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INSTITUTO FEDERAL DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO ESPÍRITO SANTO

CAMPUS CACHOEIRO DE ITAPEMIRIM


ENGENHARIA MECÂNICA

EMILIO DAVID
GABRIEL VINCO DO NASCIMENTO

PROJETO DE EIXO

CACHOEIRO DE ITAPEMIRIM
2020
SUMÁRIO
1. CÁLCULO DAS FORÇAS ............................................................................ 2
2. DIMENSIONAMENTO DO EIXO ................................................................. 8
2.1. Falha por fadiga .......................................................................................... 9
2.2. Seção 1 ..................................................................................................... 10
2.2.1. Fator de modificação de condição de superfície ................................. 10
2.2.2. Fator de modificação de tamanho ....................................................... 10
2.2.3. Fator de carregamento ........................................................................ 10
2.2.4. Fator de temperatura........................................................................... 10
2.2.5. Fator de confiabilidade ........................................................................ 11
2.2.6. Fator de efeitos diversos ..................................................................... 11
2.2.7. Fator de concentrador de tensão ........................................................ 11
2.2.8. Critérios de falha ................................................................................. 12
2.2.8.1. Critério de Langer ............................................................................ 12
2.2.8.2. Goodman Modificado ....................................................................... 13
2.2.8.3. Gerber .............................................................................................. 14
2.2.8.4. ASME Elíptico .................................................................................. 15
2.2.8.5. Diagrama dos critérios de falha ....................................................... 16
2.3. Seção 2 .................................................................................................. 17
2.3.1. Fator de modificação de condição de superfície ................................. 17
2.3.2. Fator de modificação de tamanho ....................................................... 17
2.3.3. Fator de carregamento ........................................................................ 17
2.3.4. Fator de temperatura........................................................................... 17
2.3.5. Fator de confiabilidade ........................................................................ 17
2.3.6. Fator de efeitos diversos ..................................................................... 17
2.1.7 Fator de concentrador de tensão ........................................................ 17
2.3.8. Critérios de falha ................................................................................. 18
2.3.8.1. Critério de Langer ............................................................................ 18
2.3.8.2. Goodman Modificado ....................................................................... 19
2.3.8.3. Gerber .............................................................................................. 20
2.3.8.4. ASME Elíptico .................................................................................. 21
2.3.8.5. Diagrama dos critérios de falha ....................................................... 22
3. DIMENSIONAMENTO DA CHAVETA ....................................................... 23
2

1. CÁLCULO DAS FORÇAS


Esquema da talha elétrica:

Figura 1 - Esquema do eixo da talha elétrica.

Fonte: Próprio autor.

Dados:
• Capacidade de carga: 𝑚 = 150 𝐾𝑔
• Ambiente de utilização: oficina automotiva
• Potência do motor de acionamento: 𝑃 = 600 𝑊
Para fins de estimativa, tomando posse dos dados fornecidos, a velocidade de
elevação da carga pode ser estipulada pelos dados técnicos de uma talha
elétrica comercial, da marca Nagano, disponível na tabela 1 a seguir.
Tabela 1 - Dados técnicos talha elétrica Nagano.
3

Fonte: Nagano.

Dessa forma, a velocidade estimada é:


10𝑚
𝑉= ≅ 0,1𝑚/𝑠
𝑚𝑖𝑛
Para uma aplicação em oficina mecânica, para elevações de carga até 2𝑚,
calcula-se a aceleração:

𝑉 2 = 𝑉0 2 + 2 · 𝑎 · ℎ ⇒ (0,1)2 = (0)2 + 2 · 𝑎 · 2 ⇒ 𝑎 = 0,0025𝑚/𝑠²

Força no cabo:
∑ 𝐹 = 𝑚 · 𝑎 ⇒ 𝐹𝑐 − 𝑃 = 𝑚 · 𝑎 ⇒ 𝐹𝑐 = 𝑚𝑔 + 𝑚𝑎
𝐹𝑐 = 𝑚 · (𝑔 + 𝑎) = 150 · (9,81 + 0,0025) ⇒ 𝐹𝑐 = 1471,875 𝑁
De acordo com o fabricante de cabo de aço Cimaf, determina-se o fator de
segurança para talhas elétricas expresso na tabela 2 abaixo.
Tabela 2 - Fatores de segurança mínimos para diversas aplicações.
4

Fonte: Cimaf.

