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Arte Moderna - Vanguardas Artísticas

As enormes modificações que a tecnologia e a fabricação em massa, que se avolumaram com


a crescente urbanização geral das sociedades durante o século 19, não podiam deixar de
afetar as artes. O próprio movimento de secularização do estado e da sociedade, iniciado com
a Revolução Francesa de 1789 e aprofundado com a Revolução de 1848, fez com que novos
rumos temáticos e estéticos fossem buscados pelos artistas e pelos literatos. Primeiro os
pintores e, em seguida, os escultores, sentiram-se profundamente afetados pela invenção da
fotografia (1839), que logo passou a dominar os mais amplos campos da realidade: do
retratismo à paisagem.
O trajeto da arte moderna no século XIX acompanha a curva definida pelo romantismo,
realismo e impressionismo, o rompimento com o “passado” primeiramente surgiu com o
Movimento Impressionista, numa época em que a fotografia se expandia, a arte já se mostrava
defasada, redundante, os artistas saíram dos ateliês rumo às ruas, para retratar pessoas
comuns em seu dia a dia nos parques, nos cafés, rompendo com os conceitos acadêmicos,
tanto com a temática quanto com a forma, desta nova forma de se fazer arte que a arte
moderna emergiu, levantando a idéia que persiste ate os dias de hoje, de que INOVAR é
essencial, fazendo da aversão ao passado o seu preceito fundamental.

O Modernismo se entendia como essa negação ao academicismo, buscando novas formas de


se fazer arte, de se trabalhar com as cores, simetria, volume etc. distanciando assim cada vez
mais da perfeição representativa da arte clássica. Dentro desse movimento modernista surge a
Arte Moderna, o termo engloba os movimentos de vanguardas artísticas do inicio do século XX,
futurismo, cubismo, expressionismo, suprematismo, construtivismo, dadaísmo, surrealismo, etc.
até meados da década de 60.
A arte moderna se concentrava menos na realidade visual externa e mais na visão interna do
artista, a arte do inicio do século XX não apenas decretou que qualquer tema era adequado,
como também libertou a forma e a cor da obrigação de representarem com exatidão os objetos.

Fovismo

O primeiro movimento importante de vanguarda foi o fovismo mesmo durando apenas quatro
anos. “O fovismo não é tudo, é apenas o começo de tudo” comentou Matisse, um dos mestres
do fovismo. O movimento nunca se nomeou um movimento, embora os artistas como, Derain,
Vlaminck, Rouault, Braque, Dufy trabalhassem juntos e tivesse Matisse como seu porta-voz. Os
fovistas buscavam cores vibrantes, que expressassem os sentimentos diante das imagens,
sem a obrigatoriedade de serem fiéis as cores reais.

Matisse fora um dos principais artistas da arte moderna, libertando o uso das cores, ele dizia
que a cor deveria expressar nossas próprias emoções, Matisse buscava reter apenas as
qualidades essenciais do tema, em seus últimos anos fora tomado pela artrite, doença que o
impossibilitou de continuar pintando, então ele se dedicava a recortar formas imaginarias em
papel colorido para fazer enormes e alegres colagens, em suas colagens Matisse manteve o
que mais valorizava em suas pinturas, as cores vivas e uma forma simplificada quase
“minimalista”.
Vlaminck era um dos fovistas mais extremos, excessivo, exaltado e com uma tremenda
vontade de revolucionar, era fortemente apaixonado e influenciado por Van Gogh, juntamente
com Derain, passou a esguichar tinta do tubo diretamente na tela, formando grossas camadas
que eram espalhadas com espátulas.
Derain foi uma figura importante no fovismo e um dos percussores do cubismo. Outros artistas
fovistas Dufy e Rouault também usavam das cores fortes, porém o primeiro pintava imagens
alegres, festas em jardins, corridas de cavalo, enquanto o segundo se diferenciava dos demais
fovistas, por pintar imagens cheias de sofrimento e dor.
Cubismo

Quase que paralelamente ao fovismo, surgiu um dos principais pontoxs da arte no século XX, o
Cubismo, foi Matisse quem nomeou o movimento, ao ver uma paisagem de Georges Braque,
Matisse afirmara que não passava de “cubinhos” e o nome pegou.
O Cubismo não era exatamente definido por cubinhos. Os artistas cubistas, Picasso, Braque,
Gris e Léger, na verdade quebravam os objetos em pedaços. O cubismo se dividiu em duas
fases,
O Cubismo Analítico; onde as formas dos objetos eram analisadas, partidas em fragmentos
espalhados pela tela, e o Cubismo Sintético;onde Braque e Picasso inventaram uma nova
forma de arte denominada “colagem”, eles incorporavam letras de estêncil e recortes de papel
as pinturas.

