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AVALIAÇÃO DE CULTIVARES DE MANDIOCA-DE-MESA DAS REGIÕES

URBANAS DE MARINGÁ E DE CIANORTE, NOROESTE DO PARANÁ

Deivid Lincoln Reche (PIBIC/CNPq-UEM), Odair José Marques (PGA/UEM),


Ricardo Shigueru Okumura (PGA/UEM), Rafael Lemos (DAG/UEM), Pedro
Soares Vidigal Filho (Orientador), e-mail: vidigalfilhop@gmail.com.

Universidade Estadual de Maringá / Centro de Ciências Agrárias /


Departamento de Agronomia / Programa de Pós-graduação em Agronomia,
Maringá, Paraná.

Área: Agronomia / Sub Área: Fitotecnia.

Palavras-chave: Manihot esculenta, produtividade de mandioca-de-mesa,


teor de amido.

Resumo:

Este trabalho teve o objetivo de avaliar cultivares de mandioca-de-


mesa coletadas nas regiões de Maringá e de Cianorte, Noroeste do Paraná.
Os ensaios foram delineados em blocos completos casualizados, com três
repetições e conduzidos nos anos agrícolas de 2008/2009 e 2009/2010 na
Fazenda Experimental da Universidade Estadual de Maringá. As análises de
variâncias indicaram diferenças significativas (p ≤ 0,05) entre os tratamentos
nos dois anos agrícolas. As cultivares UEM 168, UEM 66 e UEM 141 foram
superiores na produtividade de raízes tuberosas nos dois anos agrícolas. A
cultivar UEM 141 foi superior no conteúdo de massa seca e de amido nos
dois anos agrícolas, todavia, todas as cultivares que não diferiram da
testemunha IAC 576-70 tenham apresentado resultados superiores à 33,3 %
e 28,6 % de massa seca e de amido, respectivamente, nos dois anos
avaliados.

Introdução

A mandioca-de-mesa, popularmente conhecida como mandioca mansa,


aipim ou macaxeira, tem consumo in natura elevado tanto no Paraná quanto
no Brasil, tendo sua forma de exploração denominada de “fundo de quintal”,
não passando assim, por um processo controlado de comercialização
(LORENZI e DIAS, 1993). É nesse tipo de exploração que se encontra
grande variabilidade genética da espécie e, a fonte da seleção empírica
efetuada pelos produtores ao longo do tempo de inúmeras cultivares, que
atendem a hábitos e a preferências locais.
Um dos principais problemas que a exploração da cultura de
mandioca para o consumo in natura apresenta, é o desconhecimento do
potencial produtivo e das qualidades culinárias das cultivares que são
plantadas pelos pequenos agricultores nas diferentes regiões do Estado do
Paraná (RIMOLDI, 2004).

Anais do XIX EAIC – 28 a 30 de outubro de 2010, UNICENTRO, Guarapuava –PR.


Diante do exposto, este trabalho teve o objetivo de avaliar cultivares
de mandioca-de-mesa coletadas nas regiões urbanas de Maringá e de
Cianorte, Noroeste do Paraná.

Materiais e métodos

Os tratamentos foram constituídos de 12 cultivares tradicionais de mandioca-


de-mesa coletadas nas regiões urbanas de Maringá e Cianorte, no Paraná,
tendo como testemunha a cultivar IAC576-70.
Os ensaios foram implantados e conduzidos na Fazenda
Experimental de Iguatemi (FEI), pertencente à Universidade Estadual de
Maringá, a partir do início da segunda quinzena de setembro dos anos
agrícolas de 2008 e de 2009, utilizando-se do delineamento em blocos
completos casualizados, com três repetições. As parcelas foram constituídas
4 linhas de 8,0 m de comprimento espaçadas de 1,0 m, com 0,8 m entre
plantas, respectivamente, de forma a obter uma população de 12.500
plantas ha-1 (VIDIGAL FILHO et al., 2000). O preparo de solo utilizado foi o
cultivo mínimo, efetuado com o uso de arado descompactador (OLIVEIRA et
al., 2001), enquanto que o plantio foi efetuado manualmente, com as
manivas sendo colocadas a 0,10 m de profundidade (VIDIGAL FILHO et al.,
2000).
A colheita foi realizada no 10° mês após a emergência das plantas,
quando se avaliou a produção (kg ha-1), e o conteúdo de massa seca e de
amido das raízes tuberosas, conforme a metodologia proposta por
Grosmann & Freitas (1950).
Os dados foram submetidos à análise de variância simples para cada
ano agrícola e conjunta para os dois anos agrícolas. Na comparação das
médias empregou-se o teste de Scott-Knott em nível de 5% de
probabilidade.

