe, pois todo usuário de mapas tem sua experiência específica dentro de seu próprio
meio ambiente natural e cultural e tem interesse e objetivos pessoais específicos. Daí a
necessidade de novas pesquisas e maior incentivo a trabalhos que tratem da questão
Educação Cartográfica, não apenas em nível escolar, mas principalmente voltada ao
cidadão comum.

A Semiologia Gráfica é o estudo dos sistemas não-verbais que têm a finalidade de


suplementar a comunicação verbal e/ou exercê-la de modo independente. O conceito
semiológico fundamental é o conceito de signo. Em geral, entende-se por signo um
objeto material chamado significante e que interessa não por suas propriedades
materiais, mas como algo a que corresponde um investimento semântico, o significado.

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CI.2 - Informação Geográfica

A informação Geográfica abrange todo e qualquer dado disponível sobre a Terra


passível de ser estudado e classificado pelos diversos ramos de especialidades da
Geografia ou de outras Ciências. A informação geográfica descreve a forma, a estrutura,
o processo e a função do espaço geográfico.

Alguns exemplos: nas áreas urbanas, todo o conjunto de elementos que compõem as
cidades; nas áreas agrárias, as fazendas de agricultura e de pecuária, etc.; na biosfera, as
áreas cobertas pela vegetação e o espaço de vida dos animais, etc.; na morfologia o
relevo. No caso do clima, a informação é tridimensional, dada pelos elementos
meteorológicos (temperatura, pressão atmosférica, precipitações e regime de ventos),
durante um dado período de tempo. A informação econômica utiliza também uma
acepção de hierarquia e dominação, condicionando a informação geográfica a algumas
configurações vinculadas ao poder de dominação de certas atividades, através de seu
alcance espacial.

As fontes das informações geográficas podem ser divididas em dois grupos: fontes
primária e secundária. Embora haja uma distinção relativamente clara entre tais fontes,
há outras que se encontram entre estes dois extremos e são denominadas intermediárias.
Fontes primárias de informação são levantamentos topográficos, hidrográficos,
geomorfológicos, etc; enquanto fontes secundárias são por exemplo: censos estatísticos
de população, observações de temperatura e precipitação, etc. As intermediárias são
levantamentos fotogramétricos, imageamento por Sensoriamento Remoto, etc.

A palavra-chave e o conceito central da informação geográfica são duais, pois esta pode
ser representada de duas formas, ou seja, localização e atributos.

• Localização: representada sobre a superfície terrestre.


• Atributos: descrição de fenômenos.

Essa característica dual torna a informação geográfica estratégica para tomada de


algumas decisões como:

• Tendências: o que mudou?


• Roteamento: qual o melhor caminho?
• Padrões: qual o padrão?
• Modelos: o que acontece se?

Portanto, a informação geográfica é o retrato das relações sociais (sentido amplo) e das
relações do homem com a natureza, projetadas no espaço geográfico e reveladas através
de dados quantitativos e qualitativos.

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CI.3 - Símbolos na Representação dos Fenômenos Geográficos

Os símbolos na representação dos fenômenos geográficos apresentam especificidades para


a geografia e para as ciências que têm como escopo principal o bem estar da
humanidade, a relevância da comunicação visual. Uma tarefa que passa pela
compreensão do significado da realidade como totalidade que envolve sociedade e
natureza.

Desta forma, a representação gráfica deve constituir-se em um meio lógico capaz de


revelar, sem ambigüidades, o conteúdo embutido na informação mobilizada. Portanto,
dirigir o discurso do trabalho científico de forma abrangente, esclarecedora e crítica,
socializando e desmistificando os fenômenos, enaltecendo assim, a especificidade social
da ciência geográfica.

A informação visual, para ser realmente compreendida, requer uma aprendizagem. Ela
não é nem natural e nem espontânea porque possui uma linguagem própria que precisa
ser apreendida. Além disso, atualmente verificamos que há uma demanda de imagens
muito significativa e a utilização de símbolos pode variar no tempo, dependendo do
contexto histórico, cultural, e geográfico. No momento em que os dados estatísticos e os
fenômenos geográficos se renovam a cada instante, não há mais lugar para uma
representação defasada, que transcreve apenas o nível elementar da informação
impossibilitando as análises combinatórias que interessam ao aluno, ao pesquisador,
enfim, ao cidadão.

Diante dessa realidade, a revolução eletrônica-digital no campo gráfico poderia ser


considerada equivalente aos maiores desenvolvimentos de instrumentação na aquisição
de dados, especialmente nas medições, os quais mudaram radicalmente o levantamento
de campo: a fotogrametria e o sensoriamento remoto. A fim de ver a atual evolução da
representação gráfica no contexto, é essencial levar esses pontos em consideração. O
desenvolvimento notável da ciência em muitos campos e a influência da tecnologia
tanto na produção quanto no consumo, em termos sócio-econômicos, acabaram por
trazer mudanças profundas na sociedade como um todo.

A confiança nos métodos e procedimentos científicos é um desenvolvimento essencial


nas ciências ‘puras’, mas gradativamente transformou-se num tema predominante nas
ciências ‘aplicadas’, as quais tornaram-se grandes dependentes da alta tecnologia. Com
a disponibilização da geoinformação on-line (INTERNET) um maior número de
usuários têm acesso a dados tanto para consulta quanto para a criação interativa de
novos produtos de informação. A capacidade cada vez maior das redes de
telecomunicações provê acesso a grandes repositórios de informações armazenadas em
bases de dados remotas. Consequentemente, aprimoramentos em tecnologia são
considerados como metas desejáveis.

Entretanto, apesar dos desenvolvimentos e proliferação dos novos métodos


(basicamente informatizados), os problemas fundamentais de utilizar símbolos na
representação de fenômenos permanecem no Sistema de Informação Geográfica (SIG),
em particular a complexa relação entre informação, representação e tecnologia, que são
centrais no estudo da geografia.

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Problemas sérios de usabilidade de um SIG têm sido diagnosticados recentemente.
Apesar dos avanços ocorridos na modelagem de dados é o design da interface de um
SIG que desempenha o papel determinante na aceitação do sistema. Desta forma, para
perfeita comunicação, a representação de um objeto espacial deve corresponder a uma
ou mais alternativas de visualização, adequando o significado dos dados geográficos
com as necessidades de aplicação do usuário.

RG – Representações Gráficas

A comunicação a partir de representações gráficas é um processo monossêmico de


transmissão de informação. Num sistema monossêmico, o emissor e o receptor da
mensagem são atores do processo de comunicação. Eles visam um objetivo comum que
é a compreensão das relações que se estabelecem entre os signos onde a definição do
signo precede sua transcrição. A leitura se dá entre significados, sendo importante
observar cuidadosamente as propriedades significativas das variáveis visuais ao mostrar
as noções de diversidade/similaridade, ordem/proporcionalidade.

Uma representação gráfica deve levar em conta o contexto do seu provável ou prováveis
usuários. Isto porque, tanto o pesquisador que elabora a representação gráfica, quanto o
usuário, ficam numa mesma situação perceptiva diante da matriz (fonte de dados).

