Вы находитесь на странице: 1из 8

Pedro Bastos

Carga Ácida
da Dieta e
implicações
na Osteoporose
e Sarcopenia
O pH é uma medida quantitati- (HCO3-) e o CO2, sendo o pH ex- ciadas pelo pH dos fluidos envol-
va da acidez ou basicidade de uma presso como uma função do seu ventes, pelo que o equilíbrio áci-
solução líquida. Mais especifica- rácio, designadamente (equação de do-base dos fluidos corporais é re-
mente diz respeito à concentração Henderson-Hasselbach) 4: gulado meticulosamente e de for-
de protões (H + ) 1 . Soluções com ma seqüencial por 3 mecanismos
mais iões de hidróxido (OH-) que pH = 7,62 + log HCO3- /PCO2 tampão 2:
iões de hidrogénio (H+) apresentam
um pH superior a 7,0 e designam- * PCO2: Pressão parcial de CO2
1. Bases químicas
se básicas ou alcalinas1. Quando o
inverso se passa, essas soluções A equação de Henderson- 2. O centro respiratório
apresentam um pH inferior a 7,0 Hasselbach indica que o pH depen-
3. Mecanismos renais
e designam-se ácidas 1 . A escala de do rácio HCO 3- /PCO 2. Assim,
de pH criada em 1909 varia entre quando o rácio aumenta, o pH au-
menta (alcalose) e diminui, quan- As bases químicas (bicarbona-
1,0 e 14,0 1.
do o rácio diminui (acidose)3. to, fosfato e sistemas tampão
protéicos) actuam numa pequena
O pH dos fluidos corporais va-
O rácio pode aumentar, graças fracção de segundo para resistir às
ria entre 1,0 (ácido hidroclorídrico)
a um aumento do HCO3- (alcalose alterações de pH e são a primeira
e 7,4 (sangue arterial e venoso cujo
metabólica) e/ou diminuição da linha de defesa. Após 1 a 3 minu-
pH varia entre 7,35 e 7,45)1-3. Mes-
PCO 2 (alcalose respiratória) e tos, ocorrem alterações na taxa res-
mo o pH 7,0 sendo considerado
pode diminuir, quando a HCO 3 - piratória para compensar a acidose
neutro, quimicamente falando, um
diminui (acidose metabólica) e/ ou alcalose criada2.
pH arterial 7,35 não é considerado
ácido. Contudo, equivale a uma ou quando a PCO 2 aumenta
(acidose respiratória) 4. Mas o mais potente regulador do
concentração de H+ bastante supe-
equilíbrio ácido-base do nosso orga-
rior à concentração óptima para
Devido às suas abundantes liga- nismo é o sistema renal, que, para
a maioria das células. Assim,
ções de hidrogénio, todas as pro- efectuar alterações no pH plasmático,
qualquer pH arterial entre os 7,35
teínas funcionais (enzimas, requer normalmente entre algumas
e os 7,0 é designado por acidose
fisiológica 2,3 . hemoglobina, citocromos e outras) horas a um dia ou mais2,4.
são influenciadas pela concentra-
ção de H+ 2. Ao que parece todas as Dieta e equilíbrio ácido-base
No organismo humano, as prin-
cipais bases são o bicarbonato reacções bioquímicas são influen- Frassetto e colaboradores5, refe-

