A desigualdade social ou de renda é o contraste econômico entre
indivíduos de uma mesma sociedade. Essa diferença entre as classes, está ligada ao modo de produção capitalista, que visa o lucro através do acúmulo de capital e da exploração de trabalho. “Classes” – a estrutura social capitalista O termo “classe” é empregado de muitas maneiras.
Sociologicamente, ele é utilizado na explicação da estrutura da
sociedade capitalista, que tem uma configuração histórico- estrutural particular.
As classes sociais expressam a forma como as desigualdades
se estruturam nessa sociedade. “Questão de classes” Há duas grandes maneiras de pensar a questão das classes: 1) Considerar a posição dos indivíduos e grupos no processo de produção: PATRÃO E EMPREGADO
2) Considerar a capacidade de consumo como fator de
classificação: A, B, C e D. Desigualdade social no Brasil • O Brasil ainda está muito longe de se tornar uma nação mais igualitária e justa com seus cidadãos. Aliás, como a história mesmo nos conta, nosso país é desigual há muito tempo. • Um estudo realizado em 2018, pela Organização das Nações Unidas (ONU), analisou 29 países, alguns desenvolvidos e outros em desenvolvimento. Na pesquisa, o Brasil está no grupo dos cinco países mais desiguais do mundo, sendo que apenas a parcela mais rica do Brasil recebe mais de 15% da renda nacional. • A crescente miséria, a concentração de renda, o desemprego e a violência são alguns motivos pelos quais chegamos no grau de desigualdade social que nos encontramos hoje. • A desigualdade social não é acidental, mas sim, provocada em conjunto com todos os problemas oriundos das diferenças de classe social. Durkheim e a desigualdade social Para Durkheim o fenômeno da desigualdade decorre da divisão social do trabalho e das dificuldades para manter a coesão social
Marginalização social: desvio,
perda de laços e referências, algo que precisaria ser ajustado Diferentes níveis de estratificação Weber defende que há diferentes níveis de estratificação:
- Estratificação econômica: baseada na posse de bens
materiais, fazendo com que haja pessoas ricas, pobres e em situação intermediária; - Estratificação política: baseada na situação de mando na sociedade (grupos que têm e grupos que não têm poder); - Estratificação profissional: baseada nos diferentes graus de importância atribuídos a cada profissional pela sociedade. MARX E A DESIGUALDADE SOCIAL A desigualdade é constitutiva da sociedade capitalista, Karl Marx colocou a questão das classes no centro de sua análise sobre a sociedade capitalista. De acordo com ele, as relações entre o capital e o trabalho assalariado são dominantes e a propriedade privada é o fundamento e o bem maior a ser preservado. Há duas classes fundamentais: a burguesia, que personifica o capital, e o proletariado, que vive do trabalho assalariado. De acordo com o pensamento marxista, o antagonismo entre a burguesia e o proletariado é a base da transformação social. Essa questão (a luta de classes) envolve: os procedimentos utilizados pela classe dominante para manter o; estado atual. os procedimentos utilizados pelos trabalhadores para modificar o estado atual.
CRÍTICAS AO PENSAMENTO MARXISTA
A dinâmica da sociedade capitalista não se restringe, porém, à contraposição entre burguesia e proletariado. O processo de constituição das classes e a forma como elas se estruturam determinam o aparecimento de frações, bem como de classes intermediárias, que ora apoiam a burguesia, ora se juntam ao proletariado, podendo desenvolver lutas particulares em determinados momentos. A parcela da população que se encontra entre os grandes proprietários e os operários é composta de pequenos proprietários, pequenos comerciantes, profissionais liberais e outros. Não há uma classificação de antes ou depois das classes. É necessário analisar cada sociedade historicamente e perceber como as classes se constituíram no processo de produção da vida social. A luta de classes se desenvolve no modo de organizar o processo de trabalho e distribuir diferentemente a riqueza gerada pela sociedade; nas ações dos trabalhadores orientadas para diminuir a exploração e a dominação; na formação de movimentos políticos para mudar a sociedade. Pierre Bourdieu, sociólogo francês, demonstra como a concentração de diferentes tipos de capitais – econômico, social e cultural – podem ser usados como forma de dominação de algumas classes sociais sobre outras, através do habitus. Os indivíduos utilizam o acúmulo desses capitais como forma de dominação de outros indivíduos. Não é só o dinheiro que pode ser acumulado, monopolizado ou transmitido, mas também a cultura e a educação, ou nos termos de Bourdieu, o capital cultural. Esse capital é utilizado pelas classes altas, por vezes, como forma de se distinguir dos demais assalariados, daí o nome de um dos principais livros do sociólogo: A distinção: crítica social do julgamento.