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Asma
e Rinite
Linhas de Conduta em Atenção Básica
Brasília – DF
2004
© 2004 Ministério da Saúde.
Todos os direitos reservados. É permitida a reprodução parcial ou total desta obra, desde que citada a fonte
e não seja para venda ou qualquer fim comercial.
A responsabilidade pelos direitos autorais de textos e imagens desta obra é da área técnica.
Série A. Normas e Manuais Técnicos
Ficha Catalográfica
Asma e rinite: linhas de conduta em atenção básica / [Celina Márcia Passos de Cerqueira e Silva
(Coord.) et al.]. – Brasília: Ministério da Saúde, 2004.
40 p.: il. – (Série A. Normas e Manuais Técnicos)
ISBN 85-334-0833-1
1. Asma. 2. Rinite. 3. Doenças respiratórias. 4. Atenção básica. I. Brasil. Ministério da
Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. II. [Silva, Celina Márcia
Passos de Cerqueira e. (Coord.) et al.]. III. Título. IV. Série.
NLM WF 174
Lista de Quadros . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5
Apresentação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6
Introdução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8
Asma. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9
1 Definição . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9
2 Diagnóstico Clínico . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9
3 Diagnóstico Funcional . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10
3.1 Espirometria . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10
4 Classificação da Gravidade. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11
5 Tratamento . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12
6 Tratamento da Crise . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18
Rinite . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21
1 Definição . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21
2 Diagnóstico . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21
3 Classificação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21
4 Manejo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22
2 Atribuições do Médico . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 26
3 Atribuições do Enfermeiro . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 26
6 Outros Profissionais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 26
Referências Bibliográficas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 28
Anexos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 32
Anexo I . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 32
Anexo II. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 33
Anexo III . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 35
Anexo IV . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 37
Lista de Quadros
Humberto Costa
Ministro da Saúde
7
Introdução
8
Asma
1 DEFINIÇÃO
A asma é uma doença inflamatória crônica, caracterizada por aumen-
to da reatividade das vias aéreas inferiores (hiper-responsividade brônqui-
ca) a uma variedade de estímulos e por limitação variável ao fluxo aéreo,
reversível espontaneamente ou com tratamento. É uma condição multifa-
torial determinada pela interação de fatores genéticos e ambientais3-5.
Na patogenia da asma, está envolvida uma variedade de células,
como os mastócitos, eosinófilos, macrófagos, linfócitos T auxiliadores, e
mediadores inflamatórios, como a histamina, triptase, leucotrienos, pros-
taglandinas, dentre outros. Esses mediadores inflamatórios atuam sobre a
via aérea e promovem broncoconstricção, secreção de muco, exsudação
de plasma e hiper-responsividade da via aérea5-6.
2 DIAGNÓSTICO CLÍNICO
O diagnóstico da asma deve ser baseado em condições clínicas e/ou
funcionais. Em grande parte, os achados clínicos são suficientes para
estabelecer o diagnóstico de asma, não havendo necessidade de
confirmação funcional7-10.
São indicativos de asma:11
um ou mais dos seguintes sintomas: dispnéia, tosse crônica, sibilân-
cia, aperto no peito e desconforto torácico, particularmente à noite
ou nas primeiras horas da manhã;
sintomas episódicos;
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Asma e Rinite
Linhas de Conduta em Atenção Básica
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Asma e Rinite
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5 TRATAMENTO
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Asma e Rinite
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e) Baratas:
• limpar a casa freqüente e cuidadosamente;
• utilizar métodos de desinsetização, de preferência aplicando
o produto em meio sólido (iscas);
• não deixar lixo acumulado.
f) Atividades físicas:
• estimular qualquer tipo de atividade física, respeitando as
preferências individuais. Na asma induzida por exercícios,
sintomas podem ser prevenidos pelo uso do broncodilatador
antes do esforço.
g) Medicamentos:
• evitar o uso de β-bloqueadores (propranolol, atenolol e
outros);
• não usar AAS e antiinflamatórios não hormonais, se esses
medicamentos causarem sintomas de asma.