32 Revista Nutrição Saúde & Performance


rem que deverão, também, ser con- ácida endógena líquida (PAEL). PB [mEq] = 0,95 x Na (mEq) +
siderados outros factores na determi- Esta refere-se à quantidade líquida 0,8 x K (mEq) + 0,25 x Ca (mEq) +
nação da concentração plasmática de de ácido (ácido subtraído da base) 0,32 x Mg (mEq) – 0,63 x Pi (mEq)
H+ e de HCO3-, designadamente a produzido diariamente pelos pro- – 0,95 x Cl (mEq)
idade e a dieta. cessos químicos do organismo re-
sultantes do metabolismo da dieta8.
Nota: Ao calcular os iões urinários,
Só recentemente, é que a idade
Método de cálculo da PAEL deve se ter em conta o coeficiente de
foi identificada como uma causa
dissociação do fósforo (1,8).
importante da concentração plas- Em 2002, Sebastian e colabora-
mática de H+ e de HCO3-. Os inves- dores desenvolveram o modelo de A Produção Orgânica Total de
tigadores referidos analisaram os cálculo da PAEL mais confiável até ácidos5,7-9 é a fracção de ácidos or-
seguintes parâmetros em 64 adul- ao momento8. Através deste mode- gânicos produzidos, cujos aniões
tos, aparentemente saudáveis, de lo, a PAEL pode ser calculada da orgânicos (AO) dissociados esca-
ambos os sexos e com idades com- seguinte forma: pam para a urina, deixando para
preendidas entre os 17 e os 74
trás os protões que antes lhes esta-
anos, que estavam a residir num PAEL = Produção de Ácido vam associados. Os AO que não
centro de investigação clínica e a Sulfúrico + Produção de Ácidos escapam são metabolizados em bi-
seguir uma dieta controlada. As orgânicos - Produção de carbonato, neutralizando os protões
concentrações plasmáticas de H +, Bicarbonato
dissociados, pelo que não contribu-
HCO 3- e PCO 2, a excreção renal em para a PAEL. À medida que a
A Produção de ácido sulfúrico
ácida líquida (ERAL, que foi utili- produção orgânica total de ácidos
resulta do metabolismo dos amino-
zada para medir a carga ácida da di- aumenta, também a excreção urinária
ácidos sulfurados metionina e
eta) e taxa de filtração glomerular de AO se eleva. Ou seja, quando o
cisteína, cuja quantidade em cada
(TFG). Verificaram que a idade se aporte de bicarbonato aumenta, a
alimento se obtém a partir de ba-
correlacionava inversamente com a produção orgânica total de ácidos
ses de dados8.
TFG (à medida que a idade aumen- também se eleva e, obviamente, a
tava, a TFG diminuía) e que ambas taxa de excreção urinária dos AO
SO4 = Sulfato (a partir da
prediziam a concentração plasmática dissociados também, o que repre-
metionina e cisteína), ou seja:
de H+ e de HCO3- (assim como a di- senta um mecanismo de defesa des-
eta e a PCO2). Os autores concluí- tinado a mitigar a alcalose e, desta
SO4 [mEq] = [metionina (mg) x
ram, assim, que o declínio da fun- forma, manter a homeostasia. Assim,
% absorção intestinal (0,75) / peso
ção renal, que ocorre como resul- pode dizer-se que a excreção urinária
atómico (149,2) x valência iónica
tado do processo “normal” de en- (2)] + [cisteína (mg) x % absorção de AO aumenta em resposta a eleva-
velhecimento (e que é medido pela intestinal (0,75) / peso atómico ções do conteúdo de aniões não
TFG), agrava o estado crónico de (121,2) x valência iónica (2)] quantificados na dieta (ANQ), uma vez
ligeira acidose metabólica causado que estes ANQ são aniões orgânicos
pela dieta6. A Produção de Bicarbonato que se metabolizam em bicarbonato.
(PB) pode ser medida através do
Apesar de a dieta ter um efeito conteúdo de aniões (provenientes Deste modo, Sebastian e cola-
ligeiramente menor que a idade e a da dieta) cuja combustão pode ge- boradores8,9 utilizam a seguinte fór-
TFG7 na concentração plasmática de rar bicarbonato 8. mula no seu modelo:
H+ e de HCO3-, este efeito não deve
ser de forma alguma desprezado, Aniões cuja combustão pode Excreção de AO = 32,9 + 0,15 x
uma vez que tem consequências gerar bicarbonato = catiões (conteúdo de ANQ da dieta), sen-
importantes para a manutenção de inorgânicos – aniões inorgânicos do ANQ (mEq/d) = Na+ + K+ + Ca2+
um estado de saúde óptimo. + Mg2+ - Cl- - Pi
Assim, para cálculo da PB de
Para que se compreenda de que cada alimento tem-se em conta os Nesta fórmula, é considerado o
modo a dieta pode afectar o equilí- catiões e aniões existentes nesse valor de 32.9 mEq/d, correspon-
brio ácido-base, é necessário co- alimento e a sua taxa média de ab- dente a produção ácida orgânica
nhecer e saber calcular a produção sorção intestinal, ou seja8: basal independente da dieta8,9.
Revista Nutrição Saúde & Performance 33
Utilizando este modelo, Frassetto uma dieta moderna (tabela 1), che- e de que a típica dieta americana
e colaboradores7 calcularam a car- gando à conclusão que os únicos gera uma PAEL de, aproximada-
ga potencial ácida líquida para os alimentos verdadeiramente alcali- mente, 48 mEq ao dia7.
principais grupos de alimentos de nizantes são as frutas e vegetais7,8

Tabela 1. Carga Potencial Ácida Líquida dos principais grupos de alimentos

Fonte: Adaptado de Frassetto et al.7

Notas 7: 60.4 mEq/dia (conforme se pode nas começaram a fazer parte da die-
- Os alimentos “vazios” (óleos ver na zona da tabela onde estão ta do homem a partir do Neolítico
e açúcar) apesar de serem neutros, os cereais). (11.000 anos atrás)5,7,8.
ocupam o lugar de alimentos
alcalinizantes, contribuindo, assim, Estes investigadores, que parti- Importância da Produção Ácida
para a PAEL; lham da teoria que defende que o Endógena Líquida
- Os alimentos com maior Car- ser humano está mais adaptado para O ácido carbónico produzido
ga Ácida Líquida tendem a apre- a dieta seguida pelos caçadores- converte-se em dióxido de carbo-
sentar um maior rácio Proteína/Po- recolectores do Pleistoceno 5,7,8 do no (CO2) e é excretado nos pul-
tássio (K); que para a típica dieta recomenda- mões3. Os ácidos metabólicos (áci-
- Para cálculo da PAEL, há que da por várias instituições de saú- dos não carbónicos) quando produ-
somar as cargas potenciais ácidas de, realizaram uma simulação, que zidos em maior quantidade que bicar-
de todos os alimentos que integram consistiu em retirar da típica dieta bonato são inicialmente neutralizados
a dieta (ajustados por ingestão americana os cereais, os óleos e o pelos tampões químicos do organis-
calórica) e, ainda, 32.9 mEq/d que açúcar, substituindo-os por frutas e mo e depois acabam por ser elimina-
é a produção ácida orgânica basal vegetais. O resultado foi uma PAEL dos pelos seguintes mecanismos3:
independente da dieta. Por exem- de (–53 mEq/d), ou seja uma dieta
• Excreção urinária;
plo, em uma dieta de 2500 Kcal alcalinizante7, que parece ter sido
totalmente composta por cereais, a a norma durante a evolução do • Catabolismo muscular que for-
PAEL seria calculada da seguinte homem enquanto espécie, uma vez nece nitrogénio para a excreção
forma: 1.1 x 2500/100 + 32.9 = que os alimentos eliminados ape- renal de ácidos;