Futurismo

Na década seguinte ao surgimento do cubismo, a Europa passava por extremas mudanças, a


primeira guerra mundial, a revolução russa, e a tecnologia que se desenvolvia aceleradamente,
neste contexto caótico os artistas buscavam novas formas de se expressarem diante dos fatos,
surgindo movimentos como o futurismo e o construtivismo.
O Futurismo surgiu na Itália, inicialmente na literatura com Marinetti e logo invadiu o campo das
artes, artistas como Umberto Boccioni, Giacoma Balla, Carlo Carrã, Luigi Russolo e Gino
Severini buscavam reverenciar o novo, a revoloção tecnológica, as ferrovias, aviões, todo o
movimento da vida contemporânea.

Suprematismo

Outro pioneiro da arte abstrata foi Malevich, ele buscava liberar a arte do objeto, pintava
quadrados flutuando sobre fundos brancos, e mais tarde, quadros branco sobre o branco,
buscando simplificar tanto as cores como as formas ao estado mais puro.
Manifesto Suprematista;

Dadaísmo

O Dadaísmo fora fundado em Zurique, território neutro, em 1916 por um grupo de refugiados
da I Guerra Mundial. O movimento que durou 7 anos parecia muitas vezes sem sentido, mas
tinha como objetivo protestar contra a guerra, onde as atrocidades eram tamanhas que cultivar
o absurdo não seria um “absurdo”. O dadaísmo saiu de Zurique e se expandiu pela França,
Alemanha e Estados Unidos, buscando denunciar as loucuras do mundo, escandalizando e
subvertendo os valores.
Entre os Dadaístas como Hans Arp e Schwitters, Marcel Duchamp foi de fato o mais
importante, e uma das figuras mais influentes da arte moderna, inspirando diversos
movimentos seguintes ao dadaísmo, Para ele a concepção da obra valia mais que o resultado
final, sendo a idéia parte principal desta. Duchamp inventou uma nova forma de arte chamada
ReadyMade, que usava objetos prontos para a concepção da obra de arte, seja em
composições ou como no caso de sua mais polemica obra, um urinol de porcelana com a
assinatura R. Mutt. Duchamp introduziu a idéia de que se um objeto é tirado de seu meio, e é
colocado diante do espectador, perde sua característica usual para ser “arte”, mudando o
conceito do que de fato pode ser considerado como arte.

Surrealismo

Manifesto Surrealista;
(Andre Breton, Louis Agarro, Aratu, Paul Enludra, Salvador Dali e Luís Buñuel) 1924: influencia
da psicanálise de Freud. Ênfase nos sonhos, e nas hipnoses. Exploração do inconsciente, do
sonho, do fantasioso.
Derivado do movimento dadaísta surge o surrealismo, que floresceu na Europa e Estados
Unidos, nas décadas de 20 e 30.
O movimento iniciou na literatura, promovido por André Breton, influenciado pelas teorias de
análise de sonhos freudianas. Logo tanto poetas como pintores começaram a fazer
experiências com o automatismo - uma maneira de criar sem controle consciente - para
despertar o imaginário inconsciente. O surrealismo buscava ir além da realidade, chegando ao
irracional, ao fantasioso, ao bizarro que não era entendido por meio da lógica.
O movimento se dividiu em duas vertentes, uma que seguia a arte improvisada, o automatismo,
como no caso dos pintores Miró e Max Ernst e outra que usava de técnicas rigorosamente
realistas para expressar cenas alucinatórias, como no caso de Salvador Dalí e René Magritte.
De fato todas as pinturas surrealistas desafiavam o senso comum, imagens de submundos
psíquicos, fantasiosas, ininteligíveis que iam além da razão, promovendo uma atenção mental
extra no expectador.

