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Autores:
Cristina Maria Pereira Domingues
João Roberto da Silva
Náthaly Goulart Vale
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Caderno do Professor
A coleção didática do Sistema de Ensino Objetivo
(6.o a 9.o ano)
A coleção didática composta pelo conjunto dos Cadernos de Atividades do Sistema de Ensino Objetivo
para os anos finais do ensino fundamental é o resultado de uma longa experiência na elaboração de materiais
didáticos e sua utilização efetiva em sala de aula.
Os Cadernos de Atividades são elaborados por professores da equipe pedagógica do Centro Educacional
Objetivo, com comprovada experiência na área educacional, atuantes em sala de aula. Isso torna possível
oferecer um material didático com alto grau de aplicabilidade, na medida em que resulta de um efetivo diálogo
entre a teoria e a prática na construção das aulas e das propostas de atividades. Dessa forma, garante-se que
este material seja, de fato, um suporte eficiente para o trabalho do professor e para o aprendizado dos alunos.
Do ponto de vista teórico-metodológico, parte-se da concepção de que, nos dias atuais, não é possível
mais conceber o processo de ensino-aprendizagem apenas como transferência de informação. É preciso ir
além, buscando criar condições para uma aprendizagem efetiva e enriquecedora, em que o aluno seja a figura
central e assuma o papel de protagonista na construção do conhecimento. A atuação do professor assume
novos contornos no sentido do favorecimento desse processo. Isso se realiza por meio de uma pedagogia
ativa, dialógica e interativa, a qual busca a emancipação intelectual do aluno, que se pretende capaz de viver
em uma sociedade em constante processo de transformação.
Como lastro e suporte ao conhecimento a ser construído, é oferecido um conteúdo informativo ao mesmo
tempo denso e adequado às possibilidades de apreensão pelos alunos, de acordo com sua faixa etária.
Cumpre ressaltar que não se trata do conteúdo pelo conteúdo. Este não tem um fim em si mesmo, mas está
vinculado à construção de saberes necessários para a formação de indivíduos capazes de compreender o
mundo que os cerca e nele se situarem de forma crítica e responsável.
Assume-se, sobretudo, um essencial respeito ao aluno, concebido como sujeito livre, pensante, capaz,
potente, criativo, crítico e apto a novas descobertas. Visa-se contribuir para formar indivíduos autônomos,
com consciência crítica, sentido de cidadania e capacidade de interagir no mundo tecnológico e globalizado,
modificando-o de forma responsável, com respeito por si e pelos outros, reconhecendo-se como um ser
social.
Parte-se do entendimento de que o conhecimento escolar tem dupla função, como destacam as Diretrizes
Curriculares Nacionais da Educação Básica: “desenvolver habilidades intelectuais e criar atitudes e compor-
tamentos necessários para a vida em sociedade”1. Ainda de acordo com esse documento, considera-se que
“a educação escolar deve fundamentar-se na ética e nos valores de liberdade, na justiça social, na pluralidade,
na solidariedade e na sustentabilidade, cuja finalidade é o pleno desenvolvimento de seus sujeitos, nas
dimensões individual e social de cidadãos conscientes de seus direitos e deveres, compromissados com a
transformação social”2.
1 Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Fundamental de 9 anos. In: Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais de Educação Básica.
Brasília: MEC, SEB, DICEI, 2013. p. 112.
2 Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais da Educação Básica. Brasília: MEC, SEB, DICEI, 2013. p. 16.
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Atendendo a esses objetivos, nesta coleção didática busca-se contribuir para o trabalho escolar de forma
a promover a colaboração, o respeito, a valorização da diversidade cultural, a cultura da paz, a preservação do
meio ambiente e o combate aos preconceitos. Visa-se garantir o respeito à natureza, à liberdade e à dignidade
humana.
Pretende-se fornecer um material didático que permita assegurar ao aluno o acesso ao conhecimento
socialmente acumulado e o desenvolvimento das habilidades cognitivas necessárias para sua plena inserção
social. Dominar a leitura, a escrita, fazer cálculos e resolver problemas, lidar com dados, com diferentes signos
e linguagens compõem um conjunto de saberes essenciais. A eles se juntam a capacidade de pesquisar,
colocada em destaque nos dias atuais, a qual compreende não apenas buscar informações, mas, sobretudo,
selecioná-las. O estímulo ao pensamento crítico, à imaginação e à criação também faz parte das intenções
que nortearam esta proposta de trabalho. O trecho a seguir das Diretrizes Curriculares confirma sua
adequação:
A leitura e a escrita, a História, as Ciências, a Arte, propiciam aos alunos o encontro com um mundo que
é diferente, mais amplo e diverso que o seu. Ao não se restringir à transmissão de conhecimentos
apresentados como verdades acabadas e levar os alunos a perceberem que essas formas de entender e de
expressar a realidade possibilitam outras interpretações, a escola também oferece lugar para que os próprios
educandos reinventem o conhecimento e criem e recriem cultura.3
Os Cadernos de Atividades compõem um conjunto coerente e integrado. Foram construídos a partir das
mesmas premissas teórico-metodológicas e de acordo com uma visão educacional comum. A programação
prevista para as diferentes áreas do conhecimento foi definida considerando-se a progressão da aprendizagem
a ser conduzida nas séries iniciais do ensino fundamental e no ensino médio. Também foi observada a relação
dos conteúdos programáticos em cada série. Sua organização previne redundâncias, mas em alguns casos
reforça o estudo de certos temas, oferecendo ângulos de visão complementares sobre assuntos correlatos.
3 Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais da Educação Básica. Brasília: MEC, SEB, DICEI, 2013. p. 16.
