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PARÃMETROS ANALÍTICOS

Ácido Peracético
Por ser um forte desinfetante o ácido peracético é um excelente agente sanitizante para as
indústrias de alimentos e bebidas. O ácido peracético é utilizado na desinfecção de de
equipamentos, pateurizadores, tanques, tubulações, evaporadores, envasadores e
superfícies de contato nas indústrias de alimentos. Ele é especialmente eficiente na
eliminação de micróbios osmotolerantes (p.e. Zygosaccharomyces bailii) em indústrias
produtoras de bebidas com alto teor de açúcar. Indústrias de papel e celulose usam o ácido
peracético como agente branqueador.

Alcalinidade (Alcalinidade hidróxida OH)


Alcalinidade de hidróxidos ou causticidade é uma componente da alcalinidade total devida,
exclusivamente, à presença de íons OH- (hidroxila). Não se deve confundir Alcalinidade com
a medida de íons H+ ou OH- livres. Estes são realizados através da determinação de pH. A
Alcalinidade não é normalmente encontrada em águas naturais, podendo ser adicionada
sob a forma de produtos cáusticos. Operadores de caldeiras devem manter níveis de
alcalinidade de hidróxidos relativamente altos quando ciclos de tratamento de fosfato são
usados, para garantir a formação de depósitos menos duros e de mais fácil remoção.

Alcalinidade Parcial (Alcalinidade P)


É determinada por titulação com ácido forte em presença de fenolftaleína (v. alcalinidade
total).

Alcalinidade Total (Alcalinidade M)


A alcalinidade da água é uma medida de sua capacidade em reagir com ácidos fortes para
atingir determinado valor de pH. A alcalinidade da água natural é, tipicamente, uma
combinação de íons bicarbonato (HCO3-), íons carbonato (CO32-) e hidroxilas (OH-). É
determinada por titulação com ácido forte em presença de alaranjado de metila.
Esgotos e efluentes usualmente têm alcalinidades altas devido à presença de silicatos e
fosfatos.
A alcalinidade inibe a corrosão em caldeiras e águas de resfriamento sendo, portanto, um
parâmetro de controle de qualidade a ser mantido dentro de padrões específicos. A
alcalinidade alta em águas naturais pode impossibilitar seu uso para irrigação e pode ser
indicação de contaminação por efluentes industriais. A alcalinidade contribui, também, para
o sabor da água.

RESULTADOS ALCALINIDADES

OH- CO32- HCO3-

P=0 Zero Zero M


P<M/2 Zero 2P M - 2P
P=M/2 Zero 2P=M Zero
P>M/2 2P – M 2(M - P) Zero
P=M M Zero Zero
Alumínio
O Alumínio não é uma substância tóxica, não tendo significado sanitário nas concentrações
normalmente presentes nas águas. Os limites fixados em abastecimento público foram
estabelecidos para evitar sedimentação nas linhas ou em utensílios domésticos e
industriais. O excesso de Alumínio em águas de irrigação, aparentemente afeta o
crescimento das raízes, por reduzir a capacidade de transferência de fósforo e cobre,
causando deficiências à planta. O teor de Alumínio nas águas de alimentação é fruto do
arraste de flocos de hidróxido de alumínio em virtude da dosagem em excesso de sulfato
de alumínio nas Estações de Tratamento de Água (ETAs).

Amônia (nitrogênio amoniacal)


Nitrogênio amoniacal pode estar presente em água natural, em baixos teores, devido ao
processo de degeneração biológica de matéria orgânica animal e vegetal. Concentrações
mais altas podem ser encontradas em esgotos brutos e efluentes industriais,
particularmente de refinarias de petróleo onde a amônia é um produto do processo de
refino. A amônia é um importante componente de fertilizantes. Altas concentrações de
amônia em águas de superfície, acima de 0,1 mg/l como N, podem ser indicação de
contaminação por esgoto bruto, efluentes industriais, particularmente de refinarias de
petróleo, ou do afluxo de fertilizantes. A concentração excessiva de amônia é tóxica para a
vida aquática.

Bromo
O Bromo é um halogênio com comportamento similar ao Cloro . Devido ao seu forte poder
oxidante o bromo é usado como bactericida em soluções aquosas, sendo usado como
agente sanitizante em águas potáveis, piscinas e spas. O bromo é um composto menos
volátil que o cloro. A presença de Bromo na água em áreas costeiras pode ter origem por
infiltração de água do mar. Descargas industriais podem contribuir na presença de Bromo
em águas naturais. Em circunstancias normais, a quantidade de Bromo em águas potáveis
e desprezível, raramente atingindo 1 mg/L.