Inicialmente, para a construção de uma representação gráfica, deve-se trabalhar


reduzindo a matriz (fonte de dados) tornando-a menos complexa e simplificada para
facilitar a memorização. Esta simplificação não se resume a uma parte da informação
mas, ao tratamento dos dados com o objeto de fazer aparecer as relações, ou seja, a
informação pesquisada.

O tratamento gráfico da informação corresponde à segunda forma de intervenção


gráfica. Neste momento, opta-se pelo tipo de representação gráfica a partir da
simplificação e análise da matriz (fonte de dados).

Através da representação gráfica podemos ver do conjunto ao detalhe e do detalhe ao


conjunto e dessa forma, descobrir as questões mais pertinentes e definir novas
elaborações.

RG.1 - Definição e classificação das representações gráficas

Os métodos de representação definem a maneira pela qual os símbolos cartográficos


representam os fenômenos. Os símbolos pontuais, lineares e de área provêem a base da
representação e por sua vez, a estes símbolos tem que ser dada uma forma específica,
dimensão e cor no projeto de mapas.

Traduzir graficamente alguma informação significa transformar dados descritivos ou


tabulares em alguma forma de representação gráfica (mapas ou diagramas). Para tanto,
há necessidade de escolher os tipos de símbolos e a melhor maneira de dispô-los no
documento, além do nível da informação a ser alcançado pelo leitor. Durante o
planejamento do mapa devemos selecionar primeiramente os fenômenos que serão
representados por meio de linhas, pontos e zonas.
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• Modo de implantação linear

Refere-se àqueles elementos cujo desenvolvimento requer um traçado, tal como:


estradas, rios, correntes marinhas, ventos, além de outros. De modo geral, a espessura
do traço tem um significado simbólico, haja vista que sua largura, em muitos mapas,
não tem relação com a escala do documento. Isto acontece principalmente com mapas
em escalas pequenas, como, por exemplo, 1:1.000.000, em que 1 milímetro da espessura
do traço representaria 1 quilômetro da realidade. Mas sabemos que isto é meio difícil
(uma estrada, por exemplo, não chega a Ter 1 quilômetro de largura). Por outro lado, se
a escala do mapa fosse 1:2.000, por exemplo, 1 milímetro no mapa representaria dois
metros da realidade. Portanto, podemos afirmar que escalas grandes favorecem a
informação de detalhes, enquanto que escalas pequenas causam muita generalização.

A experiência tem mostrado que, para uma boa distinção dos símbolos lineares, não se
deve usar mais de quatro ou cinco espessuras. Porém, as combinações resultantes do
desdobramento do traço nos permitem um aumento significativo das possibilidades de
fazer distinções, como por exemplo:

ƒ Variando a espessura do traço

ƒ Combinando traços duplos

ƒ Introduzindo a descontinuidade nos traços. De modo geral, a linha tracejada


é usada para representação de obras em realização ou projetadas, elementos
não materializados na natureza (como limites administrativos) e rios
intermitentes.

ƒ Incorporando símbolos subsidiários ao traço

ƒ Usando cores. O uso de cores aumenta muito a possibilidade de


combinações, pois cada símbolo poderá ser usado duas ou mais vezes
variando-se apenas a cor.

Eis alguns temas em que o modo de implantação linear é cabível: falhas geológicas,
temperatura (isotermas), precipitação (isoietas), pressão atmosférica (isóbaras), ventos,
correntes marinhas (quentes = cor vermelha; frias = cor azul), fluxo de transporte,
estradas, rios, rede geográfica, exportação e importação, migrações, além de outros.

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• Modo de implantação pontual

Refere-se àqueles elementos cuja representação simbólica pode ser reduzida à forma de
um ponto, tais como: cidades, casas, indústrias, animais, pessoas, portos, etc. Tal como
no modo linear, aqui poderão ocorrer também variações com base na espessura ou então
na descontinuidade do traço, além da combinação de símbolos, inclusão de desenhos
subsidiários e cores. Os símbolos pontuais transmitem a idéia de localização exata no
espaço territorial, podendo ser usado o próprio ponto, além de figuras geométricas e
evocativas (figura 2). Estas últimas, também chamadas figuras pictóricas, são aquelas
que procuram retratar o elemento que está sendo mostrado (exemplo, o desenho de um
porco significaria a presença de gado suíno no local; um navio poderia significar um
porto, e assim por diante). Porém, é prudente tomarmos cuidado com o uso abusivo de
tais símbolos, visto que nem sempre eles conseguem levar ao leitor o significado
pretendido pelo autor do mapa. Pelo menos é o que temos constatado, na prática, em
diversos trabalhos. Se o leitor tiver de recorrer com freqüência à legenda do mapa, o
símbolo evocativo perde sua razão de ser, visto que, em tal caso, qualquer outro símbolo
poderia substituí-lo. O ideal é seu uso para representar elementos que sejam familiares
ao leitor, como animais, pessoas e frutas, por exemplo.

Figura 2: Símbolos Pontuais

Eis alguns temas em que o modo de implantação pontual pode ser usado: localização de
vulcões, cidades, portos, aeroportos, parques ecológicos, reservas indígenas, centros
industriais, usinas hidrelétricas, jazidas minerais, distribuição de população, além de
outros.

• Modo de implantação zonal

Trata-se da representação de elementos que ocupam ou pressupõem ocupar uma


determinada extensão sobre a superfície terrestre. Além da área que ocupa sobre a
região, a intenção é mostrar também como certo fenômeno se distribui no espaço
geográfico conforme a figura 3.

Eis alguns temas que podem ser mostrados por meio deste modo de implantação: relevo,
geologia, glaciações, clima, tipos de solos, vegetação, religiões, densidade demográfica,
bacias hidrográficas, além de outros.

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Figura 3: Zonal

A linguagem gráfica, como um sistema de signos gráficos, é formada pelo significado


(conceito) e significante (imagem gráfica). As três relações (similaridade/diversidade,
ordem e proporcionalidade) consistem nos significados da representação gráfica e são
expressas segundo Bertin pelas variáveis visuais (posição, tamanho, valor, granulação
(textura), cor, orientação e forma), que são significantes.

Tamanho: Diz respeito à variação da dimensão do símbolo, permitindo que


sejam extraídas informações sobre a grandeza dos componentes do mapa, sendo a
variável mais apropriada quando se pretende que o nível de informação seja quantitativo
(tabela 1).

Cor: Corresponde à sensação subjetiva das pessoas ao perceberem uma radiação


eletromagnética com determinado comprimento de onda e que depende da intensidade
do fluxo luminoso e da composição espectral da luz. O que se entende por cor em
Cartografia implica tanto o colorido de uma Rosa cromática como, por extensão, as
representações em uma só tinta – por meio de hachuras, tramas e símbolos subsidiários
(tabela 1).

