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ÀO EGRÉGIO

Ilmo Sr.

Procurador Chefe da Procuradoria da Republica do Estado do Paraná

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PEDRO CARLOS SALLES PITTHAN
1
FILHO ,

Advogado inscrito na OAB/SC sob n° 19.396 teve noticia de


fatos acontecidos referentes ao registro de algumas armas de
fogo em nome da Federação Catarinense de Caça e Tiro
Esportivo (FCCTE), em total desacordo com o preconizado na
legislação vigente, motivo pelo qual vem perante o
MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL DO PARANÁ, com o
acatamento e respeito devidos, apresentar DENÚNCIA por
indícios de Improbidade Administrativa no referido ato de
registro destas armas, interpondo:

DENÚNCIA SOBRE INDICIOS DE


IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA
EM ATO DE REGISTRO DE ARMAS
DE FOGO

Em face do

Comando do Exército 5ª RM - 5ª DE, com


sede na cidade de Curitiba, Estado do Paraná,
localizada na rua 31 de março s/n, Bairro
Pinheirinho, CEP 81150-900
1
ENDEREÇO PROFISSIONAL: na Av. Nereu Ramos n.º 175-D, sala 1206-A, na Cidade
de Chapecó- SC; Tel: (49) 9987.67.57, onde recebe intimações e notificações.
e-mail: ppitthan@hotmail.com
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pelos seguintes fatos e fundamentos a seguir expostos:

I – RESENHA DA SITUAÇÃO

A Federação Catarinense de Caça e Tiro Esportivo (FCCTE),


por meio de seu Presidente, o Sr. Oscar Schultz, com o objetivo de incentivar e incrementar
as modalidades Olímpicas de tiro esportivo deu início aos trâmites legais para a importação
de 20 (vinte) pistolas que viessem ao encontro das necessidades de alguns atletas desta
modalidade de tiro olímpico.

Esta importação deu-se através da emissão do CII (Certificado


Internacional de Importação) de numero 1202/DFPC assinado pelo Exmo Sr General de
Divisão João Carlos Pedroza Rego em doze de fevereiro de 2008 com vencimento em doze
de agosto 2008. (doc. 01)

Com a chegada destas pistolas no Brasil e conseqüente


desembaraço das mesmas pelo Exército, a chefia da SFPC/5 (Secretaria de Fiscalização de
Produtos Controlados da Quinta Região), com sede em Curitiba – PR, passou orientação à
FCCTE para que registrasse estas armas em seu nome, mesmo contra a vontade desta, posto
que a FCCTE entendia que estas armas eram para serem repassadas aos atletas que
constavam em uma lista de pretendentes, exigida pela DFPC (Diretoria de Produtos
Controlados), com sede em Brasília - DF. (doc. 02)

A seguir, conforme entendimento do Comando do Exército 5ª


RM - 5ª DE, por intermédio da sua Secretaria de Fiscalização de Produtos Controlados
(SFPC/5), foi autorizada a transferência e registro de 15 (quinze) destas pistolas para o
acervo da FCCTE, sendo que as outras 05 (cinco), foram registradas em nome de atletas
que constavam na lista de pretendentes à aquisição destas pistolas. (doc. 03)

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Informamos a Vossa Excelência, que o ato de registro de
armas deve seguir o que preconizava na época, o PROCEDIMENTO OPERACIONAL
PADRÃO Nº 01 / 08 – SFPC/5 – legislação esta que ditava as normas para AQUISIÇÃO,
REGISTRO E CADASTRO DE ARMAS DE FOGO E AQUISIÇÃO DE MUNIÇÕES
POR CAC E PESSOAS JURÍDICAS onde na letra “e”, temos o Procedimento para a
aquisição e registro de arma de fogo importada, senão vejamos:

1) A arma deverá estar de acordo com a legislação local (país de origem).


2) O interessado requer o Certificado Internacional de Importação – CII e,
posteriormente, o Desembaraço Alfandegário, de acordo com as legislações específicas.
3) A arma deverá ficar sob guarda da OM que realizar o desembaraço alfandegário,
devendo ser entregue, mediante Guia de Tráfego, após o registro e cadastro da mesma.
4) O interessado requer o registro e cadastro da arma, ao Cmt 5 a RM – 5a DE, por
intermédio da OM de jurisdição, apresentando a seguinte documentação:
 Requerimento (Anexo A) assinado pelo interessado ou o administrador legal,
no caso de pessoas jurídicas, e com parecer assinado pelo Cmt da OM;
 Mapa (Anexo L), com as armas que já possui e, em destaque, a que requer
registro;
 Cópia autenticada da Identidade;
 Cópia autenticada do CPF/CNPJ;
 Cópia autenticada da Guia de Desembaraço Alfandegário;
 Cópia autenticada do documento de origem da arma, onde conste os dados da
mesma;
 Comprovante de residência;
 Certidões de antecedentes criminais fornecidas pelas Justiças Federal,
Estadual, Militar e Eleitoral;
 Declaração de não estar respondendo a inquérito policial ou processo criminal
(Anexo O);
 Documento comprobatório de ocupação lícita;
 Comprovação de capacitação técnica para o manuseio de arma de fogo;
 Comprovação de aptidão psicológica para o manuseio de arma de fogo,
emitida por psicólogo cadastrado junto ao Departamento de Polícia Federal. No caso de
pessoas jurídicas, tal exigência seja aplicada ao administrador conforme documento legal
da constituição da empresa;
 Comprovante de recolhimento da taxa de registro de arma;
 Comprovante de recolhimento da taxa de apostilamento; e
 Comprovante de recolhimento da taxa de emissão de CRAF.