Cianeto (livre)
O Cianeto é considerado um dos compostos químicos mais tóxicos que existem, sendo que
o termo “Cianetos” é utilizado para todos os compostos que possam ser determinados
como o íon Cianeto , CN-, os compostos de Cianeto nos quais o Cianeto pode ser obtido
como CN- são classificados como simples ou complexos. O Cianeto é usado em muitos
processos químicos e de refino. É normalmente encontrado em efluentes de indústrias de
galvanização, de limpeza de superfícies metálicas, fornos a coque, e aciarias. Embora o
cianeto seja seguramente removível por cloração alcalina, sua aguda toxicidade à vida
aquática exige uma rotina de monitoração dos efluentes. Um limite de 0,01 mg/l de cianeto
tem sido estabelecido para águas potáveis por alguns órgãos internacionais.

Cloretos
Cloreto é o mais comum ânion inorgânico encontrado em águas e efluentes. Sua
concentração depende de fatores geológicos e geográficos. Em regiões montanhosas de
rocha primitiva os cloretos ocorrem geralmente em baixas concentrações, enquanto em
regiões costeiras as concentrações são mais altas. O sal (cloreto de sódio), embora sendo
um nutriente vital para o corpo humano presente em nossa dieta diária, passa pelo sistema
digestivo inalterado para tornar-se a principal fonte de cloretos em esgotos brutos. O limite
de 250 mg/l de cloreto foi fixado para o fornecimento de água potável, pois este é o nível a
partir do qual a água passa a ter sabor salgado, quando o sódio é o cátion correspondente.
Quando cálcio ou magnésio são os cátions correspondentes, um limite de até 1000 mg/l
pode ser tolerado sem gosto salgado. O cloreto é muito corrosivo para a maioria dos metais
em sistemas de alta pressão e temperatura, tais como caldeiras e equipamentos de
extração de petróleo. Concentrações de cloretos, acima do normal, em águas potáveis
costeiras, podem ser indicação de infiltração de água do mar no suprimento de água
potável, ou da presença de efluentes industriais. Altas concentrações de cloretos podem
causar corrosão em concreto, ferro e argamassas. Esta propriedade está diretamente
correlacionada com a dureza da água, pode-se esperar este tipo de corrosão em águas com
dureza menor que 200 ppm de CaCO3 e mais de 200 ppm de Cloretos.

Cloro
Devido ao seu forte poder oxidante o cloro é um excelente bactericida em soluções
aquosas, sendo usado para tratar águas potáveis, efluentes e piscinas. O cloro tem sido
utilizado na obtenção de água potável desde o início do século 20. A natureza
extremamente reativa do cloro, assim como, sua elevada capacidade germicida, levou o
cloro a esta posição de destaque nas plantas de tratamento de água. Quando usado para
tratar águas potáveis o cloro não apenas atua como bactericida mas também suaviza os
efeitos adversos do ferro, manganês, amônia e sulfetos. As águas potáveis desinfetadas
com agentes baseados em cloro devem conter no mínimo 0,1 mg/L de cloro residual/livre.
Os testes para determinação de cloro livre/residual devem ser executados no mínimo uma
vez ao dia para verificar a eficiência do sistema.

Cobre
O Cobre é um elemento encontrado naturalmente na crosta terrestre e na água do mar. O
Cobre é um elemento vital para os seres humanos, uma ingestão diária de 2 mg tem sido
recomendada para indivíduos adultos. Concentrações acima de 1 mg/l Cu são raramente
encontradas. É um excelente condutor de eletricidade, compõe ligas metálicas comerciais
importantes (latão e bronze) e catalisa reações de oxidação. Essa propriedade catalisadora
o transforma em elemento essencial para o crescimento de plantas e animais. O Cobre é,
ainda, um importante componente de fungicidas e inseticidas. Fungicidas contendo sais de
Cobre são usados para controlar o crescimento biológico na água suprida para consumo
público. No entanto, um limite de 0,3 mg/l foi estabelecido para o teor de Cobre em água
potável. Teores de Cobre acima de 1 mg/l conferem sabor desagradável a água e podem
ser tóxicos para a vida aquática. A determinação do teor de Cobre é um importante meio de
monitoração da corrosão em sistemas de condensação e troca de calor.