34 Revista Nutrição Saúde & Performance


• Neutralização por sais alcali- osso, ao fim de 40 anos, equivale- tram no intervalo tradicionalmente
nos de cálcio provenientes do osso, ria a cerca de 32.000 mEq de cál- considerado normal.
com a consequente calciúria. cio excretado na urina, ou algo
como 50% do total de cálcio exis- Além disso, e tal como já foi re-
Os ácidos metabólicos compre- tente no tecido ósseo, ou seja uma ferido, as típicas dietas ocidentais
endem os ácidos orgânicos deriva- perda substancialmente maior que apresentam uma carga ácida posi-
dos da combustão incompleta dos a resultante do processo normal de tiva e regista-se um declínio da fun-
lípidos e hidratos de carbono e o envelhecimento 7. ção renal no decurso do processo
ácido sulfúrico resultante do meta- normal de envelhecimento, pelo
bolismo dos aminoácidos metionina Os actuais métodos de determina- que os adultos ocidentais apresen-
e cisteína 7,8. O bicarbonato (base ção do equilíbrio ácido-base poderão tam um estado crónico de acidose
metabólica) resulta do metabolismo não detectar pequenas retenções de metabólica ligeira, que não é
dos sais de ácidos orgânicos dos H+, mas como foi referido, no longo excepção, mas sim regra, o que tor-
iões existentes nos alimentos (ten- prazo, uma pequena retenção pode na, ainda, mais difícil, detectar a
do em conta a sua taxa de absor- provocar uma desmineralização ós- mesma5, 15. No entanto, as sequelas
ção intestinal), em especial sais de sea significativa7. patofisiológicas que a mesma acar-
potássio 7,8. reta assumem especial importância,
Em 1999, Lemann demonstrou, quando o objectivo é a manuten-
Já em 1966, tinha sido demons- medindo a ERAL em americanos ção de um estado de saúde óptimo.
trado que em situações fisiológicas normais, que a maioria das suas die-
normais, a excreção renal ácida lí- tas apresenta uma PAEL que resulta Acidose Metabólica Crónica e
quida (ERAL) equivale à PAEL10. em retenção de H+ pelo organismo12. Osteoporose
E em 1983, Kurtz et al.11 demons-
traram que em indivíduos cuja die- Em mulheres pós-menopausadas, A perda de osso é uma
ta gera uma PAEL superior a 40 que estavam a ingerir dietas com uma consequência bem conhecida da
mEq/dia, a ERAL não acompanha PAEL semelhante à calculada no es- acidose metabólica severa16,17, pois
a PAEL, o que significa que existe tudo de Lemann em 1999, Sebastian este representa uma importante re-
uma retenção de H+. e colaboradores 14 já haviam de- serva de bases, na forma de sais
monstrado, em 1994, que ao dar alcalinos de cálcio (fosfatos e car-
Esta informação é extremamen- suficiente bicarbonato (na forma bonatos) e esses sais são mobiliza-
te relevante para o Nutricionista, de bicarbonato de potássio) para dos e libertados na circulação
uma vez que uma percentagem ele- neutralizar quase toda a produção sistémica em resposta a um aumen-
vada da população ocidental segue ácida líquida, a concentração to da carga de ácidos18-21.
uma dieta com uma PAEL superior plasmática de H + diminuía e a de
a 40 mEq/dia 12. E havendo reten- bicarbonato aumentava, mas man- Estas bases libertadas atenuam a
ção de H+, há, forçosamente, uma tendo-se sempre no intervalo con- severidade da acidose sistémica, con-
perda de outros iões positivos, de siderado clinicamente normal. Es- tribuindo, assim, para o equilíbrio
modo a manter-se a neutralidade tes efeitos dependeram da dose uti- ácido-base sistémico. No entanto, o
eléctrica12,13. Como exemplo, pode- lizada. Os indivíduos que ingeriram cálcio e fósforo libertados perdem-
mos citar a perda de iões de cálcio, 60 mEq/dia tiveram um efeito me- se pela urina, sem existir um aumen-
provocada pela mobilização de sais nor que os que ingeriram o dobro to compensatório na absorção
alcalinos provenientes do osso que (120 mEq/dia). Este trabalho tam- gastrointestinal dos mesmos, pelo
são usados para neutralizar parte bém mostrou uma redução da que o resultado é uma redução do
dos iões de H+ retidos12,13. excreção urinária de cálcio de, conteúdo mineral do osso18,20,22,23.
aproximadamente, 70 mg/dia 14.
É importante referir que a reten- Desta forma, em situações de
ção de apenas 1 mEq/dia de H+ não Frassetto e colaboradores 5, no acidose crónica, ocorre uma dimi-
representa mais que 2% da PAEL seu artigo de revisão, referem que nuição progressiva da densida-
da típica dieta ocidental 7. No en- é difícil associar a dieta a uma de mineral óssea24,25, que, em últi-
tanto, 1 mEq/dia de Ca +, quando acidose metabólica, quando os va- ma análise, poderá resultar em
proveniente exclusivamente do lores plasmáticos do pH se encon- osteoporose 24,26,27.
Revista Nutrição Saúde & Performance 35
