Вы находитесь на странице: 1из 5

Antenas a Plasma e suas aplicações na Guerra

Eletrônica.
Wellington Guilherme da Silva1 e Homero Santiago Maciel2
1 - Comando-Geral de Operações Aéreas – COMGAR, 71615-600, Brasília , DF, Brasil.
2 - Instituto Tecnológico de Aeronáutica – ITA, 12228-900, CTA , São José dos Campos, SP, Brasil.

INTRODUÇÃO nas lâmpadas fluorescentes largamente utilizadas para


iluminação e as lâmpadas de neon dos avisos luminosos.
Plasma é um meio gasoso contendo partículas ionizadas, Estes plasmas são denominados de plasmas de descargas
assim, quando suficientemente ionizado, um plasma é um elétricas luminescentes. Mais recentemente, as telas dos
bom condutor de eletricidade e, portanto, pode substituir televisores vieram popularizar o termo plasma. Na TV a
elementos metálicos em linhas de transmissão, irradiadores e plasma a radiação luminosa é produzida por micro descargas
refletores de antenas [1]. Desta forma, define-se antenas a elétricas, com características bastante diferentes da descarga
plasma como aquelas que utilizam dispositivos de plasma em em baixa pressão própria da lâmpada fluorescente. Muitos
vez dos tradicionais condutores metálicos. Esta não é uma experimentos relatados na bibliografia sobre antenas a plasma
nova tecnologia, no início do século passado já havia estudos utilizam simples lâmpadas fluorescentes na função de
sobre estes dispositivos, tanto que em 1919 há registro nos elementos refletores ou irradiadores [1,3,4].
EUA de uma patente empregando este conceito [2]. Plasmas diferem dos gases ordinários em alguns pontos,
Entretanto, nos últimos dez anos, alguns países como os EUA apresentando:
e a Austrália iniciaram pesquisas para utilizarem antenas a
plasmas em aplicações militares, pois estes dispositivos • reatividade química;
possuem propriedades interessantes para a Guerra Eletrônica, • condutividade elétrica;
tais como: baixa RCS (Radar Cross Section); resistência à • altas temperaturas;
interferência (jamming); e fácil reconfiguração [1, 3, 4, 5]. • irradiação eletromagnética; e
Este artigo apresenta uma pesquisa bibliográfica sobre • emissão de luz.
antenas a plasma objetivando ressaltar suas características em
aplicações na Guerra Eletrônica, partindo dos conceitos Cada aplicação tecnológica explora um ou mais destes
fundamentais sobre a física de plasma. As limitações e pontos especificamente. Processos químicos assistidos a
dificuldades de operacionalização destas antenas também são plasma aproveitam-se das propriedades da reatividade
abordadas. química do plasma [7]. Plasmas térmicos, que atingem
temperaturas na ordem de 15000 K, são utilizados para
I - FUNDAMENTOS DA FÍSICA DE PLASMA tratamento de lixo, solda a plasma e simulação do ambiente
de reentrada atmosférica nos chamados túneis de vento a
A palavra plasma tem sua origem no grego e significa algo
plasma. Para o estudo das antenas a plasma, um importante
moldável. Lewi Tonks e Irving Langmuir, em 1920, foram os
ponto é a condutividade elétrica do plasma que é função da
primeiros a utilizarem este termo para descrever o estado de
densidade de partículas carregadas [6].
um gás em uma descarga elétrica luminescente [6].
O principal parâmetro de um plasma é a densidade do
De forma geral, plasmas contêm partículas neutras, elétrons,
plasma que indica a quantidade de partículas carregadas por
íons, partículas excitadas e fótons. Compreender o complexo
unidade de volume. Tendo em vista a propriedade de quase-
comportamento deste meio levou ao surgimento de uma nova
neutralidade, a densidade de íons (ni) e a densidade de
área de pesquisa denominada física de plasma, onde são
elétrons (ne) apresentam valores muito próximos. Devido à
estabelecidas as teorias que descrevem os fenômenos que
alta mobilidade dos elétrons, em relação aos íons, a densidade
ocorrem em um gás no estado de plasma.
de elétrons é o parâmetro mais significativo regendo a
Pesquisas sobre plasmas levaram a importantes avanços em
maioria dos outros parâmetros do plasma. Outros importantes
diversos campos como: microeletrônica; iluminação;
parâmetros de interesse no desenvolvimento das antenas a
tratamento de lixo; engenharia espacial; medicina; e lasers
plasma são: grau de ionização; freqüência do plasma;
entre outras aplicações.
comprimento de Debye; e condutividade do plasma [1].
Plasmas possuem algumas propriedades importantes. A
primeira é chamada de quase-neutralidade, ou seja, as
quantidades de partículas positivas e negativas estão em 1) Grau de Ionização: O grau de ionização expressa a
equilíbrio. Outra propriedade é o chamado comportamento relação entre o número de partículas carregadas (ni ou ne) e o
coletivo, isto significa que o movimento de uma partícula número total de partículas do plasma. A equação (2)
carregada é influencia outras partículas carregadas [6]. determina o grau de ionização de um plasma, onde na é o
Plasmas ocorrem na natureza ou podem ser produzidos número de partículas neutras (átomos) e o ni é o número de
artificialmente. A mais simples forma de plasma é encontrada partículas carregadas [9].