Condutividade
A água pura é uma substância má condutora de corrente elétrica, face à sua fraca
ionização:

H2O » H+ + OH- … Kw = [H+] [OH-] = 10-14 a 25ºC

Pode-se definir condutividade como a capacidade de uma substância em conduzir corrente


elétrica. Como já dito, a água pura é uma substância má condutora de corrente elétrica
apresentando um valor teórico de 0,0055 microhm-1 x cm-1 a 25ºC.
A dissolução de eletrólitos em água aumenta a sua condutividade e, dependendo da
concentração de eletrólitos totais dissolvidos, pode conferir ao meio características
eletroquímicas que o tornam altamente corrosivo.
Uma relação aproximada entre condutividade (em microhm-1 x cm-1) e teor de eletrólitos
totais dissolvidos na água é mostrada pela tabela a seguir:

CONDUTIVIDADE ELETRÓLITOS DISSOLVIDOS (ppm)


Menor do que 1000 0,68 x condutividade
De 1000 a 4000 0,75 x condutividade
De 4000 a 10000 0,82 x condutividade
* Esta relação somente é verdadeira caso o pH da água esteja entre 6.5 e 8.5.

Cor
A cor pode ser de origem vegetal ou mineral, causada por substâncias metálicas como o
ferro ou manganês, matérias húmicas, taninos, algas, plantas aquáticas e protozoários, ou
por resíduos orgânicos ou inorgânicos de indústrias. Alguns estudos comprovam que a
adição de cloro em águas coloridas pode dar origem a formação de compostos que têm
efeitos cancerígenos sobre animais.

Cromo (hexavalente)
Sais de cromo são usados em inúmeros processos industriais. Eles são, também,
largamente aplicados como inibidores de corrosão e agentes passivadores em sistemas de
refrigeração de água abertos ou fechados. O Cromo Total (Cr3 + Cr6 ) pode ser determinado,
para tanto, será necessário uma oxidação da amostra com Peróxido de Sódio ou Persulfato
de Potássio. O teste pode ser utilizado para checar efluentes de galvanoplastia ,
decapagem, cortumes e etc.

DQO Demanda Química de Oxigênio


A determinação de DQO é largamente utilizada em laboratórios industriais e municipais
para medir o nível geral de contaminação orgânica em efluentes. O nível de contaminação
é determinado pela medição da quantidade de oxigênio requerida para oxidar a matéria
orgânica presente na amostra.

Detergentes/Tensoativos/Surfactantes
Detergentes podem ser despejados em mananciais pela indústria local, fábricas de
detergentes, lavanderias e esgotos domésticos. Analistas ambientais freqüentemente
incluem a determinação de detergentes aniônicos como parâmetro básico de avaliação da
poluição em águas superficiais. O método do MBAS(Substancias ativas ao Azul de Metileno)
é utilizado para determinação de detergentes aniônicos, tanto em águas limpas quanto em
efluentes, sendo um método rápido e preciso.

Dióxido de Carbono
Dióxido de carbono dissolvido é naturalmente encontrado em água como resultado de
respiração animal, decomposição de matéria orgânica e decomposição de certos minerais.
É a principal causa de acidez em amostras de águas despoluídas. Águas superficiais
contêm, tipicamente, menos de 10 ppm (mg/l) de CO2 dissolvido, enquanto que águas
subterrâneas podem conter várias centenas de ppm's, particularmente se profundas. A
água do mar, onde existe produção de óleo, também contêm altas concentrações de CO2.
Altos níveis de CO2 em águas de superfície podem indicar decomposição orgânica ou
mineral anômalas. A medição de CO2 dissolvido é uma maneira de monitorar o sistema de
tratamento de águas de um município. O CO2 dissolvido é corrosivo para equipamentos em
contato com a água, especialmente sistemas de geração de vapor e troca de calor. Um
certo teor de CO2 é desejável por ajudar a manter um equilíbrio de carbonatos evitando,
assim, a formação de incrustação de cálcio em superfícies expostas. Devido ao delicado
balanço entre corrosão e formação de incrustações o teor de CO2 deve ser cuidadosamente
monitorado, uma vez que o CO2 gerado não é nocivo para estes sistemas, principalmente
caldeiras de vapor. Entretanto ao acompanhar o vapor gerado e dissolver-se no
condensado, irá formar o ácido carbônico, principal responsável pela corrosão em linhas de
retorno. Para ter uma idéia deste ataque, somente 1 ppm de CO2 é suficiente para baixar o
pH do condensado para cerca de 5.5.