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Dessa forma, procura-se encaminhar a construção dos novos saberes a partir de propostas de atividades
desafiadoras, capazes de levar os alunos a refletir e a buscar soluções novas. Nelas, a relação que se
estabelece entre o conhecido e vivenciado e o desconhecido e novo favorece a construção dos saberes em
um processo de aprendizagem significativa.
É preciso levar em consideração que a aprendizagem escolar é uma construção que ocorre em três
dimensões: a individual (aluno), a coletiva (classe) e a social (o contexto social real – comunidade escolar,
comunidade do bairro, família, cidade e país). Ao aceitarmos a existência dessas três dimensões, precisamos
levar em conta: o protagonismo de cada aluno, a diversidade presente na classe e a valorização social dos
percursos de construção do conhecimento, especialmente daqueles ligados às disciplinas escolares. Nesse
contexto, o professor tem um papel importante de mediador do diálogo entre os alunos e suas diferentes
experiências e entre as propostas do material didático e o conhecimento produzido nas disciplinas escolares
em suas conexões com a área acadêmica.
Ao reconhecer que a aprendizagem ocorre em grande medida na interação com o outro (os colegas, o
professor, a família), dá-se especial relevo às atividades em grupo. A produção conjunta na dinâmica grupal
permite que se criem inestimáveis situações de aprendizagem e de interação social.
2. Proposta didático-metodológica
A proposta didático-metodológica desta coleção é dar suporte ao desenvolvimento de um processo de
ensino-aprendizagem em que haja o predomínio da experimentação, da descoberta e da coautoria na
construção do conhecimento.
Procurou-se organizar, nas diferentes disciplinas, sequências didáticas que favoreçam nos alunos o
exercício da reflexão e a mobilização de recursos cognitivos, saberes e informações a serem aplicados em
situações de aprendizagem.
A ênfase desta coleção didática está no percurso de aprendizagem a ser empreendido pelos alunos, e não
apenas nos seus resultados. Abandonou-se o formato mais corriqueiro de apresentação do conteúdo no início
dos módulos, seguido de exercícios, em favor de atividades nas quais os alunos são envolvidos de fato no
processo de aprendizagem. Considera-se que a aprendizagem é mais significativa quando o aluno atua como
protagonista, ou seja, assume um papel ativo e mobiliza habilidades cognitivas para explorar e descobrir novos
conhecimentos. Nisto se dá a incorporação de novos saberes e também se amplia o conhecimento que ele
tem de si próprio e da realidade como um todo, criando-se condições para uma atuação social mais
consciente. Espera-se que o aluno, ao assumir um papel ativo na própria aprendizagem, desenvolva a
metacognição, isto é, adquira domínio progressivo sobre suas habilidades cognitivas, sobre seu processo de
aprendizagem.
Como hoje se considera que há diferentes estilos de aprendizagem, elaboramos atividades bastante
diversificadas, de modo a atender a diferentes formas de aprender. Assim, garante-se também que os alunos
participem ativa e efetivamente da construção de sua aprendizagem, envolvendo-se em aulas mais dinâmicas,
de forma a ampliar a motivação e estimular o interesse desses aprendentes pelos assuntos tratados.
Sabe-se que os conceitos são interiorizados na medida do significado de que são revestidos no processo
de sua apreensão pelos alunos. Importa, pois, a sua contextualização e o quanto os alunos estão envolvidos
e são desafiados a se integrar na construção coletiva do conhecimento. Com isso em vista, são oferecidas
situações-problema e atividades desafiantes a serem solucionadas pelos alunos, como forma de garantir seu
envolvimento e a mobilização dos conhecimentos e das habilidades requeridas. O objetivo é que o aluno não
apenas tenha acesso às informações, mas também aprenda a lidar com elas para aplicá-las em situações
concretas.
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O ponto de partida se dá na valorização do conhecimento prévio do aluno como alicerce importante para
a construção do conhecimento de registro acadêmico e científico. Para tanto, criam-se condições para que
as novas informações possam se articular com o conhecimento preexistente, desestabilizá-lo e assim
possibilitar aos alunos a construção de novos saberes, promovendo situações de aprendizagem que os levem
a ampliar seus conhecimentos.
Exposto a uma situação-problema, o aluno mobiliza novos saberes, pois um problema é uma situação
possível de ser resolvida, mas o indivíduo não dispõe, de antemão, de uma estratégia ou procedimento já
estruturado para solucioná-la. Com frequência, é possível chegar à solução por meio de mais de uma
estratégia ou procedimento. A situação-problema, por sua complexidade, geralmente se constitui em um
desafio instigante, mas com grau de dificuldade compatível com o repertório do aluno, quando etapas
anteriores foram consolidadas. Dar oportunidade ao surgimento de uma diversidade de posições encaminha
a possibilidade de haver um conflito cognitivo e, em consequência, promover o desenvolvimento intelectual
e a aprendizagem. Para solucionar situações-problema com pertinência e eficácia, dá-se a mobilização de um
conjunto de recursos, tais como conceitos, habilidades e atitudes. Trata-se de uma estratégia para a qual é
necessário e conveniente recorrer a procedimentos multíplices, como levantar hipóteses, analisar dados,
buscar recursos para a resolução e estabelecer relações, assumindo a complexidade da questão em estudo.
Isso implica também o comprometimento com valores éticos e sociais.
Ainda que a resposta certa não seja o único objetivo a ser alcançado, o compromisso com o saber
acadêmico e científico encaminha a necessidade da validação do conhecimento construído pelos alunos. Para
isso, este deve ser relacionado com os conhecimentos estabelecidos e nesse processo se dá a ampliação e
a reorganização dos seus saberes.