Valor: Trata-se da diversificação da tonalidade de uma cor, quando valores


fortes e fracos são representados, respectivamente, por tons escuros e claros (tabela 1).
No caso de uma só tinta, a técnica do dégradé (passagem contínua do valor forte até
outro mais fraco por meio do afastamento ou aproximação das hachuras) é que
demonstrará a intensidade do fenômeno. O variável visual valor é mais apropriado para
mostrar a ordenação ou seqüência de um fenômeno. Eis alguns temas cabíveis para uso
desta variável: altimetria, batimetria, temperatura, amplitude térmica, precipitação,
densidade demográfica, densidade rodoferroviária, esperança de vida, percentagem da
população urbana e rural, percentagem do crescimento da população, renda per capita,
consumo de energia, percentagem de alfabetização, além de outros.

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Temos visto, quando da representação de seqüência de valores numa legenda, que
alguns autores mostram uma ordem crescente de cima para baixo. Não há regra rígida
que diga ser o certo deste modo ou ao contrário. Contudo, nossa experiência tem
revelado que há uma preferência para uso da ordem crescente de baixo para cima.

Forma: Trata-se do feitio ou da configuração dos símbolos, podendo ser usadas


variações geométricas, combinações de traços e figuras, além de símbolos evocativos
(tabela 1). A forma é uma variável visual bastante apropriada para representação do
nível de informação qualitativo, especialmente quando se quer “associar” ou
“selecionar” os componentes do mapa.

Orientação: Corresponde à inclinação do traço nas representações em uma só


tinta, quando então usamos hachuras e tramas, variando a posição entre vertical,
oblíqua e horizontal (tabela 1).

Granulação: Trata-se de uma representação semelhante às hachuras, porém


definida como a mesma repartição do preto no branco (tabela 1), sendo uma variável
visual pouco usada.

Considera-se variável visual toda diversificação imposta aos símbolos, de modo a


traduzir uma informação para a linguagem gráfica.

Variáveis Modos de Implantação


Visuais Pontual Linear Zonal

Posição no
Plano

Tamanho

Valor

Granulação

Cor

Orientação

Forma

Tabela1: Classificação das variáveis visuais de Bertin

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Para cada uma das variáveis visuais, são determinadas as possibilidades de percepção da
natureza que se deseja imprimir aos dados:

• Associativa: Uma variável visual é dita associativa quando os dados por ela
representados podem ser agrupados de acordo com outras categorias,
independentemente das variações provocadas por esta variável.
Ex: ao representarmos em um mapa duas informações a respeito de cada cidade,
como população através do tamanho da mancha e atividade econômica principal
através da forma (círculos para agricultura, quadrados para indústria, triângulos para
outros), seremos capazes de visualizar a distribuição populacional independentemente
da atividade econômica, identificando regiões com manchas maiores ou menores.
Portanto a forma é uma variável associativa, suas variações podem ser tratadas de
forma associada quando se analisa a outra variável (tamanho). Uma variável não
associativa é dita dissociativa.

• Seletiva: Permite isolar espontaneamente todos os elementos pertencentes a uma


mesma categoria, dentro do conjunto total dos signos representados.
Ex: ao vermos um conjunto de círculos de diferentes cores somos capazes de separar
visualmente todos os de uma só cor dos demais. A cor é, portanto, uma variável
seletiva.

• Ordenada: Uma variável é ordenada quando se perceber uma seqüência natural


nos dados apresentados.
Ex: diversos tons de cinza (valor), indo do mais claro ao mais escuro, podem ser
percebidos como uma seqüência. Logo, valor é ordenado.

• Quantitativa: uma variável é quantitativa quando é possível atribuir um valor ao


elemento representado a partir da sua representação.
Ex.: se uma figura é duas vezes maior que outra (tamanho), podemos dizer que a
primeira representa um dado que tem duas vezes o valor da segunda.

As variáveis visuais podem ou não conseguir transmitir todas as propriedades


perceptivas. A Tabela 2 indica o resultado dos estudos de Bertin, atribuindo a cada
variável visual as propriedades perceptivas que ela permite.

Variáveis Visuais Propriedades Perceptivas

Posição no Plano Quantitativa Ordenada Seletiva Associativa

Tamanho Quantitativa Ordenada Seletiva Dissociativa

Valor Ordenada Seletiva Dissociativa

Granulação Ordenada Seletiva Associativa

Cor Seletiva Associativa

Orientação Seletiva Associativa

Forma Associativa

Tabela 2: Propriedades perceptivas das variáveis visuais


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Certas formas de representação não permitem detectar determinadas características dos
dados (itens em branco na Tabela 2). Por exemplo, o uso da cor (matiz) não é capaz de
traduzir o caráter quantitativo de uma representação, pois não existe uma relação natural
entre matizes e quantidades na mente do leitor de um mapa. Uma associação desse tipo
só seria possível mediante a criação arbitrária de uma escala de cores ou legenda

As relações entre os signos e os significados, discernem-se três variedades fundamentais


de signos:

• Ícone: que representa por semelhança entre significantes e significado, ou seja, de


forma direta (os mapas pictóricos de distribuição de produtos agrícolas são
exemplos deste tipo de representação). O ícone também será subdividido em:

1. Imagem: reduz as qualidades características do objeto;

2. Diagrama: tem sua representatividade baseada nas relações entre as partes do


objeto referenciado;

3. Metáfora: expressa o caracter representativo de um significante através de um


paralelo com algo diverso.

• Índice: que representa por contiguidade de fato entre significante e significado


associando-se por uma relação natural de pressuposição ou dependência (os mapas
da superfície terrestre, que, através da cor ou sombreamento, representam as formas
do terreno, reproduzindo o relevo, como um modelo tridimensional).

• Símbolo: que representa por contiguidade constituída, isto é, por uma regra
convencional, entre o significante e o significado, associada de forma arbitrária ou
imposta. Neste caso se inclui a maior parte dos mapas – todos aqueles que
apresentam uma legenda, a qual o intérprete necessita recorrer, conhecendo a
convenção do seu significado geral (são as cartas do tempo, mapas políticos, etc.).

As imagens são signos com maior grau de especificidade, ou seja, podem ser utilizados
como significantes de um conjunto menor de objetos. Além disso, estes signos carregam
em si um maior poder de significação, pelo fato de sua relação com o objeto
representado ser mais perceptível e imediata. No caminho inverso, os signos que
apresentam menor relação direta entre o objeto e seu significado são os símbolos. Estes
permitem uma enorme gama de associação de significados devido a sua menor
especificidade.

Observa-se então que quanto maior a capacidade de significação (poder representativo)


também maior será sua especificidade e, na contramão, quanto menor seu poder
representativo menor será sua especificidade conforme se observa na tabela 3.

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Imagem
Jetiquibá
Í
SIGNIFICAÇÃO / ESPECIFICIDADE

C
O Diagrama
N Cipreste
E

Metáfora
Lago
Intermitente

ÍNDICE
Fórum

Cobre
SÍMBOLO
Grafita

Tabela 3: A taxonomia dos signos

RG.2 - Elementos de Representação em Mapas

Sendo uma carta ou mapa a representação, numa simples folha de papel, da superfície
terrestre, em dimensões reduzidas, é preciso associar os elementos representáveis a
símbolos e convenções.

As convenções cartográficas abrangem símbolos que, atendendo às exigências da


técnica, do desenho e da reprodução fotográfica, representam, de modo mais expressivo,
os diversos acidentes do terreno e objetos topográficos em geral. Elas permitem
ressaltar esses acidentes do terreno, de maneira proporcional à sua importância,
principalmente sob o ponto de vista das aplicações da carta.