Dióxido de Cloro
O dióxido de cloro é usado como microbiocida oxidante em tratamentos de resfriamento de
água industrial, em laticínios, frigoríficos e indústrias de bebidas. É, ainda, utilizado como
agente branqueador na idústria de papel e celulose e como desinfetante em estações de
tratamento de água. Estações de tratamento de esgotos industriais usam o dióxido de cloro
devido à sua atuação seletiva em certos compostos, incluindo fenóis, sulfetos, cianetos,
tiosulfatos e mercaptanas. A diferença básica entre o Cloro (Cl2 ) e o Dióxido de Cloro
(ClO2 ) encontra-se na reatividade com a amônia. O Cloro reage com a amônia para formar
cloraminas, enquanto o Dióxido de Cloro não reage.

Dureza (soma de íons alcalinoterrosos)


Originariamente descrita como a capacidade da água em precipitar sabão, a dureza é um
dos mais analisados parâmetros de qualidade da água. Dureza é a denominação genérica
dada à soma das concentrações dos íons polivalentes presentes na água, tais como: cálcio,
magnésio, ferro, bário, estrôncio, etc. A prática atualmente estabelecida é assumir a dureza
total como referência apenas às concentrações de cálcio e magnésio. A água mole ou
completamente abrandada, resultante de tratamentos de abrandamento, é necessária para
vários processos, incluindo: geração de energia, impressão e revelação de fotos, fabricação
de papel e polpa e processamento de alimentos e bebidas. A água dura pode causar a
formação de incrustações em superfícies de troca de calor, resultando em baixa
transmissão de calor e possíveis danos ao equipamento. A água contendo sais de dureza
não espuma em presença de uma solução de sabão, pois os sais formam precipitados com
os ânions da solução de sabão. Ainda não se demonstrou a existência de efeitos adversos
ou benéficos da dureza sobre a saúde. Uma classificação genérica que pode ser tomada
como base para água bruta é a seguinte:

DUREZA TOTAL (mg/l CaCO3) CLASSIFICAÇÃO

<15 muito branda


de 15 a 50 branda
de 50 a 100 moderadamente branda
de 100 a 200 dura
>200 muito dura

Algumas literaturas utilizam a nomenclatura Dureza de Carbonatos, também


conhecida como Dureza Temporária, que é a Dureza gerada por carbonatos e
bicarbonatos de íons alcalinoterrosos, na sua maioria de Cálcio e Magnésio. No caso de
se determinar na mesma água um valor de Dureza de Carbonatos maior do que o de
Dureza Total, o valor de Dureza Total prevalece. Isto ocorre com freqüência e
geralmente é causado pela presença de sais de carbonato e bicarbonato de outros
elementos. O kit para determinações de Alcalinidade Total pode ser utilizado na
determinação de Dureza de Carbonatos.

Fenóis
Fenol (hidroxi-benzeno) é o mais simples de um grupo de compostos orgânicos similares
que inclui cresóis, xilenóis e catecóis. O fenol é um ingrediente comum em desinfetantes.
Em águas destinadas ao consumo humano, mesmo baixas concentrações de fenóis,
conferem gosto e cor objetáveis, especialmente após cloração. Altos teores de fenóis
podem indicar contaminação por efluentes industriais ou descargas de esgoto.

Ferro
O Ferro é encontrado na natureza na forma de óxido e em minerais onde ele aparece
combinado com silício ou enxofre. O teor de Ferro solúvel em águas superficiais raramente
ultrapassa 1 mg/l, enquanto águas subterrâneas contêm teores maiores devido ao contato
com substratos vizinhos. Concentrações de Ferro em água potável, superiores a 1mg/l,
conferem sabor desagradável e causam manchas em roupas lavadas e em superfícies de
porcelana. A concentração de Ferro interfere na turbidez e cor da água. Altas concentrações
em águas superficiais podem indicar a contaminação por efluentes industriais ou efluentes
de minerações. Em sistemas que utilizam encanamentos de Ferro, uma alta concentração
desse elemento pode indicar corrosão. O Ferro também é um agente causador de
incrustações em sistemas de refrigeração e geradores de vapor na industria. A causa da
precipitação de ferro, é um fenômeno diferente das demais causas de formação de outros
depósitos. Inicialmente o íon ferroso (Fe 2+) encontra-se na forma solúvel, entretanto, ao ser
aerado na torre de resfriamento, ou sob influência da cloração, é convertido a férrico (Fe 3+)
, insolúvel, o qual precipita-se. Daí a importância de se controlar o ferro durante todas as
etapas do processo.