Algumas atividades de aprendizagem das sequências didáticas foram elaboradas para serem
necessariamente feitas em grupo e isso deve ser respeitado. Considera-se que trabalhar em grupo não seja
apenas importante, mas sim fundamental. Na realização de atividades em duplas, ou em grupos, é favorecida
a interação entre os alunos, o que possibilita o confronto de pontos de vista e a troca de ideias entre eles.
Nelas os alunos são solicitados a planejar trabalhos, expor suas ideias, ouvir e analisar as dos outros, elaborar
sínteses, formular conceitos, percorrendo assim um enriquecedor percurso de aprendizagem. Enfatiza-se,
nesse caso, a aprendizagem colaborativa. Além de ser uma estratégia pedagógica, é também caminho de
preparação para o exercício responsável da cidadania ao dar ao aluno a oportunidade de se posicionar
socialmente, no contexto escolar, de forma ativa.
Sugerimos formas diferenciadas para organizar os agrupamentos de alunos, a fim de enriquecer os
processos de aprendizagem e também superar as suas dificuldades. Podem-se organizar duplas, trios,
quartetos e grandes grupos em círculo ou meia-lua e combinar essas formas de organização em momentos
diferentes.
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e a descoberta por parte do aluno e o estimula para a construção do seu saber. É dinâmica e não comporta
receitas ou fórmulas – a ligação que o professor promove entre o aprendiz e o objeto de aprendizagem deve
estruturar-se e reestruturar-se em decorrência do processo individual do aluno, impossível de ser totalmente
previsto, antecipado. Há de se considerar os processos individuais, os estilos de aprendizagem particulares,
os momentos em que se faz necessária uma atuação mais ou menos diretiva. Sem dúvida, atuar como
mediador é muito mais difícil, requer muito mais preparo e envolvimento do que fazer exposições totalmente
planejadas de conteúdos e aplicar exercícios com gabarito único.
O Caderno do Professor traz orientações didáticas que acompanham todas as propostas de trabalho,
funcionando como guia para a utilização adequada e eficiente do material didático. Ao mesmo tempo, não
restringe as opções do professor para atender às necessidades surgidas na dinâmica da sala de aula,
oferecendo, inclusive, sugestões alternativas para esse fim.
3. Avaliação
Para adequar-se à proposta de trabalho desta coleção, deve-se entender a avaliação como parte do
processo de aprendizagem. Durante todo o tempo, o aluno deve ser acompanhado, observado, questionado
e estimulado a buscar respostas. Nesse percurso, é possível identificar avanços ou resultados nos vários
processos de aprendizagem em questão, como também fazer levantamento de novas necessidades, planejar
e executar ações, melhorando o atendimento aos alunos. Nesse sentido, a função principal da avaliação não
é atribuir uma nota ou um conceito de acordo com a quantidade de conteúdos aprendidos, mas reorientar a
aprendizagem. Para alcançar esse objetivo, o ato de avaliar não pode ser mecânico; deve ser processual e
reflexivo, voltado para identificar os níveis de aprendizagem alcançados nos conteúdos curriculares em
desenvolvimento ou já finalizados, a fim de, se necessário, ajustarem-se ou alterarem-se os processos em
curso. Avaliar é reorientar a prática docente, sempre que necessário, é oferecer ao professor subsídios
concretos para saber como prosseguir com sua ação educativa. Nessa visão, os erros se tornam objetos de
estudo, pois revelam a natureza das representações ou estratégias elaboradas pelo estudante em seu
percurso de aprendizagem.
O aluno desenvolve uma atividade inicial que deve permitir-lhe identificar e organizar seus
conhecimentos prévios sobre o tema, bem como aguçar sua curiosidade e interesse por eles.
Pode constituir parâmetro para que se autoavalie e monitore os próprios progressos.
Para o professor, ter noção clara dos conhecimentos prévios dos alunos permite-lhe planejar
as aulas de maneira a aprofundar e ampliar conceitos, esclarecer aspectos mal compreen-
didos e desfazer imprecisões conceituais preconcebidas pelos alunos.
O aluno desenvolve atividades que têm como propósito facilitar o percurso de um raciocínio
e, por meio da exploração (como questões a responder, hipóteses a testar), chegar à
descoberta, ou seja, a novos saberes. É importante que o professor não elimine questões
nem junte aspectos tratados isoladamente em uma única pergunta com o intuito de encurtar
o processo.
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Exposto a uma situação que exige dele uma resposta nova, original, diferente do exercício de
simples compreensão ou de aplicação reprodutiva de algo já dado, o aluno é solicitado a
mobilizar os novos conhecimentos, habilidades e atitudes.
No Portal Objetivo, são oferecidas orientações aos alunos para todas as tarefas. As
marcadas com o ícone “tarefanet” são construídas de forma a permitir a autocorreção por
parte deles.
Cabe salientar que as seções didáticas apresentadas, embora tenham propósitos centrais diferentes umas
das outras, não são estanques nem se esgotam em si mesmas. Por exemplo, as atividades propostas em
“Suas experiências”, embora tenham como foco central a identificação e a organização dos saberes prévios,
já podem criar condições para alguma nova descoberta; da mesma forma, o desenvolvimento das atividades
de “Sua criação” ou a “Ampliação dos saberes” dão continuidade ao processo de exploração e descoberta,
possibilitando a construção de novos saberes.
Além das seções estruturantes do processo de aprendizagem, há outras marcações de atividades que
sinalizam de que formas estas se integram nas sequências didáticas organizadas. Algumas se repetem nas
diferentes disciplinas (“Pense no assunto”, “Atividade em grupo”, “Sua contribuição ao grupo” etc.) e outras
são específicas de algumas disciplinas.