E os efeitos da acidose sistémica carbonato de potássio em 170 mu- veis com idades superiores a 50
sobre o osso não se resumem à lheres pós-menopausadas e obser- anos, consumiram, durante 60 dias,
dissolução do conteúdo mineral ós- vou uma diminuição da excreção uma dieta rica em frutas e vegetais
seo, levando, também, a um aumen- urinária de cálcio, em especial no (PAEL negativa) ou uma dieta em
to da actividade dos osteoclastos e grupo que apresentava maior que as frutas e vegetais foram subs-
a uma diminuição da actividade dos calciúria no início do estudo31. Des- tituídas por cereais (PAEL positiva).
osteoblastos28-30. A libertação de mi- te modo, podemos dizer que um No grupo que ingeriu a dieta rica
nerais pelos osteoclastos é acompa- estado ligeiro de acidez metabóli- em cereais, verificou-se um au-
nhada pela degradação osteoclástica ca crónica induzido pela dieta mento da PTH, da excreção urinária
da matriz óssea17,24,26,27. Em estudos afecta o tecido ósseo, podendo ser de cálcio e da reabsorção óssea.
com humanos sujeitos a uma carga um factor importante na patogénese
ácida crónica, observa-se um au- da osteoporose. Outra explicação para a influên-
mento da excreção urinária de cia da PAEL no metabolismo ós-
hidroxiprolina14,18 e uma diminuição A confirmar esta hipótese, New seo foi encontrada, recentemente,
dos níveis séricos de osteocalcina14. e colaboradores 32 investigaram a por Rylander e colaboradores. Es-
ligação entre a carga ácida líquida tes observaram uma forte correla-
Mas como provar que a carga da dieta e a saúde óssea em mulhe- ção entre a PAEL e a excreção
ácida líquida da dieta leva a uma res idosas, usando o rácio proteí- urinária de magnésio. Os autores
mobilização de sais alcalinos do na/potássio como uma estimativa deste estudo concluíram que uma
osso? da carga ácida líquida da dieta e deficiência em magnésio pode re-
observaram que os valores da den- sultar não só da baixa ingestão,
As dietas ocidentais originam sidade mineral óssea nas vértebras como também do aumento da
uma PAEL positiva, mas o pH lombares eram menores nas mulhe- excreção urinária, provocada pela
plasmático dos indivíduos que as res que se encontravam no maior carga ácida da dieta35.
seguem mantém-se estável. Ora tal quartil da carga ácida líquida. Ve-
facto prova que existe uma reserva rificaram, também, que as que se O magnésio participa em mais
interna de alcali, que liberta conti- encontravam nesse quartil, apre- de 300 reacções metabólicas (como
nuamente bases para a circulação sentavam marcadores urinários de o metabolismo dos carboidratos e
sistémica em quantidades idênticas reabsorção óssea mais elevados. lípidos, síntese de ácidos nucléicos,
à fracção da carga ácida líquida Finalmente, constataram que o gru- proteínas e glutationa, papel estru-
que os rins não excretam. É sabido po de mulheres que sofreu fracturas tural no osso, membranas celulares
que o osso contém a maior reserva durante o período do estudo apre- e cromossomas, transporte de po-
de bases do organismo5. sentava dietas com maior carga tássio e cálcio ao longo das mem-
ácida líquida que o grupo que não branas celulares, sinalização celu-
Outra forma de demonstrar esta sofreu fracturas 32. lar, secreção da PTH, etc.)36, razão
hipótese consiste em neutralizar a pela qual diversos estudos têm de-
carga ácida da dieta através da ad- Existem, ainda, alguns estudos monstrado que uma deficiência em
ministração de uma base. Em 1994, epidemiológicos que associam um magnésio pode causar insulinorresis-
Sebastian e colaboradores14 mostraram consumo elevado de frutas e vege- tência e síndrome metabólica37-42,
que a administração de bicarbonato de tais (que contribuem para a dimi- arritmia 35,42, doença das artérias
potássio, em doses suficientes para nuição da PAEL) a uma melhor saú- coronárias 35,43, além de osteopenia
neutralizar a acidez endógena em 18 de óssea 33. e osteoporose 44-46.
mulheres pós-menopausicas duran-
te 2 meses, melhorou o balanço de Assim, a PAEL pode afectar o
Mas o primeiro estudo de inter-
cálcio e de fósforo, reduziu a metabolismo ósseo, não só através do
venção dietética (60 dias) a mos-
reabsorção óssea e aumentou a taxa cálcio, mas também do magnésio.
trar que um aumento da carga áci-
de formação óssea. da proveniente da dieta produz al- Acidose Metabólica Crónica e
terações nos marcadores séricos do Excreção urinária de Nitrogénio
Em 2005, o mesmo grupo estu- catabolismo do tecido ósseo foi
dou os efeitos em longo prazo (36 publicado em 200634. Neste traba- Estudos clínicos47 e com mode-
meses) da suplementação com bi- lho, 40 homens e mulheres saudá- los animais48,49, mostraram que em