I – Asma intermitente
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Asma e Rinite
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6 TRATAMENTO DA CRISE
18
Asma e Rinite
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INTENSIDADE DA CRISE
ACHADO
GRAVE MODERADA/LEVE
Cianose, sudorese,
Gerais Sem alterações
exaustão
Agitação, confusão,
Estado mental Normal
sonolência
Dispnéia Intensa Moderada/leve
Frases curtas/
monossilábicas
Fala Frases completas
Lactente: maior
dificuldade alimentar
Retrações intercostais,
subcostais e/ou
Retração intercostal
Musculatura acessória esternocleidomastóideas
leve ou ausente
acentuadas ou em
declínio (exaustão)
Intensos ou ausentes
Sibilos Presentes
com MV diminuído
Normal ou
Freqüência Respiratória (FR)* Aumentada
aumentada
Aumentada ou Normal ou
Freqüência Cardíaca (FC)**
diminuída aumentada
Pico de fluxo expiratório
< 40% ≥ 40%
(%melhor ou previsto)
* Valor da FR normal : 2-12 meses → <50 ipm
1-5 anos → <40 ipm
6-8 anos → <30 ipm
> 8 anos = adulto → <20 ipm
19
Asma e Rinite
Linhas de Conduta em Atenção Básica
Gasometria Sinais de gravidade, PFE < 30% ou SaO2 menor ou igual a 93%
após tratamento inicial.
20
Rinite
1 DEFINIÇÃO
2 DIAGNÓSTICO
O diagnóstico é clínico, baseado nos dados de história clínica e
exame físico. Os sintomas mais comuns são: rinorréia, obstrução nasal,
prurido nasal e espirros. Ao exame físico pode-se encontrar linha de
Dennie-Morgan (prega em pálpebras inferiores secundárias ao edema),
sulco nasal transverso e hiperemia conjuntival, além de olheiras pela
estase venosa, à rinoscopia anterior: cornetos nasais congestos, edema-
ciados e mucosa de coloração pálida e acinzentada2,32.
3 CLASSIFICAÇÃO
21
Asma e Rinite
Linhas de Conduta em Atenção Básica
Gravidade
- sono normal
- atividades normais (esportivas, de recreação,
Leve
na escola e no trabalho)
- sem sintomas incômodos
- sono anormal
Moderada a Grave - interferência nas atividades diárias, esportivas
– um ou mais e/ou de recreação
itens - dificuldades na escola e no trabalho
- sintomas incômodos
4 MANEJO
O manejo da rinite inclui a diminuição da exposição aos alérgenos
e irritantes citados no item 5.3.1, educação, tratamento farmacológico
(quadro 5) e imunoterapia específica (quando necessária, será realizada
em serviço especializado)2.
4.1 Tratamento farmacológico
O tratamento farmacológico a ser instituído depende da classificação
da rinite. Na rinite leve intermitente, utiliza-se anti-histamínico H1 oral2.
A cetirizina é um anti-histamínico de segunda geração que pode ser usado
em crianças (a partir de 1 ano) e adultos. Está sendo recomendado como
padrão de anti-histamínico pela sua relação eficácia/segurança favorável,
testada em todas as faixas etárias. A sua dose habitual é de 10mg/dia, em
dose única, em adultos. Em crianças, recomenda-se a dose de 0,25mg/kg
duas vezes ao dia, até o máximo de 10mg/dia. A duração do tratamento
com anti-histamínicos é a necessária para o controle dos sintomas33. Outros
anti-histamínicos podem ser utilizados (anexo IV B).
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GRAVIDADE TRATAMENTO
24
Atribuições dos
Profissionais da
Equipe de Saúde
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27
Referências
Bibliográficas
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31
Anexos
ANEXO I
PLANO DE AUTOMANEJO
Sintomas de asma – o que fazer?
1) Se você tiver um ou mais dos problemas abaixo:
• gripe ou resfriado;
• chiado ou tosse à noite atrapalhando o sono;
• uso mais freqüente da medicação de alívio;.
Use _________________ (corticosteróide inalatório) na dose de _______
__________ por _______ dias e continue a medicação de alívio para os
sintomas.
2) Você está em crise se tiver um ou mais dos problemas abaixo:
• incapacidade para realizar as atividades normais;
• dificuldade para andar;
• sono intensamente prejudicado pela asma;
• uso mais freqüente da medicação de alívio.