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Isto quer dizer que, para que alguém pudesse fazer o registro
de uma arma de fogo, deveria obedecer todos estes requisitos. Os cinco atletas que tiveram
suas armas registradas em seu nome, como dito acima, passaram por este crivo de
legalidade.

II – DA COMPROVAÇÃO DA QUEBRA
DO PRINCIPIO DA
LEGALIDADE

Sobre a transferência destas pistolas para o nome da FCCTE,


temos a afirmar que é cristalina a ilegalidade imposta pelo Comando do Exército 5ª RM - 5ª
DE em face da FCTE, pois o art. 15 da Portaria nº 004-DLog de 08 de março de 2001 aduz
que:

Art. 15. Os clubes de tiro e os clubes com departamento de


tiro poderão adquirir armas para a prática do esporte por atiradores
iniciantes, no comércio especializado, diretamente na indústria
nacional quando for o caso, ou por importação, até 5 (cinco) armas
por modalidade, desde que atendam às condições de segurança do local
de guarda do armamento e da munição.

Mesmo sabedores desta ilegalidade patente, o Comando do


Exército 5ª RM - 5ª DE autorizou a transferência das pistolas para o acervo da FCCTE.

Considerando o texto de lei, Excelência, qualquer ato


administrativo que obrigue ou autorize a FCCTE a registrar em seu acervo mais que 05
(cinco) armas contrariariam frontalmente o artigo acima transcrito, possibilitando desta
forma, que pessoa jurídica que não pode visar lucro, atue no comércio especializado, pois,

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não tem no seu Certificado de Registro (CR) a concessão de comércio expedido pelo
Exército Brasileiro através do Comando da 5ª RM – 5ª DE.

No caso do registro das 15 (quinze) armas em nome da


FCCTE, foram negligenciados os itens 7, 8 e 9 da letra “e”, do referido Procedimento para
a aquisição e registro de arma de fogo importada, conforme abaixo descritos:

7) O interessado deve atentar para que sejam mantidas as


condições, previstas na legislação vigente, que lhe permitiram receber
o CII e que novamente serão analisadas por ocasião do registro e
cadastro, dentre elas a quantidade limite de armas, validade do CR,
idoneidade ou outra.(grifou-se)

8) A OM protocola o processo de registro e cadastro,


confere e, estando em acordo com o presente POP e com a legislação
vigente, remete a este Grande Comando. (Grifou-se)

9) O SFPC/5 analisa o processo de registro e cadastro e,


não havendo impedimento legal, registra a arma em BRR, cadastra
no SIGMA, emite o CRAF, ou o anexo de armas, e o remete à OM do
interessado.(Grifou-se)

Embora gritante a ilegalidade da transferência destas armas


para a FCCTE, a mesma deu-se com a chancela do Comando do Exército 5ª RM - 5ª DE,
por intermédio da sua Secretaria de Fiscalização de Produtos Controlados (SFPC/5)

Para complementar, Excelência, outra ilegalidade praticada


pelo Comando do Exército 5ª RM - 5ª DE foi autorizar o registro e guarda destas armas
para pessoa jurídica que não está autorizada armazenar este Produto Controlado pelo
Exército (PCE), com número de ordem 0240 - arma de fogo de repetição de uso permitido
constante da Relação de PCE – ANEXO I do Regulamento para Fiscalização de PCE
(R-105), senão vejamos:

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Art. 43. O CR é o documento hábil que autoriza as pessoas
físicas ou jurídicas à utilização industrial, armazenagem, comércio,
exportação, importação, transporte, manutenção, reparação,
recuperação e manuseio de produtos controlados pelo Exército.
(Grifou-se)
Art. 44 O registro somente dará direito ao que nele estiver
consignado e só poderá ser cancelado pela autoridade militar que o
concedeu. (Grifou-se)

Art. 45 Serão lançados no TR ou CR:


I - o número de ordem, a categoria de controle, o símbolo
do grupo e a nomenclatura do produto, constantes da relação de
produtos controlados pelo Exército, o grau de restrição e o nome
comercial ou de fantasia do produto;
II - as atividades autorizadas de forma clara, precisa e
concisa;

Para comprovar que a FCCTE não tem autorização para


armazenar armas, juntamos a esta denuncia, cópia do Certificado de Registro (CR) da
mesma. (doc. 04)

O amparo para a obrigatoriedade do apostilamento do


produto controlado arma de fogo para a FCCTE se encontra no artigo 7 e anexo "n" da
portaria 05 D Log de 02 de março de 2009.