36 Revista Nutrição Saúde & Performance


patologias que causam acidose me- mo muscular, mas, em 1997, potássio (K) estava associada a uma
tabólica crónica (como a insuficiên- Frassetto e colaboradores15 conse- maior % de massa isenta de gordu-
cia renal crónica), se observa, no guiram demonstrar que isto também ra59. Ora como a excreção urinária
tecido músculo-esquelético, uma ocorre como consequência da de K é um indicador da sua
degradação proteica acelerada, que acidose metabólica crónica ligeira. ingestão e este mineral é o maior
causa um balanço de nitrogénio 14 Mulheres pós-menopausicas (há precursor de bicarbonato da dieta,
negativo (uma vez que há uma mai- pelo menos 5 anos e sem TSH), pode concluir-se que a carga ácida
or excreção urinária do mesmo). com idades compreendidas entre os da dieta foi inversamente associa-
51 e os 77 anos e IMC entre 21 e da à massa isenta de gordura, o que
Sabe-se que este distúrbio do me- 28kg/m 2 iniciaram uma dieta du- é um facto extremamente importan-
tabolismo de nitrogénio é resultado rante 2 semanas (período de adap- te, uma vez que a sarcopenia ace-
directo da acidose e não da patologia tação) com carga ácida líquida po- lera a partir dos 60 anos60-64, e é uma
que a causa, uma vez que ocorre em sitiva, findas as quais lhes foi admi- das principais causas de disfunção
diversas patologias indutoras de nistrado bicarbonato de potássio du- e quedas e pode acelerar a progres-
acidose48,50,51 e é reversível através da rante 18 dias. Durante este período, são de outras patologias63. Vale des-
administração de substâncias alcalini- verificou-se uma redução da PAEL tacar que, nos EUA, o custo
zantes52-54, que corrigem a acidose e e uma diminuição da excreção directamente atribuído à sarcopenia
não a causa desta. urinária de nitrogénio (N), que em em 2000 foi de 18,5 biliões de dó-
18 dias totalizou 14 g, o que equi- lares, indicando alta prevalência de
A degradação proteica induzida vale a 0,43 kg de massa isenta de sarcopenia 65.
pela acidose é um mecanismo gordura (MIG).
homeostático, uma vez que os rins No seu artigo de revisão,
utilizam glutamina para sintetizar Sabe-se que em mulheres, a Frassetto e colaboradores5 referem
amónia, o que permite aumentar a MIG diminui, em média, 0,22 kg/ que até a data do estudo, o facto
excreção de ácidos sob a forma de ano, o que em 18 dias equivale a de não se ter em consideração os
iões de amoníaco, atenuando, as- 10,8 g de N. Assim, no estudo em papéis da carga ácida da dieta e do
sim, a acidose 4. A glutamina tor- análise, a administração de bicar- declínio da função renal associada
na-se, assim, a maior fonte de amo- bonato de potássio conseguiu um ao envelhecimento, fez com que não
níaco excretado na urina, pelo que saldo positivo de N de 3,2 g (14- se reconhecesse o estado de acidose
também aumenta a produção hepá- 10,8). Extrapolando, poderia dizer- ligeira que existe em adultos normais.
tica deste aminoácido, o que per- se que ao fim de um ano, esse sal-
mite garantir um fornecimento do seria 2 kg, ou seja a uma déca- Apesar das concentrações
constante do mesmo para os rins15. da de perda de MIG15. plasmáticas de ácidos e bases destes
indivíduos serem tradicionalmente
A acidose metabólica induz, A partir deste estudo, pode con- consideradas normais, não represen-
então, um balanço de nitrogénio ne- cluir-se que corrigindo a acidose tam um verdadeiro estado não aci-
gativo, ao aumentar taxa de degrada- metabólica ligeira (induzida pela dótico, que pode definir-se como a
ção proteica no músculo esquelético, dieta e possivelmente pelo declínio composição plasmática de ácido-base
sem aumentar, concomitantemente, a da função renal), através da admi- encontrada em pessoas com dietas
taxa de síntese proteica47,49. Pensa-se nistração de uma base consegue- com carga ácida líquida nula e uma
que este efeito proteolítico se deva a se diminuir a proteólise muscular, função renal não comprometida
dois factores: estimulação de uma ou dito de outra forma, a acidose (como acontece em adultos jovens)5.
via proteolítica dependente do ATP metabólica ligeira também causa
e da ubiquitina55, e aumento da oxi- catabolismo muscular 15. Para atingir um verdadeiro es-
dação dos aminoácidos de cadeia tado não acidótico num idoso, de-
ramificada libertados, o que não E um estudo prospectivo recen- verão alterar-se as recomendações
permite a sua reutilização para a te, que envolveu 384 homens e nutricionais tradicionais. As con-
síntese proteica 56-58. mulheres saudáveis com idades vencionais fontes de hidratos de
superiores a 64 anos, durante um carbono, designadamente massas,
Como se observou, a acidose período de 3 anos, observou que arroz, flocos e pães (que mesmo na
metabólica severa causa catabolis- uma maior excreção urinária de sua versão integral levam a uma
Revista Nutrição Saúde & Performance 37
PAEL positiva), bem como os determinantes da PAEL68 e de be- quadas de fibras, micronutrientes,
lacticínios (em especial os queijos, bidas ricas em ácido fosfórico ácidos gordos essenciais (estes
que originam uma PAEL elevada7) (como Colas, cujo consumo por numa proporção adequada – rácio
deverão ser substituídas por vege- mulheres idosas já foi associado a ómega 6:ómega 3 entre 1:1 e 4:1) e
tais (brócolos e couves, por exem- menor densidade mineral óssea na proteínas (para um idoso sem pa-
plo, são uma boa fonte de cálcio, anca69) e optar por águas com um tologia renal, poderá ser necessá-
com uma percentagem de absorção pH superior a 7. ria uma dose de proteína superior
intestinal similar à do leite4), frutas a 1 grama/Kg de peso corporal, de
e tubérculos (estes últimos em me- Conclusão modo a manter a saúde óssea e a
nor quantidade, devido a terem As evidências indicam que a atenuar a sarcopenia).
uma carga glicémica mais eleva- acidose metabólica crónica ligeira,
da66), que, ainda hoje, são as prin- induzida pela dieta (e agravada pela Sendo assim, a adoção de uma
cipais fontes de hidratos de carbo- diminuição da função renal que dieta semelhante a praticada pelos
no de algumas sociedades primiti- ocorre durante o processo normal caçadores do Pleistoceno (rica em
vas, como os Ache do Paraguai e de envelhecimento) pode agravar/ peixes, frutas, vegetais, raízes, olea-
os habitantes de Kitava, na Papua- acelerar as alterações resultantes do ginosas e sementes e suplementada
Nova Guiné, onde a incidência das processo de envelhecimento (desta- com ovos e carne de animais alimen-
chamadas doenças da civilização é cando-se a osteopenia e sarcopenia). tados com vegetais e não cereais),
rara ou inexistente67. Desta forma, torna-se essencial que ao contrariar esta acidose metabó-
os idosos adoptem uma dieta com lica ligeira crónica, auxilia no pro-
É, também, extremamente im- uma carga ácida não apenas nula, cesso de um envelhecimento saudá-
portante que se limite o consumo mas negativa e que, ao mesmo tem- vel, podendo inclusive prevenir al-
de cloro, pois recentemente foi des- po, apresente uma carga glicémica gumas doenças características desta
coberto que é um dos principais reduzida e forneça quantidades ade- fase (em especial a osteoporose).