Flúor
O Flúor tem sido empregado como um agente de prevenção às cáries dentárias. O Flúor
pode ocorrer naturalmente ou ser adicionado em quantidades controladas. Alguns tipos de
fluoroses podem ser provocadas se o limite especificado(1 mg/L) for excedido. A
determinação precisa de Flúor ganhou muita importância após a implementação das
plantas de fluoretação em águas de consumo humano, tornando-se uma medida de saúde
pública.

Formaldeido
Formaldeido, uma substância tóxica, é usado nas seguintes aplicações: banhos de
eletrodeposição, tratamento de tecidos, preservativos de espécimens biológicos e
desinfecção de equipamentos médicos. O formaldeido gasoso industrial é prontamente
solúvel em água. O Formaldeido também é utilizado como bactericida e fungicida na
industria nos sistemas de refrigeração. O controle do Fomaldeido tem grande importância ,
uma vez que ele é classificado como agente causador de câncer.

Fosfato (ortofosfato ou fosfato reativo)


O fósforo está naturalmente presente em formações rochosas na crosta terrestre,
usualmente na forma de fosfato. Por terem alto valor nutritivo para plantas e animais os
fosfatos são utilizados em fertilizantes e como complementos alimentares para animais.
Eles são também usados na fabricação de produtos químicos industriais, produtos
farmacêuticos e ainda em detergentes. Altas concentrações de fosfato em águas
superficiais podem indicar afluxo de fertilizantes, descarga de esgoto doméstico ou a
presença de efluentes industriais ou detergentes. Embora fosfatos oriundos dessas fontes
sejam usualmente poli-fosfatos ou ligados organicamente, todos irão degradar com o tempo
para ortofosfato ou fosfato reativo. Quando altas concentrações de fosfato persistem, algas
e outras vidas aquáticas começam a proliferar, eventualmente levando a uma queda na
concentração de oxigênio dissolvido na água, devido à aceleração da decomposição de
matéria orgânica. Medições de concentração de fosfatos são usadas para controlar a
corrosão e a formação de incrustações em caldeiras e torres de resfriamento, sendo
também um dos principais causadores de crescimento bacteriano . Os fosfatos formam
resíduos insolúveis em águas com teor de dureza elevado.

Glicol
Etileno glicol e propileno glicol são os ingredientes primários dos anti-congelantes
disponíveis no mercado. Eles são usados em conjunto com vários inibidores de corrosão
para proteger superfícies metálicas em sistemas de resfriamento de água.

Glutaraldeido
Desinfetantes a base de glutaraldeido são usados na indústria de produtos de higiene para
limpeza e esterilização. Muitas superfícies em ambientes hospitalares, cirúrgicos e
dentários são limpos por imersão, esfregação ou enxágüe com soluções de glutaraldeido.
Desinfetantes a base de glutaraldeido são também usados na limpeza de máquinas e
equipamentos de diálise. Na industria o glutaraldeido é utilizado como microbiocida em
sistemas de recirculação de águas em conjunto com outros produtos.

Hidrazina
Hidrazina é um poderoso agente redutor usados em vários processos químicos e em águas
de caldeiras como capturador de oxigênio dissolvido. Para controle da corrosão a hidrazina
é mantida em um range residual típico de 0,05 a 0,1 mg/l. Teores mais elevados podem ser
usados para prevenção de corrosão em caldeiras que irão permanecer fora de serviço por
períodos prolongados. Os grandes inconvenientes causados pela Hidrazina, são a sua
classificação como agente causador de câncer, além de sob altas temperaturas, produzir
amônia. Daí a importância de se controlar este parâmetro, primeiro afim de verificar sua
eficiência no controle de oxigênio dissolvido e depois como prevenção de seus possíveis
males

Manganês
Águas superficiais e subterrâneas raramente contêm mais que 1 mg/l de manganês solúvel
ou suspenso. O manganês pode agir como agente redutor ou oxidante, dependendo de seu
estado de valência. Onde o Permanganato de Potássio (KMnO4 ) é utilizado em águas de
alimentação de caldeiras, O manganês deve ser controlado. O metal também é utilizado na
manufatura de baterias e como elemento de liga na produção de aço e alumínio. A
concentração de manganês em águas potáveis não deve exceder 0,05 mg/l. Concentrações
acima de 1,0 mg/l conferem à água gosto objetável e descolorem tecidos e porcelanas.

