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Curso: Geografia
Disciplina: Representações Gráficas no Ensino da Geografia
Série: 2º
Professor: Maurício Zacharias Moreira
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CI – Considerações Iniciais Sobre a Representação Gráfica no Ensino da Geografia
Hoje, está claro para professores ou alunos, para todos da comunidade acadêmica ou
não, que o tratamento de informação e a sua representação gráfica são cada vez mais
imprescindíveis na transmissão/interpretação, análise e crítica dos fenômenos e da
informação. Parece ser evidente que a representação gráfica, como linguagem universal,
é extremamente eficaz para atenuar as barreiras lingüísticas e culturais entre os povos e
entre os indivíduos. A idéia de que "uma imagem substitui mil palavras" torna-se mais
verdadeira quando analisamos os atuais dias globalizados.
A Geografia sempre foi (e continua a ser) uma disciplina, cujo trabalho é desenvolvido
com base em mapas, gráficos, e outras representações gráficas. No entanto, não é só
nessa disciplina que a expressão gráfica se revela fundamental. Tanto o tratamento da
informação, como a representação gráfica da informação ou a análise de diferentes
representações revelam-se cada vez mais necessários em todas as disciplinas assim
como no nosso cotidiano.
A língua, sistema simbólico verbal, tem em comum com todo sistema simbólico o fato
de constituir um código, o qual supõe um conjunto limitado de elementos que se
combinam segundo regras específicas e que presidem a sua atualização. Há, em suma,
comunicação onde ocorre emprego de signos, elementos de operacionalização de
códigos. O signo dispõe-se entre os dois extremos, absoluta aleatoriedade e absoluta
previsibilidade. A comunicação é, pois, função da transmissão de signos.
A imagem visual aceita uma grande quantidade de informações e vários níveis de leitura
através do agrupamento dos elementos. Uma representação gráfica permite memorizar
rapidamente um grande número de informações, desde que transcritas de maneira
conveniente e ordenadas visualmente. Somente esta transcrição gráfica permite ao leitor
do mapa uma percepção significativa de conjunto sem perda de informação.
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TRANSMISSOR RECEPTOR
RUÍDO
FONTE MENSAGEM MENSAGEM
CODIFICADA
DE CODIFICAÇÃO SINAL
DECODIFICAÇÃO
DADOS
MENSAGEM
CODIFICADA RUÍDO MENSAGEM
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CI.2 - Informação Geográfica
Alguns exemplos: nas áreas urbanas, todo o conjunto de elementos que compõem as
cidades; nas áreas agrárias, as fazendas de agricultura e de pecuária, etc.; na biosfera, as
áreas cobertas pela vegetação e o espaço de vida dos animais, etc.; na morfologia o
relevo. No caso do clima, a informação é tridimensional, dada pelos elementos
meteorológicos (temperatura, pressão atmosférica, precipitações e regime de ventos),
durante um dado período de tempo. A informação econômica utiliza também uma
acepção de hierarquia e dominação, condicionando a informação geográfica a algumas
configurações vinculadas ao poder de dominação de certas atividades, através de seu
alcance espacial.
As fontes das informações geográficas podem ser divididas em dois grupos: fontes
primária e secundária. Embora haja uma distinção relativamente clara entre tais fontes,
há outras que se encontram entre estes dois extremos e são denominadas intermediárias.
Fontes primárias de informação são levantamentos topográficos, hidrográficos,
geomorfológicos, etc; enquanto fontes secundárias são por exemplo: censos estatísticos
de população, observações de temperatura e precipitação, etc. As intermediárias são
levantamentos fotogramétricos, imageamento por Sensoriamento Remoto, etc.
A palavra-chave e o conceito central da informação geográfica são duais, pois esta pode
ser representada de duas formas, ou seja, localização e atributos.
Portanto, a informação geográfica é o retrato das relações sociais (sentido amplo) e das
relações do homem com a natureza, projetadas no espaço geográfico e reveladas através
de dados quantitativos e qualitativos.
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CI.3 - Símbolos na Representação dos Fenômenos Geográficos
A informação visual, para ser realmente compreendida, requer uma aprendizagem. Ela
não é nem natural e nem espontânea porque possui uma linguagem própria que precisa
ser apreendida. Além disso, atualmente verificamos que há uma demanda de imagens
muito significativa e a utilização de símbolos pode variar no tempo, dependendo do
contexto histórico, cultural, e geográfico. No momento em que os dados estatísticos e os
fenômenos geográficos se renovam a cada instante, não há mais lugar para uma
representação defasada, que transcreve apenas o nível elementar da informação
impossibilitando as análises combinatórias que interessam ao aluno, ao pesquisador,
enfim, ao cidadão.