Referências Bibliográficas

1. MCARDLE, W.D.; KATCH, F.I.; KATCH, Homo sapiens and their hominid ancestors. Am 16. BARZEL, U.S. The skeleton as an ion
V.L. Exercise Phisiology: energy, nutrition and J Clin Nutr; 76(6):1308-16, 2002. exchange system: implications for the role of
human performance. Philadelphia: Lippincott 9. REMER, T.; MANZ, F. Paleolithic diet, sweet acid-base imbalance in the genesis of
Williams & Wilkins, 2001. potato eaters, and potential renal acid load. Am osteoporosis. J Bone Miner Res; 10:1431–1436,
2. MARIEB, E.N. Human Anatomy and J Clin Nutr; 78:802–3, 2003. 1995.
Physiology. 6 ed. New Jersey: Benjamin 10. LENNON, E.J.; LEMANN JR, J.; LITZOW, 17. KRAUT, J.A.; MISHLER, D.R.; SINGER,
Cummings, 2003. J.R. The effect of diet and stool composition on F.R. et al. The effects of metabolic acidosis on
3. ROSE, B.D.; POST, T.W. Clinical Physiology the net external acid balance of normal subjects. bone formation and bone resorption in the rat.
of Acid-base and Electrolyte Disorders. Ohio: J Clin Invest; 45: 1601-7, 1966. Kidney Int; 30:694–700, 1986.
McGraw-Hill, 2001. 11. KURTZ, I.; MAHER, T.; HULTER, H.N. et 18. LEMANN JR, J.; LITZOW, J.R.; LENNON,
4. SHILS, M.E.; OLSON, J.A.; SHIKE, M. et al. al. Effect of diet on plasma acid-base E.J. The effects of chronic acid loads in normal
Modern Nutrition in Health and Disease. 10 composition in normal humans. Kidney Int; man: further evidence for participation of bone
ed. Philadelphia: Lippincott Williams & Wilkins, 24: 670-80, 1983. mineral in the defense against chronic metabolic
2005. 12. LEMANN JR, J. Relationship between acidosis. J Clin Invest; 45:1608–1614, 1966.
5. FRASSETTO, L.; MORRIS JR, R.C.; urinary calcium and net acid excretion as 19. LEMANN JR, J.; LENNON, E.J.;
SELLMEYER, D.E. et al. Diet, evolution and determined by dietary protein and potassium: a GOODMAN, A.D. et al. The net balance of acid
aging - the pathophysiologic effects of the post- review. Nephron; 81(suppl 1): S18-25, 1999. in subjects given large loads of acid or alkali. J
agricultural inversion of the potassium-to- 13. FRASSETTO, L.A.; NASH, E.; MORRIS, Clin Invest; 44:507–517, 1965.
sodium and base-to-chloride ratios in the human R.C. et al. Comparative effects of potassium 20. LITZOW, J.R.; LEMANN JR, J. ; LENNON,
diet. Eur J Nutr; 40(5):200-13, 2001. chloride and bicarbonate on thiazide-induced E.J. The effect of treatment of acidosis on
6. FRASSETTO, L.; MORRIS JR, R.C.; reduction in urinary calcium excretion. Kidney calcium balance in patients with chronic
SEBASTIAN, A. Effect of age on blood acid- Int; 58: 748-52, 2000. azotemic renal disease. J Clin Invest; 46:280–
base composition in adult humans: role of age- 14. SEBASTIAN, A.; HARRIS, S.T.; 286, 1967.
related renal functional decline. Am J Physiol; OTTAWAY, J.H. et al. Improved min eral ba- 21. BUSHINSKY, D.A.; CHABALA JM,
271:1114–1122, 1996. lance and skeletal metabolism in GAVRILOV KL,Levi-Setti R. Effects of in vivo
7. FRASSETTO, L.A.; MORRIS JR, R.C.; postmenopausal women treated with potassium metabolic acidosis on midcortical bone ion
SEBASTIAN, A. A practical approach to the bicarbonate. N Engl J Med; 330: 1776-81, composition. Am J Physiol; 277: F813–F819,
balance between acid production and renal acid 1994. 1999.
excretion in humans. J Nephrol; 19 (Suppl 15. FRASSETTO, L.; MORRIS JR, R.C.; 22. BRESLAU, N.A.; BRINKLEY, L.; HILL,
9):S33-40, 2006. SEBASTIAN, A. Potassium bicarbonate reduces K.D. et al. Relationship of animal protein-rich
8. SEBASTIAN, A.; FRASSETTO, L.A.; urinary nitrogen excretion in postmenopausal diet to kidney stone formation and calcium
SELLMEYER, D.E. et al. Estimation of the net women. J Clin Endocrinol Metab; 82(1):254- metabolism. J Clin Endocrinol Metab; 66:140–
acid load of the diet of ancestral preagricultural 9, 1997. 146, 1988.

