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Lições da Escola Sabatina Mundial – Estudos do Quarto Trimestre de 2010

Tema geral do trimestre: Figuras dos Bastidores


Estudo nº 03 – Ana: Aprendendo a Ser Alguém
Semana de 09 a 16 de outubro
Comentário auxiliar elaborado por Sikberto Renaldo Marks, professor titular no curso de Administração de
Empresas da Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul – UNIJUÍ (RS)
Este comentário é meramente complementar ao estudo da lição original
www.cristovoltara.com.br - marks@unijui.edu.br - Fone/fax: (55) 3332.4868
Ijuí – Rio Grande do Sul, Brasil

Verso para memorizar: “Então, orou Ana e disse: O meu coração se regozija no
Senhor, a minha força está exaltada no Senhor; a minha boca se ri dos meus inimigos,
porquanto me alegro na Tua salvação. Não há santo como o Senhor; porque não há
outro além de Ti; e Rocha não há, nenhuma, como o nosso DEUS” (I Sam. 2:1 e 2).

Introdução de sábado à tarde


Hoje a lição destaca o “valor próprio”, ou “autoestima”. A Bíblia diz que devemos
amar os outros tanto quanto amamos a nós mesmos. Isso significa que devemos nos amar,
evidentemente. Mas há dificuldades. Foi o caso de Ana. Ela era esposa de Elcana, e havia
outra esposa. Era um tempo em que a cultura admitia como normal um homem ter várias
esposas, embora DEUS já houvesse definido, na criação, que cada homem tivesse uma
esposa, quando disse: “e una-se à sua mulher”. Ele não disse, una-se a mulheres. E nem
uma mulher deve casar-se com mais de um homem, o que na prática é mais raro.
O fato de Elcana ter-se casado com duas mulheres já trouxe problemas, para ele e
para as duas mulheres. Elas competiam entre si, o que é óbvio. E para piorar a situação, a
outra, Penina, engravidava, mas Ana não. Daí ela se tornou motivo de chacota. E Elcana
dizia a Ana que a amava mesmo assim... Quem acredita numa conversa dessas, se havia
outra mulher? É óbvio que Elcana colocou Ana numa situação de desvantagem, e ela sofria
com isso, e havia grandes motivos. O pior é que ela se sentia inferiorizada, diante do
marido, diante da esposa rival e diante da sociedade. Vá saber o que falavam a respeito
dela. Certamente coisas do tipo: que pecado Ana cometeu para ser estéril?
Mas nessa situação toda, havia DEUS. E Ana confiava nEle. E DEUS usou a
fidelidade espiritual dela e a sua necessidade para resolver um grande problema em
Israel: a falta de um líder espiritual. Pois o atual, Eli, e também seus filhos, já não
serviam mais, haviam se corrompido. Ana era a mulher ideal, pela situação em que se
encontrava, para o propósito de DEUS, em conceber um menino que fosse, não só a
solução para a angústia de Ana, mas para a degeneração espiritual de toda a nação. Veja só:
que contradição, enquanto a sociedade e a cultura da época condenavam Ana por supostos
pecados, desconhecidos de todos, para não ter filhos, DEUS a estaria utilizando para ser a
solução de um grave problema de liderança entre o povo de Israel. Por isso é bem melhor e
mais seguro buscar saber o que DEUS pensa do que o que falam os seres humanos.
Portanto, quando você estiver se achando o pior de todos, aquele que está por baixo,
que já não serve mais pra nada, cuidado. Não pense assim. Se estiver nessa situação, ore a
DEUS, pois certamente Ele tem um plano nada pequeno para ser realizado, e você pode ser
necessário para que esse plano se torne realidade. Com Ana foi assim. Ela nem sabia, mas
DEUS a usou para trazer ao mundo o grande profeta Samuel.
1. Primeiro dia: Qual é o meu valor?
Nos tempos antigos, quando a população não era grande, quando o trabalho braçal
era a única garantia de vida e não havia máquinas, quando as guerras eram muitas, ter
muitos filhos era o que todas as famílias queriam. Principalmente filhos homens. A mulher
era vista como procriadora, não muito mais que isso. Uma mulher que desse muitos filhos,
principalmente homens, era bem vista pela sociedade. Mas uma mulher estéril era mal