O fator de segurança é:
𝐹𝑆 = 7
De posse do fator de segurança, determina-se a força admissível no cabo de
aço:
𝐹𝑎𝑑𝑚 = 𝐹𝑆 · 𝐹𝑐 = 7 · 1471,875 𝑁 ⇒ 𝐹𝑎𝑑𝑚 = 10303,125 𝑁 ≅ 1.05 𝑡𝑓
A recomendação do fabricante para cabos de aço que se adaptam bem em
aplicações onde necessitam trabalhar dinamicamente sobre tambor e polias, é a
classe de 6 pernas com 29 a 57 arames em cada perna. Escolhe-se o cabo de
aço 6x36 – alma de aço. Pela tabela 4 a seguir, utilizando a força admissível em
tf (ton-force), determina-se o diâmetro do cabo de aço.
Tabela 3 - Valores de diâmetro e massa/m do cabo de aço 6x36.
5

Fonte: Cimaf.

O valor mais próximo para o diâmetro do cabo é:


𝑑𝑐 = 6,4 𝑚𝑚
Segundo recomendação do fabricante, pela tabela 5, determina-se o diâmetro
do tambor da talha elétrica.
Tabela 4 – Diâmetros de polias e tambores.

Fonte: Cimaf.

Para o cabo de aço 6x36, o diâmetro do tambor é:


𝐷𝑡 = 23 · 𝑑𝑐 = 23 · 6,4 ⇒ 𝐷𝑡 = 147,2 𝑚𝑚
6

De acordo com a norma NBR 11375, pode-se escolher o diâmetro para tambor
de aço recomendado.

Figura 2 – Diâmetros recomendados de tambor para cabo de aço.

Fonte: NBR 11375.

O diâmetro mais próximo do recomendado é:


𝐷𝑡 = 180 𝑚𝑚
Tomando como base o comprimento do cabo fornecida pelo fabricante da talha
elétrica Nagano, e a massa por metro indicada pelo fabricante Cimaf, constantes
nas tabelas 1 e 4, determina-se a massa total do cabo e seu peso.
• Comprimento do cabo: 𝐿𝑐 = 12 𝑚
• Massa do cabo: 𝑚𝑐 = 0,173 𝑘𝑔/𝑚
• Massa total do cabo:
𝑀𝑐 = 𝑚𝑐 · 𝐿𝑐 = 0,173 · 12 ⇒ 𝑀𝑐 = 2,076 𝑘𝑔
• Peso do cabo:
𝑃𝑐 = 𝑀𝑐 · 𝑔 = 2,076 · 9,81 ⇒ 𝑃𝑐 = 20,366 𝑁
Utiliza-se o aço SAE 1020 laminado a frio como material do tambor. Pela massa
específica e as dimensões do tambor, determina-se a massa do tambor.
• Massa específica SAE 1020: 𝜌 = 7860 𝑘𝑔/𝑚³
• Comprimento do tambor: 𝐿𝑡 = 140 𝑚𝑚
• Volume do tambor:
𝐷𝑡2 (0,18)²
𝑣𝑡 = 𝜋 · · 𝐿𝑡 = 𝜋 · · 0,14 ⇒ 𝑣𝑡 = 0,00356 𝑚³
4 4
• Massa do tambor:
𝑚𝑡 = ρ · 𝑣𝑡 = 7860 · 0,00356 ⇒ 𝑚𝑡 = 28 𝑘𝑔
Torque no cabo:
𝐷𝑡 0,18
𝑇𝑐 = 𝐹𝑐 · = 1471,875 · ⇒ 𝑇𝑐 = 132,468 𝑁 · 𝑚
2 2
Momento de inércia em massa:
𝐷 0,18
𝑚𝑡 ( 2𝑡 ) 28 · ( 2 )
𝐼𝑛 = = ⇒ 𝐼𝑛 = 1,26 𝑘𝑔 · 𝑚³
2 2
Aceleração angular:
7

2𝑎 2 · 0,0025
𝛼= = ⇒ 𝛼 = 0,0278 𝑟𝑎𝑑/𝑠
𝐷𝑡 0,18
Velocidade angular:
2𝑉 2 · 0,1
𝜔= = ⇒ 𝜔 = 1,1111111112 𝑟𝑎𝑑/𝑠
𝐷𝑡 0,180
Torque de inércia do tambor:
𝑇𝐼𝑡 = 𝐼𝑛 · 𝛼 = 1,26 · 0,0278 ⇒ 𝑇𝐼𝑡 = 0,035 𝑁 · 𝑚
Torque devido a inércia do restante da máquina:
𝑇𝐼𝑟 = 0,1 · 𝑇𝐼𝑡 = 0,1 · 0,035 ⇒ 𝑇𝐼𝑟 = 0,0035 𝑁 · 𝑚
Torque de inércia total:
𝑇𝐼𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 = 𝑇𝐼𝑡 + 𝑇𝐼𝑟 = 0,035 + 0,0035 ⇒ 𝑇𝐼𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 = 0,385 𝑁 · 𝑚
Torque total no eixo:
𝑇𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 = 𝑇𝑐 + 𝑇𝐼𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 = 132,468 + 0,385 ⇒ 𝑇𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 = 132,5𝑁 · 𝑚
Torque transmitido pelo motor ao eixo:
𝑃 600
𝑇𝑀 = = ⇒ 𝑇𝑀 = 540 𝑁 · 𝑚
𝜔 1,1111111112
Torque resultante:
𝑇𝑅 = 𝑇𝑀 − 𝑇𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 = 540 − 132,5 ⇒ 𝑇𝑅 = 407,5 𝑁 · 𝑚
Diagrama do momento torçor devido aos torques do motor e do toque total no
eixo:

Figura 3 - Diagrama de momento torçor.

Fonte: Próprio autor.

Do diagrama e pelos cálculos, nota-se que o torque do motor transmitido ao eixo


é maior do que o torque total gerado no eixo pela ação da massa a ser erguida
8

somado ao torque de inércia total no eixo, cumprindo a missão de levantar a


massa. Portanto, para esta aplicação, pode-se utilizar o referido motor.
𝑇𝑚𝑎𝑥 = 540 𝑁 · 𝑚
2. DIMENSIONAMENTO DO EIXO
A figura 4 a seguir, mostra as forças atuantes no eixo, bem como seus pontos
de aplicação.

Figura 4 - Diagrama de corpo livre do eixo.

Fonte: Vigas online.

Força exercida pelo peso do cabo, do tambor e da massa a ser transportada:


𝐹𝑚𝑎𝑥 = (𝑚𝑡 + 𝑀𝑐 + 𝑚) · 𝑔 = (28 + 2,076 + 150) · 9,81 ⇒ 𝐹𝑚𝑎𝑥 = 1766,54 𝑁
As reações nos apoios (acoplamentos) são:
𝑅1 = 𝑅2 = 883,27 𝑁
Os diagramas de esforço cortante e momento fletor podem ser vistos nas figuras
5 e 6, respectivamente.

Figura 5 - Esforço cortante.

Fonte: Vigas online.


9

Figura 6 - Momento fletor.

Fonte: Vigas online.

Momento máximo:
𝑀𝑎 = 150,156 𝑁 · 𝑚
2.1. Falha por fadiga
Opta-se pelo aço SAE 1020 estirado a frio para o material do eixo, cujas
propriedades segundo a tabela A-20 do Shigley 10ª ed. são:
• Resistência à tração: 𝑆𝑢𝑡 = 470 𝑀𝑃𝑎
• Resistência ao escoamento: 𝑆𝑦 = 390 𝑀𝑃𝑎

Dessa forma o limite de endurança vale:


𝑆𝑒′ = 0,5 · 𝑆𝑢𝑡 = 0,5 · 470 ⇒ 𝑆𝑒′ = 235 𝑀𝑃𝑎
Para determinar o limite de resistência à fadiga corrigido, determina-se,
primeiramente, os fatores modificadores. Para tanto, analisa-se as duas seções
do eixo para execução dos cálculos do dimensionamento. A seção 1
compreende os pontos críticos A e B. Já a seção 2, o ponto C, conforme a figura
7 abaixo.
10

Figura 7 - Seções 1 e 2 do eixo.

Fonte: Próprio autor.

2.2. Seção 1
2.2.1. Fator de modificação de condição de superfície
𝑘𝑎 = 𝑎𝑆𝑢𝑡 𝑏
onde 𝑎 e 𝑏, de acordo com tabela 6-2 do Shigley 10ªed, para um acabamento
superficial laminado a frio. são:
𝑎 = 4,51 e 𝑏 = −0,265
Portanto,
𝑘𝑎 = 4,51 · (470)−0,265 ⇒ 𝑘𝑎 = 0,883
2.2.2. Fator de modificação de tamanho
De acordo com equação 6-20 do Shigley, considerando o diâmetro do eixo na
primeira porção 𝐷1 = 26 𝑚𝑚, tem-se:

𝐷1 −0,107 26 −0,107
𝑘𝑏 = ( ) =( ) ⇒ 𝑘𝑏 = 0,877
7,62 7,62
2.2.3. Fator de carregamento
Para flexão, tem-se que:
𝑘𝑐 = 1
2.2.4. Fator de temperatura
Não há uma variação considerável na temperatura, então:
𝑘𝑑 = 1
11

2.2.5. Fator de confiabilidade


Da tabela 6-5 do Shigley, para uma confiabilidade de 99,999%, tem-se:
𝑘𝑒 = 0,659
2.2.6. Fator de efeitos diversos
Considera-se que não há fatores diversos que influenciem nos cálculos:
𝑘𝑓 = 1

