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Artigo 374.

º
Requisitos da sentença
1 - A conversão da qualificação jurídico-legal de uma conduta de infracção penal (crime) em infracção de natureza
administrativa (contra-ordenação) foi e continua a ser uma questão não resolvida, apesar do seu enorme alcance
prático. A doutrina divide-se quanto às suas posições:

a)Posição do Prof. Figueiredo Dias: este entende que a aplicação de uma contraordenação é seguramente defensável
nos casos em que a lei nova mantém a incriminação de uma conduta, embora sob um novo ponto de vista político-
criminal. É que, como defende a jurisprudência alemã, a circunstância de se ter modificado a natureza da infracção
não importa uma radical e irremissível descontinuidade no juízo legislativo de sancionabilidade, a interpretação em
causa tem pleno acolhimento na letra do art. 2º, n.º 4, do C. Penal, quando estipula que se «é sempre aplicável o
regime que concretamente se mostrar mais favorável (...). A norma refere-se, assim, a leis posteriores e não leis
penais posteriores, admitindo que a lei posterior aplicável possa não estar contida no âmbito Penal.

b)Posição do Prof. Taipa de Carvalho: “Não pode deixar de concluir-se que, quanto à responsabilidade penal, uma lei
que «converte» uma infracção penal (crime) numa contra-ordenação é uma lei despenalizadora e que, enquanto tal,
se aplica retroactivamente. Não se trata, pois, de uma verdadeira sucessão de leis penais, não intervindo, assim, o
princípio da lex mitior, mas o princípio da lei despenalizadora, isto é, extintiva da responsabilidade penal

2 - Teorias Absolutas: a pena como instrumento de retribuição

a)A pena criminal reside na retribuição, explanação, reparação ou compensação do mal do crime e nessa essência se
esgota, ou seja, o Estado pune porque o agente cometeu um crime (cometendo assim um crime, o Estado vai aplicar
uma pena ao agente que cometeu o crime, esta é uma consequência necessária do cometimento do crime). O crime
é perspetivado como um mal que é praticado à própria vítima e à própria sociedade

3 - Teorias Relativas: a pena como instrumento de prevenção. São teorias de fins. Reconhecem que, segundo a sua
essência a pena traduz-se num mal para quem a sofre, mas não pode bastar unicamente a pena com essa
característica, como tal tem de se justificar desse mal para alcançar a finalidade precípua de toda a política
criminal, a prevenção, ou seja, o Estado aplica a pena que o crime não volte a ser cometido nem pelo próprio
agente, nem pelos outros membros da sociedade, e aqui a pena já visa um fim socialmente útil que é prevenir a
prática futura de crimes.

Artigo 375.º
sentença

1 - Quando é que estamos perante a prevenção geral? Quando a finalidade de evitar a prática futura de crimes por
todos e qualquer cidadão da comunidade

2- Pena como instrumento de prevenção geral (doutrinas de prevenção geral):

a)Prevenção geral negativa: a pena pode ser concebida como forma estatalmente acolhida de
intimidação das outras pessoas através só sofrimento que com ela se inflige ao delinquente e cujo
receio as conduzirá a não cometerem factos puníveis.
b)Prevenção geral positiva: a pena pode ser concebida como forma que o Estado se serve para
manter e reforçar a confiança da comunidade na validade e na força de vigência das suas normas de
tutela de bens jurídicos e no ordenamento jurídico-penal, como instrumento destinado a revelar
perante a comunidade a inquebrantabilidade da ordem jurídica.
3 – Direito Penal em sentido subjectivo ius puniendium – consiste numa prerrogativa do estado
punir, no exercio do artº9 b) CRP, protegendo os bens jurídicos.
4 – Conceito formal- tudo o que esta na lei penal – comportamento (omissão ou acção)
5 – Conceito material – em oposição ao formal. O leg apenas pode incriminar tudo aquilo que tem
dignidade penal reserva relativa da AR- 165 CRP
6 – o DP intervêm subsidiariamente – logo intervém em ultima ratio – ele é fragmentado, não
protege todos os bens jurídicos.
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