Portanto, muito bem demonstrada a ilegalidade do ato


praticado pelo Comando do Exército 5ª RM - 5ª DE, por intermédio da sua Secretaria de
Fiscalização de Produtos Controlados (SFPC/5), posto que a legislação não permite que a
FCCTE possa ter registrado em seu nome tal quantidade de armas e tampouco tem
autorização para armazenar armas de fogo nas suas dependências, sendo este um erro
gravíssimo praticado pela Chefia do SFPC/5, pois autorizou um CR a uma Federação de
Tito sem que nele constasse a possibilidade de armazenar armas de fogo.

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Com relação às 05 (cinco) amas transferidas para os cinco
atletas, como dito alhures, o Comando do Exército 5ª RM - 5ª DE, por intermédio da sua
Secretaria de Fiscalização de Produtos Controlados (SFPC/5), entendeu haver indícios de
irregularidade no ato que transferiu as 05 (cinco) armas registradas legalmente em nome
dos atletas e resolveu anular o ato administrativo que aprovou o registro destas armas e
determinou no BOLETIN Nº 04 AO BOLETIN REGIONAL RESERVADO Nº 05, que:
(doc. 05)

1. determina ao SFPC/5 que:


a) Estorne o cadastro das armas de fogo do SIGMA
b) Registre as armas em questão no nome da empresa Federação
Catarinense de Tiro, CR nº 4077, que realizou a importação;
c) Notifique os CAC e instaure o competente P. Adm para apurar a
aquisição e a transferência das armas de fogo.

2. determina ao SFPC/OM que:


a) Determino que os SFPC das OM de jurisdição dos atiradores, recolham
as armas e encaminhem ao SFPC/5ª RM - 5ª DE;
b) As OM das Jurisdição (sic) envolvidas devem recolher também os
CRAF destas armas e destruir na própria OM, com a publicação do
Termo de Destruição conforme a IG 10-51;
c) O 23º Batalhão de Infantaria deverá providenciar a retirada das armas
junto ao SFPC/5 e entregá-las, mediante recibo, à Federação Catarinense
de Tiro.

Na seqüência dos fatos, o Comando do Exército 5ª RM - 5ª


DE, por intermédio da sua Secretaria de Fiscalização de Produtos Controlados (SFPC/5),
recolheu as armas registradas em nome dos 05 (cinco) atletas e registrou em nome da
FCCTE sem que esta tenha solicitado e totalmente contrário à vontade da mesma, tendo
sido configurado ato discricionário e arbitrário do Comando do Exército 5ª RM - 5ª DE.

Informamos ainda, que o ato que registrou estas 05 (cinco)


armas em nome da FCCTE não obedeceu ao que preconizava a legislação vigente no que

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concerne à transferência e registro de armas, ou seja, não obedeceu às imposições
insculpidas no PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO Nº 01 / 08 – SFPC/5, em
flagrante arrepio ao Principio da Legalidade, posto que esta transferência e registro em
nome da FCCTE deu-se por imposição do Comando do Exército 5ª RM - 5ª DE.

Esta ilegalidade teve como embasamento, no entendimento


do Comando do Exército 5ª RM - 5ª DE, o fato de que possa ter havido irregularidade na
transferência destas armas para os atletas acima indicados, por contrariar os dizeres do art.
23 da Portaria nº 004 D Log de 8 de março de 2001, in verbis:

Art. 23. A transferência de arma de uso esportivo,


adquirida diretamente na indústria nacional ou por importação e
constante de seu acervo cadastrado, só será autorizada pelo Comando
da RM de vinculação, depois de decorrido o prazo mínimo de 2 (dois)
anos, contados a partir da aquisição inicial pelo primeiro
proprietário.(grifou-se)

Em função desta última arbitrariedade, 02 (dois) dos atletas


que tinham estas armas registradas em seu nome, impetraram Mandado de Segurança em
face do Comando do Exército 5ª RM - 5ª DE, na Justiça Federal do Paraná, tendo sido
registrado na Sétima Vara Federal sob o nº 5012112-64.2010.4.04.7000 do Impetrante
Pedro Carlos Salles Pitthan Filho e na Segunda Vara Federal sob nº 5012102-
20.2010.4.04.7000 do Impetrante Carlos Augusto Sell..

Estes dois Mandados de Segurança tiveram seus pedidos de


liminar deferidos, sendo que até o momento, o MS da Segunda Vara Federal de nº
5012102-20.2010.4.04.7000 do Impetrante Carlos Augusto Sell teve sentença com
RESOLUÇÃO DE MÉRITO no sentido de conceder a segurança ao Impetrante.

Já o MS da Sétima Vara Federal teve despacho/decisão em


Antecipação de Tutela, no sentido de DEFERIR a segurança pleiteada.

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No Mandado de Segurança impetrado na Sétima Vara
Federal, o Juiz Federal JOÃO PEDRO GEBRAN NETO manifestou-se no relatório da
seguinte forma:

É o relatório.

2. Para a concessão de liminar em mandado de segurança, o artigo


7º, inciso III, da Lei nº 12.016/09, exige a presença concomitante da relevância da
fundamentação e da sujeição da parte a dano de difícil ou impossível reparação,
caso a prestação jurisdicional ocorra apenas por oportunidade da sentença.

2.1. Em relação ao alegado perigo na demora do provimento, o


impetrante é atleta de tiro esportivo, modalidade olímpica de pistola de ar
comprimido e pistola de 50 metros, e necessita da pistola Morini, calibre 22LR,
Modelo CM84E, Número de Série nº 03972, apreendida pela autoridade coatora,
para prosseguir em seus treinamentos e competições em que se inscreveu.

2.2. De outro lado, em relação à relevância da fundamentação,


dispõe o artigo 24 da Lei nº 10.826/00 que ressalvada a competência do Sistema
Nacional de Armas - SINARM, compete ao Comando do Exército autorizar e
fiscalizar a produção, exportação, importação, desembaraço alfandegário e o
comércio de armas de fogo e demais produtos controlados, inclusive o registro e o
porte de trânsito de arma de fogo de colecionadores, atiradores e caçadores.

Referido controle é regulamentado, dentre outras normas, pelo


Decreto nº 3.665/2000, que alterou o Regulamento para a Fiscalização de
produtos Controlados pelo Exército (R-105), trazendo parâmetros para atividade
fiscalizadora do Exercito. Assim, em que pese o autor sustentar a ilegalidade da
apreensão procedida pela autoridade coatora, os artigos 240 e seguintes do
Decreto nº 3.665/2000, autorizam a apreensão do produto quando seu depósito,
comércio e demais atividades sujeitas à fiscalização, contrariarem as disposições
do presente Regulamento (art. 241, IX).

Sem embargo disso, no que interessa ao caso em tela, o artigo 263 do


referido decreto autoriza o Chefe do D Log a baixar aos Comandantes de RM as
instruções necessárias para a conveniente aplicação deste Regulamento e resolver
os casos omissos que venham a surgir e que não dependam de apreciação do
Comandante do Exército.

Nessa toada, o artigo 23 da Portaria D Log nº 004/2001 (Evento 11 -


INF_MAND_SEG1) expressamente determina que a transferência de arma de
uso esportivo, adquirida diretamente na indústria nacional ou por importação e
constante de seu acervo cadastrado, só será autorizada pelo Comando da RM de

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vinculação, depois de decorrido o prazo mínimo de 2 (dois) anos, contados a
partir da aquisição inicial pelo primeiro proprietário (destaquei).

Ocorre que, nos termos do artigo 263 do Decreto nº 3.665/2000,


tenho que a Portarias baixada pelo Chefe do D Log deve se limitar a dispor a
respeito das instruções necessárias para a conveniente aplicação do citado
Decreto, bem como para resolver os casos omissos que venham a surgir, não
podendo criar novas restrições, como a que estabelece prazo mínimo para a
transferência da titularidade da arma de uso esportivo.

Nesse aspecto, vale frisar que nem a Lei nº 10.826/00, nem o Decreto
nº 3.665/2000, estabelecem um prazo mínimo para a transferência de titularidade
de armas de uso esportivo.

Desta forma, ao menos em sede de cognição sumária, quer me


parecer inexistir a aponta ilegalidade na transferência da titularidade da pistola
Morini, calibre 22LR, Modelo CM84E, Número de Série nº 03972, da Federação
Catarinense de Caça e Tiro Esportivo para o impetrante, cuja operação, inclusive,
chegou a ser avalizada num primeiro momento pela autoridade coatora, que
expediu Certificado de Registro de Arma de Fogo e da Guia de Tráfego de Arma
em favor do impetrante (Evento 01 - CERT8).

3. Ante o exposto, DEFIRO o pedido liminar para afastar a


exigência do interstício de 2 anos para a transferência de arma de uso esportivo,
adquirida diretamente na indústria nacional ou por importação e constante de seu
acervo cadastrado, prevista no artigo 23 da Portaria D Log nº 004/2001, devendo
a autoridade coatora proceder a restituição da pistola Morini, calibre 22LR,
Modelo CM84E, Número de Série nº 03972, bem como a expedição do Certificado
de Registro de Arma de Fogo e da Guia de Tráfego de Arma em favor do
impetrante, desde que preenchidos os demais requisitos legais necessários para
tanto.