Portanto, o valor corrigido da resistência à fadiga é:


𝑆𝑒 = 𝑘𝑎 · 𝑘𝑏 · 𝑘𝑐 · 𝑘𝑑 · 𝑘𝑒 · 𝑘𝑓 · 𝑆𝑒′

𝑆𝑒 = 0,883 · 0,877 · 1 · 1 · 0,659 · 1 · 235 ⇒ 𝑆𝑒 = 119,92 𝑀𝑃𝑎


2.2.7. Fator de concentrador de tensão
Das figuras 6-20 e 6-21 do Shigley 10ª ed. tem-se que a sensitividade ao entalhe
para flexão e torção, de acordo com o raio de adoçamento, vale:
𝑑1 26
𝑟= = ⇒ 𝑟 = 2,6 𝑚𝑚
10 10
𝑞 = 0,76
𝑞𝑠 = 0,82
Das figuras A-15-8 e A-15-9 do Shigley 10ª ed. tem-se que os concentradores
de tensão para flexão e torção, de acordo com a relação 𝑑2 /𝑑1 dos diâmetros a
seguir, valem:
𝑑2 32
= = 1,23
𝑑1 26
𝐾𝑡 = 1,62
𝐾𝑡𝑠 = 1,36
Desse modo, os fatores de concentração de tensão modificados para flexão e
torção para ressaltos, de acordo com a equação 6-32 do Shigley, valem:
𝐾𝑓 = 1 + 𝑞 (𝐾𝑡 − 1) = 1 + 0,76(1,62 − 1) ⇒ 𝐾𝑓 = 1,4712
𝐾𝑓𝑠 = 1 + 𝑞𝑠 (𝐾𝑡𝑠 − 1) = 1 + 0,82(1,36 − 1) ⇒ 𝐾𝑓𝑠 = 1,2952
Assim, pode-se determinar as tensões flutuantes de von Mises pelas equações
7-5 e 7-6 do Shigley 10ª ed., em que σ′𝑎 e σ′𝑚 são as tensões alternante e média,
respectivamente, dadas por:
1
σ′𝑎 = (σ2𝑎 + 3T𝑎2 )2
1
σ′𝑚 = (σ2𝑚 + 3T𝑚
2 )2
12

Como este caso o torque do motor é constante e o momento fletor é


completamente reverso, então tem-se que σ𝑚 e T𝑎 são nulos. Portanto:
32𝐾𝑓 𝑀𝑎
σ′ 𝑎 = σ𝑎 =
𝜋𝑑³
16𝐾𝑓𝑠 𝑇𝑚 √3
σ′𝑚 =
𝜋𝑑³
De posse das equações, calcula-se as tensões nos pontos críticos, dessa seção
1, A e B. Para tanto, utiliza-se a equação do momento fletor a seguir para
determinar os momentos nos pontos críticos. O torque é constante, dado pelo
torque do motor já calculado. Em cada ponto, utilizou-se o diâmetro
correspondente nos cálculos.
𝑀(𝑥 ) = 26,4981 − 883,27𝑥
• Ponto A:
𝑀 (0,03) = 26,4981 − 883,27 · 0,03 = 0
32 · 1,4712 · 0
σ′ 𝑎 = σ𝑎 = =0
𝜋(0,026)³

16 · 1,2952 · 540 · √3
σ′𝑚 = = 351,02 𝑀𝑃𝑎
𝜋(0,026)³

• Ponto B:
𝑀(0,03) = |26,4981 − 883,27 · 0,13| = 88,327 𝑀𝑃𝑎
32 · 1,4712 · 88,327
σ′ 𝑎 = σ𝑎 = = 40,39 𝑀𝑃𝑎
𝜋(0,032)³
16 · 1,2952 · 540 · √3
σ′𝑚 = = 188,28 𝑀𝑃𝑎
𝜋(0,032)³
Dessa forma, analisa-se o ponto B como mais provável de ocorrer a falha por
fadiga, pois nele há a influência das tensões alternante e média, diferente do
ponto A.
2.2.8. Critérios de falha
2.2.8.1. Critério de Langer
O critério de falha de primeiro ciclo ou critério estático de Langer, pode ser
calculado, de acordo com a tabela 6-6 do Shigley 10ª ed, por meio do fator de
segurança:
𝑆𝑦 390
n𝑦 = = ⇒ n𝑦 = 1,7
σ′ 𝑎 + σ′ 𝑚 40,39 + 188,28
Pela Tabela 6-6 do Shigley 10ª ed., determina-se as resistências alternante S𝑎 e
média S𝑚 .A linha de carregamento é dada por:
13

σ′𝑎 40,39
𝑟= = = 0,2145
σ′𝑚 188,28
𝑟S𝑦 0,2145 · 390
S𝑎 = = = 68,9 𝑀𝑝𝑎
1+𝑟 1 + 0,2145
S𝑎 68,9
S𝑚 = = = 321,1 𝑀𝑃𝑎
𝑟 0,2145
Pode-se expressar graficamente esses resultados em 𝑀𝑃𝑎, conforme mostrado
na figura 8 a seguir.

Figura 8 - Critério de falha de Langer.

Fonte: Matlab.

A intercessão das linhas, demarcada pelo ponto B, de coordenadas (321,1; 68,9)


representa as tensões de resistências alternante e média, conforme calculadas
acima. O Ponto A de coordenadas (188,3; 40,4) representa as tensões de von
Mises, também já calculadas. Observa-se que não ocorrerá falha de primeiro
ciclo no eixo, uma vez que as tensões alternantes e a média, de von Mises, são
inferiores à tensão limite de escoamento do material.
2.2.8.2. Goodman Modificado
Calculando-se o fator de segurança, de acordo com a equação 6-46 do Shigley
10ª ed., tem-se:
1 σ′ 𝑎 σ′ 𝑚 40,39 188,28
= + = + ⇒ n𝑓 = 1,35
n𝑓 S𝑒 S𝑢𝑡 119,92 470

Pela Tabela 6-6 do Shigley 10ª ed., determina-se as resistências alternante S𝑎 e


média S𝑚 .
𝑟S𝑒 S𝑢𝑡 0,2145 · 119,92 · 470
S𝑎 = = ⇒ S𝑎 = 54,77 𝑀𝑝𝑎
𝑟S𝑢𝑡 + S𝑒 0,2145 · 470 + 119,92
14

S𝑎 54,77
S𝑚 = = ⇒ S𝑚 = 255,33 𝑀𝑃𝑎
𝑟 0,2145
Expressa-se graficamente esses resultados em 𝑀𝑃𝑎, conforme mostrado na
figura 9 a seguir.

Figura 9 - Critério de falha de Goodman modificado.

Fonte: Matlab.

Pode-se verificar o resultado do fator de segurança com a seguinte razão dos


segmentos da linha de carregamento, onde nota-se a concordância total.
𝑂𝐵 S𝑎 S𝑚 255,4
n𝑓 = = = = ⇒ n𝑓 = 1,35
𝑂𝐴 σ′𝑎 σ′𝑚 188,3
2.2.8.3. Gerber
Calculando-se o fator de segurança, de acordo com a tabela 6-7 do Shigley 10ª
ed., tem-se:

𝑟²S²𝑢𝑡 2S𝑒 2
S𝑎 = √
[−1 + 1 + ( ) ]
2S𝑒 𝑟S𝑢𝑡

0,2145² · 470² 2 · 119,92 2


= √
[−1 + 1 + ( ) ] ⇒ S𝑎 = 66,99 𝑀𝑃𝑎
2 · 119,92 0,2145 · 470

S𝑎 66,99
S𝑚 = = ⇒ S𝑚 = 312,27 𝑀𝑃𝑎
𝑟 0,2145
2
1 S𝑢𝑡 2 σ′𝑎 2σ′𝑚 S𝑒
n𝑓 = ( ) [−1 + √1 + ( ) ]
2 σ′𝑚 S𝑒 S𝑢𝑡 σ′𝑎
15

1 470 2 40,39 2 · 188,28 · 119,92 2


= ( ) · [−1 + √1 + ( ) ]
2 188,28 119,92 470 · 40,39

⇒ n𝑓 = 1,65

Expressa-se graficamente esses resultados em 𝑀𝑃𝑎, conforme mostrado na


figura 10 a seguir.

Figura 10 - Critério de falha de Gerber.

Fonte: Matlab.

Pode-se verificar o resultado do fator de segurança com a seguinte razão dos


segmentos da linha de carregamento, onde nota-se a concordância total.
𝑂𝐵 S𝑎 S𝑚 312,3
n𝑓 = = = = ⇒ n𝑓 = 1,65
𝑂𝐴 σ′𝑎 σ′𝑚 188,3
2.2.8.4. ASME Elíptico
Calculando-se o fator de segurança, de acordo com a tabela 6-8 do Shigley 10ª
ed., tem-se:

𝑟²S²𝑒 S²𝑦 0,21452 · 119,92 ² · 390²


S𝑎 = √ =√ ⇒ S𝑎 = 68,61 𝑀𝑃𝑎
S²𝑒 + 𝑟²S²𝑦 119,92² + 0,2145² · 390²

S𝑎 68,61
S𝑚 = = ⇒ S𝑚 = 319,86 𝑀𝑃𝑎
𝑟 0,2145

1 1
n𝑓 = 2 2 = 2 ⇒ n𝑓 = 1,69
√ σ′𝑎 σ′ √ 40,39 188,28 2
( S ) + ( S𝑚) (119,92) + ( 390 )
𝑒 𝑦

Expressa-se graficamente esses resultados em 𝑀𝑃𝑎, conforme mostrado na


figura 11 a seguir.
16

Figura 11 - Critério de falha ASME-Elíptico.

Fonte: Matlab.

2.2.8.5. Diagrama dos critérios de falha

Figura 12 - Critérios de falha sobrepostos.

Fonte: Matlab.

Da figura 12, percebe-se que nessa primeira porção, pelos resultados obtidos,
todos os critérios de falha por fadiga ocorrerão antes do escoamento de primeiro
ciclo, haja vista que o maior fator de segurança calculado foi o do critério de
Langer. Os critérios de falha por fadiga de Gerber e ASME-Elíptico são muito
próximos um do outro. No entanto, verifica-se que o ASME-Elíptico é o mais
próximo da falha de escoamento de primeiro ciclo, não sendo, portanto tão viável
sua aplicação nesse caso. O critério de Goodman modificado é conservativo
quando comparado aos outros critérios. O critério de Sodeberg se resguarda
17

contra qualquer escoamento, porém é tendencioso para baixo. Em razão disso


não utilizou-se esse método neste projeto.
2.3. Seção 2
2.3.1. Fator de modificação de condição de superfície
𝑘𝑎 = 𝑎𝑆𝑢𝑡 𝑏
𝑘𝑎 = 4,51 · (470)−0,265 ⇒ 𝑘𝑎 = 0,883
2.3.2. Fator de modificação de tamanho
De acordo com equação 6-20 do Shigley, considerando o diâmetro do eixo na
segunda porção 𝐷2 = 32 𝑚𝑚, tem-se:

𝐷2 −0,107 32 −0,107
𝑘𝑏 = ( ) =( ) ⇒ 𝑘𝑏 = 0,857
7,62 7,62
2.3.3. Fator de carregamento
Para flexão, tem-se que:
𝑘𝑐 = 1
2.3.4. Fator de temperatura
Não há uma variação considerável na temperatura, então:
𝑘𝑑 = 1
2.3.5. Fator de confiabilidade
Da tabela 6-5 do Shigley, para uma confiabilidade de 99,999%, tem-se:
𝑘𝑒 = 0,659
2.3.6. Fator de efeitos diversos
Considera-se que não há fatores diversos que influenciem nos cálculos:
𝑘𝑓 = 1

Portanto, o valor corrigido da resistência à fadiga é:


𝑆𝑒 = 𝑘𝑎 · 𝑘𝑏 · 𝑘𝑐 · 𝑘𝑑 · 𝑘𝑒 · 𝑘𝑓 · 𝑆𝑒′

𝑆𝑒 = 0,883 · 0,857 · 1 · 1 · 0,659 · 1 · 235 ⇒ 𝑆𝑒 = 117,2 𝑀𝑃𝑎


2.1.7 Fator de concentrador de tensão
Assumindo que o raio no fundo da ranhura de chaveta será o padronizado a
seguir, pode-se estimar os fatores de concentração de fadiga flexional e
torcional, de acordo com a tabela 7-1 do Shigley 10ª ed, para a extremidade da
chaveta fresada tem-se:
𝑟
= 0,02 ⇒ 𝑟 = 42 · 0,02 = 0,84𝑚𝑚
𝑑3
18

𝐾𝑡 = 2,14
𝐾𝑡𝑠 = 3

Das figuras 6-20 e 6-21 do Shigley 10ª ed. tem-se que a sensitividade ao entalhe
para flexão e torção, de acordo com o raio no fundo da ranhura de chaveta, vale:
𝑞 = 0,56
𝑞𝑠 = 0,67
Dessa maneira, os fatores de concentração de tensão modificados para flexão e
torção para chaveta, de acordo com a equação 6-32 do Shigley, valem:
𝐾𝑓 = 1 + 𝑞 (𝐾𝑡 − 1) = 1 + 0,56(2,14 − 1) ⇒ 𝐾𝑓 = 1,6384
𝐾𝑓𝑠 = 1 + 𝑞𝑠 (𝐾𝑡𝑠 − 1) = 1 + 0,67(3 − 1) ⇒ 𝐾𝑓𝑠 = 2,34
Assim, pode-se determinar as tensões flutuantes de von Mises, conforme dito
acima queσ𝑚 e T𝑎 são nulos:
32𝐾𝑓 𝑀𝑎
σ′ 𝑎 = σ𝑎 =
𝜋𝑑³
16𝐾𝑓𝑠 𝑇𝑚 √3
σ′𝑚 =
𝜋𝑑³
De posse das equações, calcula-se a tensão no ponto crítico C dessa seção 2.
Para tanto, utiliza-se a equação do momento fletor a seguir para determinar os
momentos nos pontos críticos. O torque é constante, dado pelo torque do motor
já calculado. Neste ponto, utilizou-se o diâmetro correspondente nos cálculos.
𝑀(𝑥 ) = 26,4981 − 883,27𝑥
• Ponto C:
𝑀(0,2) = |26,4981 − 883,27 · 0,2| = 150,156 𝑀𝑃𝑎
32 · 1,6384 · 150,156
σ′ 𝑎 = σ𝑎 = = 33,82 𝑀𝑃𝑎
𝜋(0,042)³
16 · 2,34 · 540 · √3
σ′𝑚 = = 150,45 𝑀𝑃𝑎
𝜋(0,042)³

2.3.8. Critérios de falha


2.3.8.1. Critério de Langer
Calculando o critério de falha de primeiro ciclo ou critério estático de Langer,
pode ser calculado por meio do fator de segurança:
𝑆𝑦 390
n𝑦 = = ⇒ n𝑦 = 2,11
σ′ ′
𝑎 +σ 𝑚 33,82 + 150,45
19

Pela Tabela 6-6 do Shigley 10ª ed., determina-se as resistências alternante S𝑎 e


média S𝑚 .A linha de carregamento é dada por:
σ′𝑎 33,82
𝑟= = = 0,2247
σ′𝑚 150,45
𝑟S𝑦 0,2247 · 390
S𝑎 = = = 71,55 𝑀𝑝𝑎
1+𝑟 1 + 0,2247
S𝑎 71,55
S𝑚 = = = 318,42 𝑀𝑃𝑎
𝑟 0,2247
Pode-se expressar graficamente esses resultados em 𝑀𝑃𝑎, conforme mostrado
na figura 13 a seguir.

Figura 13 - Critério de Falha de Langer.

Fonte: Matlab.

Observa-se que não ocorrerá falha de primeiro ciclo no eixo, uma vez que as
tensões alternante e a média, de von Mises, são inferiores à tensão limite de
escoamento do material.
2.3.8.2. Goodman Modificado
Calculando-se o fator de segurança, de acordo com a equação 6-46 do Shigley
10ª ed., tem-se:
1 σ′ 𝑎 σ′ 𝑚 33,82 150,45
= + = + ⇒ n𝑓 = 1,64
n𝑓 S𝑒 S𝑢𝑡 117,2 470

Pela Tabela 6-6 do Shigley 10ª ed., determina-se as resistências alternante S𝑎 e


média S𝑚 .
𝑟S𝑒 S𝑢𝑡 0,2247 · 117,2 · 470
S𝑎 = = ⇒ S𝑎 = 55,55 𝑀𝑝𝑎
𝑟S𝑢𝑡 + S𝑒 0,2247 · 470 + 117,2
20

S𝑎 55,55
S𝑚 = = ⇒ S𝑚 = 247,22 𝑀𝑃𝑎
𝑟 0,2247
Expressa-se graficamente esses resultados em 𝑀𝑃𝑎, conforme mostrado na
figura 14 a seguir.

Figura 14 - Critério de falha de Goodman modificado.

Fonte: Matlab.

Pode-se verificar o resultado do fator de segurança com a seguinte razão dos


segmentos da linha de carregamento, onde nota-se a concordância total.
𝑂𝐵 S𝑎 S𝑚 247,22
n𝑓 = = = = ⇒ n𝑓 = 1,64
𝑂𝐴 σ′𝑎 σ′𝑚 150,45
2.3.8.3. Gerber
Calculando-se o fator de segurança:

𝑟²S²𝑢𝑡 2S𝑒 2
S𝑎 = √
[−1 + 1 + ( ) ]
2S𝑒 𝑟S𝑢𝑡

0,2247² · 470² 2 · 117,2 2


= √
[−1 + 1 + ( ) ] ⇒ S𝑎 = 68,25 𝑀𝑃𝑎
2 · 117,2 0,2247 · 470

S𝑎 68,25
S𝑚 = = ⇒ S𝑚 = 303,74 𝑀𝑃𝑎
𝑟 0,2247
2
1 S𝑢𝑡 2 σ′𝑎 2σ′𝑚 S𝑒
n𝑓 = ( ) [−1 + √1 + ( ) ]
2 σ′𝑚 S𝑒 S𝑢𝑡 σ′𝑎
21

1 470 2 33,82 2 · 150,45 · 117,2 2


= ( ) · [−1 + √1 + ( ) ]
2 150,45 117,2 470 · 33,82

⇒ n𝑓 = 2,01

Expressa-se graficamente esses resultados em 𝑀𝑃𝑎, conforme mostrado na


figura 15 a seguir.

Figura 15 Critério de falha de Gerber.

Fonte: Matlab.

Pode-se verificar o resultado do fator de segurança com a seguinte razão dos


segmentos da linha de carregamento, onde nota-se a concordância total.
𝑂𝐵 S𝑎 S𝑚 68,3
n𝑓 = = = = ⇒ n𝑓 ≅ 2,01
𝑂𝐴 σ′𝑎 σ′𝑚 33,81
2.3.8.4. ASME Elíptico
Calculando-se o fator de segurança, de acordo com a tabela 6-8 do Shigley 10ª
ed., tem-se:

𝑟²S²𝑒 S²𝑦 0,22472 · 117,2² · 390²


S𝑎 = √ =√ ⇒ S𝑎 = 70,18 𝑀𝑃𝑎
S²𝑒 + 𝑟²S²𝑦 117,2² + 0,2247² · 390²

S𝑎 70,18
S𝑚 = = ⇒ S𝑚 = 312,34 𝑀𝑃𝑎
𝑟 0,2247

1 1
n𝑓 = 2 2 = ⇒ n𝑓 = 2,07
√ σ′𝑎 σ′ √ 33,82 2
150,45 2
( S ) + ( S𝑚) (117,2) + ( 390 )
𝑒 𝑦
22

Expressa-se graficamente esses resultados em 𝑀𝑃𝑎, conforme mostrado na


figura 16 a seguir.

Figura 16 - Critério de falha ASME-Elíptico.

Fonte: Matlab.

2.3.8.5. Diagrama dos critérios de falha

Figura 17 - Critérios de falha sobrepostos.

Fonte: Matlab.

Da figura 17, percebe-se que na segunda porção do eixo, pelos resultados


obtidos, todos os critérios de falha por fadiga ocorrerão antes do escoamento de
primeiro ciclo, haja vista que o maior fator de segurança calculado foi o do critério
de Langer. Os critérios de falha por fadiga de Gerber e ASME-Elíptico são muito
próximos um do outro. No entanto, verifica-se que o ASME-Elíptico é o mais
próximo da falha de escoamento de primeiro ciclo, não sendo, portanto tão viável
23

sua aplicação nesse caso. O critério de Goodman modificado é conservativo


quando comparado aos outros critérios.
3. DIMENSIONAMENTO DA CHAVETA
A chaveta utilizada será quadrada, paralela com rasgos produzidos por fresa de
topo. Devido ao fato de a chaveta ser carregada em cisalhamento, será utilizado
o aço SAE1015, por ser dúctil. Pela tabela A-15 do Shigley:
𝑆𝑢𝑡 = 390 𝑀𝑃𝑎
𝑆𝑦 = 320 𝑀𝑃𝑎

Pela norma DIN 6885, para um eixo de diâmetro igual a 42 mm, será utilizado as
seguintes medidas da chaveta:
𝑏 = 12 𝑚𝑚

ℎ = 8 𝑚𝑚

𝑡 = 5 𝑚𝑚

𝑙 = 30 𝑚𝑚

Sendo o valor de 𝑙 estimado pelo projeto.


Falha por cisalhamento:
𝑇 540
𝐹= = = 25,714 𝐾𝑁
𝑟 0,021

𝐹 25,714
𝜏= = = 71,429 𝑀𝑃𝑎
𝐴𝑐 (0,012 · 0,030)

Calculando as tensões equivalentes de von Mises.

𝜎 , = √3(71,429)2 = 123,718 𝑀𝑃𝑎

𝑆𝑢𝑡 390 𝑀𝑃𝑎


𝑁𝑓 = ,
= = 3,1523
𝜎 123,718 𝑀𝑃𝑎

Coeficiente para segurança por esmagamento:


𝐴𝑒 = (ℎ − 𝑡) · 𝑙 = (8 − 5) ∗ 30 = 90 𝑚𝑚2

𝐹 25,714
𝜎𝑒 = = = 342,857 𝑀𝑃𝑎
𝐴𝑒 9 . 10−5

𝑆𝑦 320 𝑀𝑃𝑎
𝑁𝑓𝑒 = = = 1,12
𝜎𝑒 342,857 𝑀𝑃𝑎
24

Como o valor obtido do coeficiente de segurança por esmagamento da chaveta


é menor do que os coeficientes de segurança obtidos para eixo, logo ela irá falhar
primeiro do que o eixo. A falha primeiro da chaveta é importante, pois a chaveta
é uma peça de menor custo e mais fácil fabricação do que o eixo.

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