O professor pode planejar seu trabalho e organizar a duração de cada sequência didática, acompanhando
as sugestões de número de aulas previstas que são apresentadas em tabela no fim de cada caderno de
orientação do professor. É certo que acompanhar o processo de aprendizagem impõe alguma flexibilidade a
partir das reações dos alunos às atividades, demandando do professor uma atenção constante. Respeitando-
se os interesses dos alunos e o seu ritmo de aprendizagem, o tempo destinado a cada atividade e a duração
da sequência podem ser encurtados ou ampliados.
5. Sugestões de leitura
CASTRO, Amélia Domingues de. Piaget e a didática: ensaios. São Paulo: Saraiva, 1974.
MOREIRA, M. C.; MASINI, E. F. S. A aprendizagem significativa: a teoria de David Ausubel. São Paulo:
Moraes, 1982.
PIAGET, J. Para onde vai a educação? Rio de Janeiro: José Olympio, 1976.
______. Psicologia e pedagogia. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 1970.
VYGOTSKY, L.S. A formação social da mente. 4. ed. São Paulo: Martins Fontes, 1991.
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1. Pontos de partida
O homem sempre procurou criar tecnologias que facilitassem suas práticas diárias. Assim, de acordo
com Soares (2007), as ferramentas criadas pelo homem sempre foram utilizadas como extensões de seus
membros. Não foi diferente com o computador, cuja invenção se deu para aprimorar e tornar mais rápida a
realização de cálculos complexos, sendo ele, portanto, uma extensão do próprio cérebro humano.
Embora a indústria bélica tenha sido uma das primeiras a se beneficiar da grande capacidade de
processamento dos computadores, atualmente diversos setores da economia se apropriaram da informática1, e
comumente podemos acompanhar as transformações que a tecnologia vem possibilitando na Educação (Mattei,
2011).
Como observado nos PCNs (1998, p. 138):
O nosso objetivo, no entanto, não é atuar somente como simples usuários de softwares aplicativos2, cuja
função é permitir a execução de uma tarefa específica (não obstante o grande número de produções
interdisciplinares que já realizamos com sucesso); pretendemos, para além disso, apropriar-nos da tecnologia
no sentido de incentivar a criatividade, o trabalho em grupo, o desenvolvimento do raciocínio lógico e a
capacidade de resolver problemas (habilidade fortemente trabalhada nas aulas de Robótica). Ainda com o
auxílio dos PCNs (1998, p. 140), “nosso objetivo consiste em estimular as capacidades para criar, inovar,
imaginar, questionar, encontrar soluções e tomar decisões com autonomia”.
1 Ciência que visa ao tratamento da informação por meio do uso de equipamentos da área de processamento de dados (Ferreira, 2010).
2 Inform. Qualquer programa, como, p. ex., o editor de textos, que permite ao usuário realizar certas tarefas (Ferreira, 2010).
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De acordo com Mitchel Resnick, pesquisador do Mit Media Lab4 e criador da linguagem de programação
Scratch5, em um dos seus vídeos6, quando se estuda programação não se aprende apenas recursos
computacionais de determinada linguagem de programação; além de tais habilidades, também são
observados: planejamento, criatividade, organização de ideias, interdisciplinaridade (Matemática, Arte,
Português, Inglês, entre outras – pois é possível desenvolver programas para uma disciplina específica),
capacidade de dividir problemas complexos em partes menores, capacidade de trabalhar em grupo,
colaboração, identificação e resolução de problemas. Essas são algumas das habilidades que não fazem parte
apenas da vida profissional de um indivíduo, mas de sua vida pessoal também.
Ainda segundo o pensamento de Mitchel Resnick, em um artigo7, habilidades trabalhadas no Scratch
(linguagem de programação), como pensar de maneira criativa, refletir de maneira sistemática e trabalhar de
forma colaborativa, combinam muitas das competências de aprendizagem para o séc. XXI.
O professor e pesquisador da Unicamp João Vilhete, em artigo8, concorda que ensinar programação para
crianças é o mesmo que ensinar a pensar. “Aprender fazendo diversifica a forma de aprender, quando uma
situação está num contexto que permite testar possibilidades e hipóteses. Para programar, é preciso
criatividade”.
b) Robótica educacional
O estudo da robótica9 em ambiente escolar já é praticado há algum tempo em escolas do mundo todo,
inclusive no Brasil. O conceito de robótica educacional vai além da previsão do uso de determinada tecnologia
ou de algum kit específico. Conforme pode ser visto em artigo10, a robótica educacional pode ser entendida
como um ambiente, onde o aluno tenha acesso a computadores, a componentes eletromecânicos,
eletrônicos, além de um ambiente de programação, responsável pelo acionamento e controle desses
componentes.
3 De acordo com matéria disponível em: <http://blogs.estadao.com.br/link/ensino-de-programacao-ganha-forca-na-inglaterra/>. Acesso
em: 26 out. 2013.)
4 Massachusetts Institute of Technology.
5 Scratch é um projeto do grupo Lifelong Kindergarten no Media Lab do MIT. É uma linguagem de programação e comunidade em linha,
em que se pode criar as suas próprias histórias, jogos e animações interativas, bem como partilhar as suas criações com outras pessoas
ao redor do mundo. Disponível em: <http://scratch.mit.edu/help/faq/>. Acesso em: 26 out. 2013.