Molibdato
O teste de Molibdato é usado principalmente na industria em controles de Caldeiras e
sistemas de refrigeração, para determinar a concentração de Molibdênio ou Molibdato, que
são utilizados como inibidores de corrosão. Os molibdatos são inibidores anódicos e
normalmente são sinergizados com outros sais inibidores.

Nitrato (nitrogênio nítrico)


Nitrato é a forma mais completamente oxidada do nitrogênio. Ele é formado durante os
estágios finais da decomposição biológica, tanto em estações de tratamento de água como
em mananciais de água natural. Sua presença não é estranha, principalmente em águas
armazenadas em cisternas em comunidades rurais. Nitratos inorgânicos, assim como o
nitrato de amônia, são comumente usados como fertilizantes. Baixas concentrações de
nitrato podem estar presentes em águas naturais. No entanto, um máximo de10 ppm de
nitrato (nitrogênio) é permissível em água potável. Teores acima deste contribuem como
causa da metemoglobinemia infantil. Concentrações excessivas de nitrato podem indicar a
presença de despejo demasiado de fertilizantes ou de descargas de estações de
tratamento. Tem ação inibidora da corrosão, principalmente em sistemas de resfriamento.
Causa problemas em alguns processos, como na fabricação de bebidas e tingimento de
tecidos. Nitratos são também utilizados como fertilizantes em hidroponia.

Nitrito (nitrogênio nítroso)


O Nitrito, um estado intermediário do ciclo do nitrogênio, é formado durante a
decomposição da matéria orgânica e prontamente oxidado a nitrato. Esses processos
ocorrem em instalações de tratamento de água, sistemas de distribuição de água e águas
naturais. Nitritos são úteis como inibidores de corrosão, capturador de oxigênio dissolvido,
conservantes, pigmentos, aditivos em radiadores de automóveis e caminhões, aquecedores
solares e na manufatura de diversos tipos de conservantes químicos orgânicos.
Em águas superficiais a presença de nitritos pode indicar a decomposição parcial de
matéria orgânica, descarga excessiva oriunda de estação de tratamento de água ou
poluição industrial. Os Nitritos são inibidores de corrosão anódicos, aplicados em sistemas
fechados de refrigeração. Em águas poluídas a presença de nitrito pode indicar a presença
de bactérias redutoras de nitrato quando as condições presentes são anaeróbias.

Odor e Sabor
Características intimamente relacionadas, pode-se afirmar que a "água tem o sabor do
próprio odor". São os primeiros motivos de rejeição por parte do consumidor. A ausência de
odor é um indício direto da ausência de contaminantes, ao passo que a presença de odor a
sulfeto pode indicar uma condição séptica de compostos orgânicos na água. A eliminação
de odores pode ser efetuada por carvão ativado. As fontes de odor e sabor são classificadas
em:
Naturais- Algas, vegetação em decomposição, bactérias, fungos, gás sulfídrico, sulfatos e
cloretos.
Artificiais- Provenientes de águas residuárias domésticas ou industriais, produtos da
atividade do homem, tais como: fenóis, cresóis, mercaptana, certas aminas, etc.

Oxigênio (dissolvido)
O nível de oxigênio dissolvido em águas naturais é, com freqüência, uma indicação direta
de qualidade, uma vez que as plantas aquáticas produzem oxigênio enquanto
microorganismos geralmente o consomem ao alimentarem-se de poluentes. A solubilidade
de oxigênio aumenta a baixas temperaturas a tal ponto em que, no inverno, em regiões
frias, concentrações de 20 ppm podem ser encontradas em águas naturais cujos pontos de
saturação, no verão, não ultrapassam 5ppm. O oxigênio dissolvido é essencial para a
subsistência de peixes e outras vidas aquáticas e auxilia na decomposição natural da
matéria orgânica. Estações de tratamento que usam digestão aeróbia devem manter um
nível de pelo menos 2 ppm de oxigênio dissolvido, que é usualmente atingido por algum
método de aeração mecânica.
A temperaturas elevadas o oxigênio é altamente corrosivo para os metais, causando
"pitting" em ligas ferrosas usadas na fabricação de caldeiras, sistemas de resfriamento e
equipamentos da indústria petrolífera. Para prevenir este tipo de corrosão, que causa
grandes prejuízos financeiros, os líquidos em contato com as superfícies metálicas devem
ser tratados, usualmente, por uma combinação de métodos físicos e químicos. A
desaeração pode reduzir o teor de oxigênio dissolvido da água de alimentação da uma
caldeira de várias ppm para algumas ppb. Agentes químicos redutores, tais como a
hidrazina e o sulfeto de sódio, são muitas vezes usados em substituição à desaeração, mas,
ainda com maior freqüência, são usados para reagirem com o oxigênio dissolvido residual
que sobra do processo de desaeração.