Resultados e Discussão

As análises de variâncias indicaram diferenças significativas (p ≤ 0,05) entre


os tratamentos nos dois anos agrícolas de avaliação (Quadro 1).
Observa-se que em relação ao rendimento de raízes tuberosas
(Quadro 1), no ano de 2008/2009 as cultivares UEM 66, UEM 141, UEM 32
e UEM 168 apresentaram os melhores resultados, em média, 22,25 %
superior a testemunha, seguido das cultivares UEM 51, UEM 72, UEM 52,
UEM 93, e UEM 111, que não diferiram da testemunha. Por sua vez, no ano
de 2009/2010 as cultivares UEM 168, UEM 141 e UEM 66 se mantiveram
como as mais produtivas, sendo, em média, 44,7 % superior a testemunha,
enquanto as cultivares UEM 93, UEM 72, UEM 111, UEM 52, UEM 51, UEM
32 e UEM 82 não apresentaram diferenças significativas em relação à
testemunha.
As cultivares UEM 82, UEM 32, UEM 141, UEM 57, UEM 111 e UEM
93 apresentaram o melhor desempenho em relação ao conteúdo de massa
seca e de amido nas raízes tuberosas (Quadro 1) no ano 2008/2009. Por

Anais do XIX EAIC – 28 a 30 de outubro de 2010, UNICENTRO, Guarapuava –PR.


sua vez no ano agrícola de 2009/2010 destacaram-se as cultivares UEM
141, seguida das cultivares UEM 72, UEM 168, UEM 32, UEM 51, UEM
111, UEM 52, UEM 57, UEM 82, UEM 93 e UEM 22 que apresentaram
massa seca superior à 35,5 %, e que não diferiram estatisticamente da
testemunha. Tais resultados indicam que a maioria das cultivares
apresentam componentes de rendimento e características agronômicas para
serem recomendadas para os agricultores tanto para a o consumo in natura
quanto para uso industrial.
Observou-se ainda, no Quadro 1 que no ano agrícola de 2009/2010
todos os tratamentos, incluindo a testemunha, apresentaram conteúdos de
massa seca e de amido superiores a 30,0 %, fato que se deve,
provavelmente, às condições climáticas mais favoráveis durante o período
de cultivo.

Quadro 1 - Médias e resumo da análise de variância de produção, conteúdo


de massa seca e de amido de cultivares de mandioca-de-mesa
das regiões urbanas de Maringá e de Cianorte, Noroeste do
Paraná.

C ultivar

IA C 576-70
Conclusão
As cultivares UEM 168, UEM 66 e UEM 141 apresentaram elevada
produtividade e elevados conteúdos de massa seca e de amido nos
dois anos agrícolas avaliados.

U E M 22
Anais do XIX EAIC – 28 a 30 de outubro de 2010, UNICENTRO, Guarapuava –PR.
Agradecimentos

Ao CNPq pela concessão de Bolsa de Iniciação Científica e Bolsa de


Produtividade em Pesquisa, e à Universidade Estadual de Maringá, por
proporcionar a oportunidade de inserção na Pesquisa Científica.

Referências

GROSMANN, I.; FREITAS, A.C. Determinação do teor de matéria seca pelo peso
específico em raízes de mandioca. Revista Agronômica, 1950, v.14, 75-80.
GROXKO, M. Mandioca. In: Prognóstico Agropecuário. Disponível em
http://www.seab.pr.gov.br/arquivos/File/deral/out5.pdf. Acessado em 08 de abril de
2009.
LORENZI, J.O.; DIAS, C.A.C. Cultura da mandioca. Campinas: Coordenadoria de
Assistência Técnica Integral-CATI. 1993, (Boletim Técnico, N°. 211), 41p.
KVITSCHAL, M.V. Caracterização e divergência genética de germoplasma de
mandioca-de-mesa da região urbana de Maringá, Tese de doutorado, Universidade
Estadual de Maringá, 2008.
RIMOLDI, F. Produtividade e divergência genética em Manihot esculenta Crantz,
com base em caracteres morfoagronômicos e marcadores moleculares RAPD, Tese
de doutorado, Universidade Estadual de Maringá, 2008.
VIDIGAL FILHO, P.S.; PEQUENO, M.G.; SCAPIM, C.A.; GONÇALVES-
VIDIGAL, M.C.; MAIA, R.R.; SAGRILO, E.; SIMON, G.A.; LIMA, R.S.
Avaliação de cultivares de mandioca na região noroeste do Paraná. Bragantia, 2000
v.59, n.1, p.69-75,.
ZUIN, G.C.; VIDIGAL FILHO, P.S.; KVITSCHAL, M.V.; GONÇALVES-
VIDIGAL, M.C.; COIMBRA, G.K. Divergência genética entre acessos de mandioca-
de-mesa coletados no município de Cianorte, região Noroeste do Estado do Paraná.
Semina – Ciências Agrárias, 2009, v.30, n.1, p.21-30,.

Anais do XIX EAIC – 28 a 30 de outubro de 2010, UNICENTRO, Guarapuava –PR.

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