6 Disponível em: <http://www.ted.com/talks/mitch_resnick_let_s_teach_kids_to_code.html>. Acesso em: jan. 2013.
7 Disponível em: <http://web.media.mit.edu/-mres/papers/wef.pdf>. Acesso em: 26 out. 2013.
8 Disponível em: <http://goo.gI1Y7xNvc>. Acesso em: 26 out. 2013.
9 Ramo do conhecimento, comum à engenharia e à informática, que trata da criação e da programação de robôs (Ferreira, 2010).
10 Disponível em: <http://ceie-sbc. tempsite.ws/pub/index.php/wie/article/view/856/842>. Acesso em: out. 2013.
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Uma das características mais marcantes da robótica é a possibilidade de colocar em prática, por meio de
projetos concretos, conhecimentos de diversas disciplinas. Em sua tese de doutorado, Alzira Ferreira da Silva
(2009) lista os seguintes objetivos da robótica pedagógica:
Desenvolver a autonomia, isto é, a capacidade de se posicionar, elaborar projetos pessoais, participar
na tomada de decisões coletivas. Desenvolver a capacidade de trabalhar em grupo. Proporcionar o
desenvolvimento de projetos, utilizando conhecimento de diversas áreas. Desenvolver a capacidade
de pensar múltiplas alternativas para a solução de um problema. Desenvolver habilidades e
competências ligadas à lógica, noção espacial, pensamento matemático, trabalho em grupo,
organização e planejamento de projetos envolvendo robôs. Promover a interdisciplinaridade,
favorecendo a integração de conceitos de diversas áreas, tais como: Linguagem, Matemática, Física,
Ciências, História, Geografia, Artes etc.
Ainda de acordo com a autora supracitada, esses objetivos estão alinhados com os objetivos estabelecidos
na LDB [Brasil. Lei n.o 9.394, de 1996] para o Ensino Fundamental: Seção III.
O nosso trabalho com a robótica deve, acima de tudo, permitir que se cumpram os objetivos
apresentados, por meio da realização de projetos que façam uso de kits, placas de circuitos lógicos, softwares
de simulação e linguagens de programação.
3. Atividades de aprendizagem
Além das seções já apresentadas, o caderno de atividades de informática de alguns semestres pode apresentar
a seção Hora de salvar, que tem como propósito o registro da produção em mídia removível (pen drive).
4. Avaliação
O processo de avaliação deve estar presente em todos os momentos, desde o preparo do conteúdo a ser
aplicado até o objetivo a ser alcançado, a partir de atividades que podem ser realizadas em grupo – no caso
da Robótica –, de tarefas individuais, desafios, além de exercícios extras.
5. Refências bibliográficas
BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Ensino Fundamental. Parâmetros curriculares nacionais:
terceiro e quarto ciclos do ensino fundamental: introdução aos parâmetros curriculares nacionais. Secretaria
de Educação Fundamental. Brasília: MEC/SEF, 1998. 174 p. (disponível em: <http://portal.mec.gov.br/
seb/arquivos/pdf/introducao.pdf>. Acesso em: out. 2013.
EIGENHEER, Frederico Antonio Maciel; MENDONÇA, Fernanda de Vilhena Sampaio. Logo II: palavras e listas.
São Paulo: McGraw-Hill, 1989.
FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda. MiniAurélio: o dicionário da língua portuguesa. Coordenação de
edição: Marina Baird Ferreira. 8. ed. Curitiba: Positivo, 2010.
MATTEI, Claudineia. O prazer de aprender com a informática na educação infantil. (Disponível em:
<http://www.educadores.diaadia.pr.gov.br/arquivos/File/novembro2011/pedagogia_artigos/ainformedinf.pdf>.
Acesso em: out. 2013.)
SILVA, Alzira Ferreira da. RoboEduc: uma metodologia de aprendizado com robótica educacional. Natal, RN,
2009. (Disponível em: UFRN/Biblioteca Central Zila Mamede.)
SOARES, Luiz Zico Rocha. Internet: um mundo paralelo. (Ilustrações do autor). São Paulo: Melhoramentos,
2007.
VALENTE, José Armando; VALENTE, Ann Berger. Logo: conceitos, aplicações e projetos. São Paulo: McGraw-
Hill, 1988.
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Informática Informática
Robótica Robótica
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Desde o 6.o ano, nossos alunos vêm desenvolvendo trabalhos com linguagens de programação de
diferentes tipos, apropriadas para cada idade.
Fecharemos este ciclo do Ensino Fundamental abordando, neste semestre, a linguagem Python.
Criada em 1991 por Guido Van Rossum, Python é uma linguagem gratuita, de código aberto, roda em
diversos sistemas operacionais e é de fácil aprendizado. Por meio dessa linguagem, daremos continuidade
à nossa principal tarefa, que é fazer os alunos analisarem um problema atentamente e compreenderem esse
problema para resolvê-lo, independentemente da linguagem utilizada.
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Módulo 4 – Condicionais
1. Tomando decisões com o Python
Objetivo: Checar e comparar instruções em um programa.
Instruções: As condicionais podem mudar a sequência de um programa, pois verificam os dados e
executam um comando se o resultado for verdadeiro e outro se o resultado for falso.
Discuta com os alunos alguns exemplos de condições utilizadas normalmente por eles (“Se fizer sol, vou
à piscina; senão, vou ao shopping”, “Se estudar, vou bem na prova; senão, vou tirar nota baixa” etc.).
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Módulo 5 – Repetições
Utilizando exemplos, recorde alguns softwares já aprendidos, nos quais trabalhamos com repetições.
Faça uma comparação com o Python.
1. Repetições em Python
Objetivo: Repetir instruções enquanto forem verdadeiras.
Instruções: Recordar algumas linguagens já conhecidas dos alunos, onde utilizamos repetições de comandos.