Expressionismo

Manifesto Expressionista ;
(Kassimir Edschmid, V.Kandinsky, Franc Marc, Egon Schiele, F. Murnau (cinema) 1917: arte
resultante da expressão da vida interior, de imagens que se originam do fundo do ser. Artista
instrumento da expressão, contra o positivismo e contra o naturalismo.
O expressionismo tinha como idéia a dissolução da forma convencional, o uso abstrato da cor,
a emoção vigorosa, a psique do desconhecido, o uso dos símbolos e o enaltecimento da alma
humana. O expressionismo tenta refletir um mundo interior de significado, logo o desespero e a
neurose de um povo derrotado, transfigurado em uma idéia de reforma social.
O vocábulo Expressionismo é uma criação da estética alemã, vinculada a Revista Der Sturm (A
Tempestade).
Os precursores deste movimento apareceram no século XIX, sendo Van Gogh, Ensor e Munch,
mas o movimento acabou firmando-se com dois grupos, Die Brücke (A Ponte), de Dresden, em
1905 e o Der Blaue Reiter (O Cavaleiro Azul), de Munique, em 1909.
o expressionismo foi um "movimento de muita dinamicidade, a ponto de, ao liberar energias de
forma tão febril, criar uma impressão inicial de caos absoluto.
“O expressionismo nada mais é que uma prospecção de estados fronteiriços e posições
extremas, que freqüentemente implicam crises de indecisão e gestos hiperbólicos dirigidos
simultaneamente em direções contrárias", afirma Roger Cardinal.
valores formais da arte, passando do mundo concreto para o subjetivo.
O artista cria suas imagens. A natureza é uma fonte de idéias, mas o artista moderno tem nova
percepção do mundo. Ele expressa uma realidade interior. O abstracionismo apresenta várias
fases, desde a mais sensível até a intelectualidade máxima.
Esses artistas aprofundam-se em pesquisas cromáticas alcançando efeitos de perspectiva
através das tonalidades e matizes obtidos. Querem e criam um Expressionismo abstrato, que
transmite sensibilidade e emoção.
Em 1910 surge em Munique outro movimento de arte vanguardista, O Cavaleiro Azul (Der
Blaue Reiter) fundado por Wassily Kandinsky.
O objetivo do grupo era o de unir sob um mesmo ideal artístico criadores de várias
nacionalidades e diferentes expressões, ultrapassando as barreiras culturais e ideológicas.
Estes artistas concebiam a sua atividade criativa como um produto da unidade existencial entre
o homem e a natureza. A base das obras seriam as experiências pessoais, as sensações e os
sentimentos subjetivos de cada um.

Assim é chamado o Expressionismo abstrato americano. No início dos anos 40, surge em Nova
Iorque, um estilo original de pintar, é a “Action Painting” ou pintura de ação, criada por Jackson
Pollock (1912-1956).
A pintura de ação revolucionou a arte americana ao tentar ignorar o automatismo psíquico da
criação e tentar traduzir apenas o gesto ou ação de pintar. Sua pintura é linear, caligráfica,
inspirada escrita japonesa, sua característica maior é o movimento, resultado de um gesto,
derramando a tinta ou usando bisnagas, baldes, pincéis ou mãos sobre o suporte estendido no
chão
Modernismo em Portugal

Em Portugal, em inícios do século XX. abandonou-se a visão naturalista da arte que


era tão presente no país, dando lugar a um novo estilo de cariz mundano e boémio: o
modernismo.
Amadeo de Souza-Cardoso (um pintor português modernista) chegou ao ponto de
afirmar que era "de tudo um pouco", desde cubista, passando pelo futurismo até
mesmo surrealista.
O modernismo em Portugal teve duas fases:

 O primeiro Modernismo (1911-1918)

Neste primeiro modernismo encontramos artistas como Manuel Bentes, Almada


Negreiros, Fernando Pessoa, Mário de Sá-Carneiro, Amadeo de Souza-Cardoso entre
muitos outros. As obras destes artistas perseguiam objectivos de sátira política, social
e até ainticlerical. O modernismo sofreu impulso notável com o início da Primeira
Grande Guerra, regressaram a Portugal nesta altura, vindos de Paris onde estudavam,
as personalidades que iriam revolucionar a arte portuguesa (Santa-Rita Pintor,
Eduardo Viana, entre outros).

Fernando Pessoa e Mário de Sá-Carneiro juntam-se e fazem nascer a revista Orpheu,


uma revista que mudou a facção literária deste movimento. Foi com o Orpheu que o
modernismo português revelou a sua faceta mais inovadora, polémica e emblemática:
o futurismo. Anos mais tarde surge a revista Portugal Futurista (que apenas editou um
número). Nesta revista apareceram trabalhos desde Santa-Rita Pintor, Pessoa, Almada
Negreiros e até o homem das Odes futuristas, Álvaro de Campos (heterónimo de
Pessoa).