Intimem-se as partes, bem como a União (AGU).

4. Intime-se o representante do Ministério Público Federal para


aviar parecer no prazo legal e, após, voltem conclusos para sentença.

Curitiba/PR, 25 de outubro de 2010.

JOÃO PEDRO GEBRAN NETO

Juiz Federal

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Já no Mandado de Segurança impetrado na Segunda Vara
Federal, a Juíza Federal GISELE LEMKE decidiu em Sentença da seguinte forma:

SENTENÇA

Trata-se de mandado de segurança impetrado por Carlos Augusto


Sell contra ato do Comandante da 5ª Região Militar por meio do qual visa à
concessão da segurança para determinar que a autoridade coatora restitua a
posse da pistola Morini, calibre 22LR, modelo CM84E, número de série 03968,
bem como expeça o respectivo Certificado de Registro de Arma de Fogo - CRAF e
a Guia de Tráfego da arma.

Narra o impetrante que é atleta da atividade desportiva denominada


Tiro Esportivo filiado à Federação Catarinense de Caça e Tiro Esportivo com o
respectivo Certificado de Registro de Atirador, Caçador, Instrutor de Tiro e
Recarga de Munição, expedido pelo Serviço de Fiscalização de Produtos
Controlados da 5ª Região - SFPC/5.

Aduz que, no ano de 2009, adquiriu a aludida pistola, fabricada pela


Morini Competition Arm S.A., com sede em Bedano - Suíça, cuja importação foi
realizada pela Federação Catarinense de Caça e Tiro Esportivo e supervisionada
pelo Exército Brasileiro. Relata, ainda, que a arma foi registrada, cadastrada no
SIGMA e entregue ao impetrante junto com o seu Certificado de Registro de
Arma de Fogo - CRAF.

Asseverou que em maio/2010 a arma adquirida foi apreendida pela


autoridade coatora, que também tornou sem efeito seu registro, supostamente em
razão de irregularidades na aquisição e transferência da arma. Destacou que a
apreensão da arma se deu ao arrepio da lei, porquanto não há previsão legal
sobre a apreensão do equipamento na hipótese de transferência supostamente
irregular.

O pedido liminar foi indeferido, por falta de 'periculum in mora',


conforme decisão proferida no evento 3, DECLIM1.

Devidamente notificada, a autoridade impetrada apresentou


informações no evento 17. Alega que a Federação Catarinense de Caça e Tiro
Esportivo foi autorizada pelo Exército Brasileiro a importar 20 pistolas Morini,
calibre .22LR, da Suiça, nos termos do artigo 15, parágrafo único, da Portaria
Dlog n. 004/2001. Acrescentou que em razão desta autorização foi expedido o
12
Certificado Internacional de Importação n. 1.202/DFPC. Asseverou que, após o
desembaraço alfandegário das referidas armas, foi constatado que cinco das vinte
pistolas foram registradas em nome de terceiros que não a Federação Catarinense
de Caça e Tiro Esportivo - dentre eles, o impetrante, no que se refere à arma n.
03968. Destacou que foi instaurado o processo administrativo n.
64317.000021/2010-24 em face da Federação Catarinense de Caça e Tiro
Esportivo, e posteriormente apreendida a arma que se encontrava em posse do
impetrante, por violação ao artigo 23 da Portaria Dlog n. 004/2001, que
estabelece o prazo mínimo de dois anos para a transferência das armas. Por
derradeiro, pugnou pela denegação da segurança.

A União - Advocacia Geral da União pugna pelo seu ingresso no


pólo passivo da ação e ratifica as informações apresentadas pela autoridade
impetrada (evento 21).

O DD. representante do Ministério Público Federal opina pela


denegação da segurança (evento 19 - PET1).

Brevemente relatado. Decido.

O MM. Juiz Federal da 7ª Vara Federal Cível desta Subseção


Judiciária de Curitiba, Dr. João Pedro Gebran Neto, nos autos n. /PR examinou
as mesmas questões ora postas a julgamento, em fundamentação que adoto na
íntegra e que passo a transcrever:

'Dispõe o artigo 24 da Lei nº 10.826/00 que ressalvada a


competência do Sistema Nacional de Armas - SINARM, compete ao Comando do
Exército autorizar e fiscalizar a produção, exportação, importação, desembaraço
alfandegário e o comércio de armas de fogo e demais produtos controlados,
inclusive o registro e o porte de trânsito de arma de fogo de colecionadores,
atiradores e caçadores.

Referido controle é regulamentado, dentre outras normas, pelo


Decreto nº 3.665/2000, que alterou o Regulamento para a Fiscalização de
produtos Controlados pelo Exército (R-105), trazendo parâmetros para atividade
fiscalizadora do Exercito. Assim, em que pese o autor sustentar a ilegalidade da
apreensão procedida pela autoridade coatora, os artigos 240 e seguintes do
Decreto nº 3.665/2000, autorizam a apreensão do produto quando seu depósito,
comércio e demais atividades sujeitas à fiscalização, contrariarem as disposições
do presente Regulamento (art. 241, IX).

Sem embargo disso, no que interessa ao caso em tela, o artigo 263 do


referido decreto autoriza o Chefe do D Log a baixar aos Comandantes de RM as
instruções necessárias para a conveniente aplicação deste Regulamento e resolver

13
os casos omissos que venham a surgir e que não dependam de apreciação do
Comandante do Exército.

Nessa toada, o artigo 23 da Portaria D Log nº 004/2001 (Evento 11 -


INF_MAND_SEG1) expressamente determina que a transferência de arma de
uso esportivo, adquirida diretamente na indústria nacional ou por importação e
constante de seu acervo cadastrado, só será autorizada pelo Comando da RM de
vinculação, depois de decorrido o prazo mínimo de 2 (dois) anos, contados a
partir da aquisição inicial pelo primeiro proprietário (destaquei).

Ocorre que, nos termos do artigo 263 do Decreto nº 3.665/2000,


tenho que a Portarias baixada pelo Chefe do D Log deve se limitar a dispor a
respeito das instruções necessárias para a conveniente aplicação do citado
Decreto, bem como para resolver os casos omissos que venham a surgir, não
podendo criar novas restrições, como a que estabelece prazo mínimo para a
transferência da titularidade da arma de uso esportivo.

Nesse aspecto, vale frisar que nem a Lei nº 10.826/00, nem o Decreto
nº 3.665/2000, estabelecem um prazo mínimo para a transferência de titularidade
de armas de uso esportivo.'

Com efeito, da leitura do art. 263 do Decreto n. 3.665/2000, que é ato


de hierarquia superior à da Portaria Dlog n. 004/2001, extrai-se que o Chefe do
Dlog fica autorizado a baixar as instruções necessárias à aplicação do
Regulamento, o que não inclui a criação de requisitos inexistentes no decreto em
exame, como é o caso do prazo de 2 anos em discussão nos autos.

Para além disso, o prazo de 2 anos em questão é para transferência,


o que não aconteceu na hipótese dos autos, em que a arma foi adquirida
diretamente pelo impetrante, embora por intermédio da Federação Catarinense de
Caça e Tiro Esportivo, nos termos do que dispõe o art. 18 da Portaria DLog n.
004/2001 e segundo o que se extrai dos documentos acostados à petição inicial,
especialmente do arquivo CERT6, em que se vê que a Federação anexou ao
pedido relação de atiradores interessados na aquisição da pistola Morini, calibre
22. Assim, em que pese eventual falha formal no encaminhamento do pedido,
fazendo parecer que as pistolas seriam adquiridas em nome da Federação, fica
claro que a Federação apenas estava intermediando o pedido para alguns
atiradores.

Desta forma, inexiste a apontada ilegalidade na transferência da


titularidade da pistola Morini, calibre .22LR, Modelo CM84E, Número de Série n.
03968, da Federação Catarinense de Caça e Tiro Esportivo para o impetrante,
cuja operação, inclusive, chegou a ser avalizada num primeiro momento pela

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autoridade coatora, que expediu Certificado de Registro de Arma de Fogo e da
Guia de Tráfego de Arma em favor do impetrante (Evento 01 - CERT7).

Ante o exposto, concedo a segurança requerida, para que a


autoridade impetrada restitua a posse da pistola Morini, calibre 22LR, modelo
CM84E, número de série 03968, bem como expeça o respectivo Certificado de
Registro de Arma de Fogo - CRAF e a Guia de Tráfego da arma, desde que o
impetrante preencha os demais requisitos, ficando extinto o feito com resolução
do mérito, nos termos do artigo 269, I, do Código de Processo Civil.

Condeno a União ao ressarcimento das custas processuais


adiantadas pelo impetrante.

Sem honorários.

Publique-se. Registre-se. Intimem-se.

Sentença sujeita ao reexame necessário. Oportunamente,


encaminhem-se os autos ao e. Tribunal Regional Federal da 4ª Região.

Curitiba, 03 de novembro de 2010.

Gisele Lemke
Juíza Federal

Desta forma, Excelência, as decisões destes Magistrados


Federais demonstram de forma cristalina que o Comando do Exército 5ª RM - 5ª DE está
laborando e extrapolando as suas funções administrativas e agindo ao arrepio ou
desconhecimento da lei, fato este, totalmente reprovável e inadmissível em um órgão
público da administração federal que tem por finalidade a guarda do território e proteção
dos direitos individuais, conforme os dizeres da Carta Magna.

Ainda mais, em função deste entendimento ilegal do


Comando do Exército 5ª RM - 5ª DE, foram instaurados Procedimentos Administrativos
em face da FCCTE e dos cinco atletas que tiveram o registro de suas armas chancelado pelo
Comando do Exército 5ª RM - 5ª DE, sendo que tais procedimentos administrativos foram

15
conduzidos de forma atabalhoada, sem critérios e totalmente contrário ao insculpido na lei
Lei nº 12.016, de 7 de agosto de 2009.

Para seu conhecimento, os Procedimentos Administrativos


instaurados foram:

a) PAdm nº 64317.000216/2010-74, instaurado em face


do Sr. Oscar Schultz, Presidente da FCCTE;
b) PAdm nº 64317.000184/2010-15, instaurado em face
do Sr. Pedro Carlos Salles Pitthan Filho, atleta de tiro esportivo;
c) PAdm nº 64317.000183/2010-62, instaurado em face
do Cel PM. Carlos Augusto Sell;
d) PAdm nº 64317.000180/2010-29, instaurado em face
do Cel. R1 Mauriverth Spena Junior;

Sobre estes procedimentos administrativos temos que a Lei nº


9.784, de 29 de janeiro de 1.999, Lei do Processo Administrativo no âmbito Federal, veio
dar contornos de processualidade à atividade administrativa, trazendo no seu bojo os
requisitos materiais, formais e principiológicos, desde a instauração até a decisão final do
processo administrativo.

Mas sobre este tema, Excelência, informamos que o mesmo


será alvo de outra denuncia a ser feita no devido tempo, para não abrangermos demais o
leque de investigação.

III – DA IMPROBIDADE
ADMINISTRATIVA E A ATUAÇÃO DO MINISTÉRIO
PÚBLICO

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A partir de considerações sobre a lei 8.429, de 2 de junho de
1992 e por todos os meios que a Constituição Federal de 1988 atribuiu às funções do
Ministério Público, entendemos que foi dada a este órgão, uma destinação constitucional de
agente legítimo para agir em nome dos interesses da sociedade civil organizada.

É justamente através desta libertação institucional que o


Ministério Público vê-se imbuído na total necessidade de atuação quando houver indícios
de improbidade administrativa.

Esta atuação se efetiva através dos seus órgãos de execução


(promotorias e procuradorias de justiça), as quais têm no inquérito civil e na ação civil
pública, por excelência, os novos instrumentos processuais para a defesa de direitos difusos
e coletivos.

III – DA IMPROBIDADE
ADMINISTRATIVA

A lei que versa sobre a improbidade administrativa é a lei


8.429, de 2 de junho de 1992, sendo que seu fundamento é de regulamentação do parágrafo
4º do artigo 37 da Constituição Federal, o que estatui, in verbis:

“Art. 37. A administração pública direta e indireta de


qualquer dos poderes da União, dos Estados, do Distrito federal e dos
Municípios obedecerá aos princípios da legalidade, impessoalidade,
moralidade, publicidade e eficiência...; (grifou-se)

§ 4º. Os atos de improbidade administrativa importarão a


suspensão dos direitos políticos, a perda da função publica a

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indisponibilidade dos bens e o ressarcimento ao erário, na forma e
gradação previstas em lei, sem prejuízo da ação penal cabível.

Neste ponto, é bom logo relembrar as lições do saudoso


HELY LOPES MEIRELLES quanto aos princípios básicos da Administração Pública,
expressamente elencados no art. 37, da Constituição Federal:

"Os princípios básicos da administração pública estão


consubstanciados em quatro regras de observância permanente e obrigatória para o bom
administrador: legalidade, moralidade, impessoalidade e publicidade. Por esses padrões é
que se hão de pautar todos os atos administrativos. Constituem, por assim dizer, os
fundamentos da validade da ação administrativa, ou, por outras palavras, os sustentáculos
da atividade pública. Relegá-los é desvirtuar a gestão dos negócios públicos e olvidar o
que há de mais elementar para a boa guarda e zelo dos interesses sociais" (in "Direito
Administrativo Brasileiro", 16ª ed., RT, 1991, págs. 77/78).

Não há maiores dificuldades em se reconhecer que os fatos


aqui narrados, atentam contra a moral comum e também contra a moral administrativa.

Partindo deste pressuposto, firma-se a fundamental


importância da moralidade como elemento inerente a todo e qualquer ato da Administração
Pública e, por conseguinte, o total repúdio a qualquer ato que viole tal princípio.

Vislumbra-se, no caso, a violação deste princípio, pois,

conforme ensina Hely Lopes Meirelles2, o administrador “não terá que decidir somente
entre o legal e o ilegal, o justo e o injusto, o conveniente e o inconveniente, o oportuno e o
inoportuno, mas também entre o honesto e o desonesto”.

2
MEIRELLES, Hely Lopes, DIREITO ADMINISTRATIVO BRASILEIRO, 22ª ed.,
Malheiros Editores, São Paulo, 1997. pág. 83.
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A conduta do Comando da 5ª RM - 5ª DE deixou violada, em
sua integralidade, a ordem administrativa e, por conseguinte, a probidade na
administração pública.