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Problemas sérios de usabilidade de um SIG têm sido diagnosticados recentemente.
Apesar dos avanços ocorridos na modelagem de dados é o design da interface de um
SIG que desempenha o papel determinante na aceitação do sistema. Desta forma, para
perfeita comunicação, a representação de um objeto espacial deve corresponder a uma
ou mais alternativas de visualização, adequando o significado dos dados geográficos
com as necessidades de aplicação do usuário.
RG – Representações Gráficas
Uma representação gráfica deve levar em conta o contexto do seu provável ou prováveis
usuários. Isto porque, tanto o pesquisador que elabora a representação gráfica, quanto o
usuário, ficam numa mesma situação perceptiva diante da matriz (fonte de dados).
A experiência tem mostrado que, para uma boa distinção dos símbolos lineares, não se
deve usar mais de quatro ou cinco espessuras. Porém, as combinações resultantes do
desdobramento do traço nos permitem um aumento significativo das possibilidades de
fazer distinções, como por exemplo:
Eis alguns temas em que o modo de implantação linear é cabível: falhas geológicas,
temperatura (isotermas), precipitação (isoietas), pressão atmosférica (isóbaras), ventos,
correntes marinhas (quentes = cor vermelha; frias = cor azul), fluxo de transporte,
estradas, rios, rede geográfica, exportação e importação, migrações, além de outros.
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• Modo de implantação pontual
Refere-se àqueles elementos cuja representação simbólica pode ser reduzida à forma de
um ponto, tais como: cidades, casas, indústrias, animais, pessoas, portos, etc. Tal como
no modo linear, aqui poderão ocorrer também variações com base na espessura ou então
na descontinuidade do traço, além da combinação de símbolos, inclusão de desenhos
subsidiários e cores. Os símbolos pontuais transmitem a idéia de localização exata no
espaço territorial, podendo ser usado o próprio ponto, além de figuras geométricas e
evocativas (figura 2). Estas últimas, também chamadas figuras pictóricas, são aquelas
que procuram retratar o elemento que está sendo mostrado (exemplo, o desenho de um
porco significaria a presença de gado suíno no local; um navio poderia significar um
porto, e assim por diante). Porém, é prudente tomarmos cuidado com o uso abusivo de
tais símbolos, visto que nem sempre eles conseguem levar ao leitor o significado
pretendido pelo autor do mapa. Pelo menos é o que temos constatado, na prática, em
diversos trabalhos. Se o leitor tiver de recorrer com freqüência à legenda do mapa, o
símbolo evocativo perde sua razão de ser, visto que, em tal caso, qualquer outro símbolo
poderia substituí-lo. O ideal é seu uso para representar elementos que sejam familiares
ao leitor, como animais, pessoas e frutas, por exemplo.
Eis alguns temas em que o modo de implantação pontual pode ser usado: localização de
vulcões, cidades, portos, aeroportos, parques ecológicos, reservas indígenas, centros
industriais, usinas hidrelétricas, jazidas minerais, distribuição de população, além de
outros.
Eis alguns temas que podem ser mostrados por meio deste modo de implantação: relevo,
geologia, glaciações, clima, tipos de solos, vegetação, religiões, densidade demográfica,
bacias hidrográficas, além de outros.
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Figura 3: Zonal
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Temos visto, quando da representação de seqüência de valores numa legenda, que
alguns autores mostram uma ordem crescente de cima para baixo. Não há regra rígida
que diga ser o certo deste modo ou ao contrário. Contudo, nossa experiência tem
revelado que há uma preferência para uso da ordem crescente de baixo para cima.
Posição no
Plano
Tamanho
Valor
Granulação
Cor
Orientação
Forma
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Para cada uma das variáveis visuais, são determinadas as possibilidades de percepção da
natureza que se deseja imprimir aos dados:
• Associativa: Uma variável visual é dita associativa quando os dados por ela
representados podem ser agrupados de acordo com outras categorias,
independentemente das variações provocadas por esta variável.
