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A destilação é uma das principais operações unitárias da indústria química, pode ser
denominada também como destilação fracionada ou fracionamento, das quais envolve o
processo de separação de misturas seja entre sólido-sólido, líquido-líquido ou sólido-líquido.
A destilação pode ser em regime batelada ou contínua, o equipamento onde ocorre a
destilação é chamado de torre de destilação ou coluna de destilação, a qual seu interior é
provido de pratos ou bandejas. As duas formas mais comuns da utilização de destilação são: a
destilação fracionada ou destilação multiestágios e a destilação flash. A destilação fracionada
é o processo de separação que utiliza uma coluna de fracionamento com dois ou mais
estágios na qual é possível realizar a separação de diferentes componentes que apresentam
diferentes pontos de ebulição, presentes em uma mistura (ECO EDUCACIONAL, 2016). A
destilação flash também conhecida como destilação integral ou destilação de equilíbrio é uma
técnica de separação normalmente usada como uma operação auxiliar, pois só permite uma
separação razoável da mistura se a diferença de volatilidade dos compostos for elevada (ECO
EDUCACIONAL, 2016). A utilização de uma dessas formas irá depender das características,
composições e propriedades termodinâmicas das substâncias.
2. OBJETIVOS
2.1. Gerais
2.2. Específicos
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2.2.4. Relacionar o número de pratos reais com os ideais na coluna de
destilação, utilizando-se equações de equilíbrio e correlações da
literatura;
2.2.5. Determinar a carga térmica do refervedor.
3. METODOLOGIA
Foi realizada a simulação de uma coluna de destilação, com uma mistura binária. O
experimento não foi realizado na prática, será realizado a análise dos resultados através de
dados passados pelo professor, dados estes que foram obtidos por outros acadêmicos durante
experimento no laboratório fazendo uso do mesmo equipamento mencionado neste trabalho.
Será realizada a análise nas seguintes razões de taxa de refluxo: Refluxo total,
Refluxo zero e Refluxo 4:1.
3.1. Preparação da coluna para ensaios
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longo da coluna e mantenha a destilação em refluxo total até que todas
as temperaturas estejam estabilizadas e assim deve-se registrar as
respectivas leituras.
3.2.5. Retira-se lentamente uma amostra de aproximadamente, do produto de
topo através do septo de amostragem com auxílio da seringa.
Transfere-se o conteúdo da seringa para a proveta, tampar e resfriar a
amostra entre 20 e 25°C. Passa-se cuidadosamente para o Picnômetro
previamente seco e tarado em balança analítica. Realiza-se a pesagem
da amostra para calcular sua densidade. A partir da densidade pode-se,
por tabela, determinar a fração mássica e, a partir desta, calcular a
fração molar da amostra. Após fazer a densidade, devolve-se toda a
amostra para o sistema, lentamente através do funil do frasco
graduado.
3.2.6. Após uma espera de aproximadamente, 5 minutos até que o sistema
entre novamente em regime e coletar amostras líquidas, ao longo da
Coluna através dos septos de amostragens, dos respectivos Módulos
intermediários de coleta, com auxílio da seringa e proceder a
determinação da densidade e frações mássicas/molares e proceder
devolução das amostras na Coluna.
3.2.7. Novamente espera-se 5 minutos até que o sistema entre novamente em
regime e coletar uma amostra do refervedor , com auxílio do “trap” de
vidro e pêra de sucção. Em seguida, transfere-se o conteúdo da seringa
para a proveta, tampa-se e resfria-se a amostra entre 20 e 25°C. Com
cuidado a amostra é transferida para o picnômetro previamente seco e
tarado em balança analítica, pesar a amostra para calcular sua
densidade; fração mássica e molar.
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3.3.3. A Coluna deve operar por 15 a 20 minutos, para as temperaturas
estabilizarem no novo regime de operação. Registrar as respectivas
leituras de temperaturas;
3.3.4. Retira-se de amostra do Topo (Destilado): A amostra será coletada
diretamente no Módulo graduado onde, também, será medida a vazão
mássica da fração de destilado que sairia da Coluna.