38 Revista Nutrição Saúde & Performance


23. GAFTER, U.; KRAUT, J.A.; LEE, D.B.N. et 39. WANG, J.L.; SHAW, N.S.; YEH, H.Y. et al. supplementation on urinary mineral excretion
al. Effect of metabolic acidosis on intestinal Magnesium status and association with diabetes during very low energy diets. Am J Med Sci;
absorption of calcium and phosphorus. Am J in the Taiwanese elderly. Asia Pac J Clin Nutr; 302:67–74, 1991.
Physiol; 239:G480–G484, 1980. 14(3):263-9, 2005.. 55. MITCH, W.E.; MEDINA, R.; GRIEBER, S.
24. BARZEL, U.S.; JOWSEY, J. The effects of 40. HE, K.; LIU, K.; DAVIGLUS, M.L. et al. et al. Metabolic acidosis stimulates muscle
chronic acid and alkali administration on bone Magnesium intake and incidence of metabolic protein degradation by activating the adenosine
turnover in adult rats. Clin Sci; 36:517–524, syndrome among young adults. Circulation; triphosphate-dependent pathway involving
1969. 113(13):1675-82, 2006. ubiquitin and proteasomes. J Clin Invest;
25. BURNELL, J.M. Changes in bone sodium 41. SCHULZE, M.B.; SCHULZ, M.; 93:2127–2133, 1994.
and carbonate in metabolic acidosis and HEIDEMANN, C. et al. Fiber and magnesium 56. MAY, R.C.; MASUD, T.; LOGUE, B. et al.
alkalosis in the dog. J Clin Invest; 50:327– intake and incidence of type 2 diabetes: a Metabolic acidosis accelerates whole body
331, 1971. prospective study and meta-analysis. Arch Intern protein degradation and leucine oxidation by a
26. UPTON, P.K.; L’ESTRANGE, J.L. Effects Med; 167(9):956-65, 2007. glucocorticoid-dependent mechanism. Miner
of chronic hydrochloric and lactic acid 42. NIELSEN, F.H.; MILNE, D.B.; KLEVAY, Electrolyte Metab; 18:245–249, 1992.
administrations on food intake, blood acid-base L.M. et al. Dietary Magnesium Deficiency 57. MAY, R.C.; MASUD, T.; LOGUE, B. et al.
balance and bone composition of the rat. Quart Induces Heart Rhythm Changes, Impairs Chronic metabolic acidosis accelerates whole
J Exp Physiol; 62:223–235, 1977. Glucose Tolerance, and Decreases Serum
body proteolysis and oxidation in awake rats.
27. NEWELL, G.K.; BEAUCHENE, R.E. Effects Cholesterol in Post Menopausal Women. J Am
Kidney Int; 41:1535–1542, 1992.
of dietary calcium level, acid stress, and age on Coll Nutr; 26(2):121-32, 2007.
renal, serum, and bone responses of rats. J Nutr; 58. AY, R.C.; HARA, Y.; KELLY, R.A. et al.
43. SONG, Y.; LI, T.Y.; VAN DAM, R.M. et al.
105:1039–1047, 1975. Branched chain amino acid metabolism in rat
Magnesium intake and plasma concentrations
of markers of systemic inflammation and muscle: abnormal regulation in acidosis. Am J
28. KRIEGER, N.S.; SESSLER, N.E.;
endothelial dysfunction in women. Am J Clin Physiol; 252:E712–E718, 1987.
BUSHINSKY, D.A. Acidosis inhibits osteoblastic
and stimulates osteoclastic activity in vitro. Am Nutr; 85(4):1068-74, 2007. 59. DAWSON-HUGHES, B.; HARRIS, S.S.;
J Physiol; 262:F442–F44, 1992. 44. SOJKA, J.E.; WEAVER, C.M. Magnesium CEGLIA, L. Alkaline diets favor lean tissue mass
29. ARNETT, T.R.; DEMPSTER, D.W. Effect supplementation and osteoporosis. Nutr Rev; in older adults. Am J Clin Nutr; 87(3):662-5,
of pH on bone resorption by rat osteoclasts in 53: 71-74, 1995. 2008.
vitro. Endocrinology; 119: 119–124, 1986. 45. MATSUZAKI, H. Prevention of osteoporosis 60. LINDLE, R.S.; METTER, E.J.; LYNCH,
30. TETI, A.; BLAIR, H.C.; SCHLESINGER, P. by foods and dietary supplements. Magnesium N.A. et al. Age and gender comparisons of
et al. Extracellular protons acidify osteoclasts, and bone metabolism. Clin Calcium; muscle strength in 654 women and men aged
reduce cytosolic calcium, and promote 16(10):1655-60, 2006. 20–93 yr. J Appl Physiol; 83 :1581 –1587,
expression of cell-matrix attachment structures. 46. KITCHIN, B.; MORGAN, S.L. Not just 1997.
J Clin Invest; 84:773–780, 1989. calcium and vitamin D: other nutritional 61. MELTON, L.J.; KHOSLA, S.; CROWSON,
31. FRASSETTO, L.; MORRIS JR, R.C.; considerations in osteoporosis. Curr Rheumatol C.S. et al. Epidemiology of sarcopenia. J Am
SEBASTIAN, A. Long-Term Persistence of the Rep; 9(1):85-92, 2007. Geriatr Soc; 48 :625 –630, 2000.
