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Mostra Nacional de Iniciação Científica e Tecnológica Interdisciplinar – III MICTI

Fórum Nacional de Iniciação Científica no Ensino Médio e Técnico - I FONAIC-EMT


Camboriú, SC, 22, 23 e 24 de abril de 2009
Universidade Federal de Santa Catarina - Colégio Agrícola de Camboriú
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A ALIMENTAÇÃO ARTIFICIAL EM MULTIPLICAÇÃO DE MANDAÇAIA


(MELIPONA QUADRIFASCIATA)

Paulo Ricardo Back; Marcionei da Rosa; Marlon Steffen1; Sigfrid Fromming2

RESUMO

O presente trabalho teve como objetivos analisar os efeitos e importância da alimentação


artificial em multiplicação de mandaçaias. Para isto foram feitas multiplicações de
mandaçaias, em duas caixas de 16cm x 16cm x 11cm, sendo colocados 2 discos nascentes
de mandaçaia e as caixas novas colocadas no local de uma matriz, a qual fornece as
campeiras. Estas por sua vez produzirão uma nova rainha dando origem a um novo
enxame. As caixas foram instaladas em uma pequena área na Escola Agrotécnica Federal
de Rio do Sul, onde já se encontravam outras abelhas sem ferrão, como a jataí e a mirim,
onde se encontravam algumas espécies de folhagens e trepadeiras. A alimentação artificial
era feita em tampinhas de pet e em tampas de lata de achocolatado, na qual se colocava
também pedacinhos de galho para a sustentação e segurança das abelhas. Concluímos que
a alimentação artificial é de extrema importância as abelhas principalmente nas
multiplicações, onde a família esta fraca. As respostas da alimentação artificial são bem
visíveis e mostram resultados significativos.

Palavras-chave: Alimentação artificial; Mandaçaia; Meio Ambiente; Espécies.

1 INTRODUÇÃO

Realizamos este projeto com o objetivo de mostrar os resultados da


alimentação artificial ou sua ausência em Mandaçaia recém multiplicada, fazendo
um comparativo no desenvolvimento entre as duas situações.

Com o projeto, analisamos a diferença no fornecimento ou não de


alimentação artificial em mandaçaias recém multiplicadas em caixas racional,
visando alertar aos futuros ou atuais produtores da importância de fornecer algum
tipo de alimentação artificial às abelhas, não só as mandaçaias, mas qualquer outra
espécie.

1
Marcionei da Rosa; Marlon Steffen; Paulo Ricardo Back ambos alunos da Escola Agrotécnica Federal de Rio
do Sul -Santa Catarina – Rio do Sul. E-mail: (marcioneidarosa@hotmail.com);
(marlon.steffen@hotmail.com); (paulo.bck@gmail.com)
2
Sigfrid Fromming. E-mail:(sigfring@yahoo.com.br)
2

Com este trabalho, queremos através de experiências e de pesquisas, ver


qual é o melhor jeito de acelerar a propagação de enxames nativos a fim de
contribuir para o estabelecimento de espécies em vias de extinção como é o caso da
Mandaçaia.

É na caixa que a abelha passa grande parte de sua vida, é nela que ela
nasce, se alimenta, se reproduz, produz o mel e muitas vezes é o local onde morre.
A caixa sem dúvida é muito importante para o desenvolvimento das abelhas. Ela
deve atender a todas as necessidades e oferecer o máximo de conforto possível
para a abelha, possibilitando uma boa vida reprodutiva. Além dela a alimentação é
muito importante, e pode ser oferecida pelo criador por ser determinante no
desenvolvimento do enxame.

O projeto é basicamente dividido em duas partes distintas, a primeira fala


sobre as abelhas nativas, principalmente a mandaçaia, abordando suas
características, principais regiões onde são encontradas, práticas que devem ser
realizadas no meliponário, a fim de garantir uma ótima produção, e dicas
melhoramento do manejo das abelhas. Na segunda parte do trabalho, são
apresentados e discutidos os resultados que obtivemos no caminhar do nosso
experimento.

2 METODOLOGIA

Foram feitas multiplicações de abelhas mandaçaias. Foram utilizadas duas


caixas no experimento que são de propriedade da EAFRS, vindas de doações. Em
duas caixas de 16cm x 16cm x 5,5cm, serão colocados 2 discos nascentes de
mandaçaia e as caixas novas colocadas no local de uma matriz, a qual fornecerá as
campeiras. Estas por sua vez produzirão uma nova rainha dando origem a um novo
enxame.

