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chemia

a transformação no Ser

por renata
Chemia
Chemia

Sopro divino que voa pelo ar da alma


Outro universo a espelhar no horizonte da sugestão.

por renata
Sumário

Introdução..........................................................................................7
As ciências psi....................................................................................8
O livre-arbítrio . ..............................................................................14
Os deuses da nossa criação............................................................15
Sonambulismo ou hipnose . ..........................................................18
Drama ..............................................................................................21
Freqüências e dimensões................................................................22
. O Corpo Espiritual...............................................................23
. O Corpo Anímico ou Áurico ............................................24
. Corpo Mental e Corpo Emocional....................................29
. Corpo Físico ou Corpo Planetário ...................................36
A imaginação...................................................................................46
Corpo de Consciência.....................................................................48
Karma................................................................................................52
Caos...................................................................................................54
Combinações....................................................................................57
Amor Incondicional........................................................................68
Criações ...........................................................................................71
Uma Borboleta.................................................................................76
Sobre a autora..................................................................................78
Sobre o título....................................................................................80
Introdução

Somos como borboletas morrendo na crisáli-


da, existência após existência ...

E sse livro é um relato da minha experiência de transformação


que segue acontecendo enquanto escrevo. Pretendo tratar
de vários paradigmas e conceitos da forma que os entendo hoje.
Entenda-o como resultado criativo de um processo de expansão
pessoal. Como o efeito crescente de ondas ao redor de uma pe-
dra atirada num lago.
É um convite a todos o Humanos, que como eu, sentem que
não pode ser só isso. Um convite a experimentar a expansão.
Partirei do principio que somos apenas Humanos buscando
a integração com o Ser. Passearei pelas camadas de consciência
desde o Ser até o Humano. Tratarei dos potenciais existentes na
crisálida para que o ser transforme-se numa Borboleta.
Trata-se de uma luta interna contra os conceitos que nos cer-
cam e nos fazem “pensar” o que somos. Um relato da minha ex-
periência com a fé e com a duvida.
A minha jornada teve inicio quando viver perdeu todo o sentido­.

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As ciências psi

Ciência que trata da mente e de fenômenos e


atividades mentais.Ciência do comportamen-
to animal e humano em suas relações com o
meio físico e social.

A s ciências da psique entendem que somos o que pensamos


e nos comportamos como tal. A Nova Psicologia deve in-
cluir a alma e o espírito – logo criaremos um novo nome que
compreenda o Ser Humano como um todo. Deve assumir como
principal função facilitar a integração no individuo, do seu pró-
prio Ser. Na verdade, Self do Jung, deveria ter sido traduzido do
inglês por Ser e não si mesmo. A Nova Psicologia deve primeira-
mente entender que a angustia maior no Humano é a sensação
de separação com a alma.
Essa nova postura compreende que o individuo enquanto
inconsciente de sua alma e missão desenvolve-se apenas como
Humano, ou seja, resume sua existência à evolução apenas das
questões mentais e físico-comportamentais – conforme o signi-
ficado acima tirado de um dicionário renomado.

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No Ser, alma e espírito, reside o propósito que aliado ao Hu-


mano, eleva todas as manifestações do individuo ao nível da es-
colha consciente, da responsabilidade e liberdade. Esse passa a
existir na condição de Humano não como meta única mas como
uma fase no seu desenvolvimento como Ser Humano.
Perceba que a fragmentação de nossa presença já começa
por aí. Temos um corpo humano cheio de demandas e desejos,
cuidado pelas ciências Psi , e um corpo espiritual cuidado pelas
religiões de toda sorte. Nenhum dos dois caminhos te satisfaz
porque nenhum dos dois te leva à união. São paralelos. Aguarda-
mos, angustiados e inconscientes do motivo, que eles se cruzem
e tudo ganhe um novo sentido. O verdadeiro sentido.
Até hoje as ciências do comportamento têm caminhado ape-
nas com a parte humana tentando unir corpo e mente – essa
ultima restrita ao cérebro e suas imagens – e não ousando aven-
turar-se na existência empírica de um corpo emocional e mental
e do resultado dessa combinação com o corpo físico, o Corpo de
Consciência.
Entendo que até hoje somos apenas humanos caminhando
para uma existência como Seres Humanos. A palavra Ser no seu
significado mais profundo, Entidade. Foi isso que Jung com-
preendeu por Self, uma entidade que habita um corpo. E não o
Self como algo separado, como um estado alcançado apenas por
monges tibetanos ou com rituais sagrados.
Nota: Quando disser Humano, entenda como aquele que ain-
da não sabe quem é. Quando disser Ser, entenda como a alma-
missão ligada ao espírito do individuo. Ser Humano, entenda
como individuo integrado, consciente de seu Próprio Universo
e de suas escolhas.
O Humano vive uma espécie de hipnose de massa. “Eles” lhe
dão todos os significados para sua existência. Mas quem são
“eles”? Você nunca se pegou dizendo, “eles disseram para não

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sairmos de casa hoje, ou melhor, eles disseram que o mundo vai


acabar!” “Eles” nada mais são que a consciência de massa. Não
existe uma entidade “eles”, existe uma energia poderosa criada
pelo medo de nos responsabilizarmos por nós mesmos. Por nos-
so medo de escolha.
Hoje o Humano está se dando conta que existe algo além
disso. Quer ver a vida atrás das cortinas do teatro. Cansou de
ser apenas entretido. Com isso a consciência se expande. Mui-
tos conceitos hoje são questionados a ponto de perderem todo o
sentido. Nenhuma resposta satisfaz o Humano. Em algum lugar
ele sabe!
O Ser , em si mesmo, contém tudo o que necessita em seu
Próprio Universo . Não se encaixa em nenhum conceito pré-
estabelecido por outro universo particular (“eles”), que o torna
igual e previsível. De onde vem a sensação secreta que possui
cada humano nesse planeta de que é especial? Você sabe que não
é só isso, mas não sabe o que fazer com tudo o que você pode
se transformar; muito menos o que fazer para se “transformar”.
Tudo o que tem foi traduzido por “eles”. Ainda não existe muito
espaço para seres íntegros nesse planeta. Eles ainda são interna-
dos em hospitais psiquiátricos ou canonizados vivos. Tudo, tudo,
tudo, na evolução da raça humana começou assim. Expande um
pouquinho aqui, um pouquinho ali, e logo teremos lugar para
todos.
Hoje as ciências psi trabalham nas projeções e transferências,
escondendo-se detrás das leis da subjetividade. E quando ainda
mais subjetivo, recorrem ao conceito de deus, que já não é mais
o mesmo departamento – aqui Jung foi considerado místico. E
apenas nisso se resume toda a existência do Humano. Toda a
existência não passa de projeções daquilo que foi programado
pelos pais ou tutores e que deve ser re-programado até que ou-
tro conflito apareça e seja “desvendado” como resultado de mais

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projeções, e assim sucessivamente. Ora, nunca seremos nós mes-


mos dessa forma!
Se, vivemos as projeções de nossa infância repetindo o que
nossos pais fizeram conosco, nossos pais vivem as dos seus pais
e assim por diante, ou melhor para trás, até que encontramos
quem? Deus, – claro a origem! – aquele que nos fez a sua imagem
e semelhança! Veja que programação profunda! Uma programa-
ção autônoma no Humano, que nos distancia do nosso próprio
Ser e nos faz, em quase todas as fases de nossa existência, perder
a vontade e o sentido. Gurdjieff chama esse processo de Existên-
cia Ordinária. Aquela que resulta de todas as influencias naqui-
lo que deveríamos experimentar em cada existência com nossa
Presença.
Essas experiências vêm conosco ao nascermos mas são trans-
formadas pelos conceitos da consciência de massa ou sistemas de
crença. Quem são os “loucos” afinal? Os que estão em hospitais
psiquiátricos por não se enquadrarem aos conceitos ou somos
nós? É engraçado, para não dizer trágico, os maiores artistas ou
cientistas, terem tido uma existência de merda, para serem re-
conhecidos apenas após a morte. Só depois que a consciência
humana estivesse pronta para assimilar seu comportamento.
Você agora começa entender o que eu quero dizer com expansão
de consciência. Num momento parece bizarro, séculos depois é
moda. E porque não conseguimos entender no agora?
Esse paradigma nunca liberta o Humano da sugestão e das
projeções. Não permite que o Humano encontre a si mesmo e
inicie aquilo que se propôs a viver. Essa é uma armadilha nada
fácil de escapar. Todos os argumentos que as ciências psi e os
mandamentos nos oferecem hoje em dia, fazem sentido para a
mente. É sempre bem sugerido por aquele que senta no trono
do suposto saber e projeta seu próprio medo de ter algo à sua
frente nunca antes visto. O “sábio” desespera-se buscando em

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seus arquivos mentais algo que possa rotular aquela entidade,


diagnosticar. Não saber – óbvio, cada um é único – nos deixa tão
desesperados nessa jornada de evolução mental, cientifica e tec-
nológica, que então resolvemos ter resposta pra tudo. Mas para
isso temos que ser todos iguais. O poder de controle também é
um programa muito antigo.
Nota: uso as ciências psi pois fazem parte do meu universo e
porque acredito fazer parte de muitos outros universos que orbi-
tam à minha volta, medicados por psiquiatras.
É até engraçado o quanto nos esforçamos para ser diferente –
e ainda fazemos piada com os japoneses loiros e ruivos. Vivemos
imitando uns aos outros na angustia de termos de ser diferente,
sentindo que somos especiais e únicos .... esperando que alguém
nos reconheça. E dá- lhe messias! Agora você percebe porque
criamos tantos messias? Porque precisamos imitar alguém bem-
sucedido. Temos medo de ser diferente e do nosso próprio poder,
então o cedemos ao outro – o messias, no caso.
Mais engraçado é ouvirmos de um igual – qualquer seme-
lhança é pura coincidência – o sábio conselho, “seja você mes-
mo!” Ainda mais engraçada é a resposta que vem à mente, “isso
era tudo o que eu não queria ouvir!”- para não dizer um pala-
vrão.
A “mente evoluída” muito sabiamente, criou firewalls para a
pergunta “mas quem sou eu afinal?” pois ela vem de dentro de
nós todos os dias o tempo todo. Mas daí outro dia de trabalho e
horas extras, você não teve tempo de encontrar a resposta...
O Humano deve caminhar ao encontro do Ser para se inte-
grar e viver plenamente aquilo que se propôs, ainda que para isso
tenha que atravessar os abismos das projeções e sugestões paren-
tais. Mas que isso seja completo ainda nessa vida – você não tem
um karma! – o mais cedo possível para que como Ser Humano
possa se expressar e dessa expressão criativa gerar filhos, não

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projeções. O Ser Humano não depende da energia alheia para vi-


ver. Sabe que, assim como ele, seus filhos são indivíduos e devem
seguir sua existência, e assim sucessivamente. O Ser Humano
não precisa de filhos, ou de qualquer projeção, para se reconhe-
cer. Ele sabe quem ele é e cria a partir disso. Ele não se reproduz,
sabe que é único. Sabe que não é apenas uma lagarta.
Esse pensamento nos eleva a outra condição de existência
pois há tempos vivemos da mesma forma, encarnações após en-
carnações mudando apenas o cenário – mais tecnologia, novas
questões humanas, outros conflitos, tudo para parecer que evo-
luímos. Somos nossos tataravós apenas com roupas mais boni-
tas. Se eu te disser que você pode ter sido seu tataravô você não
acreditaria, não é?