Urine Calcium-Lowering Effect of Potassium 47. MAY, R.C.; KELLY, R.A.; MITCH, W.E. 62. ROUBENOFF, R. Sarcopenia: a major
Bicarbonate in Postmenopausal Women. J Clin Metabolic acidosis stimulates protein modifiable cause of frailty in the elderly. J Nutr
Endocrinol Metab; 90: 831–834, 2005. degradation in rat muscle by a glucocorticoid- Health Aging; 4(3):140-2, 2000.
32. NEW, S.; MACDONALD, H.M.; GRUBB, dependent mechanism. J Clin Invest; 77:614– 63. WATERS, D.L.; BAUMGARTNER, R.N.;
D.A. et al. Positive association between net 621, 1986. GARRY, P.J. Sarcopenia: current perspectives.
endogenous noncarbonic acid production 48. WILLIAMS, B.; LAYWARD, E.; WALLS, J Nutr Health Aging; 4(3):133-9, 2000.
(NEAP) and bone health: further support for J. Skeletal muscle degradation and nitrogen
the importance of the skeleton to acid-base ba- 64. MORLEY, J.E.; BAUMGARTNER, R.N.;
wasting in rats with chronic metabolic acidosis.
lance. Bone; 28 (Suppl 5):594, 2001. ROUBENOFF, R. et al. Sarcopenia. J Lab Clin
Clin Sci; 80:457–462, 1991.
Med; 137(4):231-43, 2001.
33. PRYNNE, C.J.; MISHRA, G.D.; 49. GARIBOTTO, G.; RUSSO, R.; SOFIA, A. et
O’CONNELL, M.A. et al. Fruit and vegetable al. Muscle protein turnover in chronic renal 65. JANSSEN, I.; SHEPARD, D.S.;
intakes and bone mineral status: a cross-sectional failure patients with metabolic acidosis or nor- KATZMARZYK, P.T. et al. The healthcare costs
study in 5 age and sex cohorts. Am J Clin Nutr; mal acid-base balance. Miner Electrolyte of sarcopenia in the United States. J Am Geriatr
83: 1420-1428, 2006.. Metab; 22:58–61, 1996. Soc; 52(1):80-5, 2004.
34. JAJOO, R.; SONG, L.; RASMUSSEN, H. et 50. BELL, J.D.; MARGEN, S.; CALLOWAY, 66. CORDAIN, L.; EADES, M.R.; EADES,
al. Dietary Acid-base balance, bone resorption, D.H. Ketosis, weight loss, uric acid, and nitrogen M.D. Hyperinsulinemic diseases of civilization:
and calcium excretion. J Am Coll Nutr; balance in obese women fed single nutrients at more than just Syndrome X. Comp Biochem
25(3):224-30, 2006. low caloric levels. Metabolism; 18:193–208, Physiol A Mol Integr Physiol; 136(1):95-112,
1969. 2003.
35. RYLANDER, R.; REMER, T.;
BERKEMEYER, S. et al. Acid-base status affects 51. MAY, R.C.; KELLY, R.A.; MITCH, W.E. 67. CORDAIN, L.; LINDEBERG, S.;
renal magnesium losses in healthy, elderly Mechanisms for defects in muscle protein HURTADO, M. et al. Acne vulgaris: a disease of
persons. J Nutr; 136(9):2374-7, 2006.. metabolism in rats with chronic uremia. Western civilization. Arch Dermatol;
Influence of metabolic acidosis. J Clin Invest; 138(12):1584-90, 2002.
36. HIGDON, J. An Evidence-Based Approach
to Vitamins and Minerals: Health Benefits and 79:1099–1103, 1987. 68. FRASSETTO, L.A.; MORRIS JR, R.C.;
Intake Recommendations. New York: Thieme 52. APADOYANNAKIS, N.J.; STEFANIDIS, SEBASTIAN, A. Dietary sodium chloride intake
Publishing Group, 2003. C.J.; MC-GEOWN, M. The effect of the independently predicts the degree of
37. HUERTA, M.G.; ROEMMICH, J.N.; correction of metabolic acidosis on nitrogen and hyperchloremic metabolic acidosis in healthy
KINGTON, M.L. et al. Magnesium deficiency potassium balance of patients with chronic re- humans consuming a net acid-producing diet.
is associated with insulin resistance in obese nal failure. Am J Clin Nutr; 40:423–627, 1984. Am J Physiol Renal Physiol; 293(2):F521-5,
children. Diabetes Care; 28(5):1175-81, 2005. 53. HANNAFORD, M.C.; LEITER, L.A.; 2007.
38. RUMAWAS, M.E.; MCKEOWN, N.M.; JOSSE, R.G. et al. Protein wasting due to acidosis 69.TUCKER, K.L.; MORITA, K.; QIAO, N. et
ROGERS, G. et al. Magnesium intake is related of prolonged fasting. Am J Physiol; 243:E251– al. Colas, but not other carbonated beverages,
to improved insulin homeostasis in the E256, 1982. are associated with low bone mineral density in
framingham offspring cohort. J Am Coll Nutr; 54. GOUGEON-REYBURN, R.; LARIVIERE, older women: The Framingham Osteoporosis
25(6):486-92, 2006. F.; MARLISS, E.B. Effects of bicarbonate Study. Am J Clin Nutr; 84(4):936-42, 2006.

Revista Nutrição Saúde & Performance 39

Вам также может понравиться