Fazendo esse paralelo, construa um exemplo com os alunos, chamando sua atenção para a instrução de
parada. Se essa instrução não for utilizada corretamente, o laço pode não parar.
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Módulo 6 – Vetores
Podemos dizer que vetor é uma forma simples de armazenar e organizar dados (por exemplo, lista de
alunos, notas etc.).
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3. Laços e vetores
Objetivo: Facilitar a leitura e a exibição dos elementos de um vetor.
Instruções: Recordar a aula sobre laços de repetição e, principalmente, a diferença entre eles.
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Módulo 7 – Turtle
Relembrar os alunos sobre a linguagem SuperLogo, conhecida e trabalhada por muitos deles. Recorde
também os principais comandos utilizados.
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Roteiro didático
Laboratório de Programação – Unidade 1
CONCEITOS TRABALHADOS/ OBSERVAÇÕES E TAREFAS
MÓDULO AULA
RECURSOS COMPLEMENTARES
• Navegação segura.
• Utilizar filmes e cartazes atualizados que
• Antivírus.
Internet: tratem do tema.
• Firewall.
navegando com • Promover debates.
1 • Antispam e similares.
segurança e • Visitar os sites:
responsabilidade • Conduta e comportamento
www.denunciar.org.br
adequado para navegar na
www.safernet.org.br
internet.
2
• Recordar variáveis e seus tipos.
Variáveis e • Variáveis e seus tipos. • Relembrar que operadores relacionais
expressões em • Operadores relacionais. comparam dois valores e operadores lógicos
Python • Operadores lógicos. combinam expressões.
XXIII
C1_9o_Ano_Informatica_Clayton_2018.qxp 23/11/17 15:44 Página XXIV
Vetores na linguagem
• Vetores. • Definir vetores.
Python
• Vetores.
Preenchendo o vetor a
6 • Append. • Armazenar valores no vetor.
partir do teclado
• Laços.
• Recordar vetores.
Laços e vetores • Vetores.
• Utilizar vetor com laço de repetição.
• Incremento.
XXIV
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NÚMERO DE
CADERNO MÓDULO SEM. AULAS PROGRAMA
SUGERIDAS
1
9 9 Repetições em Python
14 14 Laços e vetores
XXV
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XXVI
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Sumário
Módulo 4 – Condicionais
1. Tomando decisões com o Python ....................................................... 15
2. Aprimorando a tomada de decisões I ................................................. 17
3. Aprimorando a tomada de decisões II ................................................ 19
Módulo 5 – Repetições
1. Repetições em Python ........................................................................ 20
2. Interagindo com a repetição .............................................................. 21
3. Uma maneira diferente de repetir em Python ..................................... 22
Módulo 6 – Vetores
1. Vetores na linguagem Python ............................................................. 23
2. Preenchendo o vetor a partir do teclado ............................................. 25
3. Laços e vetores ................................................................................... 26
Módulo 7 – Turtle
1. Desenhando na linguagem Python...................................................... 27
2. Desenhando com repetições ............................................................... 30
Autores:
Cristina Maria Pereira Domingues
João Roberto da Silva
Náthaly Goulart Vale
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A1 DATA: _____/_____/_____
Módulo
5
1 Internet segura
Para complementar a aula, é interessante que sejam promovidos debates entre os alunos sobre o assunto.
No Portal Objetivo
Para saber mais sobre o assunto, acesse o PORTAL OBJETIVO (www.objetivo.br) e, em
“localizar”, digite INFO9F101 3
C1_9o_Ano_Informatica_Clayton_2019.qxp 18/09/2018 13:36 Página 4
A 2, 3 DATA: _____/_____/_____
Módulo
5
2 Introdução à linguagem de programação Python
Discuta com os alunos a simplicidade da linguagem e alguns comandos que já foram trabalhados em outras
linguagens.
Você já deve conhecer algumas linguagens de programação. Onde essas linguagens podem ser aplicadas?
Resposta pessoal.
O interpretador Python
Uma forma rápida de usar o Python é por meio da sua linha de comando (Shell). No exemplo a
seguir, a versão instalada do Python é 3.6 de 64 bits, executada no Sistema Operacional Windows 10.
_________________________
*Python é excelente para resolver expressões matemáticas com variáveis. Isso pode ser útil para conferir suas respostas em seus
exercícios de matemática e física.
4
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Obs.: Caso você esteja usando outra versão do Python ou outro Sistema Operacional, o atalho será um
pouco diferente.
Atenção!
a) O Python faz distinção entre maiúsculas e minúsculas, portanto cuidado ao digitar comandos.
b) Essa janela (Shell) não tem comando para limpar.
5
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Também é possível forçar uma quebra de linha com o comando \n. Veja o exemplo a seguir:
No Portal Objetivo
Para saber mais sobre o assunto, acesse o PORTAL OBJETIVO (www.objetivo.br) e, em
“localizar”, digite INFO9F102
6
C1_9o_Ano_Informatica_Clayton_2019.qxp 18/09/2018 13:36 Página 7
O Python é capaz de resolver expressões matemáticas com muita eficiência. É preciso que você saiba
que existe uma grande relação entre a programação e a matemática: ao programar, você tem a
oportunidade de colocar em prática muitos conceitos matemáticos. Observe a tabela a seguir com os
operadores mais comuns da linguagem Python. Não se preocupe em memorizá-la; com a prática, você
aprende.