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O livre-arbítrio

U m paradigma que a religião tomou para si. Quem algum


dia em sua existência ordinária sentiu que tem livre arbí-
trio? O livre arbítrio reside no espírito e é ele quem decide as
experiências. Mas como ele foi herdado pelo departamento reli-
gioso, ficou separado e distante – todo mundo sabe que a palavra
religião vem do latim religio (religar), e a razão de não cumprirem
a promessa é meio óbvia. Por isso você não entende – ainda – se
eu te disser que você escolheu ter câncer, alguma “deficiência”
ou até sofrer um acidente. Você tem livre-arbítrio mas ainda não
sabe como acessar pois está desligado de si mesmo. Tem “anda-
do meio desligado” pensando que é predestinado. Por enquanto
fique com a idéia de que o seu destino é se encontrar. Que tem
livre-arbítrio mas não sabe onde está.

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Os deuses da nossa criação

Na dualidade não há paz, apenas conflito.


Cessa quando há aceitação .

A dualidade é tudo o que se opõe em todos os conceitos como


deuses poderosos. Síntese e Antítese, Luz e Trevas, Mas-
culino e Feminino, Céu e Inferno, Certo e Errado – os deuses
da manipulação- e por aí vai. O mais famoso de todos, Corpo
e Espírito – preferiram separar para depois serem contratados
para religar. E dá-lhe dizimo! (risos). Entendemos que o corpo é
para ser vivido aqui e o espírito apenas quando nos libertarmos
do corpo e seus desejos banais. Realmente dessa forma é uma
existência ordinária!
Análoga à nossa própria separação com o espírito ou Ser, cria-
mos toda a dualidade e nos torturamos tentando entender a filo-
sofia oriental que diz que tudo vem do mesmo lugar. Por mais que
nos esforcemos, a mente dual não entende isso. Nada nos satisfaz
pois nunca experimentamos essa união. Nem seu analista! (risos)
Você não tem a sensação de que não pode ser só isso? – que
deve haver algo entre o céu e o inferno. Você não acha que de

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alguma forma você sabe dessa separação e que tudo fará sentido
em sua vida quando você se encontrar? Você não acreditaria se
eu te dissesse que você sabe, não é?
Para fazer uso da angustia que sentimos da tal separação cria-
mos, adivinha, mais uns pares de deuses. “Eles” nos dizem que
devemos sofrer para aprender , pois a plenitude está onde? Claro
que do outro lado da rua. Partimos do principio de que nada
sabemos e só aprendemos com a Dor e o Sofrimento, grandes
companheiros de existência. Acreditamos que ser só – entenda
único – é muito ruim, então criamos deuses aos pares. Criamos
um Purgatório para fazer valer a pena essa existência. Não pode-
ríamos desperdiçar tamanha dádiva divina sem aprender nada,
não é? Então já vamos fazer disso puro sofrimento para apren-
dermos bastante! Colocamos o Paraíso bem longe e inacessível
juntamente com a Paz e a Alegria. Mas isso também não foi su-
ficiente. Criamos então o Drama para nos distrairmos enquanto
sofremos. Quando fazemos drama todos nos dão atenção e sem-
pre temos algo a dizer. Nunca estamos sós!
Há muitas e muitas existências, nos vangloriamos por criar-
mos cada vez mais deuses. Você sabe que criou um deus novo
quando sua avó te diz que na “época dela” as pessoas comiam
naturalmente, e você cheia de orgulho responde, ”mas vó, agora
tem a Bulimia e a Anorexia, hello!”. Os adoramos desde o prin-
cipio porque esses deuses na verdade nos servem. Eles nos lem-
bram de tudo! – menos de quem somos.
Perceba como o tempo todo sabemos tudo – deixe de ser
humilde e admita. Sabemos o lado oposto de tudo, para onde
vamos se formos bonzinhos, o que é de menina ou de menino ,
até quem não irá conosco para o Paraíso. Mas então viemos aqui
para aprender o que?
Quem criar um novo deus terá o reino dos céus! Os laborató-
rios farmacêuticos estão ganhando. Todas as ciências se ocupam

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disso para nos ocupar – quem está na disputa com os laboratórios


farmacêuticos é a física quântica que está bem pertinho de deus.
Aquele, com letra maiúscula! Elas até negam a existência de um
deus para poder ocupar o seu lugar na humanidade – cômico­.
Se eu te disser que você é divino e que sabe tudo sobre o seu
universo, que não vem aqui para aprender mas sim para expe-
rimentar nessa dimensão tudo o que É, combinado à sabedoria
de todos os outros universos que você escolher combinar, você
acreditaria? Claro que não! Então pare de dizer Namasté para
seus amigos. Existe um longo caminho até que você possa se
reconhecer como “a divindade que é” e saudar a “divindade do
outro”. Ah, mas então se é longo de que vale tanta evolução tec-
nológica? Pois é, melhor esperar até que modernizem esse troço
e você possa comprar com um cartão via Internet. Mas claro que
até lá você vai ter que ser bem-sucedido, pois esse troço assim
que sair no mercado vai custar caro e não vai ser para qualquer
um. Isso você já faz meu querido, do contrario não haveria tan-
tos guias para meditação, nem muito menos os manuais para ilu-
minação. Aposto que não funcionam!
Como viver sem esses deuses? Comece se responsabilizando
por suas escolhas. Agradeça a eles dizendo que hoje, Você será
o deus soberano do seu dia. Pode começar se conscientizando
das suas escolhas a partir do momento que se veste. Escolha algo
digno de uma divindade, escolha hoje como o dia ideal para vi-
ver bem. Escolha seu estado de humor para esse dia e seja fiel a
ele, não deixe que nenhuma outra divindade o atrapalhe. Todos
os momentos são vivos e ao contemplarmos nos expandimos até
que tudo se preencha de sentido..

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Sonambulismo ou hipnose

H oje sei que tudo foi criado por nós. Que somos mestres
que, ainda que sonâmbulos, criamos também coisas ma-
ravilhosas.
O avanço tecnológico é um mérito da mente humana, mas
veja o sonambulismo. Criamos toda essa maravilha e hoje vemos
o mundo todo de uma única “janela”- no meu caso só da minha
casa, mas para muitos ela está até no celular – não temos mais
que levar nossa presença ao correio ou ao banco, tudo isso para
facilitar. Mas o que fazemos com o tempo que sobra? Você tra-
balha mais, aposto! Ah, para comprar o ticket que vai te levará à
seu ser! Justo.
Falamos de ecologia e de todos os cuidados com o planeta –
as crianças hoje em dia se parecem mais com robôs fiscais da na-
tureza – mas quanto tempo você e seu filho passam em contato
com a natureza? Ele já vivenciou a natureza? Ah, não dá tempo
porque você trabalha demais? Hum, tem algo errado conosco.
Ah, mas você pode falar no MSN do seu trabalho, então fala com
seus amigos da Austrália em tempo real quando quiser e pode
até vê-los, porque tem câmera. Justo.
Você é o Criador, só que enquanto dorme fica no papel de
criado. Você sabe tudo, você é um mestre mas finge que não é. Sa-

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bia que você escolhe tudo? Você prefere pensar que é deus quem
escolhe? Justo. Qual deus escolheu o que você vai viver hoje? O
Drama ta em alta na bolsa ultimamente. Todo mundo adora o
Drama! Podemos até chamá-lo de Drahma pra ficar mais orien-
tal e parecer Brahma – que bem gelada não faz mal a ninguém,
com moderação é claro. Use os deuses com moderação!
Alguns escolhem sua querida amiga Dor, e de um medico a
outro descobrem que aquela gordurinha incômoda está causan-
do todo o seu problema de auto-estima e depressão. Resolvem
então fazer uma lipozinha. Viu, você sabe tudo! Está na hora de
começar a usar a sua sabedoria.
Criamos a Internet e ela trouxe a igualdade e a verdadeira
livre expressão. Hoje é possível criar e disponibilizar para o mun-
do todo sem depender de gravadoras, editoras ou qualquer outra
industria de distribuição. Nossas criações são livres para quem
quiser experimentar. São livres e incontroláveis pois assim deve
ser. Podemos ser músicos com poucos fãs, livres dos conceitos
de sucesso pois não é a quantidade que importa mas a expres-
são em si. Podemos nos manifestar a respeito de tudo e até criar
um espaço personalizado para expor nosso ponto de vista sobre
tudo. Somos livres para navegar num mar de informações até
chegarmos a uma opinião pessoal a respeito.
Criamos algo análogo a nossa própria expansão criativa. Algo
que nos possibilita perceber que somos limitados por escolha.
Mas parece que a criação se volta contra o criador. A quanti-
dade de informação que assimilamos excede nossa capacidade
mental e então entramos em curto-circuito (burn-out). A causa
do burn-out não é exatamente a quantidade mas sim a qualida-
de das informações. Pensamos que devemos saber de tudo sem
saber o que verdadeiramente nos “serve”. Servir no sentido de
colocar à serviço. Como esponjas, captamos uma infinidade de
informações na esperança que em algum momento possamos

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organizá-las, mas esse dia nunca chega. Essas informações so-


brecarregam nossa mente até que não haja mais espaço, portanto
não há movimento, não há realização de nada, até que essa ener-
gia seja liberada num curto-circuito. O cérebro é muito limitado
mas podemos absorver de outras formas até mais eficientes que
ele. Não há nada de errado com a tecnologia, ela é maravilhosa
e fomos nós quem a criamos. Ouço muitos pensadores culpan-
do a Internet pelos males à saúde da humanidade, eu acredito
que essa ferramenta nos possibilita a escolha. Mas enquanto não
estivermos conscientes não seremos capazes de escolher o que
melhor nos serve. O carro, a comida congelada, etc, também são
nossas criações. Tudo para facilitar e não para ser sempre a única
opção! Escolha!

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Drama

S em o Drama vai sobrar “aquele tempo” que tanto te falta. Sem


o Drama acaba aquela sensação de que a vida está passando
e você não fez nada.
O drama é aquela parte chata nas conversas com os amigos.
A parte que só ocupa espaço e não serve para nada. Observe-os e
depois perceba como também os ocupa com o seu próprio Drah-
ma. Perceba que criamos o Drahma apenas por tédio. Por medo
de não termos do que falar. Tente não trazer o Drahma para sua
vida e não tenha medo de descobrir que ela é realmente um té-
dio. A vida começa quando nos responsabilizamos por isso. Ao
eliminarmos o Drahma retomamos nosso trono de divindade.
Iniciamos a busca por sentido. O Drahma reina da boca para
fora. Da boca para dentro existe um universo que você ainda não
se aventurou. Não há tédio numa aventura.
Se não tiver do que falar diga “besteiras” da sua imaginação
pois isso vem de você e é muito mais divertido. O Drahma é sério
e duro. O riso e a imaginação é um movimento que abre espaços
e pode dar utilidade àquelas informações que nos inundam.

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Freqüências e dimensões

N ão há nada de energia mais baixa que essa cadeira onde


me sento – nem um Exu pode ser mais denso. Temos
medo das energias baixas porque “eles” nos dizem que isso é
ruim, pesado ou do mal. Nosso corpo é feito de matéria den-
sa e portanto de baixa freqüência. O ar, que não vemos mas
cremos que existe porque “somos obrigados”, é de freqüência
mais alta. O som e a luz também. A energia elétrica e mag-
nética, etc ... percebemos uma infinidade de freqüências e as
vivenciamos o tempo todo. Ou seja, nesse universo chamado
Planeta Terra acontecem eventos em nossa presença de diver-
sas dimensões o tempo todo. Você não consegue ver a luz ou
um pensamento pois eles se movem muito rápido, mas você
consegue ver a cadeira e até sentar-se nela. Sabemos de tudo
isso, mas como percebemos isso? Percebemos com o Corpo
de Consciência.
Já que estamos acostumados a fragmentação dividirei algo
que hoje sei ser indivisível. O que nos separa é apenas a ilusão.
O Corpo de Consciência consiste em Corpo Espiritual, Cor-
po Anímico ou Áurico e Corpo Físico ou Planetário – prometo
não escrever em sânscrito.