Outro aspecto importante é que, se o símbolo é indispensável é determinada em


qualquer tipo de representação cartográfica, a sua variedade ou a sua quantidade acha-
se, sempre, em função da escala do mapa.

É necessário observar, com o máximo rigor, as dimensões e a forma característica de


cada símbolo, a fim de se manter, sobretudo, a homogeneidade que deve predominar em
todos os trabalhos da mesma categoria.

Quando a escala da carta permitir, os acidentes topográficos são representados de


acordo com a grandeza real e as particularidades de suas naturezas. O símbolo é,
ordinariamente, a representação mínima desses acidentes.
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A não ser o caso das plantas em escala muito grande, em que suas dimensões reais são
reduzidas à escala (diminuindo e tornando mais simples a simbologia), à proporção que
a escala diminui aumenta a quantidade de símbolos.

Deve-se considerar também um outro fator, de caráter associativo, ou seja, relacionar os


elementos a símbolos que sugiram a aparência do assunto como este é visto pelo
observador, no terreno.
Então, se uma carta ou mapa é a representação dos aspectos naturais e artificiais da
superfície da Terra, toda essa representação só pode ser convencional, isto é, através de
pontos, círculos, traços, polígonos, cores, conforme tabela 4.

ELEMENTO SÍMBOLO OBSERVAÇÃO

O primeiro será utilizado


Marcos ou para marcos com
coordenadas e segundo sem.

Trás ao lado o valor


Ponto Cotado altimétrico cotado.

Varia de tamanho, cor, e


Localidades preenchimento para indicar
Capitais, Cidades maiores ou
menores, Povoados e Vilas.
Indica uma propriedade rural
Propriedade Rural que geralmente trás ao lado o
nome desta ou do seu
proprietário.

Geralmente acompanhado do
Aldeia Indígena nome da aldeia.

Geralmente acompanhado do
Escolas nome da Escola ou do bairro
onde está situada.

Hospital, Posto de
Saúde

Geralmente acompanhado do
Igreja ou Templo nome da Igreja ou do bairro
onde está situada.

Geralmente acompanhado do
Cemitério ou CEM nome do cemitério ou do
bairro onde está situada.

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Estabelecimento I: Industrial
I C
Industrial ou Comercial C: Comercial

Posto de Gasolina

Parques e Praças

Campo de Futebol,
Estádios

Geralmente acompanhado do
Mina, Jazida nome do minério ou da Mina

Geralmente acompanhado do
Represa, Açude, nome da Represa, Açude,
Barragem. Barragem ou do bairro onde
está situado.

Aqueduto, Casoduto, Gás Óleo


Mineroduto, óleoduto. Água Minério

Geralmente acompanhado do
Porto nome do Porto.

Geralmente acompanhado do
Aeroporto nome do Aeroporto ou da
Cidade.

Geralmente acompanhado do
Campo de Pouso nome do Campo de Pouso ou
da Localidade.

Com Indicação do nome do


Reservatório Água líquido que está no
reservatório.

Com Indicação do nome do


Poço (Petróleo, Gás) P G produto do poço.

Geralmente acompanhado do
Camping nome do Camping ou da
Localidade.

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Com indicação do nome da
Usina Usina ou da sua Localidade.

Com indicação do nome do


Farol Fa Farol ou da sua Localidade.

Rádio TR
Torre de transmissão Televisão TV
Telefonia TT

Torre de Observação TO

Rede de Transmissão
AT BT
(alta ou baixa tensão)

Subestação de Energia
S.E.
Elétrica

Rodovia Pavimentada
Geralmente de cor vermelha
de duas vias

Rodovia Pavimentada
Geralmente de cor vermelha
de uma via

Rodovia sem
Geralmente de cor marrom
Pavimentação

Rodovia em construção em construção

Caminho ou trilha

Ferrovia Geralmente de cor preta

Estação Ferroviária Geralmente de cor preta

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Túnel Geralmente de cor preta

Quando se trata de Ponte o


Ponte, Viadulto curso de água por debaixo
estará representado na cor
azul.

O curso de água geralmente


Balsa de cor azul.

Curso de Água O curso de água geralmente


permanente de cor azul.

Curso de Água O curso de água geralmente


temporário de cor azul.

Lago, Lagoa A água geralmente de cor


permanente azul.

Mangue, área de A água geralmente de cor


alagamento azul.

Corredeira, Salto, O curso de água geralmente


Cachoeira de cor azul.

Areal

Tabela 4: Símbolos mais utilizados cartas e mapas.

Os Elementos acima geralmente estão dispostos em legendas com as devidas


identificações sobre seu significado nos rodapés dos mapas e cartas conforme
figuras 4 a 9.

Figura 4: Elementos altimétricos (Carta topográfica esc. 1:100.000)


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Figura 5: Elementos hidrográficos (Carta topográfica esc. 1:100.000)

Figura 6: Elementos de vegetação (Carta topográfica esc. 1:100.000)

Figura 7: Localidades (Carta topográfica esc. 1:250.000)

18
Figura 8: Vias de Circulação (Carta topográfica esc. 1:100.000)

Figura 9: Linhas de comunicação e outros elementos planimétricos


(Carta topográfica esc. 1:100.000)

G – GRÁFICOS

Gráfico é um desenho feito de forma precisa, a partir de informações numéricas sobre


uma realidade. Trata-se de uma ilustração que representa geometricamente uma
informação dada em números. O Gráfico é um instrumento que possibilita transmitir
muitas vezes o significado de planilhas ou tabelas complexas de uma forma mais
eficiente e mais simples.

Para se criar um gráfico é preciso primeiro conhecer o tipo de informação que se deseja
transmitir, pois um gráfico poderá informar de forma visual as tendências de uma série
de valores em relação a um determinado espaço de tempo, a comparação de duas ou
mais situações e muitas outras situações. Todo gráfico gerado em sistemas
computacionais é dinâmico, ou seja, quando é alterado um dos dados de uma planilha
em que um gráfico se baseia o gráfico também é atualizado.

O programa gráfico mais utilizado no mercado atualmente é o Microsoft Excel. Este


software oferece suporte para auxiliar na construção de muitos tipos de gráficos e exibir
os dados de maneira mais conveniente para o público. O programa Microsoft Excel 7.0
permite a criação de vários tipos de gráficos de forma prática e eficiente, baseado nas
informações fornecidas por suas planilhas.

19
G.1 - Definição e classificação de gráficos estatísticos

A maior parte dos gráficos utiliza os dados em relação a um eixo X horizontal e a um


eixo Y vertical, podendo o eixo X conter um escala de categorias como: valores, faixas
etárias, medidas métricas, anos, meses, dias da semana, localidades geográficas, etc. O
eixo Y poderá conter os valores definidos dentro de uma planilha. O gráfico é um objeto
gráfico que se poderá efetuar cópia, movimentação, alteração do tamanho e mudança de
seu estilo de apresentação.