Ozônio
O Ozônio é um forte agente oxidante usado como alternativa biocida e desinfetante ao
cloro no tratamento de água para consumo, possui cerca de duas vezes a capacidade de
desinfecção do Cloro. Apesar disto, o processo de obtenção e a tecnologia de aplicação,
inibem a sua utilização em escala industrial. O Ozônio é usado para remover odor, reduzir
cor e controlar o crescimento de algas e outros organismos aquáticos.

Peróxido de Hidrogênio
O Peróxido de hidrogênio é um forte agente oxidante com uma variedade de usos. As suas
aplicações incluem o tratamento de efluentes industriais e esgotos domésticos e, como
desinfetante, a assepsia de linhas de produção de alimentos e embalagens. Como
sanitizante, geralmente é utilizado em conjunto com o ácido peracético na industria
alimentícia.
pH
É a medida de concentração de íons H+ presentes na solução. Segundo o conceito de
Sorensen, o pH é o logarítimo decimal do inverso da concentração hidrogeno-iônica:

pH= log (1/[ H+ ] ) ⇒ pH = - log [ H+ ]

A medida de pH é uma das determinações de qualidade da água mais freqüentemente


executadas. Abrandamento da água, precipitação, desinfecção e controle de corrosão são
alguns exemplos de operações que exigem um cuidadoso controle do pH.
É um parâmetro significativo pois afeta o processo da tratamento da água com cloro e está
relacionado a fenômenos de incrustação e corrosão em instalações hidráulicas e sistemas
de distribuição, adicionando constituintes para a água, tais como: ferro, cobre, chumbo,
zinco e cádmio. É importante no controle da corrosão e de incrustações, visto que a
solubilidade de muitos materiais presentes na água varia com o pH do meio. Nas condições
padrão (25°C e 1 atm), o pH igual a 7 corresponde à neutralidade. Valores inferiores a t
correspondem à faixa ácida e valores superiores a 7, à faixa básica (alcalina).

Salinidade
É a medida dos teores de sais na água; estes sais favorecem o crescimento das plantas,
mas o excesso é prejudicial. Sua medida pode ser feita indiretamente pela condutividade
elétrica. Afeta o sabor da água.
A resolução nº 20 de 18 de junho de 1986, do Ministério do Desenvolvimento Urbano e Meio
Ambiente, estabeleceu a seguinte classificação:
ÁGUAS DOCES - com salinidade inferior a 0,5‰
ÁGUAS SALOBRAS - com salinidade variando entre 0,5 e 30‰
ÁGUAS SALGADAS - com salinidade superior a 30‰

Sílica
Sílica (SiO2) é o óxido de Silício, o segundo elemento mais abundante da crosta terrestre. A
Sílica está presente como silicatos na maioria das águas naturais. Concentrações típicas
variam entre 1 e 30 mg/l. Concentrações mais elevadas podem ocorrer em certos
mananciais. O teor de sílica na água deve ser determinado antes de seu uso em várias
aplicações industriais. Em sistemas de resfriamento raramente a Sílica apresenta-se sob
forma de incrustações vítreas, pois para tanto, necessitaria atingir uma concentração de
150 ppm. Em sistemas de geração de vapor a Sílica deve ser rigidamente controlada afim
de evitar deposições.

Sulfato
O Sulfato é um anion muito comum na natureza, ele pode estar presente em águas
naturais em concentrações muito variáveis. Na água potável sua presença geralmente
ocorre devido à adição de algicidas, que geralmente são sulfatos. Sua presença não é
desejável em águas de resfriamento, uma vez que podem ocorrer depósitos sobre
superfícies metálicas de menor potencial induzindo assim, à severas corrosões por
Pitting. Os Sulfatos devem ser controlados em águas para produção de concreto,
cortumes e etc.