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O Corpo Espiritual

O espírito é sua essência, sua fonte. Foi criado a partir de


princípios cósmicos, ou seja, da combinação de dois, as vezes
três princípios. Cada Principio tem uma função no Universo que
quando se esgota em possibilidades, funde-se com outro. Um
novo principio nasce dessa fusão e esse é o espírito. E assim é
em tudo o que há. Isso é uma Lei Universal. Esse espírito con-
tém milhares de possibilidades de expansão e expressão. E é só
isso o que o espírito quer. Expandir e expressar, expressar e ex-
pandir. Esse é o nosso corpo mais sutil. Aquele que tudo sabe.
A nossa divindade. Ele cria as experiências necessárias para sua
trajetória. É não-linear portanto atemporal. Nessa dimensão não
há dualidade. Nele reside o livre-arbítrio. Veja que o “lugar” do
livre-arbítrio é o mais puro e livre de conceitos, portanto não
há julgamentos. É à ele que retornamos ao morrermos no cor-
po físico, e nele que avaliamos as experiências que ainda devem
ser vividas, as encarnações. Um espírito pode criar muitas almas
para expressar seus aspectos e possibilidades. Isso é muito bem
retratado na mitologia indiana na historia de Brahma que inspira
todos os aspectos para dentro de si e expira, devolvendo-os às
experiências de um novo ciclo. Essa alegoria explica a pulsação
do Universo e o movimento para a criação. O que chamamos de
Sopro Divino.
Podemos ser almas diferentes de um mesmo espírito. Talvez
por sabermos disso criamos o conceito de alma-gêmea. O es-
pírito não está submetido às mesmas leis de espaço-tempo que
nosso corpo planetário. Para ele não existem os conceitos de pas-
sado, presente e futuro. Tudo é. Ele “reside” numa vibração bem
mais alta que aquela das assombrações que ouvimos falar. Ele é
nossa parte que se expressa em outras dimensões. É imortal e

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segue fluindo e criando independente de nosso reconhecimento.


Ele expande e se expressa evoluindo cada vez para freqüências
mais altas.

O Corpo Anímico ou Áurico

Mais conhecido- e não tão vivenciado- como Alma.


É apenas um de muitos aspectos do espírito. É o elemento
que anima os corpos planetários, seja aqui na Terra ou em outro
planeta. Nessa dimensão ou em outra.
Nota: já está na hora de você saber que nós não somos os
únicos seres do Universo. Que estamos longe de sermos os mais
evoluídos e ainda, que não somos a espécie mais evoluída em
nosso planeta. Isso é apenas uma questão de conceitos e ponto
de vista, no caso egocêntrico.
A alma contém todos os registros de todas as experiências
vividas por ela em todas as encarnações. Nela residem os re-
gistros das necessidades do espírito, assim como tudo o que
ela mesma vivenciou. Também segue evoluindo para freqüên-
cias mais altas porém necessita de um “aparelho” para isso, que
pode ser denso como nosso corpo físico ou mais sutil no caso
de outros planetas.
Nota: a densidade do Planeta Terra, ou freqüência mais baixa
de vibração, não quer dizer que seja um planeta involuído ou
de expiação. Isso é conceito! Muito pelo contrario, é um lugar
fascinante onde as criações são materializadas, onde o desafio é
criar no denso. Não pense que a idéia de evolução ou de ascensão
é para sutilizar a energia. Você nunca verá o ar enquanto habitar
esse corpo. Devemos sim nos elevar em consciência mas sempre
sob as leis desse planeta. A idéia é apenas estar consciente das
outras dimensões de nós mesmos e brincar com elas. Quanto

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mais elevamos em consciência, mais nos livramos da dualidade


e nos unimos. Uno não quer dizer que somos todos um, muito
menos que devemos nos unir a algo, de forma alguma. Uno é ser
livre da dualidade. É total aceitação. Simplesmente livre.
Por termos almas afins, ou de mesma origem, denominamos
isso de “Família Espiritual”. Nessa família decidimos as experi-
ências que viveremos e o papel de cada um nessa experiência.
“Aquilo que está em cima, é o mesmo que está em baixo”. Outro
erro de interpretação de massa cheio de conceitos. O “em cima”
quer dizer freqüência mais alta, assim como o “em baixo” quer
dizer mais baixa. Quer dizer que o que é criado e expressado pela
alma, será expresso também na dimensão do corpo planetário.
A forma que entendemos essa expressão é que faz a vida que
levamos.
Nota: deus não está em cima e o diabo não está em baixo. Isso
são apenas conceitos. Isso você já sabia mas continua olhando
para o céu enquanto reza. Você pensa que reza para deus?
Sendo assim, sempre vivemos todas as nossas encarnações
com as mesmas almas, ou melhor, sempre na mesma família.
Você já deve ter ouvido algum sensitivo diagnosticar que você
não se entende com sua mãe porque na vida passada você foi
a mãe dela e a maltratou muito. Tirando os conceitos de mal-
tratar e todas as virtudes cristãs, isso pode ser verdade. Mas o
que vale, e vou te relembrar, são as experiências! Experimentei
ser uma mãe má. Volto lá após a morte, me encontro com meus
familiares, e decidimos trocar. Então experimento ser maltra-
tada, e assim por diante. Só as experiências são consideradas. O
drama é por nossa conta. O Karma também, mas vou explicar
mais tarde.
É no nível da alma que a consciência está mudando. Não
é só aqui! Vou repetir: “Aquilo que está em cima, é o mesmo
que está em baixo”. Estamos misturando famílias espirituais, ou

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seja, não precisaremos mais reencarnar na mesma família ape-


nas trocando os papeis. Essa forma se esgotou, agora viveremos
outras possibilidades. Aqui nessa dimensão essa informação
vem traduzida como fim do mundo em 2.012 ou Nova Era. Por
isso toda essa mudança de consciência. E você aí se achando o
supra-sumo do Universo! Acorda! Mas isso fica pra uma próxi-
ma vez. O que posso te adiantar é que daí vêm os conceitos de
Criança Índigo, Cristal, Diamante, etc. Elas vêm de outras fa-
mílias, de esferas de freqüências ainda mais altas. Hum, vamos
experimentar por enquanto.
Os registros da alma guardam as experiências e toda a sa-
bedoria conquistada e tudo isso está bem aí, à uma respiração
para ser acessado, você só precisa permitir e principalmente
não pensar que isso é loucura. Elas ficam registradas apenas
como habilidades e não como trauma ou karma. Lembrar das
vidas passadas não quer dizer necessariamente, que você vá se
lembrar de tudo de cada existência, mas sim do que sua alma
concluiu de cada uma. E nem que você vai se lembrar de tudo
ao acordar num dia qualquer. Por vivermos numa freqüência
baixa, tudo nos parece mais lento e denso do que na freqüência
da alma. Os sonhos por exemplo. Lembramos de fragmentos e
sensações de muitos lugares e experiências mas nunca de tudo
pois a velocidade-freqüência é muito além do que nosso limita-
do cérebro pode captar. Lembrar de todos os detalhes de vidas
passadas seria o mesmo que assistir novamente a todos o filmes
apenas para rever uma única cena – fora que seu corpo físico
explodiria com tanta energia. – Ah, agora você entende porque
os E.Ts nunca foram vistos fora das naves. Cada um de acordo
com sua Lei.
Tudo que já foi vivenciado pode ser relembrado passando por
um breve reaprendizado – você não acha que Mozart sentou ao
piano e tocou uma sinfonia sem antes ter passado por esse pro-

26
Chemia

cesso de relembrar, não é? Esse é o mistério do autodidata. É que


às vezes resolvemos nos lembrar de alguma habilidade desenvol-
vida antes em outro planeta, e isso realmente é assustador num
primeiro momento – não ria, veja o Michael Jackson. Expande
amigo, porque isso acontece com você também! São habilidades
que precisam de uma oportunidade mas também não precisam
ser usadas todas, numa mesma existência. Essa é a melhor carac-
terística da alma, ela só precisa de uma única experiência para
registrar, depois é só manifestar.
Na maioria das vezes trabalhamos com algo que já conhece-
mos. Nos identificamos por ser uma habilidade. Mas também
muitas vezes ficamos entediados porque parece uma eternidade
que o fazemos. Essa sensação vem das múltiplas habilidades que
possuímos. Sabemos que podemos fazer muitas coisas por isso
não nos conformamos em exercer uma única coisa a vida toda.
A alma carrega sua missão, e essa nada tem a ver com altru-
ísmo e sacrifícios. Mas sempre com algo que nos apaixonamos
e nos realizamos plenamente. Isso é uma busca interna e eterna
dos Humanos pois vem da origem. Por isso te digo que “você
sabe”! A busca pela paixão. Lembre-se de se esquecer dos concei-
tos religiosos e marketeiros- o que dá quase na mesma.
Freqüentemente usamos o termo missão no lugar de Kar-
ma e vice-e-versa. O “mente evoluída” diz “tenho a missão de
ajudar as pessoas, ou um karma de ajudar as pessoas”. Missão é
paixão e quando acreditamos não precisamos provar nada para
ninguém. É o caminho, o Tao onde fluímos. Aqui nós ociden-
tais nos esbaldamos tentando interpretar os escritos dos Seres
Humanos orientais que nada mais fizeram que registrar suas
experiências, apenas para demonstrar que todos os Humanos
são capazes de se re-unir com o espírito enquanto no corpo
planetário. E não para que seguíssemos como uma cartilha. Se-
guimos Jesus, Buda e mais um monte de Seres Humanos e fize-

27
Chemia

mos deles os messias, porque nós escolhemos que fosse assim.


– Ai, que preguiça! Eles só compartilharam suas experiências,
a partir de seu espírito, porque entenderam que essa é a verda-
de da vida. Trocar experiências. Isso é o que eles entenderam
como abundancia. É ter acesso às experiências das outras almas
para combiná-las com as próprias. Vivemos no paraíso, a Terra
e a natureza em perfeição, e o inferno dentro de nós. Ecologia?
Você é consciente da perfeição e riqueza do planeta em que
vive? Do seu próprio corpo que é feito a imagem e perfeição da
Terra? Claro que não. Você paga uma mensalidade pra o gre-
enpeace e prefere se identificar com o inferno ao ver um vulcão
em erupção. Ele está cumprindo o propósito dele e esfregando
isso na sua cara! (risos)
Trocamos experiências o tempo todo, ainda que não cons-
cientemente. Ainda nos embromamos no nosso próprio drama
e no alheio. Outra questão importante é que, o conceito de mis-
são nos dá a impressão de que devemos fazer algo grandioso.
Isso é o que nos emperra porque se não for bom para todos,
se não for sensacional, nem começamos. Agora me diz – seja
sincero consigo mesmo – quantas habilidades e idéias que sur-
giram em sua mente você descartou por esse motivo? Enquanto
precisarmos de platéia para nos reconhecer a vida continuará
emperrada.
A imaginação é uma manifestação da alma. Ela nos conecta
com todas as possibilidades de expressão em nós. Não haveria
outra forma mais eficiente para trazer à mente informações dessa
outra dimensão mais sutil de nós mesmos. A intuição também é
uma manifestação ainda mais livre dos conceitos da mente. Mas
o que você anda imaginando? Será que é imaginação ou é sua
mente gritando ordens vindas da massa? Vou falar mais sobre
isso pois é justamente a única maneira de nos re-conectarmos. Já
vai lembrando de esquecer de tomar seus remédios reguladores

28
Chemia

de humor pois eles massacram a imaginação. Isso é a impotência


do Ser.
Falar da alma é falar de infinitas possibilidades.

Corpo Mental e Corpo Emocional

“As respostas sempre existiram em ti ... mesmo


antes das perguntas.”