+ soma 2 + 2 ==> 4
– subtração 2 – 2 ==> 0
/ divisão 2 / 2 ==> 1
* multiplicação 2 * 2 ==> 4
2 ** 3 ==> 8
** exponenciação
(2 elevado ao cubo!)
math.sqrt(9) ==> 3
import math
raiz quadrada também é possível usar:
math.sqrt()
9 ** (1/2) ==> 3
7
C1_9o_Ano_Informatica_Clayton_2019.qxp 18/09/2018 13:36 Página 8
No Python também é possível associar valores a letras ou palavras (variáveis). Experimente digitar os
seguintes comandos no Shell:
8
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a) (x + y) < z False
b) (x + y) < = z True
3. A fórmula a seguir converte graus Celsius em Fahrenheit. Utilize Python para converter as
temperaturas as seguir:
F = C * 1.8 + 32
°C Fahrenheit (°F)
c=32
32 89.6
f=c * 1.8 + 32
c=28
28 82.4
f=c*1.8+32
c=15
15 59.0
f=c*1.8+32
c=0
0 32.0
f=c*1.8+32
No Portal Objetivo
Para saber mais sobre o assunto, acesse o PORTAL OBJETIVO
(www.objetivo.br) e, em “localizar”, digite INFO9F103
9
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DATA: _____/_____/_____
A 4, 5
Módulo
5
3 Criando e executando programas em Python
Professor, lembre o aluno de softwares que já utilizamos em que as instruções eram armazenadas e executadas
(TurtleArte, Scratch, Linguagem C). Converse com ele sobre a diferença entre as instruções que são executadas
separadas (apenas uma de cada vez) e as instruções que compõem um programa (executadas todas em sequência).
Você acha que é possível armazenar instruções do Python em um único arquivo? Quais vantagens
tal processo poderia trazer?
Resposta pessoal.
Até o momento, usamos apenas o interpretador do Python (a janela do Shell), contudo é possível
armazenar as instruções em um arquivo e executá-las em uma ordem. Para tanto, siga este exemplo:
10
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Vamos escrever um programa que solicita um número inteiro e exibe o seu quadrado. Digite o
exemplo a seguir e salve-o no local indicado pelo professor:
Para ver o seu programa funcionando, é necessário acionar o comando Run ⇒ Run Module ou a
tecla F5:
Seu programa deverá exibir a frase solicitando um número inteiro. Digite um valor e teste! Repita o
processo e experimente digitar mais números.
11
C1_9o_Ano_Informatica_Clayton_2019.qxp 20/09/2018 14:15 Página 12
Atenção!
2. Crie um programa em Python que solicite um número inteiro não negativo e mostre a raiz desse
número. Exemplo:
12
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1) A tela do celular
13
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2) Conversão de moedas
É muito comum encontrar ferramentas on-line que fazem a conversão entre moedas. No entanto,
criar a sua ferramenta tem outro valor. Desenvolva em Python um conversor de moedas que solicite o
valor atual do Dólar e do Euro e, em seguida, solicite um valor em Real e exiba a quantidade de dólares
e euros que se pode comprar com os reais informados.
• Leia e exiba os valores com duas casas decimais.
• Dólar, Euro e Reais devem ser lidos como float(), e não como int(). Exemplo:
Atenção!
Para aumentar a precisão, você pode fazer a leitura com três casas decimais. Confira o que muda!
No Portal Objetivo
Para saber mais sobre o assunto, acesse o PORTAL OBJETIVO
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14
C1_9o_Ano_Informatica_Clayton_2019.qxp 18/09/2018 13:36 Página 15
A 6, 7, 8 DATA: _____/_____/_____
Módulo
5
4 Condicionais
Peça aos alunos exemplos de condicionais utilizadas por eles. Quando trabalhamos com condicionais, precisamos
utilizar os operadores. Reforce esses operadores com os alunos.
Você acha que é possível usar o Python para descobrir se um número é par ou ímpar? Ou para mostrar
na tela o maior entre dois números dados? Comente sua resposta.
Resposta pessoal.
Dispensar Usar
agasalho agasalho
15
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Atenção!
Os comandos if e else exigem “:” (dois-pontos) e um espaço nas linhas seguintes. Em situações
normais, após a digitação dos “:” e da tecla Enter, o espaço é inserido automaticamente.
Nas condições do programa anterior, qual das frases foi exibida? Justifique.
a NÃO é maior que b!
16
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Resposta Conceito
0a4 Ruim
5a7 Bom
8 a 10 Ótimo
Como resolver esse problema, de modo a fazer a leitura do número e exibir o conceito adequado?
17
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Uma solução seria usar o comando if diversas vezes, conforme o exemplo a seguir:
Esse método funciona, mas, dependendo da quantidade de respostas possíveis, o programa fica
confuso.
O segundo programa possui uma estrutura mais enxuta e fácil de entender. Além disso, é possível
usar mais de um comando elif, dependendo da situação.
18
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Em muitos casos, o teste condicional pode incluir a verificação de dois ou mais elementos, confira
o problema a seguir:
Uma seguradora de automóveis resolveu bonificar seus clientes com descontos. Para tanto, os
clientes deveriam ter mais de 25 anos e possuir CNH (Carteira Nacional de Habilitação) há pelo menos
5 anos. Observe que o teste deve levar em conta a idade e o tempo de habilitação. Acompanhe a solução
do problema na linguagem Python.
Confira a tabela a seguir e desenvolva um programa que faça a leitura do peso e da altura de uma
pessoa, mostre o resultado do IMC e forneça uma informação sobre o seu estado.
(http://portalsaude.saude.gov.br/dicas-de-saude/imc-em-adultos.html)
No Portal Objetivo
Para saber mais sobre o assunto, acesse o PORTAL OBJETIVO (www.objetivo.br) e, em
“localizar”, digite INFO9F105
19
C1_9o_Ano_Informatica_Clayton_2019.qxp 18/09/2018 13:36 Página 20
5 Repetições
Resgatar com os alunos a importância do comando repita, que já foi trabalhado no SuperLogo, no TurtleArt e no
Scratch.