• Exemplo prático da construção de um gráfico

O gráfico é desenhado de acordo com a faixa de células previamente selecionada da


planilha. O gráfico em questão terá a finalidade de demonstrar a projeção dos valores de
vendas de diversos produtos durante o primeiro trimestre de um determinado ano em
relação à taxa de projeção aplicada a cada mês. Para se definir a construção de um
gráfico é necessário em primeiro lugar, carregar o arquivo que será alvo de nossa
aplicação.

A seguir, para gerar um gráfico desta planilha será necessário efetuar uma alteração: o
cancelamento do espaço em branco existente na linha 5. Par tanto posicione o ponteiro
do mouse sobre a linha 5, ou seja, em cima do número 5 e dê um clique para marcar esta
linha. Em seguida execute o comando Editar/Excluir. A figura mostra como deverá
ficar a aparência da sua tela após esta execução. Esta operação se faz necessária, pois se
a linha em branco for mantida, esta causará uma distorção no desenho do gráfico.

Em seguida, selecione a faixa de células A4:A10, como indicado na figura. Depois


segurando a tecla <CTRL>, será selecionado a faixa de células C4:C10. A tela deverá
ficar idêntica à aparência da figura.

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Agora execute o comando Inserir/Gráfico. Neste instante, será apresentada a opção de
se elaborar o gráfico na mesma folha em que se encontra a planilha (Nesta Planilha),
ou em outra folha (Como Nova Planilha). Para criar o gráfico neste momento,
selecione a opção Como Nova Planilha. Em qualquer uma das duas opções
selecionadas será apresentada a caixa de diálogo Auxiliar Gráfico que permitirá a
criação do gráfico em cinco etapas. A figura mostra esta caixa de diálogo na Etapa 1 de
5.

Perceba que a caixa de diálogo Auxiliar Gráfico apresenta na barra de título a


indicação Etapa 1 de 5 e no campo Intervalo mostra a localização das faixas de células
da planilha que serão utilizadas para a confecção do gráfico. Dê um clique sobre o botão
Próxima >, para ser posicionado na Etapa 2 de 5. Como padrão, é mostrado o gráfico
do tipo Coluna. Pode-se escolher qualquer um dos 15 tipos. Por se tratar de um
exercício dirigido, mantenha por hora o gráfico Coluna. Dê um clique sobre o botão
Continuar >, para avançar para a Etapa 3 de 5.

A Etapa 4 de 5 permite que sejam feitas algumas alterações no objeto gráfico.

21
Na Etapa 4 de 5, é possível modificar a aparência do gráfico, por exemplo, clique a
opção Seqüência de Dados em:, e veja como ficará o gráfico. A figura mostra esta
alteração. Não se esqueça de voltar a opção para Coluna, clique sobre o botão
Continuar >, para ser posicionado na Etapa 5 de 5.

A Etapa 5 de 5 apresenta a possibilidade de se inserir no gráfico, títulos e também a


apresentação ou não das legendas. A figura mostra um exemplo desta etapa com os
campos preenchidos. Neste momento, basta dar um clique no botão Finalizar para o
gráfico ser construído e inserido na nova folha de trabalho.

Para visualizar melhor o gráfico, execute o comando Exibir/Zoom, selecione Ajustar


Seleção e clique OK. Tudo o que se aprendeu sobre objetos anteriormente é válido para
este, pois o gráfico desenhado é um objeto. Como o gráfico proposto deverá exibir a
projeção de vendas do primeiro trimestre, falta ainda definir as faixas correspondentes
aos meses Fevereiro e Março.

Para definir o mês de Fevereiro, é necessário que se ative a folha de planilha. Para tanto
pressione simultaneamente as teclas <CTRL><PAGE DOWN> ou dê um clique com o
mouse na guia Plan1. Assim que este comando é executado, é apresentada a folha de
planilha, selecione então a faixa de células D4:E10 e execute o comando
Editar/Copiar. Em seguida pressione as teclas <CTRL><PAGE UP> ou dê um clique
na guia Graf1 e execute o comando Editar/Colar Especial e clique OK

Poder-se-á modificar um título definido, ou mesmo inserir título em um gráfico que


tenha-se esquecido de colocar. Para tanto, estando com guia Graf1 selecionada, execute

22
o comando Inserir/Título...Quando este comando é executado, é apresentada a caixa de
diálogo Títulos como mostra a figura.

A caixa de diálogo apresentada na figura indica a possibilidade de anexar cinco tipos de


títulos, dos quais os três primeiros estão liberados e selecionados. Se, neste momento,
der-se um clique em cada tipo de título e em seguida der um clique no botão OK, o
gráfico será apresentado sem os seus títulos. Desta forma conseguir-se-á alterar os
títulos. Execute o comando Inserir/Título... e clique novamente as três opções de
títulos. Não se esqueça de dar um clique no botão OK. Perceba que nos locais dos
títulos, aparecem rótulos indicando o local de posicionamento. Neste momento, dê um
clique sobre o rótulo Título para selecioná-lo e em seguida digite o título. Por exemplo,
digite Projeção de Vendas de Produtos.

Em seguida, procedendo da mesma forma, coloque para o eixo X o título Produtos e


para o eixo Y o título Valores Projetados. Outra forma bastante prática de efetuar uma
alteração de títulos é simplesmente selecionar um título já existente e efetuar a digitação
do novo imediatamente após a seleção.

Pode-se efetuar a troca de um tipo de gráfico a qualquer momento sem que para isso
tenha que informar novamente títulos, legendas ou faixas de células. Para tanto, basta
que seja executado o comando Formatar/Tipo de Gráfico...Este comando quando
executado, apresenta a caixa de diálogo Tipo de Gráfico.

Por exemplo, caso queira-se visualizar um gráfico de linhas com as mesmas definições
do gráfico de colunas. Para tanto, selecione a opção Linha. Com os dados nesta
planilha, somente será possível ver perfeitamente os gráficos dos tipos: Linhas, Barras

23
Acumuladas, Colunas e Colunas Acumuladas. Cada tipo selecionado poderá ter
algumas variantes. Para tanto, estando na caixa de diálogo Tipo de Gráfico selecione o
botão Opções. Para definir um gráfico de colunas acumuladas deve-se executar o
comando Formatar/Tipo de Gráfico..., e selecionar o tipo de gráfico Coluna. Em
seguida clique o botão Opções e será apresentada a caixa de diálogo Formatar Grupo
de Colunas, selecione o segundo Subtipo. A figura mostra um exemplo do gráfico de
colunas, usando também as mesmas definições do gráfico de linhas.

Outra característica é a capacidade de apresentar gráficos em terceira dimensão.


Poderão ser apresentadas com estes efeitos os gráficos dos tipos: Linhas, Áreas, Barras,
Colunas, Torta e Superfície. Para selecionar um gráfico deste tipo basta que seja
executado o comando Formatar/Tipo Gráfico..., onde pode-se selecionar um dos seis
tipos de gráficos tridimensionais e também os seus estilos de apresentação. Para
visualizar os gráficos como 3D deve-se selecionar esta opção na caixa de seleção
Dimensões do Gráfico. Outra forma de se alterar a apresentação de um gráfico é
utilizar o primeiro botão da barra de ferramenta gráfico.

