Introdução....................................................................................................................................

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O que é e como funciona a tabela de fretes da ANTT?............................................... 4
Como é a fiscalização da tabela de fretes da ANTT?................................................... 8
Como é feito o cálculo do frete com a nova tabela da ANTT?............................... 11
Como tornar seu controle de fretes mais eficiente?.................................................. 13
Conclusão...................................................................................................................................14
Sobre a Tecnovia...................................................................................................................... 15
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Introdução Os custos com fretes rodoviários sempre foram um desafio

para as empresas, já que representam uma boa parcela dos
investimentos totais de uma operação logística. Para que você
tenha uma ideia mais ampla, de acordo com um levantamento
da Fundação Dom Cabral, em média, o frete consome cerca de
13% de toda a receita bruta de uma empresa no Brasil.
Por isso, o assunto é tão debatido no setor de distribuição.

Visando estabelecer regras e limites para essas cobranças, a

ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres) conta
com uma tabela de fretes vigente no território nacional, que,
inclusive, passou por uma recente reformulação.

Para entender melhor a função prática dessa tabela e

compreender, de fato, como ela funciona para embarcadores
e transportadores, nós preparamos este guia completo,
destacando os pontos mais importantes.

Assim, sem mais delongas, vamos direto às informações

essenciais. Boa leitura!
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O que é e como funciona a

tabela de fretes da ANTT?
A tabela de fretes da ANTT é uma ferramenta que estabelece
os valores mínimos a serem cobrados pelas transportadoras
nas operações de distribuição rodoviária no país. O intuito é
criar regras e uma padronização a nível nacional, garantindo
que o mercado opere de forma mais justa e transparente, sem
grandes distorções nas cobranças para as empresas.

Como destacamos, a tabela de fretes da ANTT passou por

uma recente reformulação e teve seus valores atualizados,
conforme publicado na MP nº. 832, de 2018. Esses novos preços
mínimos têm natureza vinculativa e foram estabelecidos
de acordo com as especificidades das cargas: geral, a granel,
frigorificada, neogranel e perigosa.
Com isso, cada tabela representa um determinado tipo de
carga, mas elas seguem a mesma metodologia de cálculo.
Resumidamente, são divididas pelo KM inicial e final, além
do custo unitário de KM por eixo do veículo. Mais à frente,
mostraremos como fazer essa conta na prática.
Antes disso, é interessante descrever todos os fatores que são
levados em consideração para a formulação desses preços, e é
justamente isso que destacamos a seguir. Confira!
O que é e como funciona a tabela de fretes da ANTT?
CARACTERÍSTICAS DA CARGA
Conforme destacamos mais acima, as tabelas de
fretes da ANTT foram elaboradas conforme a
tipicidade da carga. Portanto, as transportadoras
devem calcular as suas cobranças com base
nos valores específicos de cada material e,
consequentemente, os embarcadores precisam
estar atentos a esse detalhe também.
Assim, cargas a granel, mercadorias leves,
soltas, paletizadas, frágeis, perigosas, entre
outras, têm preços distintos e médias
devidamente estabelecidas nas
tabelas da ANTT.
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TIPO DE VEÍCULO
Outro fator que é levado em consideração na
tabela de frete da ANTT é o tipo de veículo, em
especial, o seu tamanho e a sua capacidade de
carga. Ou seja, há uma diferenciação de preços
mínimos a serem calculados de acordo com o
modelo do transporte. Por exemplo, uma van ou
um caminhão de pequeno porte se enquadram
em uma faixa de precificação diferente de uma
carreta ou bitrem.
Em geral, veículos de maior capacidade,
normalmente com até 5 eixos, são os que contam
com os preços mais baixos da tabela.
O que é e como funciona a tabela de fretes da ANTT? 6

PRAZO DE ENTREGA

Ainda que esse fator não esteja diretamente mencionado na

tabela de fretes da ANTT, ele é fundamental para o processo
de precificação das transportadoras e deve ser levado em
consideração também pelos embarcadores. Afinal, como
dissemos, os caminhões de maior capacidade são os que se
enquadram nos valores mais baixos da tabela, porém, em
contrapartida, costumam atender operações maiores e quase
sempre mais demoradas.

Já os veículos menores permitem entregas mais dinâmicas

e rápidas, o que pode compensar essa diferença de valor e
tornar as operações mais eficientes economicamente.