 O segundo modernismo (anos 20 e 30)

O segundo modernismo marcou uma grande variação de estilos a abordar, foram


tantos os expressionistas, como os cubistas. Houve uma maior abrangência de
conceito de arte a ser explorado. Tivemos também a grande referência de José Régio
que marcou uma geração com a revista Presença. Na pintura destaque para Amadeo
de Souza-Cardoso que se revelou camaleónico e para Almada Negreiros que ainda hoje
é conhecido pelo seu espírito irreverente que tão bem caracterizou o modernismo.
AMADEO DE SOUZA CARDOSO

Nascido em 1887 e falecido em 1918, as primeiras experiências de Souza-Cardozo


deram-se no desenho, especialmente como caricaturista. Aos 19 anos, mudou-se
para Paris, tomando contacto primeiro com o Impressionismo e depois com o
Expressionismo e o Cubismo. Em 1912 publicou um álbum com 20 desenhos .
Depois de participar numa exposição nos Estados Unidos, em 1913, voltou a
Portugal, onde realizou  duas exposições, respectivamente no Porto e em Lisboa,
causando escândalo entre os seus compatriotas: suas obras foram criticadas,
ridicularizadas e, por breves momentos, houve até confronto físico entre críticos e
defensores da arte moderna. Em 1925, a França realizou uma retrospectiva do
pintor, com 150 trabalhos, bem aceites pelo público e pela crítica. Dez anos depois,
em Portugal, foi criado um prémio para distinguir pintores modernistas, que
recebeu o nome de «Prémio Souza-Cardoso». Lentamente, à medida em que os
preconceitos em relação ao modernismo foram sendo afastados, o nome de Souza-
Cardoso ganhou a devida importância em Portugal.

A sua obra é caracterizada por paisagens exóticas, com desenhos cubistas que
transmitem : elegância, mistério, imaginação, emoção e simbolismo. Amadeo
acumula elementos geométricos caligráficos, com linhas encurvadas coloridas que
conduzem a uma acção extremamente dinâmica.

José Sobral de Almada Negreiros


 Uma das figuras marcantes da geração modernista de "Orpheu".

Nasceu em São Tomé e Príncipe a 7 de Abril de 1893;


morreu em Lisboa a 15 de Junho de 1970.

Filho do tenente de cavalaria António Lobo de Almada Negreiros, administrador do


concelho de S. Tomé e de Elvira Sobral, foi educado no Colégio de Campolide, dos Jesuítas,
e mais tarde, devido à extinção do Colégio em 1910, e por pouco tempo, no Liceu de
Coimbra.

Em 1911 ingressa na Escola Internacional de Lisboa, que tem um ensino mais moderno, e
onde lhe proporcionam um espaço que lhe vai servir de oficina. e publica o primeiro
desenho n'A Sátira. Em 1912 redige e ilustra integralmente o jornal manuscrito A Paródia,
reproduzido a copiógrafo na Escola, expõe no I Salão dos Humoristas Portugueses, e
colabora com desenhos para várias publicações.

Em 1913 realiza a primeira exposição individual, apresentando cerca de 90 desenhos na


Escola Internacional, e conhece Fernando Pessoa, que escrevera uma crítica à exposição
n'A Águia. Continua a colaborar como ilustrador para várias publicações, e em 1914 torna-
se director artístico do semanário monárquico Papagaio Real.

No ano seguinte, escreve a novela A Engomadeira, publicada em 1917, onde aplica o


interseccionismo teorizado por Fernando Pessoa, abeirando-se do surrealismo. Colabora
no primeiro número da revista Orpheu, depreciado por Júlio Dantas, que afirma que não
há justificação para o sucesso da revista e para a publicidade feita ao seu redor, afirmando
que os autores são pessoas sem juízo. Ainda nesse ano de 1915, Almada realiza o bailado O
Sonho da Rosa.

Eduardo Viana

Pintor português nascido em 1881, em Lisboa, e falecido em 1967. Estudou na Academia


de Belas-Artes de Lisboa e, posteriormente, concluiu o Curso Especial de Pintura Histórica.
Viveu em Paris e em Bruxelas e, em 1940, regressou definitivamente a Portugal. Foi um
dos artistas portugueses que menos seguiu modas e escolas. Entre os seus trabalhos mais
significativos encontram-se A Revolta e O Homem das Louças.

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