vista, pois sua utilidade naquela sociedade machista era nula. Essa sociedade, em que se
faziam muitas guerras de conquista, como fez Israel, requeria muitos homens, porque assim
ficava mais garantida a sobrevivência da família, e do povo. Quanto mais numerosa, maior
era a probabilidade de sobreviventes em caso de ataques. Lembre que DEUS fez Israel se
multiplicar muito no Egito, a ponto dos egípcios ficarem com medo da numerosidade do
povo de DEUS. E lembre-se que os Israelitas, chegando em Canaã, deviam exterminar
aqueles povos bárbaros, pagãos e cruéis, cujo limite da barbárie já atingira o ponto máximo.
Eram os tempos em que se precisavam muitos homens, seja para a guerra, seja para a
defesa, seja para a produção braçal. O valor da mulher era ínfimo. De fato, a mulher foi
feita mesmo para o jardim do Éden, não para um mundo cruel como esse, cheio de
ameaças, perigos e coisas terríveis.
Não foi só Ana que sofria o drama da sensação de inutilidade imposta por uma
sociedade voltada para a guerra. As outras mulheres da Bíblia que sofreram por esterilidade
foram:
Sara, veja em Gên. 16;
Rebeca, veja em Gên. 25.19-27;
Raquel, veja em Gên. 29;
A mãe de Sansão, veja em Juízes 13;
A própria Ana, conforme I Samuel 1:
Isabel, conforme em Lucas 1:7;
Todas essas mulheres foram estéreis, mas, veja bem, elas todas tiveram filhos
depois de um tempo, pelo poder de DEUS, e seus filhos desempenharam papéis
importantes para o povo de DEUS ao longo da história.
Ana era uma mulher aflita. Nesse tempo, a mulher estéril, já não bastava ser
vista como sem utilidade, ainda era acusada pela sociedade como castigadas por
DEUS, o que não é verdade. Mas a acusação era vista por todos como fato real, e a dita
mulher estéril, por esse motivo, sofria bem mais. Nesse mundo os seres humanos são
especialistas em provocar sofrimento. Poucos são os que se aperfeiçoam em buscar
soluções. Nós, do povo de DEUS, devemos ser peritos em solucionar, como foi Daniel.
Mas, na realidade s situação daquelas mulheres era o contrário do que se falava. Se for
estudar o caso das seis mulheres da listagem acima, vai notar que DEUS as usou para Seus
grandes propósitos. DEUS, portanto, queria muito bem a essas mulheres. E, por outro lado,
elas, quando tinham filhos, cuidavam deles bem mais que as outras mulheres, pois viam
nessa concepção um favor de DEUS. Esse foi o caso de Ana. Ela dedicou Samuel a DEUS,
que se tornou um dos grandes profetas, num momento delicado para o povo de DEUS.
Ana era uma mulher especial. Ela possuía muita fé em DEUS. Note o seguinte, as
pessoas dizendo ser ela castigada por DEUS, mesmo assim, ela mesma recorria a esse
DEUS para orar por um filho. Ela queria por demais esse filho. E note agora mais uma
coisa: ela não o queria para si, iria dá-lo para DEUS assim que o menino fosse desmamado.
Aqui é que aparece o valor de Ana. Na sua aflição, meditou o bastante para confiar
inteiramente em DEUS. Ela confiou num DEUS que, segundo as más línguas, a
desprezava. Ela confiou tanto nesse DEUS que até chegou a entregar a Ele seu filho.
Ela desprezou o que vigorava na cultura da época, e sozinha, confiou no único Ser que em
suas condições a podia ajudar. E a ajuda veio. Ana é um exemplo de entrega a DEUS.
Quando todos acusavam numa direção, ela creu na direção contrária; e o que fez foi o
correto.
Ana é um exemplo para nós. Quando a cultura atual nos diz, por exemplo, que um
filminho com alguma violência, ou alguma sensualidade, ou com ensinamentos que não
concordamos, não faz mal. Se fosse Ana nos dias de hoje, ela diria: não vou assistir. Muito
cuidado com a cultura, pois ela tem um poder que não podemos avaliar direito, de nos
levar à perdição. Que não se espere das culturas humanas motivos e incentivos para que
nos salvemos. Portanto, muito cuidado; temos que viver contra a correnteza da sociedade
atual, que só vai de mal a pior, embora aos olhos de muitos pareça o contrário.

2. Segunda: Com amigos como esses...


O marido de Ana era um homem dedicado a DEUS. “O pai de Samuel era Elcana, um
levita, que morava em Ramá, no Monte Efraim. Ele tinha riqueza e influência, era um
marido amável e homem que temia e reverenciava a Deus” (EGW, Signs of the Times (27
de outubro de 1881), vol. 7, no. 40). Era um homem que parecia bem devoto a DEUS, e
tinha amor por Ana, mas os filhos ele conseguiu com Penina. Ou seja, era um homem, na
igreja, consagrada, mas no lar, dividido. Na igreja ele agia assim: “Embora seus serviços
não fossem exigidos no santuário, como muitos outros levitas durante o período dos juízes
(Jz 17:8 e 9), Elcana subia como israelita comum com seus sacrifícios para encorajar seus
vizinhos e dar-lhes bom exemplo. Embora vivesse em mau ambiente, evidentemente, sua
espiritualidade tinha um nível elevado. Apesar de Ofni e Finéias serem corruptos, Elcana
era fiel em sua adoração e no oferecimento de sacrifícios” (The SDA Bible Commentary,
vol. 2, p. 455). Ao que parece, nesse lar, se repetia uma situação muito comum: na igreja
uma coisa, em casa, outra. Sim porque havia duas esposas. Quantos casos hoje há de um
aparente bom cristão, muito ativo na igreja, mas em casa, nem tanto. Ou, um tanto ingênuo
no trato com os membros da família, criando situações constrangedoras e não vendo o que
se passa.
Elcana criou uma situação negativa em seu lar casando com duas mulheres. Ele via
necessidade para isso, o que veremos mais abaixo. Ana não podia ter filhos. Mas o
maridão, dizia que a amava mais que a outra, que para ela ele valia mais que dez filhos.
Que conversa sem sentido. O fato é que Penina tinha filhos e filhas, e Ana, nenhum. Fato é
que Elcana casou-se com uma segunda mulher, a Penina, para ter os filhos que Ana não lhe
dava. Aí que começaram todos os erros. Um homem tão devoto, mas sem fé em DEUS para
resolver o problema de Ana. Elcana jogou a sua verdadeira mulher numa situação de tal
desespero que essa mulher teve que lutar sozinha com DEUS, para ter filhos, e sozinha
venceu.
Essa é a situação concreta. E Elcana não era sábio. Criava, em casa, motivos para
Penina irritar Ana. Anualmente, quando subiam a Jerusalém para ofertar, ele dava alimento
a Penina e a seus filhos e filhas, mas para Ana dava em dobro. Era um costume da época. Já
nos tempos de José, do Egito, havia esse costume, pois deu comida em dobro no prato de
Benjamim, mesmo que não desse para comer. Coisas da cultura daqueles tempos.
Penina não gostava das atitudes de Elcana; queria o marido para ela somente, o que
é natural em qualquer mulher. Foi DEUS quem as fez assim. Uma mulher deve ser
exclusiva de um homem, ou ela não consegue amar. Mas Ana também queria o mesmo
marido para ela, da mesma forma. E Penina descontava os carinhos e deferências de Elcana
em Ana, irritando-a com provocações excessivas, conforme I Sam. 1:6.
Resumindo, Elcana amava Ana e tinha filhos com Penina! Que confusão esse
homem devoto arrumou em seu lar. Era devoto nos atos, mas não confiava em seu DEUS, e
os filhos da outra que eram para ser para sua felicidade, lhe foram para maiores problemas,
todos os dias. Como ele podia dizer que amava os filhos da segunda esposa, se amava
menos a esta do que a primeira? Tente raciocinar a situação. É o mesmo que alguém dizer:
“eu sou fiel a todas elas.” Elcana criou uma situação impossível de haver felicidade. Ali
todos sofriam, inclusive Penina, pois sua situação de segunda mulher, de não preferida do
amor do marido, a levava a ter ciúmes, por isso perseguia Ana. A situação da família desse
homem nos permite muita reflexão sobre o que é certo e o que é errado e suas
consequências.
Tente imaginar a situação de Ana: ter que viver assim, até o final da vida. Não havia
para ela saída. Seu destino era sofrer sem jamais ter alguma alegria. Convivia assim, dentro
da mesma casa, e todos os dias tinha que encarar uma rival provocadora disposta a
perseguir com insultos, dando a entender que queria que Ana se suicidasse. E pelo relato
bíblico, até dá para entender que Elcana não percebia isso, ou fazia de conta que não
percebia. Ao menos assim se deduz pelas perguntas ingênuas que fazia a Ana, conforme I
Sam. 1:8. Por exemplo: “Porque choras? Porque não comes?”. Se ele fosse mais realista,
deveria perguntar: “a minha outra esposa te provocou mais uma vez?”, e teria tratado do
assunto com Penina. Ao que parece, nunca fez isso, portanto, ao menos indiretamente,
favorecia a situação. Mas havia esperança, e a única esperança de Ana era DEUS. Somente
Ele, embora todos dissessem ser ela uma mulher castigada por esse DEUS. Seu marido, ela
podia ver, não solucionaria o problema. Na verdade, a solução seria Elcana separar-se da
sua segunda mulher, seja lá quem fosse. Não havia outra alternativa para ela. Ou DEUS a
tirava dessa situação, ou o sofrimento só aumentaria, ano a ano, até que ela morresse.
Sabe qual era a segunda esposa de Elcana? Era Penina, pois ele não se sentia feliz
sem filhos com Ana. Por não ter filhos com Ana, buscou e casou-se com Penina. “Mas este
passo, motivado pela falta de fé em Deus, não trouxe felicidade. Filhos e filhas foram
acrescentados à casa; mas a alegria e beleza da sagrada instituição de Deus foram
mareadas, e interrompera-se a paz da família. Penina, a nova esposa, era ciumenta e dotada
de espírito estreito, e conduzia-se com orgulho e insolência. Para Ana, parecia a esperança
estar destruída, e ser a vida um fardo pesado” (Patriarcas e Profetas, p. 569).

3. Terça: Derramando o coração


A aflição de Ana chegara ao limite. Já não estava suportando mais. Alguma coisa
ruim deveria acontecer se nada mudasse. Se não houvesse mudança e se ela continuasse
resistindo, certamente ficaria doente. Há pessoas que entram em depressão. Outras
enlouquecem. Há as que tiram a sua vida. Pode ocorrer briga, revanche, alguma cilada,
alguma vingança, coisas assim. No limite, algo precisa mudar, pois limite quer dizer: a
situação tornou-se insuportável. Por exemplo, os adolescentes japoneses, chineses, sul-
coreanos, etc., são postos sob uma pressão muito grande nos estudos. A família tem grande
expectativa pelo desempenho escolar deles, e futuro desempenho profissional. Os pais,
muitas vezes, querem ou exigem que seus filhos estejam sempre entre os primeiros. Mas
nem sempre isso acontece, e não é desprezível a quantidade desses adolescentes que optam
pelo suicídio. Só na China, onde ocorre o maior índice per capita, são 250 mil casos por
ano, de suicídios ou tentativas, em jovens entre 15 a 34 anos. O estudo sobre Ana é para
essas pessoas.
Ana, passando o limite do suportável, poderia ter optado por algumas das
alternativas lembradas acima, ou poderia ter atentado contra a sua vida. Mas ela não foi por
nenhum desses caminhos. Ela foi pelo caminho da solução completa, a mais desejável a ela,
o que sempre queria. Ela queria um milagre, e isso só mesmo buscando em DEUS.
Ela aproveitou que estava no templo de DEUS (ainda era uma tenda), para onde ia
com seu marido periodicamente, e de joelhos, “derramou seu coração a DEUS”. Isso quer
dizer, ela se desmanchou diante de DEUS, se entregou por completo a Ele. Poderia ter
feito isso antes, mas agora estava no limite de tudo. DEUS foi o último recurso. Ela tinha
um plano, e apresentou esse plano a DEUS. Se Ele desse a ela o tão desejado filho, ela o
devolveria a DEUS. Ela tão somente queria conceber, para ter paz em sua casa, e dar
a seu marido a felicidade que o levou a buscar outra mulher. Não era uma revanche, era
o seu direito de mulher.
DEUS ouviu essa oração como ouve a todas, e também a respondeu. Ele moveu o
sacerdote Eli que fosse até ela. Esse homem, não muito fiel a DEUS pelo que sabemos,
serviu, porém, como aquele que iria levar a Ana a resposta de DEUS. Primeiro Eli a teve
como embriagada. Veja só a que ponto pode chegar um sacerdote. Isso se chama
preconceito, ou, julgar antes de ver melhor o que se passa. Era uma mulher que se
entregava como pouca gente faz, a DEUS, e ele foi lá repreendê-la. Já não bastava a
angústia da mulher, em sua sensibilidade feminina, e ainda agora é acusada de mais uma
coisa que ela não fazia nem fez: beber vinho. Mas ela foi gentil com Eli. Isso demonstra
que Ana era uma mulher meiga. Então, Eli, ouvindo-a, e conhecendo seu drama,
provavelmente em sua mente, falando para a consolar, disse o que DEUS estava querendo
transmitir a ela. Bem antes que ela sentisse a gravidez, teve a resposta de que engravidaria.
Assim como o fiel Daniel, em que o anjo do Senhor veio dar a ele esclarecimentos sobre as
profecias, ainda enquanto ele orava, também à fiel Ana, nem ainda havia terminado a
oração, DEUS interrompeu, e quis aliviar o seu sofrimento. Dali ela saiu cantando louvores
a DEUS, e era outra mulher, feliz e realizada. Penina certamente redobrou suas
provocações, pois não iria interromper, mas Ana já não se importava, tinha uma resposta de
DEUS. Ela possuía fé, e se foi confiante para a sua casa. Agora seria uma mulher completa,
com um filho.
Essa é uma lição para os nossos dias. São dias de perplexidade, de angústias, de
insegurança, de muitos problemas. “Quando tudo falha” então é o momento de derramar o
coração a DEUS, e ver a solução que vem do alto.

4. Quarta: Cantando louvores


O caso de Ana é um desses em que a pessoa vai à igreja de uma maneira e volta de
outra, bem melhor. Ela foi contrita, para fazer um pedido. Pelo visto, ela tinha fé. Deveria
ser uma mulher informada sobre DEUS, a ponto de não se importar com o que diziam que
DEUS a castigava por algum pecado. Ela foi a DEUS, falassem o que falassem as pessoas.
Ela recebeu a resposta que queria. Ela creu nessa resposta. Ainda não estava
grávida, mas sabia que teria um filho. É assim que se deve ter fé. Nisso Ana é para nós
um belo exemplo: ter um grande problema sem solução da perspectiva humana, confiar em
DEUS, e ao perceber que Ele agiria, crer nisso. Perceba: Ana havia tempos que sofria, mas
foi só depois de anos, enquanto Penina tinha filhos, por certo, quando Ana já não era mais
tão jovem, quando sua capacidade de ter filhos diminuía, que ela sentiu a necessidade de
recorrer a DEUS. Ela cresceu na fé nesses últimos tempos, adquiriu confiança em DEUS, e
em certo momento, sentiu em seu íntimo que era chegado o momento de se entregar a Ele,
junto com seu problema insolúvel.
Ao saber da resposta, creu. Voltou para casa, pouco depois engravidou, e teve um
filho, que chamou por Samuel. Samuel significa literalmente:"Seu nome é Deus", ou,
"Nome de Deus". Seu significado contextual significa: "Pedido de Deus" ou "do Senhor o
pedi". Sim, ela creu a tal ponto que, tempos depois, voltando com o menino nos braços e
entregando-o para o templo, voltou para casa cantando de alegria. Há tempos que não
cantava assim, feliz, sorridente e segura de si. Estava com DEUS no coração, agora tinha
certezas, não angústias. Como é bom, quando estamos em situação ruim, mas sabemos que
vai ficar bom. Assim se sentia Ana: vai ficar bom. DEUS estava com ela, por isso, deu seu
filho a DEUS, como prometera.
Ela também sentia que Penina não mais poderia afrontá-la. E ela deu a seu marido
um filho. Esse era seu grande prazer em viver. E sabia que era DEUS quem estava agindo.
Ela voltou em atitude de gratidão, pelo que DEUS ainda faria por ela e por seu marido. Mal
ela sabia que DEUS faria muito mais do que terem um filho. Este viria a ser um grande
profeta, que iria reconduzir Israel ao caminho da verdade. E ela teria ainda outros filhos e
filhas.
Com esse filho, pelo qual ela orou, ficou provado que Ana não era uma
desfavorecida de DEUS. Ficou provado, como foi para Jó, que DEUS não age assim como
a sociedade muitas vezes fala. As más línguas tiveram que se recolher, e as mentes que
falavam tais coisas, que reconsiderar. Na verdade, quem falava assim, sem saber, falava
mal de Ana e de DEUS. Agora os dois estavam tendo seus comportamentos esclarecidos.
Tanto Ana quanto DEUS não eram nada do que se dizia. Ela não era estéril por causa
de pecados e DEUS não a estava castigando. Pelo contrário, Ele resolveu algum problema
no corpo da mulher, que motivava a impossibilidade da concepção. Atualmente, ao menos
em muitos casos, a medicina já sabe fazer isso também.

5. Quinta: O plano de investimento de DEUS


Ana concebeu, e teve um filho que chamou Samuel. Ela cuidou dele por pouco
tempo. Mas essa história é para nós, do século vinte e um, um exemplo de dedicação. Veja
só, ela entregou o pequeno Samuel, que deveria ter em torno de três anos, a um sacerdote
desleixado, que não soube educar nem mesmo os próprios filhos, sendo estes, corruptos e
ladrões. Ela entregou seu filho a gente de má índole, embora fossem da igreja. Não é por
ser da igreja que vai ser boa pessoa, e sim, se estiver em comunhão com DEUS. Aqui não
era esse o caso.
Então, como é que Samuel foi um vitorioso espiritual? Como foi a educação dele?
Que educação receberia naquele ambiente? Certamente nenhuma educação construtiva.
Para ser um vencedor naquele templo, naqueles dias, Samuel já deveria vir pronto de casa,
e estar ligado a DEUS, para não se deixar influenciar pelo sacerdote e seus filhos.
A mãe de Moisés teve uma década para educá-lo. É um tempo bem razoável, se
considerarmos que até os 14 anos uma criança completa seu caráter. Mas Ana teve em
torno de três anos. Como foi que ela fez, para que Samuel se tornasse um grande profeta
nesse ambiente em que foi inserido? “Desde o primeiro despontar da inteligência do filho
ela lhe ensinara a amar e reverenciar a Deus, e a considerar-se como sendo do Senhor. Por
meio de todas as coisas conhecidas que o cercavam, procurou ela elevar seus pensamentos
ao Criador. Depois de separada de seu filho, a solicitude da fiel mãe não cessou. Cada dia
ele era objeto de suas orações. Cada ano ela lhe fazia, com as próprias mãos, uma túnica
para o serviço; e, subindo com o esposo para adorar em Siló, dava ao menino esta
lembrança de seu amor. Cada fibra da pequena veste era tecida com uma oração para que
ele fosse puro, nobre e verdadeiro. Não pedia para o filho grandezas mundanas, mas rogava
fervorosamente que ele pudesse alcançar aquela grandeza a que o Céu dá valor – que
honrasse a Deus e abençoasse a seus semelhantes” (Ellen G. White, Patriarcas e Profetas,
p. 572).
Alguns homens nesse mundo tiveram uma educação especial, superior, que poderia
ter sido dada a muitos mais. “Tal foi a educação recebida por Moisés na humilde cabana
que era o seu lar em Gósen; por Samuel, ministrada pela fiel Ana; por Davi, na sua morada
nas colinas de Belém; por Daniel, antes que as cenas do cativeiro o separassem do lar de
seus pais. Tal foi também o princípio da vida de Cristo, em Nazaré; tal o ensino pelo qual o
menino Timóteo, dos lábios de sua "avó Lóide" (II Tim. 1:5), e sua "mãe Eunice" (II Tim.
3:15), aprendeu as verdades das Santas Escrituras” (Patriarcas e Profetas, 592). Tais mães
produziram filhos dos quais o mundo nem mesmo era digno. E Ana está entre elas. Pois é,
onde estão as estátuas nas praças por essas mães? Esse mundo não mereceu nem seus
filhos, nem tais mães.
Ela aproveitou, digamos, cada segundo da vida do menino, enquanto esteve
com ela, para transmitir os princípios de vida que norteariam seus pensamentos por
todos os anos dele. E depois de o entregar ao templo, ela orava por ele todos os dias. E
todos os anos, ela fazia uma declaração de amor pelo seu filho, trazendo um presente, não
comprado no mercado, mas feito por suas mãos. Quantas lágrimas será que não eram
derramadas sobre cada uma dessas túnicas? Com que saudades ela tecia a roupa? Quantas
orações acompanhavam o dia-a-dia de Samuel. Que mãe era Ana! Essa história comprova
que, por trás dos grandes homens, existem grandes mães. Esse foi um caso assim.
Os filhos de Eli se corromperam por dinheiro, o mal do nosso século. Sobre isso,
creio que nos basta a leitura do que escreveu Ellen G. White: “É esse crescente empenho
em ganhar dinheiro, o egoísmo que o desejo de ganhar produz, que mata a espiritualidade
da igreja e dela remove o favor de Deus. Sempre que a cabeça e as mãos estão
constantemente ocupadas em planejar e trabalhar arduamente para o acúmulo de riquezas,
os reclamos de Deus e da humanidade são esquecidos. Se Deus nos tem abençoado com
prosperidade, não é para que nosso tempo e atenção sejam desviados dEle e dedicados
àquilo que Ele nos emprestou” (Conselhos sobre mordomia, 20).

6. Aplicação do estudo – Sexta-feira, dia da preparação para o santo sábado:


A mãe, no lar, está em lugar do ESPÍRITO SANTO no governo celeste. Ela orienta
o filho, ou filhos, que estão em lugar de JESUS CRISTO no grande governo. O pai, que
está em lugar de DEUS Pai, é quem dirige o lar.
A mãe tem o papel principal na formação do caráter e da sabedoria, orientação e
direção de vida, ensinamento, influência de vida, e preparação de um novo ser vitorioso.
Isso desde a concepção, até o final da vida da mãe, ou do filho ou filha, se isso ocorrer
primeiro. Por isso está escrito “honra teu pai e tua mãe”, pois eles tem um dever a cumprir,
delegado por DEUS.
Os filhos não pertencem aos pais, mas a DEUS. Foi Ele quem criou a capacidade de
concepção. Ele quem inventou o lar. É dEle que vem o amor, para unir a família. Tudo isso
vem de DEUS. Se tão somente cuidarmosdos filhos como pertencendo a DEUS, eles
sempre serão também nossos, e sempre teremos uma família unida.
Ana, nos poucos anos em que teve Samuel em seus braços, fez o que muitos hoje
não fazem durante décadas. Ela foi em tal extremo dedicada a seu filho que o preparou para
a vida eterna, não só para esta vida. Ela formou em Samuel um caráter tão definido, bem
cedo, que, quando se separou dele fisicamente, jamais ouve, no entanto, separação de
princípios. O que ela cria, e que ensinou ao menino, jamais se apagou. Esse caso é um
exemplo de como pode ser conosco. Uma mãe ligada a DEUS pode formar cidadãos para
serem uma bênção a esse mundo, e uma vitória para a eternidade.
escrito entre: 31/08 a 07/09/2010
revisado em 08/09/2010
corrigido por Jair Bezerra

Declaração do professor Sikberto R. Marks


O Prof. Sikberto Renaldo Marks orienta-se pelos princípios denominacionais da Igreja Adventista do Sétimo Dia e suas instituições
oficiais, crê na condução por parte de CRISTO como o comandante superior da igreja e de Seus servos aqui na Terra. Discorda de todas
as publicações, pela internet ou por outros meios, que denigrem a imagem da igreja da Bíblia e em nada contribuem para que pessoas
sejam estimuladas ao caminho da salvação. O professor ratifica a sua fé na integralidade da Bíblia como a Palavra de DEUS, e no
Espírito de Profecia como um conjunto de orientações seguras à compreensão da vontade de DEUS apresentada por elas. E aceita
também a superioridade da Bíblia como a verdade de DEUS e texto acima de todos os demais escritos sobre assuntos religiosos. Entende
que há servos sinceros e fiéis de DEUS em todas as igrejas que no final dos tempos se reunirão em um só povo e serão salvos por JESUS
em Sua segunda vinda a este mundo.

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