Ex: ao representarmos em um mapa duas informações a respeito de cada cidade,
como população através do tamanho da mancha e atividade econômica principal
através da forma (círculos para agricultura, quadrados para indústria, triângulos para
outros), seremos capazes de visualizar a distribuição populacional independentemente
da atividade econômica, identificando regiões com manchas maiores ou menores.
Portanto a forma é uma variável associativa, suas variações podem ser tratadas de
forma associada quando se analisa a outra variável (tamanho). Uma variável não
associativa é dita dissociativa.
Forma Associativa
• Símbolo: que representa por contiguidade constituída, isto é, por uma regra
convencional, entre o significante e o significado, associada de forma arbitrária ou
imposta. Neste caso se inclui a maior parte dos mapas – todos aqueles que
apresentam uma legenda, a qual o intérprete necessita recorrer, conhecendo a
convenção do seu significado geral (são as cartas do tempo, mapas políticos, etc.).
As imagens são signos com maior grau de especificidade, ou seja, podem ser utilizados
como significantes de um conjunto menor de objetos. Além disso, estes signos carregam
em si um maior poder de significação, pelo fato de sua relação com o objeto
representado ser mais perceptível e imediata. No caminho inverso, os signos que
apresentam menor relação direta entre o objeto e seu significado são os símbolos. Estes
permitem uma enorme gama de associação de significados devido a sua menor
especificidade.
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Imagem
Jetiquibá
Í
SIGNIFICAÇÃO / ESPECIFICIDADE
C
O Diagrama
N Cipreste
E
Metáfora
Lago
Intermitente
ÍNDICE
Fórum
Cobre
SÍMBOLO
Grafita
Sendo uma carta ou mapa a representação, numa simples folha de papel, da superfície
terrestre, em dimensões reduzidas, é preciso associar os elementos representáveis a
símbolos e convenções.
Geralmente acompanhado do
Aldeia Indígena nome da aldeia.
Geralmente acompanhado do
Escolas nome da Escola ou do bairro
onde está situada.
Hospital, Posto de
Saúde
Geralmente acompanhado do
Igreja ou Templo nome da Igreja ou do bairro
onde está situada.
Geralmente acompanhado do
Cemitério ou CEM nome do cemitério ou do
bairro onde está situada.
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Estabelecimento I: Industrial
I C
Industrial ou Comercial C: Comercial
Posto de Gasolina
Parques e Praças
Campo de Futebol,
Estádios
Geralmente acompanhado do
Mina, Jazida nome do minério ou da Mina
Geralmente acompanhado do
Represa, Açude, nome da Represa, Açude,
Barragem. Barragem ou do bairro onde
está situado.
Geralmente acompanhado do
Porto nome do Porto.
Geralmente acompanhado do
Aeroporto nome do Aeroporto ou da
Cidade.
Geralmente acompanhado do
Campo de Pouso nome do Campo de Pouso ou
da Localidade.
Geralmente acompanhado do
Camping nome do Camping ou da
Localidade.
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Com indicação do nome da
Usina Usina ou da sua Localidade.
Rádio TR
Torre de transmissão Televisão TV
Telefonia TT
Torre de Observação TO
Rede de Transmissão
AT BT
(alta ou baixa tensão)
Subestação de Energia
S.E.
Elétrica
Rodovia Pavimentada
Geralmente de cor vermelha
de duas vias
Rodovia Pavimentada
Geralmente de cor vermelha
de uma via
Rodovia sem
Geralmente de cor marrom
Pavimentação
Caminho ou trilha
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Túnel Geralmente de cor preta
Areal
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Figura 8: Vias de Circulação (Carta topográfica esc. 1:100.000)
G – GRÁFICOS
Para se criar um gráfico é preciso primeiro conhecer o tipo de informação que se deseja
transmitir, pois um gráfico poderá informar de forma visual as tendências de uma série
de valores em relação a um determinado espaço de tempo, a comparação de duas ou
mais situações e muitas outras situações. Todo gráfico gerado em sistemas
computacionais é dinâmico, ou seja, quando é alterado um dos dados de uma planilha
em que um gráfico se baseia o gráfico também é atualizado.
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G.1 - Definição e classificação de gráficos estatísticos
A seguir, para gerar um gráfico desta planilha será necessário efetuar uma alteração: o
cancelamento do espaço em branco existente na linha 5. Par tanto posicione o ponteiro
do mouse sobre a linha 5, ou seja, em cima do número 5 e dê um clique para marcar esta
linha. Em seguida execute o comando Editar/Excluir. A figura mostra como deverá
ficar a aparência da sua tela após esta execução. Esta operação se faz necessária, pois se
a linha em branco for mantida, esta causará uma distorção no desenho do gráfico.