3.3.5. Procede-se com a retirada de amostras dos módulos intermediários de
coleta.
3.3.6. Realiza a retirada de amostras do Refervedor.
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4. RESULTADOS E DISCUSSÕES
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Tendo em vista que a temperatura do refervedor se estabilizou ao longo do tempo,
pode-se observar também que a mistura passou pelo estágio 1 e pelos estágios consecutivos
até o estágio de topo respectivamente, sendo separada pela diferença de temperatura de
ebulição entre as substâncias que compõem a mistura água-etanol. É possível fazer toda essa
análise de acordo com o gráfico apresentado na Figura 1 e de acordo com a Tabela 1 na qual
se tem informação dos dados numéricos e representativos.
A Tabela 1 representa a temperatura das seções da coluna após estabilização das
leituras.
Tabela 1: Dados de temperatura das seções da coluna após estabilização das leituras.
A partir das informações coletadas, determinou-se que VpicA= 14,618 cm3 e o VpicB=
15,604 cm3.
Nas tabelas de 3 a 5, tem-se os dados coletados para cada razão de refluxo utilizada na
prática para a determinação do teor alcóolico nos referidos estágios e os resultados obtidos
através de interpolação linear da Tabela de Dados do Sistema Água-Etanol (Anexo I).
É esperado que uma coluna de destilação operando com razão de refluxo total
promova uma maior recuperação do composto mais volátil pois neste tipo de operação o
tempo de residência do fluido no interior da coluna é maior, e como observou-se através da
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Tabela 3, isso acontece quando comparado o teor alcóolico no destilado nas demais
condições de operação utilizadas.
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Enquanto um sistema operando com razão de refluxo total terá um número mínimo de
pratos, a coluna com condição limite de refluxo zero (Tabela 5) tenderá a ter um número
infinito de pratos que será demonstrado através do método de McCabe-Thiele e uma menor
taxa de recuperação do etanol devido ao baixo tempo de residência da mistura nos estágios.
Na Tabela 6 estão descritos os parâmetros para estimar o número de pratos através do
método de McCabe-Thiele e plotar os gráficos de cada situação. O parâmetro q é definido
como sendo a quantidade de mols de líquido que fluem na seção de esgotamento como
consequência da introdução de cada mol de alimentação (MCCABE E SMITH, 2007) e foi
determinado arbitrariamente para a simulação, Xf, Xd e Xb são as frações molares de
alimentação, destilado e refervedor, respectivamente e a volatilidade relativa foi calculada
considerando o equilíbrio líquido-vapor da composição binária como sendo ideal.
Condição de Volatilidade
q R Xf Xd Xb
operação relativa (α)
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O total de pratos teóricos obtidos através da simulação para a condição limite de razão
de refluxo 4:1 foi igual a 11, porém não é possível determinar com clareza em qual prato se
dá a alimentação, devido ao formato apresentado da curva gerada. O número de pratos maior
que na condição anterior já era esperado, bem como a menor recuperação do composto mais
volátil.
As Figuras 2 e 3 apresentam semelhanças com o gráfico da Figura 5a, e a Figura 2 há
a indicação de um número menor de pratos já que por funcionar em razão de refluxo total ele
fornece o menor número de pratos possível, comportamento que era esperado.
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considerar que há um número infinito de estágios como prevê a condição de operação de
razão de refluxo zero.
Figura 5: Gráfico de McCabe-Thiele para razão de refluxo total (a) e refluxo mínimo (b).
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Por esse processo físico deu-se a determinação da carga térmica do refervedor, que foi de 726
W. Cabe ressaltar que nesse tipo de coluna utilizada (recheio), há baixa perda de carga e
pouco tempo de residência no processo (NADLER, 2015).
Através do resultado obtido, é possível inferir que quanto maior a corrente aplicada no
refervedor, maior será sua carga térmica. Análogo a isso, as variáveis de resistência,
temperatura e tempo também interferem no processo, uma vez que são diretamente
proporcionais.