O segundo botão da barra de ferramenta gráfico é denominado Gráfico Padrão e tem


por finalidade mudar o tipo do gráfico ativo ou incorporado selecionado para o formato
padrão. Formato este que deverá ser especificado na guia Gráfico do comando
Ferramentas/Opções...Para tanto execute o comando Ferramentas/Opções..., em
seguida será apresentada a caixa de diálogo Opções. Observe que o atual é um gráfico
de colunas acumuladas 3D. Neste momento, dê um clique no botão Usar Gráfico
Padrão..., então é apresentada a caixa Adicionar AutoFormatação Personalizada,
digite o nome Projeção 3D e clique o botão OK. Neste momento, é apresentado o nome
do gráfico ao lado esquerdo do botão acionado com um clique. Dê um clique no OK da
caixa de diálogo Opções para voltar ao gráfico e efetue a sua troca para um outro tipo
de gráfico. Depois dê um clique no segundo botão da barra de ferramenta gráfico e
perceba que o gráfico alterado volta a ser de colunas acumuladas 3D.

É possível incorporar no Excel ilustrações trazidas de outros aplicativos, que poderão


ser anexadas à planilha via comandos Editar/Copiar e Editar/Colar, ou mesmo
fazendo o uso do comando Inserir/Figura...É apresentada a caixa de diálogo Figura.

24
Abra a pasta Clipart e, em seguida, escolha um desenho e clique no botão OK. A figura
mostra a ocorrência após este procedimento.

A seguir, será apresentada uma planilha, com objetos incorporados. Para tanto, monte a
planilha conforme a figura. Grave-a com o nome Aero Tou João. Em seguida desenhe
uma caixa de texto como indicada na figura, com o título Transportes Aéreos Aero
Tour João - Departamento Financeiro.

25
É preciso melhorar a apresentação do objeto caixa de texto, formatando-o. Para tanto,
basta dar um duplo clique na borda do objeto ou executar o comando
Formatar/Objeto..., selecionando uma das opções disponíveis.

Usando uma destas formas, será apresentada a caixa de diálogo Formatar Objeto.
Selecione como Espessura o terceiro estilo da linha, marque as opções Sombreamento
e Cantos Arredondados. Estando com a caixa de texto selecionada, pode-se centralizar o
título interno. Depois insira do lado esquerdo algum desenho relativo à aviação. Com
um duplo clique sobre este objeto pose-se também editá-lo. Por exemplo, em torno da
figura será atribuída uma moldura.

• Tipos de Gráficos

Cada tipo de gráfico é adequado para uma diferente situação a ser analisada. Se um
gráfico for definido de forma incorreta, poderá ocorrer a análise errada de uma situação,
causando uma série de interpretações distorcidas do assunto em questão, tornando desta
forma o desenho do gráfico sem qualquer efeito aproveitável. Entre gráficos mais
utilizados estão: Linhas, Área, Colunas, Torta, Dispersão (XY), Radar, 3D e Rosca.

- Dispersão XY
Um gráfico xy (dispersão) mostra a relação existente entre os valores numéricos em
várias séries de dados ou plota dois grupos de números como uma série de coordenadas
xy. Esse gráfico mostra intervalos irregulares — ou clusters — de dados e é usado
geralmente para dados científicos. Quando se ordenam os dados, coloque-se valores x
em uma linha ou coluna e insira valores y correspondentes nas linhas ou colunas
adjacentes.

- Bolhas
Um gráfico de bolhas é um tipo de gráfico xy (dispersão). O tamanho do marcador de
dados indica o valor de uma terceira variável. Para organizar seus dados, coloca-se os
valores de x em uma linha ou coluna e insere-se os valores de y e os tamanhos das
bolhas correspondentes nas linhas ou colunas adjacentes.

26
O gráfico nesse exemplo mostra que a Empresa A tem a maioria dos produtos e a maior
fatia do mercado, mas não necessariamente as melhores vendas.
- Radar
Um gráfico de radar compara os valores agregados de várias séries de dados.

Nesse gráfico, a série de dados que cobre a maior parte da área, Marca A, representa a
marca com o maior conteúdo de vitamina.
- Superfície
Um gráfico de superfície é útil quando se deseja localizar combinações vantajosas entre
dois conjuntos de dados. Como em um mapa topográfico, as cores e os padrões indicam
áreas que estão no mesmo intervalo de valores.

Esse gráfico mostra as várias combinações de temperatura e tempo que resultam na


mesma medida de resistência à tração.
27
- Cone, cilindro e pirâmide
Os marcadores de dados em forma de cone, cilindro e pirâmide podem dar um efeito
especial aos gráficos de colunas e de barras 3D.

- Área
Um gráfico de área enfatiza a dimensão das mudanças ao longo do tempo. Exibindo a
soma dos valores plotados, o gráfico de área mostra também o relacionamento das
partes com um todo.

Nesse exemplo, o gráfico de área enfatiza o aumento das vendas em Washington e


ilustra a contribuição de cada estado para o total das vendas.
- Coluna
Um gráfico de colunas mostra as alterações de dados em um período de tempo ou ilustra
comparações entre itens. As categorias são organizadas na horizontal e os valores são
distribuídos na vertical, para enfatizar as variações ao longo do tempo. Gráficos de
colunas empilhadas mostram o relacionamento de itens individuais com o todo. O
gráfico de colunas em perspectiva 3D compara pontos de dados ao longo dos dois eixos.

Nesse gráfico 3D, pode-se comparar o desempenho das vendas de quatro trimestres na
Europa com o desempenho de outras duas divisões.

28
- Barras
Um gráfico de barras ilustra comparações entre itens individuais. As categorias são
organizadas na vertical e os valores na horizontal para enfocar valores de comparação e
dar menos ênfase ao tempo.

Gráficos de barras empilhadas mostram o relacionamento de itens individuais com o


todo.
- Linha
Um gráfico de linhas mostra tendências nos dados em intervalos iguais.

- Pizza
Um gráfico de pizza mostra o tamanho proporcional de itens que constituem uma série
de dados para a soma dos itens. Ele sempre mostra somente uma única série de dados,
sendo útil quando se deseja dar ênfase a um elemento importante.

Para facilitar a visualização de fatias pequenas, pode-se agrupá-las em um único item do


gráfico de pizza e subdividir esse item em um gráfico de pizza ou de barras menor, ao
lado do gráfico principal.
- Rosca
Como um gráfico de pizza, o gráfico de rosca mostra o relacionamento das partes com o
todo, mas pode conter mais de uma série de dados. Cada anel do gráfico de rosca
representa uma série de dados.

29
- Ações
O gráfico de alta-baixa-fechamento é usado muitas vezes para ilustrar preços de ações.
Esse gráfico também pode ser usado com dados científicos para, por exemplo, indicar
mudanças de temperatura. Deve-se organizar seus dados na ordem correta para criar
esse e outros gráficos de ações.

Um gráfico de ações que mede o volume tem dois eixos de valores: um para as colunas,
que medem o volume, e outro para os preços das ações. Pode-se incluir volume em um
gráfico de alta-baixa-fechamento ou de abertura-alta-baixa-fechamento.