IV – DA QUEBRA DO PRINCIPIO DA
LEGALIDADE

PRINCÍPIO DA LEGALIDADE

O princípio da legalidade é um dos princípios mais importantes do


ordenamento jurídico Pátrio, é um dos sustentáculos do Estado de Direito, e vem
consagrado no inciso II do artigo 5º da Constituição Federal, dispondo que ninguém será
obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei, de modo a
impedir que toda e qualquer divergência, os conflitos, as lides se resolvam pelo primado da
força, mas, sim, pelo império da lei.

Lei é a expressão do direito, emanada sob a forma escrita, de


autoridade competente surgida após tramitar por processos previamente traçados pelo
Direito, prescrevendo condutas estabelecidas como justas e desejadas, dotada ainda de
sanção jurídica da imperatividade.

Noutros dizeres, lei nada mais é do que uma espécie


normativa munida de caráter geral e abstrato, normalmente expedida pelo órgão de
representação popular, o Legislativo, ou excepcionalmente, pelo Poder Executivo.

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Destes apontamentos, concluí-se que a expressão “lei” possui
dois sentidos, um em sentido amplo e outro em sentido formal.

Lei em sentido amplo é toda e qualquer forma de


regulamentação, por ato normativo, oriundo do Estado, tais como as leis delegadas, nas
medidas provisórias e nos decretos.

Lei em sentido formal são apenas os atos normativos


provenientes do Poder Legislativo.

Em nosso país, apenas a lei, em seu sentido formal, é apta a


inovar, originariamente, na ordem jurídica. Logo, não é possível pensar em direitos e
deveres subjetivos sem que, contudo, seja estipulado por lei. É a submissão e o respeito à
lei.

Reverencia-se, assim, a autonomia da vontade individual,


cuja atuação somente poderá ceder ante os limites pré-estabelecidos pela lei. Neste
obstante, tudo aquilo que não está proibido por lei é juridicamente permitido.

O império e a submissão ao princípio da legalidade


conduzem a uma situação de segurança jurídica, em virtude da aplicação precisa e exata da
lei preestabelecida.

Complementando o raciocínio, o insigne doutrinador Celso


Ribeiro Bastos leciona que “o princípio da legalidade mais se aproxima de uma garantia
constitucional do que de um direito individual, já que ele não tutela, especificamente, um
bem da vida, mas assegura, ao particular, a prerrogativa de repelir as injunções que lhe
sejam impostas por uma outra via que não seja a da lei”.

De um modo mais simplificado, pode-se afirmar que nenhum

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brasileiro ou estrangeiro pode ser compelido a fazer, a deixar de fazer ou a tolerar que se
faça alguma coisa senão em virtude de lei.

Sobre o tema, colaciona-se o ensinamento de Fábio Medina


Osório:

"Exige-se, pela via da moralidade pública, não apenas a


honestidade, mas a aparência de honestidade e lisura dos atos administrativos. Cobra-se
transparência da atividade pública dos atos administrativos. A honestidade do
administrador, no desempenho de suas atribuições, deve revestir-se de formalidade tais
que não se permitam dúvidas a esse respeito.

Não há espaço para suspeitas nos procedimentos públicos. A


mera suspeita, aliás, desde que respaldada em indícios mínimos, traduz ofensa objetiva ao
princípio da moralidade, ainda que o procedimento se adapte às exigências legais
específicas. [...]

Caso estas afirmativas sejam corretas, estamos diante de uma


grave violação aos Princípios Constitucionais que regem a Administração Pública, violando
e afrontando a própria Constituição Federal de 1988, essencialmente os princípios
norteadores da Administração Pública previstos no caput do art. 37, em flagrante ato de
improbidade administrativa.

ANTE O EXPOSTO, requer-se a este Egrégio Ministério


Público Federal, na pessoa de seu Procurador Chefe da Procuradoria da Republica do
Estado do Paraná

a)

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o provimento da presente denuncia juntamente com os
documentos que a instruem, para averiguação de atos de improbidade administrativa
em face do Comando do Exército da 5ª RM - 5ª DE.

b)
seja instaurada investigação para configurar Ato de
Improbidade Administrativa praticado pelo Comando do Exército da 5ª RM - 5ª DE e
da Chefia do SFPC/5, sendo os mesmos funcionários públicos; se configurado o ato,
sejam os mesmos punidos conforme os rigores da lei específica;

e)
caso confirmada esta denúncia de improbidade
administrativa, que sejam tomadas as medidas cabíveis conforme o insculpido no § 4º
do art. 37 da Constituição Federal de 1988;

“ITA SPERATUR JUSTITIA”

Nestes Termos
Pede e espera deferimento
Chapecó, 22 de dezembro de 2010.

Pedro Carlos Salles Pitthan Filho


OAB n.º 19.396

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