1. Repetições em Python
Muitos problemas computacionais exigem que ações sejam repetidas diversas vezes. O Python possui
uma maneira muito simples para tratar repetições: primeiro é feito um teste (condicional); se o resultado
for verdadeiro, o programa repete as instruções; caso contrário, a repetição termina.
20
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Imagine repetir uma operação até que o usuário decida encerrar. Dessa forma, condicionamos a
repetição a uma resposta do usuário. O código a seguir solicita valores que serão somados, executa a
operação e exibe o resultado. O programa só irá parar de somar quando o usuário digitar 0 (zero). Digite-o
e faça o teste!
21
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No exemplo a seguir, o programa exibe os números inteiros entre 0 e 10, sem incluir o 10 (0 ≤ i <10).
Outra forma de usar o laço for é informando o passo da repetição. O exemplo a seguir mostra
todos os números pares entre 10 e 20, incluindo o 20.
22
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5
6 Vetores
Apresentar a importância de armazenar palavras e textos com mais facilidade por meio de vetores, sempre
resgatando conteúdos já trabalhados em anos anteriores.
Nos exemplos acima, o que seria mais fácil: criar uma variável para cada caso, mas que pudesse
armazenar mais de um valor, ou criar n variáveis para cada situação? Justifique sua resposta.
Resposta pessoal.
A linguagem Python permite armazenar mais de um valor na mesma variável. Para fins de
simplificação de estudo, vamos chamar esse tipo de variável de vetor; no entanto, a linguagem Python
possui estruturas mais complexas, que dão suporte mais amplo a essa necessidade. Mas, afinal de contas,
para que é necessário trabalhar com uma variável que armazena mais de um valor? Simples, é mais
prático e viabiliza a solução de diversos problemas!
No exemplo a seguir, criamos uma variável para armazenar quatro médias bimestrais de determinada
disciplina.
23
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Nesse exemplo, temos uma variável chamada medias, com quatro valores separados por “,”
(vírgula).
Nesse caso, todos os valores são exibidos na forma de uma lista; no entanto, é possível mostrar
separadamente cada elemento do vetor, como no próximo exemplo:
Repare que o primeiro elemento de um vetor não começa no índice 1, e sim no índice 0 (zero). Por
isso, não temos o elemento de número 4!
Observação: Não confunda o tamanho do vetor, que nesse caso é 4, com o seu endereçamento.
Como o índice começa sempre em 0 (zero), o último elemento de um vetor será (tamanho_do_vetor
– 1).
Veja na representação a seguir:
24
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Já sabemos criar e preencher um vetor. No entanto, algumas vezes o preenchimento do vetor precisa
ser feito a partir do teclado, com valores informados pelo usuário. O programa a seguir armazena três
notas em um vetor. Digite e faça o teste:
Algumas observações:
• O vetor é criado vazio:
3. Laços e vetores
O laço for pode ser usado para facilitar o trabalho de leitura e exibição dos elementos de um vetor.
O programa a seguir faz a leitura de cinco temperaturas e exibe a média aritmética. Digite e faça o teste.
Algumas observações:
• Criamos um vetor e uma variável para calcular a média:
t=[]
m= 0.0
• Como são cinco leituras, usamos um laço para repetir cinco vezes:
(i começa em 0 e vai até 4!)
• A variável “m” é a soma de todas as temperaturas digitadas. Lembre-se de que t[0] guarda
a primeira temperatura, t[1] guarda a segunda e assim por diante:
(i começa em 0 e vai até 4!)
• Finalmente, dividimos “m” por cinco e exibimos a média com duas casas decimais:
No Portal Objetivo
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“localizar”, digite INFO9F106
26
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A 15, 16
Módulo
5
7 Turtle
Mostre para os alunos os programas TurtleArt e SuperLogo.
Gráficos ou figuras geométricas? Você conhece alguma linguagem com essas características?
Comente.
Resposta pessoal.
A linguagem Python permite criar figuras geométricas e efeitos visuais por meio de uma biblioteca
específica para essa finalidade. Inicialmente, é necessário fazer a importação da biblioteca turtle, para
então começar a utilizar seus recursos. Observe:
Após digitar e executar o programa acima, o resultado será a tela do Python Turtle Graphics,
conforme figura abaixo:
27
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Perceba a presença de um pequeno cursor (tartaruga) em forma de seta. É a partir dele que faremos
alguns experimentos.
Movimentando a tartaruga
Para movimentar a tartaruga no sentido em que ela aponta, usamos o comando fd(100) – o número
100 representa a distância, em pixels, que será percorrida. Repare:
28
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(100,100)
(0,0)
Use o método setposition(x,y),
partindo do ponto (0,0).
29
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Pentágono 5 360/5
Octógono 8 360/8
Também é possível usar variáveis para desenhar polígonos customizados. Observe o programa a
seguir:
Note que, durante a execução, o programa fica aguardando o valor das variáveis “lados” e “t”.
30
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Desenhando mosaicos
Também é possível formar figuras mais complexas a partir de figuras mais simples, usando dois ou
mais laços. Observe a figura a seguir:
Modifique um dos seus programas para criar um mosaico. Note que o programa deverá solicitar a
quantidade de lados da figura, o tamanho de cada lado e o número de figuras que serão desenhadas.
Veja a seguir um exemplo da execução do programa para desenhar a figura acima.
31
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No Portal Objetivo
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“localizar”, digite INFO9F107
32