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Agora execute o comando Inserir/Gráfico. Neste instante, será apresentada a opção de
se elaborar o gráfico na mesma folha em que se encontra a planilha (Nesta Planilha),
ou em outra folha (Como Nova Planilha). Para criar o gráfico neste momento,
selecione a opção Como Nova Planilha. Em qualquer uma das duas opções
selecionadas será apresentada a caixa de diálogo Auxiliar Gráfico que permitirá a
criação do gráfico em cinco etapas. A figura mostra esta caixa de diálogo na Etapa 1 de
5.
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Na Etapa 4 de 5, é possível modificar a aparência do gráfico, por exemplo, clique a
opção Seqüência de Dados em:, e veja como ficará o gráfico. A figura mostra esta
alteração. Não se esqueça de voltar a opção para Coluna, clique sobre o botão
Continuar >, para ser posicionado na Etapa 5 de 5.
Para definir o mês de Fevereiro, é necessário que se ative a folha de planilha. Para tanto
pressione simultaneamente as teclas <CTRL><PAGE DOWN> ou dê um clique com o
mouse na guia Plan1. Assim que este comando é executado, é apresentada a folha de
planilha, selecione então a faixa de células D4:E10 e execute o comando
Editar/Copiar. Em seguida pressione as teclas <CTRL><PAGE UP> ou dê um clique
na guia Graf1 e execute o comando Editar/Colar Especial e clique OK
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o comando Inserir/Título...Quando este comando é executado, é apresentada a caixa de
diálogo Títulos como mostra a figura.
Pode-se efetuar a troca de um tipo de gráfico a qualquer momento sem que para isso
tenha que informar novamente títulos, legendas ou faixas de células. Para tanto, basta
que seja executado o comando Formatar/Tipo de Gráfico...Este comando quando
executado, apresenta a caixa de diálogo Tipo de Gráfico.
Por exemplo, caso queira-se visualizar um gráfico de linhas com as mesmas definições
do gráfico de colunas. Para tanto, selecione a opção Linha. Com os dados nesta
planilha, somente será possível ver perfeitamente os gráficos dos tipos: Linhas, Barras
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Acumuladas, Colunas e Colunas Acumuladas. Cada tipo selecionado poderá ter
algumas variantes. Para tanto, estando na caixa de diálogo Tipo de Gráfico selecione o
botão Opções. Para definir um gráfico de colunas acumuladas deve-se executar o
comando Formatar/Tipo de Gráfico..., e selecionar o tipo de gráfico Coluna. Em
seguida clique o botão Opções e será apresentada a caixa de diálogo Formatar Grupo
de Colunas, selecione o segundo Subtipo. A figura mostra um exemplo do gráfico de
colunas, usando também as mesmas definições do gráfico de linhas.
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Abra a pasta Clipart e, em seguida, escolha um desenho e clique no botão OK. A figura
mostra a ocorrência após este procedimento.
A seguir, será apresentada uma planilha, com objetos incorporados. Para tanto, monte a
planilha conforme a figura. Grave-a com o nome Aero Tou João. Em seguida desenhe
uma caixa de texto como indicada na figura, com o título Transportes Aéreos Aero
Tour João - Departamento Financeiro.
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É preciso melhorar a apresentação do objeto caixa de texto, formatando-o. Para tanto,
basta dar um duplo clique na borda do objeto ou executar o comando
Formatar/Objeto..., selecionando uma das opções disponíveis.
Usando uma destas formas, será apresentada a caixa de diálogo Formatar Objeto.
Selecione como Espessura o terceiro estilo da linha, marque as opções Sombreamento
e Cantos Arredondados. Estando com a caixa de texto selecionada, pode-se centralizar o
título interno. Depois insira do lado esquerdo algum desenho relativo à aviação. Com
um duplo clique sobre este objeto pose-se também editá-lo. Por exemplo, em torno da
figura será atribuída uma moldura.
• Tipos de Gráficos
Cada tipo de gráfico é adequado para uma diferente situação a ser analisada. Se um
gráfico for definido de forma incorreta, poderá ocorrer a análise errada de uma situação,
causando uma série de interpretações distorcidas do assunto em questão, tornando desta
forma o desenho do gráfico sem qualquer efeito aproveitável. Entre gráficos mais
utilizados estão: Linhas, Área, Colunas, Torta, Dispersão (XY), Radar, 3D e Rosca.