Outro ponto a se avaliar é que a potência é diretamente proporcional em transformar
o conteúdo do mesmo (mistura alimentada) em produto de fundo. Nas unidades contínuas de
laboratório, em geral não necessitam de um volume tão grande no refervedor, facilitando, por
exemplo, à chegada ao regime permanente, em um período de tempo menor (Junior,2007).
Outras variáveis possíveis de se avaliar, analisando a carga térmica é a vazão interna
de vapor e sua relação com os pratos. Segundo os dados da literatura, o aumento da carga
térmica do refervedor diminui o nível após decorrido um tempo relativamente longo, contudo
o efeito imediato é o aumento da vazão interna de vapor, o que provoca o incremento do
nível. Como um maior nível dos pratos implica em maior vazão de líquido descendo pela
coluna, como consequência o nível aparente da base da coluna aumenta (MOUSSA, 2001).
5. CONCLUSÕES
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informações claras sobre o número de pratos do processo, tornando a utilização deste método
ineficaz para as condições de operação utilizadas na prática.
Por fim, determina-se a carga térmica do procedimento pela equação de potência que
relaciona os dados coletados de corrente e tensão durante a realização da prática.
6. REFERÊNCIAS
ARAUJO, W. R., et. al. Operação de Destilação Etanol-água Conduzida em uma Coluna
de Destilação Piloto. I Congresso Nacional de Engenharia de Petróleo, Gás Natural e
Biocombustíveis. Universidade Federal de Campina Grande, 2016.
ECO EDUCACIONAL. Roteiro Didático de Destilação. Instituto Federal do Norte de
Minas Gerais: Montes Claros, 2016.
JÚNIOR, A. E. O. Análise de Desempenho de coluna de Destilação contendo Recheio
Estruturado. Disponível em:
<http://epqb.eq.ufrj.br/download/analise-de-desempenho-de-colunas-de-destilacao.pdf>.
Acesso em: 22.fev.2021.
MOUSSA, L. S. Análise Termodinâmica de Colunas de Destilação Visando à
Otimização Energética. Disponível em:
<http://repositorio.unicamp.br/bitstream/REPOSIP/267546/1/Moussa_LucianaSaliba_M.pdf>
. Acesso em: 22.fev.2021.
NADLER, L.H. Análise da eficiência de recheio de uma coluna de separação de
Etilbenzeno e Estireno. Disponível em:
<https://www.lume.ufrgs.br/bitstream/handle/10183/127753/000970451.pdf?sequence=1>.
Acesso em: 22.fev.2021.
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7. MEMORIAL DE CÁLCULO
7.1. Determinação do volume do picnômetro A:
Massa de água (g) = (Massa do picnômetro + Massa de água) - (Massa do picnômetro vazio)
= 26,026 g + 11,408 g
= 14,618 g
ρ = m/V
V =m/ρ
V= (14,618 g) / (1 g/cm3)
VpicA= 14,618 cm3
ρ=mamostra/VpicA = 14,365/14,618
ρ=0,98269 g/cm3
y=y1+(x-x1)*(y2-y1/x2-x1),
y=9+(0,98269-0,98346)*(9-8/0,98193-0,98346)
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y=8,5
Esta mesma sequência de cálculos foi utilizada para obter todos os resultados desta seção.
Lembrando que a temperatura foi fixada em 25 ºC para amostragem.
Para calcular as frações molares Xd, Xf, e Xb foram feitas conversões a partir do teor
alcóolico calculado na etapa anterior. Seguindo a seguinte sequência: 1) cálculo da fração
mássica, 2) cálculo do número de mols de cada componente e totais, e em seguida, 3)cálculo
das frações molares.
A volatilidade foi calculada através dos dados de ELV obtidos no CheCalc considerando um
sistema ideal e por sua vez, utilizando a Lei de Raoult para relacionar as pressões de
saturação com os valores de x e y encontrados pelo equilíbrio.
P = V*i
P = 220 V*3,3 A
P = 726 W
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8. ANEXOS
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