A Alma resolve reencarnar e então se dá o processo de vida


na Terra, no caso. Dividirei, para não variar, em dois componen-
tes que chamarei de Corpo Mental e Corpo Emocional. Cada
um tem milhares de aspectos e características, que chamarei de
potenciais. – Calma, não vou falar de cada um deles, mesmo por-
que eles são seus e falam por si.
O Corpo emocional registra todas as sensações e o mental
organiza e traduz em comandos para o Corpo físico, que reali-
za algo – vai descendo, ser multidimensional! A emoção pode
variar em freqüência, assim como os pensamentos, que geram
sensações também de freqüências variadas determinadas pela
intensidade do estimulo.
O Corpo Emocional ou Dimensão Emocional, funciona como
“tudo o que você sente que é”, e o Mental “tudo o que você pensa
que é”. Aí que mora o perigo pois na verdade eles não são sepa-
rados. Super desenvolvemos o corpo mental e nos embriagamos
com essa evolução, como Narciso, e resolvemos que todas as res-
postas podem ser encontradas apenas nessa dimensão do Ser.
Nota: quase todos os notáveis cientistas da historia quando
chegavam a descobrir que nós somos multidimensionais estavam
perto de “morrer” e não conseguiram dar continuidade a seu tra-
balho. Os que conseguiram, viveram na época das inquisições e

29
tiveram que se calar e esconder suas descobertas. Muitos outros
estão inacessíveis o Tibet. Que pecado! Outra nota importantís-
sima é que também não estávamos preparados para reconhecer
isso. Não estávamos tão expandidos.
Nosso universo se resume a apenas isso até hoje. Nos enamo-
ramos por nossas criações cientificas acreditando que somos su-
periores apenas por criarmos imagens perfeitas de nós mesmos
que experimentam a existência. Na verdade você vive exatamen-
te da mesma forma que o seu avatar da fazendinha do facebook.
Você pensa e ele executa, mas não sente – quando sente toma re-
médio pra não sentir. (risos!) Também inventamos que conheci-
mento é poder e inflamos nossas vidas com um monte de infor-
mações dissociadas e desnecessárias. Precisamos saber de tudo
o que o nosso vizinho possa nos perguntar e o vizinho pensa da
mesma forma, então falamos das mesmas coisas. Freqüentamos
os mesmos lugares e nos sentimos entediados. – Opa, eu disse
sentir? Reclamamos que nossa vida é escassa porque o sentido
da abundancia – fica no canto esquerdo no feng-shui, onde está
a privada – não é o mesmo que tratamos antes. A abundancia de
cada um poder sentir as experiências de uma forma única e tro-
cá-las com o vizinho. A abundancia de termos um universo dis-
tinto em cada individuo. “O que você sentiu ao ver o vulcão em
erupção?” Sentir virou coisa de emo e ficou restrito aos artistas
que vivem num mundo que nos dá a impressão de ser paralelo.
O mental hoje é o reino dos deuses, o trono dos conceitos.
Imagina o que acontece quando o emocional envia uma idéia
para esse reino? Ave Maria! Essa informação passa por milhares
de filtros que fazem com que algo natural se transforme numa
catástrofe assustadora. A idéia entra na maquina dual de fazer
conceitos e lá se torna complexa para que o Humano pense que
está abafando, esbanjando sua capacidade intelectual. É aqui que
seu analista nada de braçada! Vamos imaginar juntos. Uma ado-

30
Chemia

lescente de 16 anos, ainda virgem, louca para perder esse sta-


tus. Insegura com seu corpo, amiga de uma bulimica e de uma
anorexica, encontra em sua bolsa um chocolate que sua mãe
lhe deixou de surpresa. Ela sente vontade de comê-lo. O corpo
emocional envia um impulso de prazer para o mental, entra no
reino dos conceitos e lá se transforma em “você vai ficar uma
gorda feia e ninguém vai te querer, muito menos suas amigas.”
Em segundos todos os movimentos do corpo se confundem e
travam. Os músculos enrijecem para conter o desejo. A ação é
freada. Mas a programação continua e continua...cada vez que
essa garota vir um chocolate esse processo será desencadeado,
mas dessa vez sem conexão com o desejo em si, ou seja, nem pre-
cisa haver desejo. Fica em looping mental-fisico. Esse processo é
repetido incontáveis vezes em tudo o que fazemos. Só cessa ao
dormirmos. Às vezes a mente prevalece e não se entrega ao sono
– e dá-lhe memédinho! Dessa forma nos separamos. Pensamos
o que somos e nos comportamos como tal. Vivemos apenas uma
dimensão de nós e limitamos o mundo ao nosso redor. A de-
pressão é o resultado de muito auto-analise que bloqueia o fluxo
energético natural.
Mas o Corpo emocional não cessa suas funções nunca. Ele
tem um compromisso com sua missão que só poderá ser expres-
sa na dimensão do corpo. Quando as informações desse são re-
petidas vezes transformadas em algo que não é realizado o corpo
adoece. O desejo de prazer da adolescente transforma-se em ve-
neno. A energia é liberada de um corpo que é livre de conceitos,
se movimenta e não pode ser contida. O prazer traduzido como
veneno pelo mental que prevalece, manifesta-se no corpo físi-
co e é liberado através de uma doença. De qualquer forma ela
foi liberada. A alchemia aconteceu apesar de não ter produzido
algo saudável para o corpo físico. Perceba como o tempo todo
fazemos transformações – e você ainda não se acha um mestre.

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Chemia

Perceba como nossas dimensões ou corpos não “conversam”.


Não vou falar de psicossomática porque isso você encontra na
Revista Claudia. Minha idéia é apenas ilustrar que a “separação”
é a inconsciência desses processos. Que o desequilíbrio é apenas
um erro de “tradução”. As doenças vêm da falta de comprometi-
mento que temos com nós mesmos. Do comprometimento em
sermos atentos a tudo o que acontece no universo que somos.
Veja, um vulcão antes de entrar em erupção dá um monte de
sinais – a intenção dele não é matar milhares! – a terra treme,
esquenta, os pássaros e outros animais fogem do lugar. O mesmo
com nosso corpo quando uma gripe se aproxima, por exemplo.
Nos sentimos cansados, depois a temperatura corporal oscila,
tossimos, espirramos, etc. O corpo não quer te dizer para tomar
um remédio, ele quer expressar e ele o faz, quer estejamos cons-
ciente ou não. Se a gripe forte for inevitável, aproveite a febre e o
mal-estar para descansar. Talvez esse seja o aviso, “você precisa
descansar”. Às vezes pensamos ser insubstituível e a gripe vem
bem a calhar para nos mostrar que, mesmo não estando presente
para o outro, tudo acontece de uma forma ou de outra. Tire pro-
veito disso. Da mesma forma com outras doenças. O remédio
para o físico não resolve a surdez para alma. Vejo pessoas que se
“curam” de gripe uma vez por mês. Torço para que seja sempre
só gripe.
Todos os males do corpo físico passam por esse mesmo pro-
cesso multiplicados milhões de vezes. Por isso o remédio é um
atraso de vida. Nós o criamos para nos enganar pois temos medo
de admitir que somos responsáveis por tudo isso. Que sentimos
tudo, que sabemos tudo e que não há nada para além de nós
mesmos. Nem chegamos na dimensão do físico e já dá para per-
ceber que estávamos dormindo – o remédio é pra acordar! E esse
remédio não vende em lugar nenhum mas é só você imaginar
que ele aparece – não é “ele” , não tem asas e nem muito menos

32
Chemia

trombeta, que cafona! Jogue esses conceitos no lixo e acredite que


você é quem você estava esperando! Não há nada para curar já
que a doença não nasceu doença. Tem que transformar de novo.
Alchemia. Chemia. E você sabe que tem esse poder. Se o faz na
dimensão do mental, imagina o que pode fazer com todas as suas
dimensões em harmonia, Mozart?
Antes de descermos para a dimensão do Corpo Físico, devo
explicar que não existe um ponto onde começa um e termina o ou-
tro. Sinto-me obrigada a “juntar” antes que você realmente pense
que é fragmentado, daí tudo aqui escrito fugirá ao propósito.
Você já percebeu que é multidimensional. Talvez sua mente
ainda não queira acreditar mas eu sei que sua alma está vibrando
com essa “novidade”. Essas dimensões que vibram em diferentes
freqüências , incluindo a dimensão do Corpo Físico, constituem
o seu Corpo de Consciência e funcionam misturadas o tempo
todo resultando no que você é hoje. A combinação de freqüên-
cias é o que nos faz únicos . Todas elas seguem o mesmo princi-
pio universal de expansão e expressão – essa é a nossa semelhan-
ça com Deus, com o Universo e o planeta que existimos hoje.
Quanto mais consciente estivermos, mais presente estaremos.
Isso é o que os livros de auto-ajuda e meditação adoram chamar
de “aqui-agora”. É o tempo de cada um. O tempo no seu univer-
so. O tempo é uma ilusão porque para o individuo tudo aconte-
ce apenas quando ele estiver pronto ou der permissão, e não de
acordo com regras pré-estabelecidas – andar com 9 meses, falar
com 14 meses, ser independente aos 28 anos, engravidar até os
30, morrer antes dos 100, etc. Você será sempre o primeiro a sa-
ber quando estiver pronto. Não há nada nem ninguém que possa
fazer um bebe caminhar se ele não estiver pronto. Ele sabe!
Muitos te ensinam a calar a mente – eles deviam calar a boca
– mas você não consegue e se acha um bosta por isso. Cada corpo
cumpre seu propósito portanto a mente, sempre que você estiver

33
Chemia

“acordado”, será fiel a ele. É impossível calar a mente! O que os


orientais quiseram dizer era para você não seguir apenas o que a
mente te diz, compreendendo que você não é apenas o que pensa
e sim um Corpo de Consciência.
Você já experimentou tapar os ouvidos para o barulho exter-
no? Percebeu como sua mente grita e parece que vai te enlou-
quecer? Desenvolvemos a mente juntamente com um “aparelho
auditivo” só para ela. Para ouvir a emoção temos que desenvolver
outro tipo de “audição”. A intuição e a imaginação por exemplo.
Quando somos intuídos a algo não quer dizer que a mente se
calou nesse momento e o tempo parou para você ter um insi-
ght. Acontece tudo ao mesmo tempo. Na verdade na maioria das
vezes lutamos contra a mente para fazer aquilo que a intuição
nos diz. Agora, imagine-se vivendo intuitivamente – sem manto
laranja – e sua mente de acordo com tudo. Ela lhe dando idéias
para realizar da melhor forma. Ajudando a criar o espaço para
aquela expressão. Facilitando. Imagina o que você pode criar
dessa forma, Einstein. Isso é Ser Humano. Aquele que cria algo
que ninguém ainda imaginou porque vem de “outro universo”.
A imaginação é a nossa ferramenta para “unir” mente e emo-
ção. Mas ainda que eu te peça para imaginar algo que flua em sua
vida você criará algum conflito nessa imagem. Começa dizendo
que não imagina nada – bullshit! Você sonha o tempo todo com
uma vida melhor. Sonha em ser feliz. Mas na hora de se imaginar
alegre diz que é impossível porque hoje tem problemas no casa-
mento. Você só irá expandir à medida que expandir sua imagi-
nação. A imaginação nos liberta dos conceitos mas você tem que
praticar. Isso é meditar! Imaginar para depois manifestar. Não é
para ir para o reino dos céus, isso é cafona! Por isso “meditar” é
um tédio. Você se entedia por não se permitir ir além – admita
que você é um tédio. Por pensar que é impossível. A imaginação
aliada à mente é a criatividade, que por sua vez aliada ao corpo

34
Chemia

físico é realização. Então criamos o “impossível”. Veja como você


é um criador, você só pode estar hoje como imaginou. Não minta
para si mesmo! Pode não ser da forma que imaginou pois essa é a
sua forma de pensar. Esse é o poder de criação. Ir além da mente
para trazer algo novo para sua vida. Se você pode se imaginar no
carro que deseja porque pensa que não pode tê-lo? Porque se fos-
se assim tão fácil todo mundo teria tudo, e você não teria do que
reclamar? Aí é que você se engana. Quando começar a imaginar
vai se perceber descartando muitas coisas que pensava querer
e descobrirá seus verdadeiros desejos. Isso é o que nos faz dife-
rente. Quando chegamos nesse ponto dificilmente desejamos as
mesmas coisas e então teremos muitas outras coisas diferentes
para experimentar de cada um. Se você se conscientiza de que
algo foi criado em alguma dimensão de si, tenha certeza de que
isso é pelo menos um potencial a ser realizado. Mas se prefere
não imaginar nada, não reclame do cargo que seu chefe criou
para você. Se quiser mudar de trabalho imagine-se trabalhando
no lugar que deseja. Não fique apenas reclamando, isso é passivo
demais! Esperar que o outro adivinhe seus desejos, e adivinha?
Ele não adivinha!
Essa é a força do pensamento, mas só funciona aliada à outras
forças. É uma alquimia. Um todo. Pare de ser preguiçoso a pon-
to de um comercial dizê-lo que você “desejava” esse carro mas
não sabia ou pensava que era “impossível”. Isso é o que nos faz
previsíveis, logo entediados. O mal do século é o tédio! O tédio
deprime e cria doenças.
Era esse o poder de realizar milagres que Jesus falava. Mas
você ainda hoje entende isso como curar feridas com imposição
das mãos, então pensa que isso não é para você. Pare de pensar
nos outros! Todos têm o mesmo poder. Jesus foi um Ser Huma-
no, como você também vai se tornar. Você quer dinheiro? Então
crie dinheiro. Você quer saúde? Então pare de criar doenças!