1
ni e2 ne
α= (2) σ= (4)
ni + na meυc

Conforme o grau de ionização os plasmas podem ser Há muitos outros parâmetros envolvidos na física do
classificados em [7]. plasma, porém não é adequado apresentá-los neste estudo,
porém as referências bibliográficas são apropriadas para um
• Plasma completamente ionizado: α > 90% estudo mais detalhado.
• Plasma parcialmente ionizado: 1% < α < 90%
• Plasma fracamente ionizado: α < 1% II - GERAÇÃO DE PLASMA

Plasmas completamente ionizados ocorrem somente em A geração de plasmas ocorre pela utilização de algum
processos de fusão nuclear como os que ocorrem no núcleo método para produzir pares de íons e elétrons a partir das
das estrelas [6]. Antenas a plasma apresentam plasmas partículas neutras, ou seja, a partir dos átomos. Dentre as
fracamente ionizados, com graus de ionização da ordem de diversas formas de geração de plasma pode-se citar os
10-5 [1]. plasmas gerados por:

2) Freqüência de Plasma: Quando um plasma é perturbado, • campo elétrico contínuo (DC)


por exemplo por um campo eletromagnético, partículas • campo elétrico alternado (RF)
carregadas positivamente e negativamente são separadas, o • microondas;
que causa a perda da neutralidade elétrica. Entretanto, a • onde de choque;
separação de cargas forma um campo elétrico que irá
• magneto hidrodinâmica (MHD);
restaurar a condição de equilíbrio, este efeito é caracterizado
• feixe de partículas de alta energia;;
por uma freqüência natural de oscilação chamada de
• combustão; e
freqüência de plasma, sendo expressa pela equação (2) [6].
• laser.

nee 2 Dentre estes métodos, o mais comum, e o mais simples, é a


ωp = (2) aplicação de um campo elétrico contínuo transferindo energia
meε
cinética aos elétrons que ionizam os átomos por processos de
colisões, este fenômeno é apresentado na Fig. 1. Os círculos
Onde: ne é a densidade de elétron; e é carga elétrica do menores são elétrons que colidem com os círculos azuis
elétron; me é massa do elétron; e ε é a permissividade elétrica (átomos) resultando em mais um elétron livre e um íon
do meio. Assim, o único parâmetro controlável é a densidade (círculo preto). Este processo leva a um fenômeno de
de elétrons, que depende da pressão do gás e do percentual de crescimento exponencial de partículas carregadas (elétrons e
ionização. íons), conhecido como avalanche de elétrons, ocorrendo a
ruptura elétrica do gás (gas breakdown) que passa ao estado
3) Comprimento de Debye: Esta é uma dimensão de plasma [9].
característica de uma região em que pode ocorrer
concentração local de cargas, dando origem a campos
eletrostáticos que tendem restabelecer a neutralidade do
plasma. Esta dimensão é determinada pela equação (3), onde
Te é a temperatura dos elétrons em eléton-volts (eV). O
comprimento de Debye é da ordem de 10-4 metros (0,1 mm)
para uma descarga típica em gás a baixa pressão onde a
temperatura dos elétrons é próxima de 4 eV e a densidade de
elétrons é de 10-10 cm-3 [9].