Tome _____________ (prednisona ou prednisolona) na dose de _________
_____ imediatamente, use seu broncodilatador na dose usual a intervalos
de 30 minutos até 3 vezes e procure a Unidade Básica de Saúde.
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Asma e Rinite
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ANEXO II
ACOMPANHAMENTO DO CONTROLE ESPERADO DA ASMA
Estas perguntas devem ser feitas à pessoa com asma nas consultas de
seguimento com o objetivo de avaliar o controle da doença.
No último mês:
1. A asma prejudicou as atividades no trabalho, na escola ou
em casa?
A. Nenhuma vez
B. Por pouco tempo
C. Certa parte do tempo
D. A maior parte do tempo
E. O tempo todo
2. Como está o controle da sua asma?
A. Completamente controlada
B. Bem controlada
C. Mais ou menos controlada
D. Mal controlada
E. Totalmente descontrolada
3. Quantas vezes você teve falta de ar?
A. Nenhuma vez
B. Uma ou duas vezes por semana
C. 3 a 6 vezes por semana
D. Uma vez por dia
E. Mais de uma vez por dia
4. A asma acordou você à noite ou mais cedo do que de cos-
tume?
A. Nenhuma vez
B. Uma ou duas vezes
C. Uma vez por semana
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Asma e Rinite
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ANEXO III
TÉCNICA DE USO DOS DISPOSITIVOS INALATÓRIOS
1. Aerossol dosimetrado – (spray)
• Retirar a tampa
• Agitar o dispositivo
• Posicionar a saída do bocal verticalmente a 2cm da boca
• Manter a boca aberta
• Expirar normalmente
• Acionar no início da inspiração lenta e profunda
• Fazer pausa pós-inspiratória de no mínimo 10 segundos
• Esperar 15 a 30 segundos para novo acionamento
2. Aerossol dosimetrado (AD) acoplado a espaçador – Pode ser
utilizado por qualquer pessoa, mas está especialmente indicado nas
crises de asma, para crianças menores e para pessoas que não se
adaptam ao uso do AD isoladamente.
• Retirar a tampa do AD e agitá-lo
• Acoplar o AD ao espaçador e posicionar a saída do bocal vertical-
mente
• Expirar normalmente
• Colocar o bocal do espaçador na boca ou a máscara sobre a boca
e o nariz, se criança pequena ou idoso com grande dificuldade de
uso
• Acionar o AD e logo em seguida iniciar inspiração lenta e profunda
pela boca ou fazer quatro a cinco respirações em volume corrente
– idosos, crianças, paciente em crise
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Asma e Rinite
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Asma e Rinite
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ANEXO IV
A. LISTA DE MEDICAÇÕES UTILIZADAS NO TRATAMENTO DA
ASMA
1. Broncodilatadores β2-agonistas
A. Curta ação :
Salbutamol
Fenoterol
Terbutalina
B. Longa ação:
Salmeterol
Formoterol
2. Broncodilatadores anticolinérgicos
A. Brometo de ipratrópio
3. Xantinas:
Teofilina
Aminofilina
4.Corticosteróides
Prednisona
Prednisolona
Beclometasona
Budesonida
Flunisolida
Triamcinilona
Fluticasona
5.Cromonas
Cromoglicato
6.Antagonistas dos leucotrienos
Montelucaste
Zafirlucaste
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3. Descongestionantes
a. Orais
Efedrina
Fenilefrina
Pseudoefedrina
b. Tópicos
Adrenalina
Nafazolina
Oximetazolina
Fenilefrina
Tetrahidrozolina
Xilometazolina
39
A coleção institucional do Ministério da Saúde pode ser acessada
gratuitamente na Biblioteca Virtual do Ministério da Saúde:
http://www.saude.gov.br/bvs
http://www.saude.gov.br/editora
EDITORA MS
Coordenação-Geral de Documentação e Informação/SAA/SE
MINISTÉRIO DA SAÚDE
(Normalização, revisão, editoração, impressão, acabamento e expedição)
SIA, trecho 4, lotes 540/610 – CEP: 71200-040
Telefone: (61) 233-2020 Fax: (61) 233-9558
E-mail: editora.ms@saude.gov.br
Home page: http://www.saude.gov.br/editora
Brasília – DF, janeiro de 2005
OS 0028/2005