TC - Técnicas Computacionais
(Segue-se em apostila própria)

CT - Cartografia Temática

A progressiva especialização e diversificação das realizações da cartografia científica,


praticadas desde os séculos XVII e cristalizadas no século XIX, em atendimento às
necessidades aplicativas culminam com a definição de seus dois principais ramos:
aquele temático e aquele topográfico.

O ramo topográfico trata os detalhes planialtimétricos, abordando a construção de


documentos cartográficos, que incluem aspectos naturais e artificiais de uma área
tomada de uma superfície planetária, possibilitando a determinação de altitudes e a
avaliação precisa de direções e distâncias, e a localização de pormenores, com grau de
precisão compatível com a escala. O ramo da cartografia temática trata de temas
ligados às diversas áreas do conhecimento. Os produtos gerados constituem documentos
30
cartográficos em qualquer escala, onde sobre um fundo geográfico básico (extraído da
cartografia topográfica) são representados os fenômenos geográficos, geológicos,
demográficos, econômicos, agrícolas, etc., visando ao estudo, à análise e à pesquisa dos
temas, no seu aspecto especial, ou ainda, uma representação dos fenômenos localizáveis
de qualquer natureza e de suas correlações.

A expressão "Cartografia Temática" já levantou uma polêmica bastante vã. Fez-se


notar que todo mapa, qualquer que seja ele, representa um tema, que a Cartografia
Topográfica não escapa à regra e que, portanto, é abusivo distinguir uma Cartografia
Temática de outra que não o seja. Mesmo assim, pode-se deduzir que entre Cartografia
Topográfica e Cartografia Temática existem diferenças significativas. No primeiro
caso, o assunto tratado seria essencialmente descritivo e geométrico, já no segundo caso
é analítico e eventualmente explicativo. Os procedimentos de levantamento, de redação
e de difusão dos mapas não são os mesmos; nem a formação nem a qualificação dos
cartógrafos deles encarregados; tampouco os meios utilizados para realizá-los. É por
isso que se sentiu necessidade de dar-lhes um nome particular. Seria preciso falar de
"Cartografia Especial" ou de "Cartografia Aplicada", finalmente, o termo "Cartografia
Temática" popularizou-se e entrou em uso corrente e internacional para designar todos
os mapas que tratam de outro assunto, além da representação do terreno.

CT.1 - A linguagem da representação gráfica temática

Atualmente a produção de mapas temáticos consolidou-se como um importante ramo da


Cartografia. Tais mapas constituem-se não apenas em meios de registro da informação,
mas também como instrumentos de pesquisa e em formas de divulgação dos resultados
obtidos com estudos em ciências que se preocupam com distribuições espaciais. O
objeto de estudo da Geografia é o espaço geográfico; portanto o objeto da representação
da Cartografia Temática de interesse da Geografia é este espaço, um espaço social
resultante da produção humana ao longo do tempo. Portanto é inadmissível o geógrafo
da atualidade menosprezar o papel dos mapas quando prega uma Geografia com a clara
finalidade, ao ser crítica, de servir ao progresso social.

A tarefa essencial da representação gráfica é a de transcrever as três relações


fundamentais entre objetos por relações visuais de mesma natureza, sem ambigüidades.
A representação gráfica coloca, tanto o emissor quanto o receptor (redator gráfico e
usuário), como atores diante dessas três relações fundamentais entre conceitos
previamente definidos, as quais deverão ser transcritas por relações visuais de mesma
natureza. Neste caso, o redator gráfico e o usuário participam da mesma ação e se
colocam diante da mesma situação perceptiva, ambos desejam descobrir a informação
contida implicitamente nos dados, passam então de espectadores a atores. As variações
visuais, ou variáveis visuais serão exploradas pela variação de tamanho, valor,
granulação, cor, orientação e forma.

Considerando-se a grande importância das representações na atual era da comunicação.


Contudo, sabe-se que no ensino, o mapa tem sido utilizado apenas como recurso
didático para ilustrar aulas expositivas, e especialmente localizar lugares. Esta postura
neutraliza o potencial de aprendizagem geográfica do mapa, que poderia ser utilizado
como um instrumento científico de construção do conhecimento acerca do espaço.

31
O papel fundamental da cartografia é localizar, representar, evidenciar relações lógicas
e possibilitar explicações. Os mapas são mal utilizados nas escolas e os educadores
necessitam encontrar caminhos que facilitem e incentivem a sua plena utilização. Existe
a necessidade, portanto, de haver, por parte dos professores, um certo domínio
cartográfico a partir do domínio da linguagem da representação gráfica que auxiliem na
leitura e entendimento imediato da representação cartográfica, através de técnicas de
percepção visual. A linguagem gráfica deve: formar imagem, ser monossêmica, permitir
a leitura da informação em um instante de percepção e mostrar a essência da informação
por ser sintética.

Ensinar os alunos a ler e obter informações em diferentes tipos de mapas é uma forma
de promover a construção de procedimentos que lhes permitem localizar objetos e
lugares para se deslocarem com sucesso por cidades e bairros desconhecidos e também
por locais públicos - tais como shopping-centers, hospitais e museus. Esses
procedimentos também lhes possibilitam utilizar os mapas enquanto fontes de pesquisa
que sintetizam informações sobre lugares, regiões e territórios de diferentes partes do
Brasil e do mundo. Aprender a ler mapas, bem como saber utilizá-los como uma
representação do espaço que segue as regras de vários sistemas de projeção e tem uma
linguagem específica, é essencial para a formação do cidadão autônomo.

A utilização dos mapas e do Atlas na sala de aula justifica-se justamente pelo papel que
a cartografia tem no mundo contemporâneo. Assim, desde os ciclos iniciais, os alunos
podem ter contato com diferentes tipos de mapas e seu portador por excelência, o Atlas.
Esse contato, porém, não deve ser casual ou esporádico. Deve ocorrer conforme um
planejamento sistemático do professor, em função dos conhecimentos que os alunos
dessa faixa etária podem construir a respeito desse conteúdo.

Em seu planejamento, o professor pode elaborar atividades que privilegiem dois eixos
de trabalho: o da produção e o da leitura de mapas. Esses dois eixos podem ocorrer de
forma simultânea, pois não há necessidade de que os alunos aprendam primeiro a
produzir para depois aprender a ler e consultar mapas, ou vice-versa.

O uso dos elementos da linguagem gráfica por meio da qual a Cartografia temática é
construída - tais como cores, linhas, pontos e outros símbolos - pode ocorrer na medida
em que o professor convidar seus alunos a representarem objetos e lugares de forma
simplificada e esquemática. Isso constitui um novo desafio, para o qual os alunos terão
que criar símbolos e utilizar cores para indicar o que está sendo representado, sem
fornecer detalhes a seu respeito.

ERG - Elaboração de Representações Gráficas

Etapas do processo de construção da representação gráfica

32
A figura acima é uma tentativa de mostrar a relação entre as fontes de informação e a
Cartografia dentro do processo de construção do mapa como um todo, segundo Keates
(1989).

A informação primária é entrada a partir de operações de levantamento, as quais


incluem levantamentos especializados realizados para propósitos de construção de
mapas. Mapas existentes podem ser usados diretamente como fontes de informação e o
ato de re-trabalhar esta informação pode ser considerada como primariamente uma
tarefa cartográfica. Fontes secundárias, embora supridas por outros meios que se
enquadram fora do processo de construção de mapas, podem também ser usadas
diretamente por um cartógrafo, embora seja mais usual para um especialista lidar e
processar esta informação em primeiro lugar.

Fica claro que o balanço entre as tarefas de suprir informação e a representação


cartográfica varia enormemente entre diferentes tipos de mapas refletindo uma grande
variedade de coisas cobertas pelo termo ‘mapa’, e as relações complexas entre fontes de
informações.

Entretanto, antes que a produção de qualquer mapa possa começar, ele deve ser
composto, ou seja, sua forma básica e conteúdo devem ser decididos. Isto se aplica
independentemente do tipo e nível de tecnologia seja empregada para produzi-lo. Esta
composição envolve quatro fatores básicos: a área geográfica, o nível de informação, a
escala e o formato. A decisão sobre a área geográfica vem em primeiro lugar, uma vez
que é impossível considerar qualquer mapa até que a área seja conhecida. O conteúdo
informativo é geralmente a ligação entre a representação cartográfica e a construção do
mapa. Se a informação já existe, então o mapa é primariamente uma função da
representação cartográfica. Mas se a informação específica tem que ser coletada, esta
33
deve ser entrada por outros meios. O que é interessante, é que uma vez que a área
geográfica tenha sido definida, uma decisão sobre qualquer um dentre os outros três
elementos: informação, escala e formato, controlarão aos outros dois.

Na prática, é claro, as relações entre estes fatores são também dependentes do nível de
recursos disponíveis para as operações de construção do mapa, incluindo a habilidade e
recursos técnicos dos produtores. Um bom cartógrafo pode produzir um mapa
graficamente legível com menores recursos do que um cartógrafo com menos
imaginação ou destreza, o que afetará o nível de informação possível em dada escala.
Mas em outros casos o nível de informação será limitado devido ao fato de que os
recursos disponíveis para a representação cartográfica são restritos, como pode ocorrer,
por exemplo, em ilustração monocromática.

Os recursos internos da organização cartográfica são mostrados no centro, identificando


ambos os recursos técnicos e a habilidade dos recursos cartográficos humanos. Os
recursos disponíveis para um mapa particular são descritos como os recursos do
produto, os quais são fundamentalmente uma questão de tempo e finanças. Se a
operação de construção do mapa pode ser realizada essencialmente como uma atividade
cartográfica, usando a informação disponível, então a linha de recursos do produto
somente precisa circunscrever as operações cartográficas.

Assim sendo, se o mapa requer a entrada de informação através de operações


específicas de coleta de dados, então a linha de recursos do produto deve incluir todas
estas atividades de construção do mapa, levando em consideração os recursos técnicos e
humanos necessários para a coleta de dados. Para produtos cartográficos muito
pequenos, a questão dos recursos pode parecer sem importância, por outro lado um
novo mapa temático básico pode requerer uma equipe de especialistas por muitos meses
ou mesmo anos e a representação cartográfica pode necessitar de meses de trabalho e
produção além de impressão em grande formato em seis ou mais cores.

Cabe ressaltar que o encargo de responsabilidade de tais recursos não está normalmente
nas mãos nem dos cartógrafos nem dos construtores de mapas. Assim como com todos
os outros artefatos, o nível de injeção de recursos é eventualmente determinado pelo
consumidor.

RGE - Representações Gráficas no Ensino

A leitura de representações gráficas depende da mensagem veiculada e dos objetivos de


cada representação. Os podem divididos em "mapas para ver" de percepção quase
imediata dos "mapas para ler", que requerem mais atenção. Nestes sempre existem
vários níveis possíveis de leitura, cada um dos quais coloca um ponto de vista diferente
a respeito da informação:

• O nível elementar diz respeito à observação de cada sinal ou símbolo. É um


nível de análise ou de inventário que responde às questões simples: "onde?"
e "que?" ou "como?".

34
• O nível de conjunto diz respeito à observação global de todo o mapa como se
o terreno fosse visto de um avião via satélite. É um nível de síntese, uma
mensagem que deve corresponder à intenção contida no título do mapa.

• O nível médio refere-se à observação dos agrupamentos intermediários. É


um nível de subdivisão ou de regionalização isto é, de divisão do território
em unidades geográficas distintas.

RGE.1 - Método e técnicas cognitivas da representação gráfica em geografia

Geralmente, os autores procuram esgotar toda a informação em um único mapa. Para


isto, superpõem várias informações, dificultando a leitura. Mapas deste tipo não são
memorizáveis: a clareza, devido ao acúmulo das indicações é complexa, os signos são
muitos e diferentes e a legenda alcança freqüentemente proporções desmedidas.

As imagens obtidas pela coleção de mapas apresentam a divisão de grupos de um


fenômeno é imediatamente memorizado. Cada divisão pode ser interpretada
isoladamente ou de forma conjunta, a partir da visualização de todos os mapas da
coleção, colocados num único quadro. Na realidade, a ocupação do espaço não ocorre
sem a superposição das culturas, das reservas, dos minerais, da organização social, etc.,
e é importante mostrar a organização do espaço. Entretanto, essas relações entre os
atributos, devem ser comunicadas através de representações gráficas que possam ser
"visualizadas" e compreendidas pelo leitor.

A reflexão sobre o conteúdo da informação possibilita a pesquisa de outros elementos


exteriores à explicação tornando-se uma abertura para um conhecimento mais
aprofundado do problema estudado. Além disso, a imagem gráfica, também pode
constituir em um método de ensino que ajuda o aluno a construir um pensamento lógico
a partir de uma forma visual que ele mesmo elabora. Esta metodologia de ensino e
pesquisa em geografia pode levar os alunos e professores a:

• descobrir as bases da semiologia gráfica;

• aplicá-la à cartografia, no estudo de diversos temas geográficos;

• definir com rigor os elementos cartográficos de cada representação gráfica;

• descobrir as diferentes utilidades do mapa;

• aprender o significado da realidade como totalidade que envolve sociedade e


natureza, através de uma cartografia crítica que considera todas as relações e
contradições entre elementos do quadro físico, humano e econômico.

Dominar a informação nos seus caracteres gerais, nas suas divisões e suas oposições
(culturas e oeste, reservas e parques ao norte, minas ao centro e ao sul), eliminar os
detalhes acumulados é a meta a ser alcançada. A redução da informação ao essencial
fica por conta da simplificação do conteúdo. A capacidade de memorização visual será
uma razão convincente para simplificar os contornos, pois uma forma é muito mais fácil
de ser assimilada.

35
Considerando que a cartografia pode ser considerada também, uma linguagem visual
envolvida com as leis da percepção das imagens, é importante que ela seja mais
utilizada na geografia; que procuremos utilizá-la na elaboração de representações
gráficas que comuniquem informações verdadeiras; que seja utilizada como um recurso
no ensino de geografia; que possibilite apreender o significado da realidade como
totalidade que envolve sociedade e natureza.

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36

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