35
Chemia

A questão é que o corpo mental hoje não é individual mas


sim coletivo, sufocando toda a criatividade do individuo. A cons-
ciência de massa tem sua maior influencia na duvida. A duvida
é como um catalisador que acelera a entrada de informações que
não te servem – spam. Quem sou eu e o que devo escolher? Só
nessas duas você já se esqueceu pelo menos de 70% da sua capa-
cidade criativa. Isso faz de você um imitador e não um criador.
Aqui, seu filho de 1 ano e até mesmo seu cachorro, são mais evo-
luídos que você. Eles sabem quem são e não são influenciados
pela consciência de massa. Você pensa que seu filho só responde
corretamente quando ele já está inserido na massa. Aí você o
reconhece. Antes disso, acredita que ele não tem nada a ofere-
cer, apenas deve ser alimentado e distraído com brinquedos co-
loridos – não é muito diferente de você – enquanto você busca
nele sinais de imitação para se tranqüilizar de que ele é “normal”.
Você não consegue sentir a presença dele!
Nota: aqui você vai me xingar e dizer que sou louca pois seu
filho é tudo na sua vida. E eu te direi que, enquanto você não for
tudo na sua própria vida seu filho também não sentirá a sua pre-
sença. Vou me divertir um pouco e te lembrar que você reclama
o tempo todo por ser “assim” pois seus pais não foram presentes,
apesar deles te dizerem que você é tudo para eles. – Gargalhadas!

Corpo Físico ou Corpo Planetário

Se o denominarmos como Corpo Planetário fica mais fácil


compreender que existem alguns protocolos para a existência
no Planeta Terra. Ao nascermos somos totalmente dependentes,
mas ainda que independentes, o protocolo é o mesmo até o fim.
Esse corpo para existir necessita de dois alimentos, a comida e
o ar. Os protocolos sociais hoje demandam que você trabalhe

36
Chemia

para comprar comida e se manter abrigado. É isso. Mas só isso


tem resumido em sofrimento toda uma existência. Queremos
adquirir mais coisas que nos custarão mais horas de trabalho e
assim vai. Ou seja, toda a existência gira em torno de apenas dois
aspectos básicos . Nos aprisionamos num emprego chato para
comprar um abrigo. Depois de comprado não podemos largar
o emprego porque temos que pagar o condomínio, os seguros,
vestir , comer e abastecer o automóvel. Reveja seus valores! Você
realmente pensa que algum dia terá tudo o que “necessita” para
poder descansar e se encontrar? Ninguém te engana, a promessa
de que a felicidade está fora é você quem faz. O que fizemos com
o conceito de essencial? – pergunta satânica. Perceba se o que
entendemos hoje como essencial realmente vem da essência.
O ciclo mais perfeito que eu já vi é o das contas na caixa de
correio. Não falha nunca! E você faz a mesma coisa, como um
ratinho de laboratório. Nunca pensou em se comparar com eles
e se deparar com a duvida sobre quem é mais “evoluído”? Não
tem nada de criativo nisso. Desça da rodinha! Faça uma troca
justa. Troque uma conta dessas por um tempo livre para criar
aquilo que sempre quis. Lembre-se que o corpo planetário tem
apenas duas necessidades e só essas são suficientes para que ele
esteja inteirinho disponível para realizar tudo o que você ima-
ginar. Inclusive ser milionário! Você pensa que trabalha como
arquiteto, mas você trabalha para o Pão de Açúcar, o Bill Gates,
a Porto Seguro e, as que empregam mais hoje em dia, a indus-
tria farmacêutica. Crie algo a partir dos seus desejos. Se disser
que Nada acontece em sua vida é porque tem criado o Nada.
Responsabilize-se por isso e saiba que se cria o Nada pode criar
o Tudo também. Imagine algo antes que sua mente transforme o
Nada em um monte de Problemas.
Você já percebeu como tem propagandas de laxante na te-
levisão? A criatividade está tão bloqueada que nem fazer coco

37
Chemia

conseguimos. As propagandas de iogurte são manuais para defe-


cação – tome a noite e pela manhã garantimos que você vai cagar,
ou seu dinheiro de volta. Seria melhor cagar dinheiro logo! Você
não consegue dormir porque pensa que não realizou nada. Ex-
perimente ficar consciente por apenas um dia e veja tudo o que
realiza. A mente não tem a função de realizar!
Quem diz que você não realiza nada? O Bill Gates provavel-
mente, porque você pensa que ele criou tudo em um dia – e ele
é mais rápido que o cara que criou tudo em 7 dias. Isso que é
realização, o que você faz não? Acontece que se você ficar cons-
ciente, por um dia que seja, se dará conta de que tudo o que tem
realizado não faz o menor sentido. Não te da prazer porque você
nunca se perguntou o que te dá prazer. Então o satanás aqui te
pergunta: meu caro, o que você deseja? Se você responder não
sei, já está no caminho – você nunca pensou que essa poderia
ser uma resposta “correta”, não é? Se responder que quer ape-
nas ser feliz te direi, então seja! E você me dirá um grande MAS
seguido de um monte de bosta pois isso na sua cabeça tem um
monte. Quando você-alma resolveu encarnar foi para realizar
uma paixão nessa dimensão. Na dimensão da alma você realiza
um monte de coisas e tenta trazê-las para experimentá-las nessa
dimensão, mas no caminho tudo se transforma em algo que nem
você reconhece. Assim é muito chato!
Pensamos que evoluímos mas até hoje trabalhamos 8 horas
por dia apesar de entendermos que ninguém produz 8 horas.
“Evoluímos”, modernizamos e agora trabalhamos mais de 8 ho-
ras sem receber extra. Simplesmente trabalhamos mais porque
pensamos que isso é realizar. Desde o século XVIII. É quase unâ-
nime sentir-se explorado pois não sabemos nos dar valor. Va-
lho mais porque penso mais logo produzo mais, logo trabalho
mais, logo possuo mais, logo pago mais...looping, curto-circuito,
vitima do sistema, vitima, drama, drama, drama. E assim tem

38
Chemia

sempre um monte de coisas acontecendo na sua vida, nada in-


teressante, mas acontece. Repare quantas vezes ouvimos pessoas
dizer, num tom de orgulho, que não têm tempo para nada. Nada
o que? Então do que elas têm se ocupado o tempo todo? Quem
disse “nada”? Ops! Enchemos a vida de nada e reclamamos do
tédio. O tempo é escolha. É para ser administrado. Faz parte do
protocolo aqui da densidade. Não é um sádico controlador. E dá-
lhe criação! O deus Tempo engolidor de almas.
A alma pode abandonar o corpo e seguir criando em sua di-
mensão, pois ela é fiel ao propósito. Quando isso acontece o cor-
po, sob a lei da Terra, segue desintegrando-se até desaparecer. As
doenças crônicas ou degenerativas são casos de uma grande des-
conexão com a alma . Gene de origem e degenerar de negar a ori-
gem. Podemos entender então, que não existe tempo-espaço mas
inconsciência e consciência. Se a comunicação entre os corpos
acontece em harmonia podemos dizer que somos presentes e co-
nectados. Se a comunicação permanece alheatória nos sentimos
distantes e podemos dizer que estamos desconectados. Quanto
mais desconectados, mais doentes – entenda aqui qualquer mal-
estar moderno. Se a desconexão for permanente a alma se des-
prende e abandona o corpo. É como se ela dissesse “cansei de te
lembrar o que combinamos. Desisto de você.” Você vai escolher
isso? Claro que não, você vai dizer que é Karma. Eu sei que você
não escolhe ficar doente. Compreendo que você escolhe não dar
ouvidos a si mesmo pois teme ser diferente e ficar só. Mas e as
experiências? Você as está vivendo meia-boca porque escolheu
não estar consciente do que troca com os outros. Combinações,
lembra? Nada a ser aprendido e sim integrado.
Outro protocolo terreno é que esquecemos grande parte de
quem somos para vivermos novas experiências. Somos resultado
das nossas experiências e cada uma delas nos leva à satisfação. A
satisfação acontece quando permitimos que elas se integrem em

39
Chemia

nós e sejam reconhecidas como tudo o que somos. Você pode


ser um mecânico e também um ótimo jardineiro. Você não pode
deixar suas habilidades com as plantas em casa para trabalhar
com carros, e vice-versa. Você é tudo junto ao mesmo tempo e
uma se une a outra, ainda que sua mente diga que é impossível.
Então lembrar do que? Você já viveu muitas experiências nes-
sa vida e todas elas estão a seu dispor o tempo todo. Para se lem-
brar da sua missão, ou até das experiências de vidas passadas é
preciso primeiro estar consciente do que viveu até aqui. Integrar
essas experiências é percorrer grande parte do caminho para o
Ser, é estar em contato consigo. Quando esse ouvido estiver trei-
nado será possível perceber outras habilidades. Podemos estudar
psicologia, viver muitas experiências como terapeuta integran-
do-as até Ser Terapeuta. Não é um titulo ou um mestre que te diz
isso. Precisamos sentir. As experiências nos servem para serem
integradas no Ser, para expandirmos. Essa expansão só ocorre
com consciência.
Minha proposta, desde do inicio, é expandir para tornar-se
Ser Humano. Alma e espírito você é, mas o que interessa mesmo
é esse Todo que está lendo nesse momento e tudo o que ele pode
realizar. A intenção nesse livro é demonstrar que não utilizamos
quase nenhuma das possibilidades dessa existência. Mesmo não
se lembrando de Tudo o que É, Foi e Será, você possui infini-
tos poderes que não utiliza. Esse comportamento pode vir, em
muitos casos, justamente da crença que, por esquecermos quem
somos ao encarnar, nosso destino está nas mãos de deus. O des-
tino é aquilo que você combinou que faria e disso você nunca
esquece. Demonstrei até aqui a forma que agimos que nos dis-
tancia Dele – sim, com letra maiúscula para você perceber quem
é o verdadeiro deus que mora dentro de ti.
O que combinamos é aquilo que nos move, aquilo que bus-
camos. Aquilo que é latente em nós. É a única coisa que deve-

40
Chemia

mos nos responsabilizar. Novamente, de que adiantaria lem-


brar de vidas passadas se as experiências nelas vividas nada
tem a ver com aquilo que nos propusemos para essa? Quanto
mais próximo do seu caminho – destino – mais habilidades
para realizá-lo você encontrará. As ferramentas são dispos-
tas no caminho à medida que seguimos. Novamente o tempo
de cada universo. Essas ferramentas são dispostas pela alma
como indicações do caminho. Para qualquer destino existe um
sentido. Esse é o sentido da vida. Sendo assim ele nunca pode-
rá ser indicado por outros. Entendemos livre-arbítrio apenas
quando estamos no caminho. Quando estamos vivendo algo
ruim e culpando o outro não foi uma escolha a partir do livre-
arbítrio, muito pelo contrario, provavelmente traímos a alma.
Quando estamos no caminho fazemos escolhas conscientes e
de acordo com nossos desejos. Isso não é egoísmo nem nar-
cisismo. Egoísta é aquele que deixa de fazer algo por si para
acusar o outro de egoísta.
Portanto, no Corpo Físico estão as possibilidades de todas as
dimensões do nosso Ser. Essa mistura única de freqüências vi-
bracionais pode ser melhor ilustrada com os Chakras. Esses são
os vórtices de energia que conectam, no corpo planetário, to-
das as dimensões em ondas de freqüências variadas. Neles, todas
as informações se movimentam gerando um atrito que anima,
a que chamamos de vida. Esse é o seu campo. É esse que deve
se expandir e se expressar. Todas essas combinações fazem de
você um ser único em freqüências de som e cor. É através desse
campo que os videntes podem fazer previsões, acessando os vá-
rios potenciais, combinando os de mais intensidade emocional
e mental, chegando então a um prognostico, que pode ou não
acontecer. Acontece quando você se conscientiza e o realiza no
corpo físico. Ainda que não os realize os potenciais continuam
ali vibrando em ondas e freqüências. Você mesmo poderá ver

41
Chemia

seu futuro quando se conscientizar.