ε Te
λD = (3)
nee2 Fig. 1 – Esquema simplificado de geração de plasma pela aplicação
de um campo elétrico entre dois eletrodos, promovendo a ruptura
4) Condutividade do Plasma: Este parâmetro depende da elétrica do gás (gas breakdown).
densidade de elétrons (ne) e da freqüência de colisão (υc),
conforme equação (4) [6,9,10]. A freqüência de colisão A tensão elétrica que resulta em um campo elétrico em que
expressa o número de colisões ionizantes que ocorrem no ocorre a avalanche d elétrons é denominada tensão de ruptura
intervalo de um segundo. Uma colisão ionizante é a colisão Vb (voltage breakdown). Este fenômeno foi estudado por
entre duas partículas, geralmente um elétron e um átomo, Friedrich Paschen que, em 1989, verificou, empiricamente,
resultando na ionização do átomo e liberação de mais um que esta tensão depende da pressão do gás, da distância entre
elétron. os eletrodos que produzem o campo elétrico e do tipo de
material dos eletrodos [8]. A equação (5) ficou conhecida
como a Lei de Paschen. Onde, p é a pressão do gás; d é a
distância entre eletrodos; e γ é o coeficiente de emissão de

2
elétrons secundários. A e B são constantes empíricas pelo chaveamento dos elementos da antena. Esta técnica
características do gás. O coeficiente gama (γ) varia entre resulta em um diagrama de radiação variável semelhante ao
0.001 e 0.0001 e depende do tipo de gás e do material do diagrama de uma matriz de dipolos [1].
eletrodo [9]. Antenas a plasma podem utilizar dispositivos a plasma como
elementos refletores, Fig. 3, ou como elementos irradiadores.
Bpd
Vb = (5)
Apd
ln
ln(1 + 1/ γ )

Os gráficos de Vb em função do produto pd são conhecidos


como curvas de Paschen e possuem uma forma característica
conforme apresentado na Fig. 2. É possível observar que as
curvas de Paschen apresentam um valor mínimo de Vb, assim
é possível encontrar o valor de pd que requeira a menor
tensão elétrica para alimentar o dispositivo.

Fig. 3 – Antena utilizando um refletor a plasma [1].

Refletores a Plasma

A Fig. 3 apresenta uma antena a plasma experimental


utilizando lâmpadas fluorescentes como elementos refletores
[12]. Nos metais a reflexão das ondas eletromagnéticas
ocorre em uma superfície bem definida que é a fronteira entre
o metal e o espaço livre. No plasma esta reflexão ocorre a
certa profundidade em uma pseudo superfície denominada
superfície crítica [1].
Fig. 2 – Curvas de Paschen para plasmas de argônio e nitrogênio A superfície crítica deve ser estável e reproduzida
gerados em descargas elétricas de corrente contínua com eletrodos consistentemente para a operação da antena. O plasma
planos e paralelos e com coeficiente gama de 0,01.
apresenta-se como um bom refletor para freqüências abaixo
III - PROJETOS DE ANTENAS A PLASMA da freqüência de plasma [1].
Antenas com refletores a plasma apresentam lóbulos de
Antenas a plasma já foram desenvolvidas, em caráter radiação principais semelhantes aos de uma antena com
experimental, operando na faixa de 100 MHz a 10 GHz e refletor metálico, porém apresentam lóbulos laterais
apresentaram características semelhantes às antenas reduzidos. Conforme apresentado no diagrama de radiação da
convencionais [1,3,4,5]. Estas antenas experimentais foram Fig. 4, esta redução nos lóbulos secundários pode ser da
construídas com tubos de lâmpadas fluorescentes comerciais ordem de 5 dB [13].
contendo uma mistura de gás argônio e mercúrio. Estas
lâmpadas são comuns em nosso cotidiano, entretanto poucas
pessoas sabem que são dispositivos a plasma.
Três importantes parâmetros para uma antena a plasma são:

• tempo de ionização;
• tempo de decaimento; e
• freqüência de plasma.

Tempo de ionização é o tempo necessário para que o plasma


atinja a condição de operação desejada. Este é o tempo de
ativação da antena, sendo da ordem de 10-9 segundos. Já o
tempo necessário para a extinção do plasma, uma vez que o
sistema seja desligado, ou seja, que as partículas carregadas
(elétrons e íons) se recombinem e o plasma volte à condição
de um gás ordinário, é o tempo de decaimento que é da Fig. 4 – Comparação entre os diagramas de radiação de uma antena
utilizando refletor metálico e refletor a plasma [13].
ordem de 10-6 segundos. Estes tempos característicos são
importantes no desenvolvimento de antenas inteligentes, ou Sistemas de radares usualmente utilizam refletores
antenas reconfiguráveis, cujo padrão de radiação é alterado metálicos em suas antenas e apresentam uma significativa

3
RCS (Radar Cross Section), sendo facilmente detectados por
outro radar. Esta característica dos radares com antenas
convencionais é um inconveniente em muitos casos, e em
especial para os sistemas de radares embarcados como o que
ocorre nas aeronaves AWACS (Airborne Warning and
Control System). Antenas a plasma apresentam baixa RCS,
podendo, quando desligadas, apresentar RCS de até -20 dB
em relação a uma antena convencional [1]. A Fig. 5 apresenta
uma típica aeronave AWACS, onde é possível notar a antena
do radar embarcado.

Fig.
7 – Antena a plasma conectada a um rádio AM/FM [14].

IV - PROBLEMAS DE OPERACIONALIZAÇÃO

Os projetos de antenas a plasma, até o momento publicados


na literatura, apresentam algumas desvantagem e limitações
que precisam ser superadas para a operacionalização destes
dispositivos. Dentre os principais obstáculos tecnológicos a
Fig. 5 – Aeronave AWACS com radar embarcado. serem suplantados, pode-se citar: fragilidade mecânica;
emissão de luz,; energia necessária na geração do plasma;
A Fig. 6 apresenta a aeronave E-99 da FAB (Força Aérea vida útil das antenas; e interferência em sistemas eletrônicos.
Brasileira) equipada com o radar Erieye e utilizada em
missões de AEW (Airborne Early Warning). Fragilidade Mecânica

Para diminuir o potencial elétrico necessário, na geração de


plasma por campo elétrico, utiliza-se gases específicos em
baixa pressão. No caso das lâmpadas fluorescentes é utilizada
uma mistura de gás argônio e mercúrio a uma pressão típica
de 2 Torr, lembrando que a pressão atmosférica é de 760
Torr. O confinamento do gás é realizado em tubos de vidro
apresentando a desvantagem da fragilidade mecânica. Uma
solução é o emprego de materiais cerâmicos resistentes aos
esforços mecânicos e que não interfiram na interação das
ondas eletromagnéticas com o plasma.

Emissão de Luz

Fig. 6 – Aeronave E-99 da FAB em missões AEW. No processo de geração do plasma, nem todas as colisões de
elétrons com átomos resultam na ionização. Algumas
Antenas Lineares a Plasma colisões não transferem energia suficiente para a ionização e
pode levar o átomo ao estado de excitação. O átomo
Uma antena linear é a forma mais simples de construir uma permanece um período muito curto nesta condição e retorna
antena a plasma. A Fig. 7 apresenta uma antena a plasma ao estado fundamental, entretanto o retorno ao estado inicial
utilizada experimentalmente em um rádio receptor AM-FM. resulta na liberação de energia na forma de fótons. Este é um
Quando a densidade de plasma na antena é alta, a antena fenômeno desejado nas lâmpadas fluorescentes e lâmpadas
opera na faixa de VHF e o rádio sintoniza as estações de FM. do tipo neon que são projetadas para a emissão de luz, mas é
Para uma densidade de plasma baixa, o rádio sintoniza tanto um fenômeno indesejado em antenas para aplicações
estações AM como FM. Ou seja, uma antena a plasma é um militares. Assim, é necessário que o material que confina o
filtro passa alta sintonizado na freqüência do plasma [14]. plasma seja opaco.
Quando uma onda eletromagnética, abaixo da freqüência
de plasma, incide no plasma, não ocorre interação desta onda Energia Elétrica de Operação
com o plasma. Logo, as antenas a plasma apresentam baixa
RCS (Radar Cross Section) [4] e uma relativa imunidade às Antenas a plasma podem requerer altas tensões para gerar e
interferências (jamming) quando são expostas a sinais de RF manter o plasma sendo um problema em sistemas
(Rádio Frequência) abaixo da freqüência de plasma [3]. Estas embarcados com baixa disponibilidade de potência elétrica.
características tornam as antenas a plasma ideais para Aeronaves de pequeno porte, com geradores modestos, terão
aplicações de guerra eletrônica. dificuldades para o emprego de antenas a plasmas, mas a
maioria das aeronaves de médio e grande porte poderão ser

4
adaptadas para fornecerem a energia elétrica necessária para Engineering, Volume 5: Advanced Physicochemical Treatment
a operação destes dispositivos a plasma. Technologies, The Humana Press Inc, Totowa, NJ (1980), pp. 135–293.
[8] F. Paschen, Ueber die zum Funkenübergang in Luft, Wasserstoff und
Kohlensäure bei verschiedenen Drucken erforderliche
Vida Útil Potentialdifferenz, Annalen der Physik , Vol. 273, 69–75 (1889).
[9] Nasser, E.; Fundamentals of Gaseous Ionization and Plasma Electronics;
Os sistemas de baixa pressão, como os que confinam o John Wiley; New York, USA; 1970.
plasma, podem apresentar algum vazamento trazendo duas
[10] Roth, J. R.; Industrial Plasma Engineering; Institute of Physics
consequências que reduzem a vida útil ou o tempo entre Publishing, London, 1995.
manutenção das antenas a plasma. Uma consequencia destes [11] W. Manheimer, Plasma Reflectors for Electronic Beam Steering in
vazamentos é o aumento da pressão do gás e a outra é a Radar Systems, IEEE Transactions on Plasma Science, vol. 19, no. 6,
contaminação do gás do plasma pelo ar atmosférico. Estes December 1993, p. 1228.
dois efeitos alteram os parâmetros de funcionamento da [12] J. Mathew, R. Meger, J. Gregor, R. Pechacek, R. Fernsler, W.
antena como a tensão de ruptura e a freqüência de plasma. Manheimer, and A.Robson, “Electronically Steerable Plasma Mirror for
Radar Applications,” IEEE International Radar Conference, June 1995,
p. 742.
Interferência em Sistemas Eletrônicos
[13] D. C. Jenn and W. V. T. Rusch, “Low-sidelobe Reflector Synthesis and
Design Using Resistive Surfaces,” IEEE Trans. on Antennas and Prop.,
Dispositivos a plasmas geralmente apresentam-se como AP-39, no. 9, September 1991, p. 1372.
fontes de ruído que podem interferir em equipamentos [14] Anderson, T. Alexeff, I. Farshi, E. Karnam, N. Pradeep, E.P.
eletrônicos. Este é um ponto crítico em sistemas embarcados Pulsani, N.R. Peck, J. “An Operating Intelligent Plasma Antenna”, IEEE
que podem ter os equipamentos de navegação e comunicação International Conference on Plasma Science, June 2007, p. 294.
perturbados pelas interferências colocando a segurança do [15] Max Chung, Wen-Shan Chen, Yen-Hao Yu and Zong Yao Liou,
voo em risco. Minuciosos projetos e testes de “Properties of DC-biased Plasma Antenna”, ICMMT, 2008.
compatibilidade eletromagnética devem ser executados para
homologar o uso de dispositivos a plasmas em sistemas Sobre os Autores:
embarcados.

CONCLUSÕES

A pesquisa bibliográfica verificou que, em trabalhos


experimentais, as antenas a plasma apresentaram
funcionamento semelhante ao das antenas convencionais.
Porém, apresentaram características especiais que são
atrativas para aplicações militares em especial no cenário de
Guerra Eletrônica. Tais características são: a) quando
desligadas tornam-se material dielétrico não interferindo em
outros sistemas e não sofrendo interferência; b) são furtivas O Cap Esp Com Wellington Guilherme da Silva concluiu o CFOE-
(stealth), ou seja, apresentam baixa RCS (Radar Cross COM em 2001 e possui graduação em Engenheira Elétrica pela
Section); c) são imunes aos sinais interferidores (jamming) Universidade de Pernambuco (1999), especialização em Gestão de
abaixo da freqüência de plasma; e d) apresentam lóbulos Pessoas e Processos pela Pontifícia Universidade Católica de Minas
Gerais (2005), especialização em Análise de Ambiente
secundários reduzidos, reduzindo a possibilidade de Eletromagnético pelo Instituto Tecnológico da Aeronáutica (2007) e
interferência nestes lóbulos. Foram identificados alguns mestrado em Física de Plasmas pelo Instituto Tecnológico de
problemas para tornar as antenas a plasma operacionais, mas Aeronáutica (2009). Atualmente é Oficial Adjunto do Grupo de
estudos adequados podem superar as dificuldades Inteligência Aérea (GIA) do COMGAR.
tecnológicas e permitir o emprego destas antenas em
situações reais com adequada eficiência.

REFERÊNCIAS

[1] D. C. Jenn, “Plasma Antennas: Survey of Techniques the Current State


of the Art”, NPS-CRC-03-001, Naval Postgraduate School Report, San
Diego, September 2003.
[2] J. Hettinger, “Aerial Conductor for Wireless Signaling and Other
Purposes”, Patent number 1.309.031, July 8, 1919.
[3] I. Alexeff, “A Plasma Stealth Antenna for the U. S. Navy-Recent
Results’, IEEE Conference Record, New York, June, 1998.
O Professor Homero Santiago Maciel possui graduação em
[4] I. Alexeff, et al. “Advances in Plasma Antenna Designs’, IEEE
International Conference on Plasma Science, June 2005, p.350. Engenharia Eletrônica pelo Instituto Tecnológico de Aeronáutica
(1976), mestrado em Física pelo Instituto Tecnológico de
[5] G. G. Borg, I.V. Kamenski., J. H. Harris, D. G. Miljak*, and N. M.
Martin, “Plasma Antennas”, Australian National University, Austrália,
Aeronáutica (1980) e doutorado em Electrical Discharges And
2006. Plasmas pela University of Oxford (1986). Atualmente é professor
titular do Instituto Tecnológico de Aeronáutica. Tem experiência
[6] Bittencourt, J. A.; Fundamentals of Plasma Physics; Pergamon Press, 3th
Edition; Oxford, U.K., 1987. nas áreas de Física e Eletrônica, com ênfase em Física de Plasmas e
Descargas Elétricas, atuando principalmente nos seguintes temas:
[7] Yamamoto, Okubo, “Nonthermal plasma technology”. In: L.K. Wang,
Y.-T. Hung and N.K. Shammas, Editors, Handbook of Environmental
plasmas frios térmicos e não-térmicos, tecnologias de plasma,
processos de deposição, corrosão e tratamento de superfícies por
plasmas.

Вам также может понравиться