- Dispersão XY
Um gráfico xy (dispersão) mostra a relação existente entre os valores numéricos em
várias séries de dados ou plota dois grupos de números como uma série de coordenadas
xy. Esse gráfico mostra intervalos irregulares — ou clusters — de dados e é usado
geralmente para dados científicos. Quando se ordenam os dados, coloque-se valores x
em uma linha ou coluna e insira valores y correspondentes nas linhas ou colunas
adjacentes.
- Bolhas
Um gráfico de bolhas é um tipo de gráfico xy (dispersão). O tamanho do marcador de
dados indica o valor de uma terceira variável. Para organizar seus dados, coloca-se os
valores de x em uma linha ou coluna e insere-se os valores de y e os tamanhos das
bolhas correspondentes nas linhas ou colunas adjacentes.
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O gráfico nesse exemplo mostra que a Empresa A tem a maioria dos produtos e a maior
fatia do mercado, mas não necessariamente as melhores vendas.
- Radar
Um gráfico de radar compara os valores agregados de várias séries de dados.
Nesse gráfico, a série de dados que cobre a maior parte da área, Marca A, representa a
marca com o maior conteúdo de vitamina.
- Superfície
Um gráfico de superfície é útil quando se deseja localizar combinações vantajosas entre
dois conjuntos de dados. Como em um mapa topográfico, as cores e os padrões indicam
áreas que estão no mesmo intervalo de valores.
- Área
Um gráfico de área enfatiza a dimensão das mudanças ao longo do tempo. Exibindo a
soma dos valores plotados, o gráfico de área mostra também o relacionamento das
partes com um todo.
Nesse gráfico 3D, pode-se comparar o desempenho das vendas de quatro trimestres na
Europa com o desempenho de outras duas divisões.
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- Barras
Um gráfico de barras ilustra comparações entre itens individuais. As categorias são
organizadas na vertical e os valores na horizontal para enfocar valores de comparação e
dar menos ênfase ao tempo.
- Pizza
Um gráfico de pizza mostra o tamanho proporcional de itens que constituem uma série
de dados para a soma dos itens. Ele sempre mostra somente uma única série de dados,
sendo útil quando se deseja dar ênfase a um elemento importante.
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- Ações
O gráfico de alta-baixa-fechamento é usado muitas vezes para ilustrar preços de ações.
Esse gráfico também pode ser usado com dados científicos para, por exemplo, indicar
mudanças de temperatura. Deve-se organizar seus dados na ordem correta para criar
esse e outros gráficos de ações.
Um gráfico de ações que mede o volume tem dois eixos de valores: um para as colunas,
que medem o volume, e outro para os preços das ações. Pode-se incluir volume em um
gráfico de alta-baixa-fechamento ou de abertura-alta-baixa-fechamento.
TC - Técnicas Computacionais
(Segue-se em apostila própria)
CT - Cartografia Temática
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O papel fundamental da cartografia é localizar, representar, evidenciar relações lógicas
e possibilitar explicações. Os mapas são mal utilizados nas escolas e os educadores
necessitam encontrar caminhos que facilitem e incentivem a sua plena utilização. Existe
a necessidade, portanto, de haver, por parte dos professores, um certo domínio
cartográfico a partir do domínio da linguagem da representação gráfica que auxiliem na
leitura e entendimento imediato da representação cartográfica, através de técnicas de
percepção visual. A linguagem gráfica deve: formar imagem, ser monossêmica, permitir
a leitura da informação em um instante de percepção e mostrar a essência da informação
por ser sintética.
Ensinar os alunos a ler e obter informações em diferentes tipos de mapas é uma forma
de promover a construção de procedimentos que lhes permitem localizar objetos e
lugares para se deslocarem com sucesso por cidades e bairros desconhecidos e também
por locais públicos - tais como shopping-centers, hospitais e museus. Esses
procedimentos também lhes possibilitam utilizar os mapas enquanto fontes de pesquisa
que sintetizam informações sobre lugares, regiões e territórios de diferentes partes do
Brasil e do mundo. Aprender a ler mapas, bem como saber utilizá-los como uma
representação do espaço que segue as regras de vários sistemas de projeção e tem uma
linguagem específica, é essencial para a formação do cidadão autônomo.
A utilização dos mapas e do Atlas na sala de aula justifica-se justamente pelo papel que
a cartografia tem no mundo contemporâneo. Assim, desde os ciclos iniciais, os alunos
podem ter contato com diferentes tipos de mapas e seu portador por excelência, o Atlas.
Esse contato, porém, não deve ser casual ou esporádico. Deve ocorrer conforme um
planejamento sistemático do professor, em função dos conhecimentos que os alunos
dessa faixa etária podem construir a respeito desse conteúdo.
Em seu planejamento, o professor pode elaborar atividades que privilegiem dois eixos
de trabalho: o da produção e o da leitura de mapas. Esses dois eixos podem ocorrer de
forma simultânea, pois não há necessidade de que os alunos aprendam primeiro a
produzir para depois aprender a ler e consultar mapas, ou vice-versa.
O uso dos elementos da linguagem gráfica por meio da qual a Cartografia temática é
construída - tais como cores, linhas, pontos e outros símbolos - pode ocorrer na medida
em que o professor convidar seus alunos a representarem objetos e lugares de forma
simplificada e esquemática. Isso constitui um novo desafio, para o qual os alunos terão
que criar símbolos e utilizar cores para indicar o que está sendo representado, sem
fornecer detalhes a seu respeito.
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A figura acima é uma tentativa de mostrar a relação entre as fontes de informação e a
Cartografia dentro do processo de construção do mapa como um todo, segundo Keates
(1989).
Entretanto, antes que a produção de qualquer mapa possa começar, ele deve ser
composto, ou seja, sua forma básica e conteúdo devem ser decididos. Isto se aplica
independentemente do tipo e nível de tecnologia seja empregada para produzi-lo. Esta
composição envolve quatro fatores básicos: a área geográfica, o nível de informação, a
escala e o formato. A decisão sobre a área geográfica vem em primeiro lugar, uma vez
que é impossível considerar qualquer mapa até que a área seja conhecida. O conteúdo
informativo é geralmente a ligação entre a representação cartográfica e a construção do
mapa. Se a informação já existe, então o mapa é primariamente uma função da
representação cartográfica. Mas se a informação específica tem que ser coletada, esta
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deve ser entrada por outros meios. O que é interessante, é que uma vez que a área
geográfica tenha sido definida, uma decisão sobre qualquer um dentre os outros três
elementos: informação, escala e formato, controlarão aos outros dois.
Na prática, é claro, as relações entre estes fatores são também dependentes do nível de
recursos disponíveis para as operações de construção do mapa, incluindo a habilidade e
recursos técnicos dos produtores. Um bom cartógrafo pode produzir um mapa
graficamente legível com menores recursos do que um cartógrafo com menos
imaginação ou destreza, o que afetará o nível de informação possível em dada escala.
Mas em outros casos o nível de informação será limitado devido ao fato de que os
recursos disponíveis para a representação cartográfica são restritos, como pode ocorrer,
por exemplo, em ilustração monocromática.
Cabe ressaltar que o encargo de responsabilidade de tais recursos não está normalmente
nas mãos nem dos cartógrafos nem dos construtores de mapas. Assim como com todos
os outros artefatos, o nível de injeção de recursos é eventualmente determinado pelo
consumidor.
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• O nível de conjunto diz respeito à observação global de todo o mapa como se
o terreno fosse visto de um avião via satélite. É um nível de síntese, uma
mensagem que deve corresponder à intenção contida no título do mapa.
Dominar a informação nos seus caracteres gerais, nas suas divisões e suas oposições
(culturas e oeste, reservas e parques ao norte, minas ao centro e ao sul), eliminar os
detalhes acumulados é a meta a ser alcançada. A redução da informação ao essencial
fica por conta da simplificação do conteúdo. A capacidade de memorização visual será
uma razão convincente para simplificar os contornos, pois uma forma é muito mais fácil
de ser assimilada.
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Considerando que a cartografia pode ser considerada também, uma linguagem visual
envolvida com as leis da percepção das imagens, é importante que ela seja mais
utilizada na geografia; que procuremos utilizá-la na elaboração de representações
gráficas que comuniquem informações verdadeiras; que seja utilizada como um recurso
no ensino de geografia; que possibilite apreender o significado da realidade como
totalidade que envolve sociedade e natureza.
BIBLIOGRAFIA