Para ser saudável basta viver em seu corpo. Não precisa inge-
rir nada especial para isso. Vejo pessoas comendo coisas que não
gostam apenas porque “eles” disseram que evita o câncer ou re-
juvenesce. Você sabe que o que é bom para ti são as coisas que te
dão prazer. Os alimentos se tornaram um mal na vida moderna
não por serem sintetizados mas pelo significado que os atribuí-
mos. Mudamos as funções dos alimentos e não sua composição.
Resultado da consciência de massa. Vejo seres sem vida obceca-
dos por alimentos orgânicos. De novo, como é que vamos culti-
var tantos alimentos “orgânicos” com tanta gente para consumir
numa metrópole? Não é esse o nosso problema, muito menos
a solução. A questão é que nada que consumido na freqüência
da preocupação com o bem-estar vai resolver o seu bem-estar.
Bem-estar já vem com a resposta no nome. Leia novamente. Se
preocupado não “está”, muito menos “bem”. Que alimento desa-
gradável para seu paladar pode lhe fazer bem? Com tantas op-
ções! Veja como complicamos as coisas mais simples. Perceba
como criamos escassez. Sua mente está tão limitada que você
acaba se restringindo na alimentação também. No básico.
A saúde vem da consciência de vivermos num corpo físico.
Você já se perguntou se quer realmente viver aqui? – pergunti-
nha satânica. Mas é verdade. As vezes essa forma é demais para
você ... Se você se permitir essa pergunta já encontrará um gran-
de alivio.
Abusamos das drogas, da comida, do álcool, porque é real-
mente difícil viver todas as dimensões sutis de nós mesmos num
corpo denso. Não é fácil corresponder à toda demanda a nossa
volta. As vezes é tão insuportável que precisamos de algo que
nos “sutilize” um pouco. Que nos expanda para além do pró-
prio corpo. Mas os sistemas de crença nos dizem que tudo isso
é ruim, os firewalls não nos permitem chegar a digna conclusão

42
Chemia

de que apenas buscamos uma forma de permanecer no corpo.


Uma forma de ter prazer em algo até que estejamos prontos para
nos responsabilizarmos totalmente por nossas vidas. A pergunta
aqui é “o que é insuportável para mim?”
Os sistemas de crença nos dizem que somos adictos a ... os
antidepressivos são como depressão sintetizada que apenas nos
dão a ilusão de equilíbrio. Equilíbrio depressão com depressão.
Mas o sistema de crenças continua ativo e então, se o remédio
lançamento mais caro do mercado não pode nos ajudar, comete-
mos suicídio. Sim, sim, isso acontece muito! Acreditamos que, se
não há remédio não há cura.
Acredite-me! Não existe doença! É realmente difícil viver no
corpo, mas isso não significa que a depressão seja perpetua. É
apenas uma manifestação como a febre. Apenas a expressão da
dificuldade de viver com todas as dimensões ao mesmo tempo.
Um anjo vive muito bem – brilhando ou com asas, da forma que
preferir imaginar – simplesmente porque ele vive uma única di-
mensão. Ele é consciente do esforço que fará para nos acessar nes-
sa dimensão. Nós não somos conscientes o tempo todo de todas
as nossas próprias dimensões e nem muito menos das dimensões
que acessamos nos milhões que nos rodeiam. Mas as acessamos
e deprimimos, as vezes. Por isso é muito honrada nossa escolha
de viver aqui. Por esquecermos a grandeza que somos para vi-
vermos limitados. Viva a depressão como uma experiência que
te leva a si mesmo. Vá trabalhar deprimido. Se não for possível
não vá. Mas não pense que estar deprimido é algo ruim. Muito
menos se compare com os outros e tome o mesmo remédio. Viva
ela até o final, não tenha medo pois isso não é perpetuo. Use-a
para expansão. Perceba quais foram os sinais que seu Corpo de
Consciência usou antes mas você os negligenciou.
Tudo o que nos retira do corpo nos faz ter uma existência per-
turbada ao retornarmos. A maioria dos seres hoje vive com o alar-

43
Chemia

me de pane aceso. Pânico, depressão, viroses, fibromialgia ... um


monte de Ultra Sevens soltos por aí perdendo seus poderes. Espi-
nafre é bom e te deixa forte, Popeye. Uma cerveja antes do almoço
também. Mas o melhor é consciência. Salva mais do que Jesus!
Aqui na dimensão do corpo físico a missão ou destino é a
mesma das nossas outras dimensões. Portanto cada célula car-
rega em si esse propósito – o famoso DNA. Se pensarmos que
nosso corpo fala conosco então podemos falar com ele também.
Dê permissão de cura a seu corpo. Pergunte porque ele não te
obedece, quando sua mente te diz que você deve sair para se
divertir, para enganar sua depressão. A resposta provavelmente
será, “porque você não sai comigo há muito tempo.” Experiência
própria, quando o corpo nega não há cristo que o faça mudar de
idéia. Relaxe e compartilhe com esse aspecto a sua dor. Deixe-o
chorar no seu colo esse abandono até que o ame a ponto de pro-
meter nunca mais abandoná-lo. Ele precisa de tempo para reto-
mar a confiança, assim como seu corpo emocional e o mental.
O mental tem medo de abandono, é mimado e não quer dividir
espaço com ninguém. O emocional e o físico nunca foram ama-
dos. Quando o corpo físico faz birra é hora de uma reunião de fa-
mília. Acalme-os dizendo que não estava pronto para reconhecê-
los como seu. Que agora retomou o seu trono e tudo ficará bem.
Dê carinho e atenção a eles. Dance, brinque e diga que o pior já
passou e todos sobreviveram. Pode ser que eles ainda na confiem
em ti mas assim é o inicio de qualquer relação. Não desista!
A dependência química, os distúrbios alimentares, a obesida-
de, plásticas, diabetes, etc, nada mais são do que os efeitos dos
sistemas de crença. Suas células não têm o propósito de viciar em
nada. Se você não está no peso que gostaria é porque sabe que
algo está em desequilíbrio. Se come além do essencial também.
Não adianta parar de comer porque isso não vai trazer equilíbrio.
Lembre-se que o físico já é a ultima dimensão. O distúrbio está na

44
Chemia

mente que traduz o alimento como outra coisa. Ou talvez traduza


a imagem que tem de si, como outra coisa. De qualquer forma só
a consciência pode resolver. É um processo “mágico”, não uma
pílula mágica. Se quiser comer mas “não pode”, ganha mais um
problema. A aceitação do desequilíbrio é o primeiro passo para
o equilíbrio. Não pense que é “normal” fazer dieta. Nada que res-
tringe deve ser considerado normal. Vivemos em abundancia!
Dica: coma o que tiver vontade enquanto busca o verdadei-
ro dilema. Irrite sua mente com “porquês”. Abuse dos “porquês”.
Esgote-os até descobrir a origem do desejo.
Não adianta tomar remédio. Tem que tomar consciência!
O corpo físico também sofre algumas mudanças com a ex-
pansão. Cada um sente de uma forma particular mas os sintomas
mais comuns são: cansaço, distúrbios no sono, sonhos fortes e
pontadas na cabeça.

45
A imaginação

O s potenciais são tudo aquilo que você um dia imaginou,


desejou ou pensou mas não realizou ainda. – Buuuu, eu
sei que você não é burro. Mas que talvez você não se lembre é
que esses potenciais ficam disponíveis no seu campo até a morte
do corpo físico e permanecem na alma. Por isso enfatizo a im-
portância da imaginação. Se estivermos conscientes de nossos
desejos ou “das loucuras” que se passam em nossa imaginação,
podemos fazer com que o processo alquímico se complete com
sucesso. – Você já sabe porque as coisas não acontecem e fica ir-
ritada quando vai ao seu vidente e ele te diz que você deve “fazer”
alguma coisa. Você gostaria que ele pegasse um dos seus poten-
ciais e puuff! aparecesse um marido rico na sua frente. Ah, mas
você o imaginava mais magro e mais belo? Pois é, essa foi a parte
onde seu vidente entrou.
Essa mágica quem faz somos nós, mas você não quer acredi-
tar não é? Experimente tentar com apenas um de seus desejos,
sem fugir pensando ser impossível. Divirta-se criando seu fu-
turo. “Finja” ser poderoso por um momento. Após decidir qual
dos diversos potenciais você vai realizar, imagine de que forma
gostaria que se realizasse – durante todo o processo os firewalls
da sua mente serão ativados, mas não dê bola. Tente não criar

46
Chemia

obstáculos também. Imagine tudo o que esse desejo envolve. As


sensações – tente não imaginar as sensações das pessoas, apenas
as suas – as pessoas que você encontrará ou que decidir com-
partilhar. O lugar onde ele se expressa, o tamanho do espaço os
detalhes. Imagine-se realizando-o plenamente. Volte para o seu
presente e se perceba. Veja se algo mudou no seu humor, nas
sensações corporais, ou até mesmo se você se emocionou. Faça
isso sempre que quiser, mas por favor olhe ao seu redor e perceba
quando começar a acontecer. É no mínimo divertido e nos ajuda
muito a derrubar os muros que nos dão a sensação de limitação.
Quanto mais “longe” for, mais expandido se sentirá. Dessa forma
percebemos como somos limitados e como tudo em nossas vidas
acontece apenas dentro desses limites. Mais fácil ainda é imagi-
nar como quer que seja o seu dia, ao acordar. Imagine-se fluindo
no transito, um problema que te preocupa sendo resolvido com
eficácia e calma, seu humor, o seu almoço, etc. Tudo com fluidez.
Viva-o e antes de dormir perceba como foi.
A mente faz parte do Tudo o que somos. Deve ser integrada
para tornar-se clara.

“Os que tentam calar a mente morrerão sur-


dos para alma.”