FATOR DE CUBAGEM

A cubagem de uma carga é a relação entre o peso do material

carregado e o espaço físico que ele ocupa dentro do veículo.
Trata-se também de um fator não estabelecido oficialmente
para o cálculo do frete mínimo da ANTT, mas que, sem Quando isso ocorre, a precificação costuma ser feita a partir
dúvidas, é levado em consideração por muitas transportadoras. do peso cubado, e não somente do peso real da carga.
O que é e como funciona a tabela de fretes da ANTT?
DISTÂNCIA A SER PERCORRIDA
Esse fator também é determinante e devidamente previsto
nas tabelas de fretes da ANTT. Na prática, os valores são
definidos por faixas de quilometragem, de 1 a 100Km até 2901
a 3000Km. Ou seja, a cada 100Km, o valor mínimo tende a
mudar no cálculo.
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TAXAS E IMPOSTOS
As operações logísticas no Brasil podem englobar diferentes
impostos e cobranças, em âmbitos municipais, estaduais
e federais. Esses valores precisam ser incluídos pelas
transportadoras na formulação de seus preços e devem ser
devidamente transparentes para o embarcador.
Esse fator também não é estabelecido pela tabela de fretes
da ANTT, devendo, assim, ser agregado além do cálculo e
negociado caso a caso.
COMBUSTÍVEIS E PEDÁGIOS
Outros custos que influenciam diretamente o valor final do
frete rodoviário são os gastos com combustíveis e pedágios.
No entanto, tais informações são agregadas por fora também,
ou seja, não são estabelecidas pela tabela oficial da ANTT.
Com isso, transportadores e embarcadores têm total liberdade
para estabelecerem seus acordos em relação a esses custos
durante as suas negociações.
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Como é a fiscalização da
tabela de fretes da ANTT?
Com tantos fatores envolvidos e uma diversidade grande
de preços por tipo de carga, é natural que você se pergunte
como a Agência Nacional de Transportes Terrestres
consegue fiscalizar essas cobranças e garantir uma
padronização a nível nacional.

Além disso, apesar da reformulação da tabela oficial, boa

parte do setor não ficou totalmente de acordo com as novas
regras, o que gerou, inclusive, paralisações e protestos de
grande escala nos últimos anos.

Desse modo, como saber se os transportadores estão, de

fato, seguindo as novas regulamentações e qual tem sido o
papel da ANTT nessa fiscalização? Para entender melhor,
destacamos dois fatores que mais chamaram a atenção
depois da publicação da nova tabela. Confira!
Como é a fiscalização da tabela de fretes da ANTT?
CIOT
O CIOT é o Código Identificador da Operação
de Transporte. Ele tem por objetivo fazer a
regulamentação sobre o pagamento de fretes
de qualquer serviço de transporte rodoviário
de cargas. Com a publicação da MP e da
nova tabela, automaticamente, motoristas
autônomos passaram a ser incluídos nessa
regra e foram obrigados a se adequarem ao
código também, o que gerou certa resistência
em parte dessa parcela de transportadores.
Hoje, o CIOT é obrigatório e deve ser gerado
por esses profissionais e empresas por meio
do cadastro da operação de transporte nos
sistemas da ANTT.
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Com isso, o CIOT passou a ser um item
indispensável para a fiscalização de
pagamentos de fretes a autônomos. Por meio
uma numeração exclusiva, os motoristas
precisam apresentar seus cadastros nos postos
rodoviários do Brasil, permitindo que os fiscais
consultem os preços cobrados e verifiquem
se os valores mínimos estão de acordo com o
estabelecido na tabela da ANTT.
O contratante ou subcontratante do serviço
de transporte de carga que omitir ou deixar
de cadastrar a operação na agência está
sujeito a penalidades específicas, com multas
de até R$ 1.100,00.
Como é a fiscalização da tabela de fretes da ANTT? 10

ADEQUAÇÃO DAS TRANSPORTADORAS

Com a exigência do CIOT, cabe as transportadoras e

profissionais autônomos se adequarem às novas regras. Da
mesma forma, os embarcadores precisam estar atentos a esses
detalhes e conferir, antecipadamente, se o parceiro contratado
já opera de forma coerente com a regulamentação, a fim de
evitar problemas com a fiscalização e, consequentemente, não
colocar em risco os prazos e a integridade da carga.

Assim, se a sua empresa contrata motoristas autônomos

ou equiparados (TAC), é preciso cadastrar cada uma das
operações nos sistemas da ANTT e efetuar o pagamento dos
fretes de forma eletrônica (seja pelo débito em conta, seja por
meio de uma administradora ou de uma transportadora que
subcontrate esses profissionais).

Esse cadastro é o que vai gerar a numeração do CIOT, que deve ser informada em algum documento que acobertará o serviço de transporte,
preferencialmente o MDFe (Manifesto Eletrônico de Documentos Fiscais). Feito isso, a operação passa a ser fiscalizável e comprovará o
pagamento do frete, conforme estabelecido na tabela da ANTT.