Sulfeto (solúvel)
Sulfetos estão naturalmente presentes em águas subterrâneas como resultado do arraste
de depósitos minerais contendo enxofre. Águas superficiais usualmente não contém altos
teores de sulfeto. Os Sulfetos resultam da decomposição de matéria orgânica, da redução
de sulfatos por atividade bacteriana sob condições anaeróbicas e de vários processos
químicos. Durante a conversão de matéria orgânica para Petróleo, uma certa porção de
proteínas baseadas em enxofre presentes nos microorganismos passam para o óleo,
podendo causar formação de sulfetos em várias etapas dos processos de refino. Certas
fontes naturais de água contém sulfetos, geralmente são fontes de origem vulcânica ou
fontes minerais onde a pirita o outros minerais de enxofre estão presentes.

Sulfito (livre)
Sulfito não está usualmente presente em águas superficiais. Se o sulfito é descarregado em
efluentes ou despejos domésticos, ele rapidamente se oxida para formar sulfatos. Sulfito de
sódio é forma mais comum de sulfito, sendo um excelente agente redutor com aplicações
como capturador de oxigênio. Concentrações de sulfito em águas de caldeira e processos
demandam monitoração freqüente para evitar dosagens excessivas. Estações de
tratamento que usam dióxido de enxofre para remoção de excesso de cloro devem ter a
concentração de sulfito monitorada em seus efluentes, pois, em certas concentrações o
sulfito mata as bactérias utilizadas nos processos de tratamento. O Sulfito também é
utilizado na industria fotográfica na checagem de banhos e em desenvolvimentos onde o
Dissulfeto de Potássio é utilizada. Na industria de alimentos o Sulfito é amplamente
empregado como preservativo e antioxidannte, principalmente em vinhos e sucos de frutas.
Uma excessiva concentração de sulfito pode causar reações alérgicas em indivíduos
sensíveis a esta substância.

Tiosulfato
Tiosulfato é um excelente agente redutor, usado primordialmente como agente removedor
de cloro em vários processos químicos e na prática de preparação de frascos de coleta para
análise bacteriológica de água. A aplicação mais destacada é o branqueamento de papel e
tecidos.

Sólidos Totais
É o resíduo resultante da evaporação da água a 104 –105ºC e corresponde à soma dos
sólidos solúveis e suspensos. A Organização Mundial da Saúde fixa um teor desejável de
sólidos totais de 500 mg/l e o teor máximo permissível de 1500 mg/l. Os tratamentos
químicos removem sólidos suspensos, enquanto os tratamentos biológicos removem
sólidos voláteis. Confere gosto às águas. Em águas industriais, os sólidos suspensos podem
abandonar a dispersão, gerando depósitos em equipamentos de troca térmica. O nível de
sólidos suspensos é algumas vezes avaliado pela Turbidez da água.

DISPERSÃO TAMANHO DA PARTÍCULA


DISPERSA
Homogênea d<10-7 cm
(solução verdadeira)
“Solução” Coloidal 10-7 cm < d < 10-5 cm
Heterogênea d<10-5 cm
(dispersão grosseira) * sólidos suspensos

Temperatura
Importante parâmetro que sofre influências de inúmeros fatores potencialmente ambientais
que o fazem variar continuamente. Influi no retardamento ou aceleração da atividade
biológica, na absorção de oxigênio, na precipitação de compostos, na formação de
depósitos, na filtração, na desinfecção por cloro, etc.

Turbidez
Todos somos capazes de reconhecer uma água "clara" ou "turva", características
relacionadas à presença ou ausência de turbidez. Se um líquido cntém substâncias sólidas
não dissolvidas, a luz que atravessa o líquido fica em parte absorvida. A turbidez se deve a
partículas em suspensão ou colóides: argilas, limo, terra finamente dividida, etc. Um alto
valor de turbidez prejudica a condição estética da água e estudos técnicos constatam o
efeito de proteção física de microrganismos pelas partículas causadoras da turbidez,
diminuindo a eficiência de tratamentos.

Valores típicos de Turbidez


para vários tipos de água
Líquido NTU
Água 0,02
Deionizada
Água Potável 0,02....0,5
Água de 0,05....10
manancial
Água Residual 70....2000
Água Branca 60-800
(industria de
papel)
Zinco
Depósitos de Zinco estão presentes em grande porção da crosta terrestre. O metal fornece
uma efetiva camada protetora contra corrosão de aços (galvanização) sendo, também, útil
elemento de liga na composição química de certos aços em formulações de cosméticos e
certos pigmentos. Sais de zinco são usados como inibidores de corrosão em formulações de
tratamento de água de torres de resfriamento. A concentração média aproximada de zinco
em águas potáveis é 1 mg/l. O Zinco é um dos metais que apesar de representar perigo á
saúde nunca foi constatado propriedades cancerígenas neste elemento.

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