47
Corpo de Consciência

O Corpo de Consciência é o resultado da combinação de to-


dos os corpos tratados acima. Ainda que a comunicação
não flua em harmonia, ele se auto-regula e se mantém expandin-
do e expressando como um todo.
Nós não somos energia mas utilizamos energia para nos ma-
nifestar. Somos consciência. Atraímos a energia necessária para
realizar algo, pensar algo ou sentir algo. Energia não tem concei-
to, portanto não atraímos energia ruim ou boa, essa transmuta-
ção em bom ou ruim nós fazemos na mente. A função do Corpo
de Consciência, e portanto da vida, é transformar energia para
se elevar em freqüência, para que a consciência se expanda e se
expresse de outra forma. Se transformarmos o monte de bestei-
ras que temos na mente em algo mais elevado, elevamos a mente
e nosso corpo de Consciência. Se transformarmos os ressenti-
mentos em experiências válidas, elevamos nossos sentimentos e
o Corpo de Consciência cresce em freqüência.
Nota: esse processo não se dá à força, por isso esses manuais
para iluminação não funcionam. Se sentir raiva, deve expressá-la
até que esteja consciente o bastante para se perguntar a verdadeira
origem desse sentimento e puder transformá-lo. Enquanto isso,
contê-la não é adequado. Crie um espaço para essa expressão. Com

48
Chemia

um amigo ou sozinho em casa. Liberar essa energia trará alivio e


compreensão além de não criar vitimas nem culpados. Rir, gritar e
chorar, movimentam energia e trazem clareza para mente.
O espírito se comunica através de ondas de radio. O cére-
bro do corpo planetário é capaz de receber essas mensagens e
decodificá-las mas é muito limitado. Todo o corpo de Consci-
ência, como um campo eletromagnético, faz essa comunicação
com mais eficiência a medida que se expande. Ele pulsa de uma
dimensão a outra. De uma freqüência a outra. Ao expandirmos
passamos a pulsar em maior escala, ou seja da menor para a
maior. Nunca nos mantemos apenas na em alta ou em baixa fre-
qüência. Dessa forma temos sempre todas as experiências dispo-
níveis em nosso campo.
Para melhor ilustrar o Corpo de Consciência, usarei as crian-
ças como exemplo. Quando nascem não têm conceitos nem Q.I
mas captam tudo o que acontece a sua volta nos impressionan-
do com suas reações. Elas seguem desenvolvendo-se e auto-
regulando de acordo com o ambiente. Quando começam a se
comunicar verbalmente ou até um pouco antes, percebemos o
quanto de informações elas captaram mesmo “não entendendo
nada”. Esforçam-se para serem adequadas pois entendem o sis-
tema da família. Primeiramente se adaptam a esse sistema para
depois expandir para além dele. Toda a nossa percepção é feita
com o Corpo de Consciência, pois ele é nossa totalidade. Não de-
pendemos da linguagem ou dos símbolos para perceber. Outro
exemplo é a leitura. Imaginamos as cenas que o autor descreve e
as vivenciamos de uma forma bem particular. Não vivenciamos
apenas um corpo que segura um livro e olha para letras. Muitos
livros enchem nossa vida de sentido e de prazer pois nos possi-
bilita vivenciar todas as dimensões de nós mesmos. Quando o
livro é “chato” é porque não desperta nossa imaginação e não há
cristo que nos faça ler.

49
Chemia

As mudanças de freqüência se dão apenas quando todas as


nossas dimensões se expandem juntas. Não na mesma freqüên-
cia, já que elas atuam em diferentes dimensões, mas na mesma
intensidade. A intensidade pode ser “mensurada” pela intenção,
por exemplo. Podemos pensar que em cada freqüência vivemos
um personagem diferente com seus respectivos cenários e co-
adjuvantes. Cada vez que expandimos percebemos o mundo de
uma forma diferente. Sentimos mais, a mente fica mais clara e
o corpo rejuvenesce. Quando ocorrem mudanças drásticas em
nossas vidas podemos entendê-las como uma mudança de fre-
qüência. O cenário muda (local de trabalho, área de trabalho,
país, cidade, etc) os coadjuvantes também (perdemos contato
com algumas pessoas, conhecemos outras, morte, etc) tudo para
que possamos também exercer um novo papel, sempre com a
escolha de drama ou comedia, romance ou suspense, etc. Esco-
lhemos de que forma vamos viver as experiências o tempo todo.
Quando conscientes deste Campo de Consciência percebe-
mos que não aprendemos algo apenas com o cérebro, que não
sentimos algo apenas com o tato, que podemos sentir verdadei-
ramente as plantas e a presença de tudo a nossa volta. Sabemos
que não precisamos analisar e nem controlar nada pois confia-
mos nas outras formas de percepção. Essas percepções surgem
na consciência como conclusões. São compreendidas, no sentido
mais amplo da palavra. A vida se torna ampla e muito mais cheia
de sentido do que de questões. Sentimos que tudo está em perfei-
ta ordem. Sentimos paz em compreender que tudo está em mo-
vimento contínuo portanto, tudo pode acontecer e nada importa
ao mesmo tempo. Somos livres e contemplamos a existência. A
vida recomeça com a certeza de que tudo acontece a seu tempo.
Degustamos cada experiência pois sabemos que delas se faz a
existência. Compreendemos a escolha de cada um sem permitir
que nos afete. Fazemos as próprias escolhas, sem culpa nem arre-

50
Chemia

pendimentos. Total compaixão por si mesmo. Experimentamos


o amor incondicional e nos recordamos dele. A busca cessa pois
encontramos o que procurávamos dentro de nós. A paz se faz
no momento em que reconhecemos que não somos limitados.
A paz vem da certeza de que podemos expandir mais e mais,
infinitamente. Percebemos toda e qualquer mudança em nossa
vida como algo natural. Somos mestres e podemos transmutar
energia pois a utilizamos a nosso favor. Chemia!

51
Karma

S e você tem muitos potenciais, sabe que seu destino é só seu


, que é a única coisa que você deve se responsabilizar e ain-
da, que está exatamente onde escolheu, como pode acreditar em
Karma?
O Karma-Cola como entendemos hoje, é a energia de con-
flitos não resolvidos em vidas passadas. Quando sentimos que
algo se repete em nossas vidas não é para entendermos como
maldição numa atitude passiva. É para ser resolvido, transforma-
do. Se não fosse para ser resolvido não teria sentido deixar para
a próxima vida e assim sucessivamente – em sã consciência você
não faria isso! Se pensa que tem um karma com alguém porque
simplesmente não vira as costas e segue seu caminho? Porque
pensa que isso aumentaria o karma. Mas então porque esse con-
flito nunca poderá ser resolvido? E se a única forma de resolver
é não se relacionar mais com esse ser? Nada é perpetuo na vida.
Se for sincero consigo mesmo vai perceber que não resolve por
outros motivos – medo, preguiça, perda de controle, tédio – e a
energia do karma permanece. A energia do karma nos conforta,
no sentido conformista e passivo da palavra. Nos libera da res-
ponsabilidade de escolher a própria vida. Nos deixa a espera de
um destino que nunca se cumprirá – vamos à Paris, Paris não

52
Chemia

vem até nós. Seja ativo e se tiver um karma, resolva. Você é o


deus do seu destino. Se preferir dar esse poder a outro não diga
que é Karma, diga que é irresponsabilidade ou inconsciência. Dá
na mesma.
A mitologia está cheia de alegorias a respeito de entidades im-
placáveis que tecem o destino. Veja se a pessoa que você escolheu
como Karma se parece com elas. Diga para essas desocupadas
se preocuparem o próprio destino que você agora não permitirá
que ninguém o faça.
Karma é a crença que diz que voce não é bom o bastante, não
vale o bastante; fez e faz muitas coisas terríveis. É a crença de que
precisamos de um guru ou mestre e não de si mesmo.
Se criou essa crença pode recriá-la.

53
Caos

“Tudo é Perfeito em Toda a Criação.”

P ara organizar o caos, criamos a dualidade e justamente nela


reside a sensação de desequilibro. Nos tornamos seres bi-
polares e vivemos ora num pólo, ora no outro. Essa é a ilusão
da mente. Nunca estamos verdadeiramente vivendo em apenas
um pólo, ou melhor, nos mantendo em apenas um. Essa é a sa-
bedoria que cada um de nós carrega em si. A compreensão de
que não existem pólos mas sim um movimento pendular e esse
movimento é o que chamamos vida. É a pulsação em si. A vida
está em todo o movimento, de um pólo a outro. Sendo assim po-
demos entender que criamos os pólos com a função de delimitar
um espaço, onde os eventos acontecem nessa dimensão limita-
da de nós mesmos, para que possamos compreendê-los. No alto
reconhecemos a satisfação e no baixo a depressão. No meio nos
entediamos por acreditarmos não haver nada. Se não sentimos
uma emoção forte automaticamente pensamos que algo está er-
rado, ou melhor, que não está acontecendo nada. Então busca-
mos desesperadamente um dos pólos.

54
Chemia

Nossa mente tem a missão de analisar e organizar, por isso


pensamos que o caos é uma coisa ruim. Se imaginarmos que
tudo está em movimento, então o caos é um movimento natural
e perfeito. O caos é criativo. Não estou dizendo que sua vida deve
ser um caos para ser boa, mas sim que tudo o que acontece em
sua vida segue a lei de perfeição do caos. Imagine o caos como
perfeita ordem. Agora experimente sentir o caos por alguns mo-
mentos. Observe todas as funções que estão ocorrendo em seu
corpo ao mesmo tempo, enquanto lê. Perceba sua mente, suas
emoções sua postura. Observe que músculos você está usan-
do agora. Experimente levantar apenas um dedo da mão e veja
quantos estímulos foram necessários para isso. Sinta o caos e veja
todas as possibilidades nele. Todas as experiências que ele con-
tém. Sinta como tudo nesse cenário se auto-regula. Perceba esse
caos interno e aceite que apesar dele e do seu conceito de que
caos é desordem, sua vida continua em perfeita ordem e você
está bem.
Desse caos vêm todas as experiências. Nele está o passado, pre-
sente e futuro. É como se você pudesse ver toda a movimentação
do seu campo energético. Todas aquelas dimensões em movimen-
to. Pensamentos, números, memórias, sensações, odores, tato,
sons, luz e cores. Tudo ao mesmo tempo. É um caos e é perfeito!
Se algo ali mudar, tudo se auto- regula e você permanece vivo e
em movimento. Essa é a semelhança com o Universo, com Deus.
Tudo o que acontece em ti está sob a mesma lei que qualquer
outro universo. Isso é ecologia de verdade. É você se comparar
com a Terra e não ficar embasbacado com a auto-regulação dela
apesar de tanta gente, tantos edifícios, poluição, etc. Olhe para o
seu universo, a Terra está em perfeita ordem assim como nós. A
ecologia é só o caminho mais longo. É o mesmo que olhar para os
pais para descobrir quem você é. Se algo precisa ser expresso um
vulcão entra em erupção, um maremoto acontece, ela aquece ou

55
Chemia

congela, etc. Tsunami não é karma. É natural! Quando você tem


gripe você sua, aquece, congela e elimina um monte de toxinas.
Seu corpo não quer saber, ele precisa eliminar aquilo, soltar aque-
la energia bloqueada pela tristeza, pelo sistema de crenças, por
vários motivos. É como quando nos espreguiçamos para soltar o
que estava contraído. Não é caos. É perfeição e harmonia.
Você causa um grande impacto na terra, não com seu carro
ou com seu consumo mas sim com sua energia. Mas isso fica
para outra hora. Primeiro você precisa perceber o impacto que
tem em seu próprio universo. Depois no do seu filho ou vizi-
nho, daí então perceberá por si mesmo o que causa no planeta.
Por enquanto prefiro imaginar que nossa consciência preguiço-
sa, nos faz mais flutuar que qualquer outra coisa Portanto ainda
não deixamos marcas profundas. Só teremos esse poder quando
estivermos mais conscientes, verdadeiramente aterrados. Por en-
quanto, sinto ser pura pretensão de nossa parte pensar que pode-
mos destruir um planeta. Meio Jaspion demais.

56
Combinações

“As combinações hoje são feitas de briga pelo


poder e não de livre expressão”.