Portanto, mesmo os embarcadores ficam obrigados a gerar o CIOT, caso contratem diretamente um transportador autônomo.

Como é feito o cálculo do
frete com a nova tabela da
ANTT?
Para entender na prática como as transportadoras realizam
o cálculo de seus fretes com base na nova tabela da ANTT,
separamos alguns exemplos a seguir.
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Contudo, antes disso, vamos mostrar um pequeno
passo a passo que pode ser seguido para calcular o
valor de frete, de acordo com o tipo de carga a ser
carregada pela transportadora. Confira:
• identifique o tipo de carga (a granel, geral, frigorífica,
perigosa etc.);
• considere apenas os valores descritos na tabela
específica para o tipo de carga a ser movimentado;
• saiba qual a distância a ser percorrida durante a
operação e identifique a respectiva linha da tabela
que contempla esse valor, levando em consideração o
percurso total, inclusive, a volta;
• identifique o valor estabelecido na linha KM por eixo;
• multiplique o valor pelo número de eixos do veículo;
• multiplique a distância pelo valor encontrado na
respectiva linha.
Como é feito o cálculo do frete com a nova tabela da ANTT?
Todos os custos extras, como pedágios, impostos, gastos
com seguros e o lucro estabelecido pela transportadora, são
incluídos por fora e podem variar caso a caso.
Sabendo agora como é feita a base de cálculo de um frete a
partir da nova tabela da ANTT, vamos a um exemplo prático
para esclarecer melhor.
Imagine que a sua empresa tenha uma demanda de carga
geral a ser realizada entre duas cidades, com cerca de 700Km
de distância entre elas, e o veículo a ser utilizado seja um
caminhão com 3 eixos. Assim, a transportadora contratada
precisará precificar o frete com base no valor estipulado na
linha de 601 a 700Km, que atualmente é de R$ 0,96.
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Dessa maneira, temos as informações necessárias para chegar
ao valor mínimo desse frete, conforme descrevemos abaixo:
3 x 0,96 = 2,88 (reais por KM)
O próximo passo, agora, é multiplicar esse valor pela distância
a ser percorrida. Temos então:
700 x 2,88 = R$ 2.016,00
Ou seja, o frete mínimo a ser cobrado por essa operação é de
R$ 2.016,00. Conforme destacamos, esse valor ainda precisará
ser agregado a outros custos extras, assim como ao lucro
estabelecido pelo seu transportador.
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Como tornar seu controle

de fretes mais eficiente?
Agora que você sabe como funciona a tabela de fretes da
ANTT e de que forma os valores mínimos são calculados pelas
transportadoras, entenda também como fazer a gestão desses
custos no dia a dia de sua empresa. Apesar de a precificação
ser uma função basicamente do transportador, cabe aos
embarcadores entenderem como esses preços são estipulados
e, além disso, saberem gerir e controlar tais custos no dia a dia.

Para isso, o uso da tecnologia é fundamental e indispensável.

Hoje, sistemas como o TMS são verdadeiras ferramentas
de gestão de fretes, além de contarem com outras diversas
funcionalidades práticas, como o monitoramento em tempo
real das operações, o registro de dados e informações sobre
as entregas (essencial para auditorias), a comunicação
automatizada com clientes etc.
Portanto, como embarcador, é imprescindível investir nesse
tipo de solução tecnológica e permitir que sua empresa otimize
todo o controle das entregas e detenha todas as informações
e históricos necessários de cotações e serviços prestados pelos
seus parceiros de transporte.
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Conclusão
Enfim, finalizamos aqui o nosso material completo sobre
a definição e a importância prática da nova tabela de frete
da ANTT. Como vimos ao longo do texto, mesmo que a
função de precificação seja papel do transportador, cabe aos
embarcadores dominarem esse funcionamento e, mais do que
nunca, conseguirem gerir essas informações.

Afinal, destacamos a representatividade dos fretes dentro

dos custos logísticos de uma operação e, portanto, trabalhar
com valores mínimos transparentes, coerentes e justos pode
influenciar diretamente a precificação de seus produtos e
serviços, garantindo, assim, redução de custos operacionais,
mais competitividade no mercado e margens de lucro mais
vantajosas para a sua empresa.

Por fim, reforçamos o papel indispensável da tecnologia para

esse tipo de gestão estratégica e eficiente.
e a Rock Content

A Tecnovia possui um software para gestão de transporte que pode ser utilizado tanto por embarcadores (empresas
que “compram” serviços de transportes), transportadoras (empresas que “vendem” serviços de transportes”) e também
por operadores logísticos (empresas especializadas que fazem a intermediação entre embarcadores e transportadoras,
agregando serviços).