As caixas foram instaladas na Escola, em uma área fechada por paredes


laterais e sem cobertura, de 5x5m resultando em uma área de 25m². Em um lado da
sala, a parede contém várias janelas, facilitado assim a visualização das colméias.
Nesta área há pés de palmito, taquarinha, bromélias, alguns tipos de trepadeiras,
entre outras flores. As caixas foram fixadas a uma distância de 2,5 metros uma da
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outra. Na mesma área há diversos tipos de caixas com as espécies: Jataí e Mirim.
Todas estão convivendo em plena harmonia, até hoje nunca foi relatado algum
assalto de uma colméia a outra.

A alimentação nas duas caixas é feita com tampas plásticas contendo a


sua alimentação, que é mel, água e aminomix (aminoácidos essenciais à abelha).
Em uma das caixas a alimentação é feita em 3 tampas de litros pet, na qual há
pedaços pequenos de galhos dentro da tampa que servem de apoio às abelhas para
elas não se afogarem. Na outra caixa, a alimentação é feita dentro de uma tampa de
uma lata de achocolatado, na qual foi colocada uma tela fina de plástico, que serve
pra elas andarem sobre o mel sem se prender, assim facilitando sua alimentação.

Os suportes para a alimentação (tampas de pet e tampa de achocolatado)


estão localizadas no último anel logo abaixo da tampa, a melgueira. No mesmo anel
há duas aberturas em seu interior que servem de passagem para as abelhas
poderem chegar aos potes e se alimentar.

Um dos enxames receberá alimentação diária ou a cada 2, 3 dias. A outra


não receberá mais do que uma vez por mês.

Ao longo do tempo as caixas serão monitoradas e o resultado da


alimentação será aqui descrito.

3 RESULTADOS E DISCUSSÃO

A multiplicação das duas caixas foi feita no dia 15 de novembro de 2007.


Ambas receberam dois discos de cria nascente de mandaçaia adquiridos de um
produtor de Taió, supostamente de genética semelhante. As caixas utilizadas eram
de mesma dimensão e os enxames fornecedores de campeiras tinham aspectos de
força idênticos.

Os discos foram depositados conforme o descrito na parte 1.10. Foi


utilizada uma caixa racional que contém porão de entrada e os discos fixados na
primeira alça. Sobre a alça foi colocada a melgueira para a alimentação, com os
devidos potes de alimentação descritos anteriormente.

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A caixa 1 recebeu alimentação freqüente a partir do dia seguinte à


multiplicação, e logo mostrou sinais de desenvolvimento. Na fase inicial do
experimento, esta caixa ficou perto da residência do professor, para receber a
devida atenção. Em duas semanas, a rainha estava formada e realizando o ritual de
postura. Em dezembro, na segunda quinzena do mês, foi acrescentada a segunda
alça, permitindo a subida dos discos de cria. A terceira alça foi acrescentada no
início do mês seguinte. Por fim, foi adicionada a quarta alça já no mês de fevereiro.
No mês de março, o enxame estava funcionando por conta própria e foi transladado
para a Escola, para o local já mencionado. Sua alimentação foi cortada pra menos
da metade, recebendo apenas esporadicamente a alimentação mencionada.

Já a caixa de número 2 foi logo colocada no local mencionado. Da mesma


forma que a caixa um, foi colocada numa caixa de dimensão igual já mencionada,
com as mesmas características de grossura e altura. As campeiras foram coletadas
e formaram o novo ninho. Ao cabo de duas semanas, uma tímida postura foi
observada. Como esta não recebeu alimentação constante, apenas 2 a 3 vezes por
mês, a rainha efetuou a postura de dois discos e interrompeu a postura. Somente
após algumas semanas, após o nascimento dos dois discos, novamente apareceu
postura. Durante o mês de janeiro, devido às férias escolares, esta caixa não
recebeu alimentação, tendo que se virar sozinha. Voltou a receber alguma
alimentação no mês de fevereiro, após o retorno às atividades normais da Escola,
quando então foi acrescentada a segundo alça. Somente no mês de março esta alça
pode ser usada para a postura da rainha, como se vê na foto.

A diferença é visível quanto ao número de alças, o que também demonstra


o tamanho do enxame e seu desenvolvimento.

Ainda agora percebe-se a diferença que persiste. As duas caixas recebem


alimentação esporádica e deixaram bem evidentes a importância da alimentação
artificial em multiplicação de enxames.