Q uando conectados com nossa missão, ou seja, conscientes


de todas as dimensões e possibilidades do nosso Ser, pode-
mos combinar nosso universo com outros universos e viver ex-
periências conscientemente. Led Zeppellin, por exemplo – essa é
a minha escolha. Se fosse só o Robert Plant (vocalista) seria uma
experiência, mas combinada aos outros três integrantes é outra
de maior intensidade. Numa banda ou de qualquer outra forma,
essas combinações possibilitam que cada um exerça uma função,
dentro do que entendemos como experiência. Parece balela, mas
seu casamento é assim? Não venha me dizer que ele (a) te com-
pleta. Isso sim é uma balela. Se você ainda pensa que é incom-
pleto, isso é um problema seu. Ninguém tem que te completar!
Nem Jesus meu amigo. Aliás ele falou tudo de uma forma muito
simples, você que complicou. Provavelmente achou que ele foi
arrogante o suficiente para dizer que só ele sabia a resposta. Esse
é você meu querido! Sendo assim, o Robert Plant não completa

57
Chemia

o Jimmy Page, certo? Nem muito menos o John Bohan que foi
autodidata e até hoje serve de inspiração para muitos bateristas.
Você é completo e perfeito com tudo o que te “falta”. Você está
aqui para viver as experiências de abundancia, lembra? Sendo
assim Robert Plant, pegue seu talento e vá procurar um Jimmy
Page para criar algo novo. Alguém com habilidades diferentes
das suas que combinadas resultam em uma experiência única.
A combinação na sua vida profissional hoje é assim? E nos
seus relacionamentos? O que percebo é que todos estão dispu-
tando a mesma função, o mesmo lugar. Ninguém quer se res-
ponsabilizar! Dois vocalistas e nenhum guitarrista... todo mun-
do imitando.
Você pensa, “se deu certo com ele, vou imitá-lo para obter o
mesmo resultado.” Esse é o mesmo programa de Jesus e Buda.
Acorda! Olhe para si e se pergunte o que deseja fazer. Que papel
quer atuar no seu relacionamento. Decida!
Quando digo que a resposta “não sei” é correta, é porque ao
menos você sabe que não sabe e não culpa ninguém por isso. Do
“não sei” nasce a pergunta “então o que eu quero para minha
vida?” Essa atitude traz de volta a dignidade do Ser. Isso é cons-
ciência. Enquanto não descobrimos, experimentamos o que o
outro escolher. Tudo bem assim! Tudo ótimo, na verdade. Dessa
maneira nos responsabilizamos por nós mesmos e nos livramos
do drama e da impotência. Meio tanque de lixo esvaziado!
Insistimos em combinar com aqueles que não combinam
mais conosco. O pior de todos é insistir no casamento – ta na
hora de criar algo novo a esse respeito.
Por acreditarmos no conceito de felizes-para-sempre insisti-
mos numa combinação que não tem mais graça. E o satanás aqui
te pergunta: o que aconteceu com o-que-te-completava? Ah, ela
ou ele mudaram muito? Sei. Se estamos falando há horas da difi-
culdade de mudança do Humano, você quer que eu acredite que

58
Chemia

sua esposa (o) mudou? Consciência, meu querido. Consciência


é responsabilizar-se. Nesse caso tem a ver com você admitir que
é um tédio e seu companheiro também. Nenhum dos dois tem a
si mesmo ou sabem quem são e cada vez que um resolve tentar
descobrir o outro se sente traído – conforme o combinado.
A questão dos opostos se atraem – aqui caímos na armadilha
dos complementares – pode ser resolvida da seguinte maneira.
Sabemos que criamos a dualidade a partir da nossa sensação de
separação de nós mesmos, então podemos entender que o “Sr.
Nervoso” e a “Sra. Calma” se diferem apenas em freqüências.
Sendo assim, os semelhantes se atraem! Agora você vai querer
me matar pois descobriu que é semelhante ao seu chefe pente-
lho. E se não for, porque não desiste dessa combinação? Aliás te
pergunto. Você estava consciente quando fez as combinações da
sua vida? Você fez perante a deus! Qual deles, o do sofrimento
perpetuo? Volte um pouco com sua imaginação e tente perceber
o que te fez escolher, o que hoje mais te incomoda – incompleto
não vale! Sozinho ou desesperado, talvez. Volte para o agora e
perceba se essa sensação desapareceu. Ahhhhh!
Você ainda pensa que tem algo que te falta em algum lugar?
Como você se sente hoje? – não precisa definir um sentimento,
tente perceber algo em seu corpo primeiro, por exemplo no esto-
mago ou nas batidas do coração. Se você está irritado com tudo
isso, etc. Apenas perceba e deixe rolar. Esses são os sinais de todo
o seu Ser. É com isso tudo que devemos decidir a nossa vida. Não
há vitimas nem culpados, mas que existem sonâmbulos, ah isso
existe! Essas sensações indicam o caminho.
Acho divertido ver as cenas de casamento nos filmes, em
que os pais ficam desesperados diante da face de pânico e perda
de sentido dos noivos, momentos antes de dizer o sim fatal. Os
infelizes conspiram a favor da desgraça de seus próprios filhos,
cheios de argumentos como “você vai aprender a amá-la com

59
Chemia

a convivência”, e o cabra desesperado recebendo mil sinais do


seu corpo que apenas quer avisá-lo que ele pode parar, respirar e
decidir conscientemente. E mais que isso, que qualquer resposta
será a correta. Alguns deixam para dizer não na “presença de
deus” e isso nos diverte ainda mais. Perceba como torcemos para
que ele ou ela, decida o melhor para si. Que decida a partir do
verdadeiro desejo – os firewalls são tantos que me divirto escre-
vendo “verdadeiro desejo”. Não existe falso desejo!
A angustia da perda da liberdade que o casamento nos dá vem
da liberdade que ainda não experimentamos. Não sou contra o
casamento. Sou contra o mesmo casamento para todos. Caraca,
será que não percebemos que até nisso somos uniformizados?
Até para estarmos na presença de deus. Que deus é esse? Parece
um cara que rola de rir enquanto você dorme há 20 anos com um
ser que ronca. Ri da solução, mais criativa que você conseguiu
ter com toda a dádiva que ele te deu, de tomar um memédinho
para apagar antes do cabra. Problema resolvido. Você sabe tudo
mesmo e é criativo pra caraca!
Uso o casamento meramente como exemplo, mas isso se apli-
ca em todas as estâncias de nossas vidas e dá assunto – isso é que
é pior. Uso o casamento porque acho cômico. Uso o casamento
porque sinto a tragédia em perceber quão profundo é o progra-
ma. Nesse exemplo podemos ver claramente que é como se todas
as pessoas embarcassem num trem de mesmo destino. No come-
ço dizem que é maravilhoso “sossegar” um pouco das baladas.
Depois comentam em tom de confidencia que o outro está dife-
rente. Vem o tédio e na seqüência um filho. Vem a falta de sexo
após o nascimento da criança e depois mais falta de sexo. Então
eles descobrem que SEXO nunca houve, que um não faz o outro
se sentir mulher ou homem. Reclamam que deixaram de realizar
um sonho para estar com essa pessoa. Não se separam por causa
da criança – e essa já tem dois grandes motivos para existir até

60
Chemia

aqui. Separam-se às vezes por traição, poucas vezes por coragem.


Descem do trem. Pegam o mesmo trem novamente com uma
pessoa diferente. THE END.
Esse programa vem de lá dos primórdios quando o Humano
se organizou em diferentes tribos e resolveu brigar por território.
O mente evoluída da tribo, percebeu que quem tivesse mais inte-
grantes seria mais forte e venceria o combate. Mas como contro-
lar a excitação da maioria que “experimentava” os membros da
tribo adversária? Foi então que criaram os mandamentos; “cres-
cei e multiplicai-vos” para aumentar a tribo; “honrai pai e mãe”,
eles controlavam os pais e esses seus filhos. “Não cometereis
adultério” , no sentido de não adulteração do sangue. Não mistu-
rar o sangue entre as tribos. E mais, perceberam que era possível
combinar os melhores atributos de cada um para ter uma tribo
forte. Perceba que aqui, nas “melhores” das intenções, sempre
soubemos a respeito das combinações e dos atributos.
Estamos evoluindo desde então, mas se sua vida se resume
em nascer, reproduzir e morrer você ainda pensa que evoluiu?
A única coisa que agregamos nesse processo foi sobreviver. Hoje
lutamos para pagar as contas! Nasce, sobrevive, reproduz, sobre-
vive e morre.
Esse programa tem camadas e camadas de profundidade. E
na “reproduzir” reinam muitos deuses.
Hoje uma mulher que decide não ter filhos se vê obrigada a
divorciar do marido como se ela tivesse uma maldição – seja sin-
cero consigo aqui. Perceba como somos ainda, apenas Humanos.
A natalidade no planeta ainda é inconsciente pois saímos repro-
duzindo feito animais, ou zumbis com um programa antigo. Re-
produções é o que menos precisa nesse planeta, isso a natureza
está gritando para nos avisar. Os vegetarianos não deviam brigar
pela carne, mas sim pelo aumento da população que faz com que
não seja mais possível nos alimentar de um gado que cruza e

61
Chemia

reproduz naturalmente, mas de processos rápidos de fecundação


e crescimento. Não há nada errado em comer carne, isso é outro
programa -chamado Animal Planet (risos). Aliás se você expan-
dir sua mente o suficiente para entender um leão caçando um
gnu, vai perceber que o leão não confinou o bicho para comer no
natal ou matou vários de uma vez para congelar. Ele está fazendo
exatamente o que deveria. Ele sabe! Porque estou falando dos
leões? Ah, para você perceber que só você que não sabe o que
está fazendo. Existem espécies que são fieis a seus companheiros
até a morte. Será que estamos tentando imitá-los? Quem é mais
sábio? Aquele que reconhece as infinitas possibilidades de com-
binações ou aquele que se aprisiona a apenas uma? Mas não te
subestimo por isso, sei que você deve estar pensando no quanto
te pesa e a seu parceiro, a idéia de “para sempre”. O que sinto é
que por estarmos inconscientes no momento da escolha também
somos inconscientes da maneira de sair dela. Aqui reina o Drah-
ma em berço esplendido. Ele decide que somos vitimas, então as
camadas de programa se desdobram até a imagem de cristo na
cruz. Seu marido te faz isso, sua esposa te faz aquilo. Seu chefe
isso, seu vizinho aquilo... vitimas, vitimas, vitimas. Drama, dra-
ma, drama.
Experimente essas camadas contestando-as como uma crian-
ça de 4 anos que pergunta incansavelmente, “mas porque”? “Por-
que não”? “Porque não posso sentir que todas as experiências
dessa combinação já se esgotaram? Porque!” Te garanto que
em algum momento você vai rir das respostas bizarras que sua
mente te dá. Te garanto que sua mente vai começar a ficar sem
graça. Isso é meditação, meu querido... e após atravessar mil por-
tais (firewalls) com seus porquês irritantes... sentirá uma bola
de energia se expandindo em seu peito dizendo “era você quem
eu esperava. O destemido que enfrentou o maior dos inimigos.”
AQUELE! É desse “lugar” que devemos tomar nossas decisões.

62
Chemia

Esse é o reino onde somos soberanos. Quando “levamos” nos-


so reino conosco nada tememos. Então podemos sair em busca
de um semelhante sem pegar um trem qualquer. Iremos com as
próprias pernas. Conscientes!!
Espero que agora você entenda que para meditar não precisa
de vela, mantra, manto, incenso e nem muito menos ir à Índia. A
única coisa necessária é a consciência de que você não é apenas
o que pensa que é. É ir além das próprias muralhas mentais con-
testando-as. Calar a mente? (risos) Mas essa odisséia ninguém
vê. Talvez por isso pensamos que não é assim. Esse é o Tao, o
caminho solitário. Isso não é solidão! Isso é Ser!
Se trocarmos “reproduzir” por “criar”, derrubamos um con-
ceito e realmente evoluímos. A criação vem do Ser combinado
ao Humano. Criatividade. A reprodução pode ser inconsciente,
apenas instintiva . