Академический Документы
Профессиональный Документы
Культура Документы
INTRODUÇÃO Anatomia do acrômio: tipo 1 super- Os tipos de acrômio podem ser diag-
fície inferior reta e lisa (menos associada nosticados pelo RX, incidência em Y, pe-
A dor no ombro é a segunda causa de à SI) (Figura 1); tipo 2 superfície infe- los radiologistas, com acertos semelhan-
queixa de dor no aparelho locomotor, rior curva e lisa, a mais comum, pode ser tes aos da ressonância magnética (RM)(6).
precedida apenas pela dor referida na associada à SI (Figura 2); tipo 3 gan- Alteração congênita: os acromial
coluna vertebral. As causas de dor no om- choso: é raro e mais associado à SI(4), centro secundário de ossificação que não
bro são várias, mas a maioria delas está pode ser congênito ou adquirido (Figu- se funde após idade de 25 anos. São raros
relacionada às estruturas situadas entre a ras 3 e 4); tipo 4 superfície inferior (têm incidência de 7%) e devem ser reti-
articulação glenoumeral e o arco coraco- convexa(4), que necessita mais estudos rados cirurgicamente quando pequenos.
acromial (ACA). para determinar sua importância. Quando grandes, devem ser fixados(7).
A compressão do manguito rotador
(MR) e das bursas adjacentes pelos ele- Tabela 1 Síndrome do impacto.
mentos contidos nesse estreito espaço é
Causas extrínsecas primárias (diagnóstico radiológico)
a causa mais comum de dor no ombro, a
Os acromial
chamada síndrome do impacto (SI).
Osteófito no acrômio anterior
A radiografia simples (RX) é o primei-
ro e principal exame para detectar as Acrômio tipo 3 (ganchoso)
causas da compressão extrínseca do MR Acrômio com inclinação anterior
e orientar o ortopedista, conjuntamente Osteoartrose hipertrófica acromioclavicular
com outros dados, na conduta, que pode Calcificações bursais ou tendíneas (entesófitos)
ser cirúrgica ou conservadora(1). Hipertrofia óssea pós-fratura ou pós-cirurgia
As causas extrínsecas da SI são devi- Nos casos acima o tratamento é cirúrgico (acromioplastia)
das às alterações ósseas e/ou ligamenta- Causas extrínsecas secundárias (diagnóstico por ressonância magnética)
res que causam repetitivos atritos do MR Decorrente de instabilidade glenoumeral, com lesões da cápsula e ligamentos.
adjacente(2). Elas podem ser divididas
Nestes casos o tratamento é conservador
em primárias e secundárias (Tabela 1).
As causas primárias são decorrentes
de anomalias anatômicas congênitas ou
adquiridas do ACA, que levam a esforços
repetitivos e injúrias, com fadiga do ten-
dão. Essas causas são as mais importan-
tes da dor, degeneração e ruptura do MR.
Outros autores(3) acham que fatores in-
trínsecos também são importantes, prin-
cipalmente em pacientes não-atletas.
Fatores principais
Alterações do acrômio: topografia an-
terior e lateral (esta é menos importante).
Figura 5. Artrose glenoumeral, com desvio superior do úmero (síndrome do impacto do tipo extrín- Figura 6. Erosão e depressão do tubérculo
seco secundário). maior do úmero. Osteopenia regional.
Figura 7. Depressão do tubérculo maior do Figura 8. Neoformação na inserção do tendão (entesopatia). Calcificação bursal.
úmero. Calcificação da bursa.
Figura 9. Ântero-posterior com inclinação cau- Figura 10. Osteoartrose acromioclavicular com Figura 11. Presença de esporão subacromial
dal. Espaço subacromial normal. osteófitos inferiores. diminuindo o arco coracoacromial.
acromioclavicular, dissociando-a da par- acrômio, sua inclinação, calcificações ou na pesquisa de os acromial, fraturas e
te posterior do acrômio (Figura 12). É osteófitos no túnel do supra-espinhoso seqüelas como fragmentos (Figura 13).
útil na osteoartrose hipertrófica que es- (Figuras 1 a 4). É indispensável para o Todas essas incidências devem ser
treita o ACA. planejamento cirúrgico, pois dependen- feitas com baixa quilovoltagem, alta mi-
A incidência 4 é também chamada de do da morfologia e topografia do acrô- liamperagem no Bucky e com respira-
perfil da escápula, incidência em Y, inci- mio, determina-se o quanto ele deve ser ção suspensa.
dência do túnel ou desfiladeiro do supra- ressecado na acromioplastia, a qual pode
espinhoso (outlet). É feita com o pa- ser por artroscopia ou aberta. RESULTADOS
ciente no Bucky mural (ereto), com o A incidência 5 (transaxilar) é feita
ombro a examinar rodado posteriormen- com o paciente em decúbito dorsal, com Considera-se o RX simples o primei-
te em 10°, o suficiente para dissociar o o filme sobre o ombro e o raio central in- ro e principal exame para a avaliação do
ombro contralateral. O raio central deve cidindo na axila. É indicada para casos ombro doloroso. É muito útil na SI por
incidir no acrômio inclinado caudalmen- pós-operatórios de acromioplastia, pois compressão extrínseca primária, a causa
te 20°. É útil para se classificar os tipos de mostra o quanto de acrômio foi retirado, mais comum de dor no ombro.
Figura 12. Ântero-posterior com inclinação cranial. Pequeno osteófito acromial. Figura 13. Incidência transaxilar normal.
JP, Williams GR Jr, Dalinka MK. Categorization 9. Edelson JG, Taitz C. Anatomy of the coraco- (215):1328.
of acromial shape: interobserver variability with acromial arch: relation to degeneration of the 12. Tirman PFJ, Bost FW, Garvin GJ, et al. Postero-
MR imaging and conventional radiography. AJR acromion. J Bone Joint Surg (Br) 1992;74:589 superior glenoid impingement of the shoulder:
1994;162:137782. 94. findings at MR imaging and MR arthrography with
7. Neer CS II. Impingement lesions. Clin Orthop 10. Mallon WJ, Brown HR, Vogler JB III, Martinez S. arthroscopic correlation. Radiology 1994;193:431
1983;(173):707. Radiographic and geometric anatomy of the sca- 6.
8. Peh WCG, Farmer THR, Totty WG. Acromial pula. Clin Orthop 1992;(277):14254. 13. Emig EW, Schweitzer ME, Karasick D, Lubowitz
arch shape: assessment with MR imaging. Radi- 11. Gerber C, Terrier F, Zehnder R, Ganz R. The subco- J. Adhesive capsulitis of the shoulder: MR diag-
ology 1995;195:5015. racoid space: an anatomic study. Clin Orthop 1987; nosis. AJR 1995;164:14579.