Em todas as visitas que fizemos às caixas, podemos observar facilmente


que a caixa número 2 está mais fraca devido à dificuldade na sua recuperação em
relação à caixa número 1, que está mais desenvolvida e forte, pois recebeu
alimentação artificial mais freqüente.

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Diante do exposto, vimos que é possível fazer multiplicações bem-


sucedidas de mandaçaia com o incremento da alimentação artificial.

Podem tranqüilamente ser feitas de 2 a 3 multiplicações durante um ano


ou até mais, dependendo da qualidade do enxame, sendo que no nordeste há a
possibilidade de se fazer até 4 multiplicações por ano.

O produtor pode optar pela comercialização do mel, que tem grande valor
comercial, ou pode obter lucros com a venda dos enxames multiplicados em seu
próprio meliponário.

Se o produtor tiver apenas 3 caixas, e em um ano fizer 2 multiplicações de


cada matriz, teria para o próximo ano 9 caixas matrizes, no outro ano, 27 matrizes,
no terceiro ano já teria 81 caixas. Assim o meliponicultor pode obter bons lucros com
a venda dos enxames e/ou a venda do mel. Um enxame de mandaçaia - que é a
abelha com qual trabalhamos – custa aproximadamente 150 reais. Se forem
vendidos 71 enxames e ficarem 10 para continuar a multiplicação, isto somaria um
total de 10.650,00 reais.

Se escolher a produção de mel, em um ano, com 81 enxames, tiraria 162


litros de mel. Considerando que cada colméia produzirá em média 2 litros, se vender
por 70 reais o litro, que é o preço atual, iria obter um total de 11.340,00 reais. Tanto
com a venda do mel quanto com a venda dos enxames, pode-se melhorar a
produção do meliponário, aumentar a capacidade de averbação de valores e renda,
melhorar ou comprar novos utensílios, melhorar a qualidade do produto com novas
embalagens e ainda sobrar um bom lucro para novos investimentos ou para lazer do
produtor.
O que tudo isto prova é que a meliponicultura é viável e lucrativa para
quem se empenhar na questão.

4 CONCLUSÃO

Realizamos este projeto com o objetivo de mostrar os resultados da


alimentação artificial ou sua ausência em Mandaçaia recém multiplicada, fazendo
um comparativo no desenvolvimento entre as duas situações.

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Com o projeto, analisamos a diferença no fornecimento ou não de


alimentação artificial em mandaçaias recém multiplicadas em caixas racionais,
visando alertar aos futuros ou atuais produtores da importância de fornecer algum
tipo de alimentação artificial às abelhas, não só às mandaçaias mas a qualquer outra
espécie.

Chegamos à conclusão de que a alimentação artificial é fundamental,


principalmente na multiplicação das abelhas, em especial como reforço nas colméias
que estão mais fracas. Podemos observar ao longo de nosso experimento que a
caixa que obteve alimentação artificial 2 a 3 vezes por semana apresentou melhores
resultados e maior desenvolvimento da colméia.

Aconselhamos a todos que pretendem ou tem criação de abelhas


indígenas a fornecer alimentação artificial nas multiplicações das mesmas.

REFERÊNCIAS

A abelha jataí: uma espécie brasileira. Acessado: 08/12/2007.


http://www.apacame.org.br/mensagemdoce/80/meliponicultura.htm

CORTOPASSI-LAURINO, M. & NOGUEIRA-NETO, P. 2003 Notas Sobre a


Bionomia de Tetragonisca weyrauchi Scharz, Ano: 2003 (Apidae, Meliponini).

GAUER, Ademar Jacob & ZUNINO, Claudinei. Normas básicas para apresentação
de trabalhos escolares, projetos, relatórios de iniciação científica e relatórios
de estágio. Rio do Sul-SC: EAFRS, março 2002. (Apostila para uso didático).

MONTEIRO, Waldemar. 2001 Localização geográfica e anatomia da abelha


mandaçaia. Ano: 2001

NOGUEIRA-NETO, Paulo 1997 A Criação de Abelhas Indígenas sem Ferrão. São


Paulo: Tecnapis: 365p.

O Mel e as abelhas brasileiras. Acessado: 14/12/2007.


http://www.brasilescola.com/biologia/mel_abelhasbrasileiras.htm

SALVETTI. 2004 Produção e composição do mel. Ano: 2003.

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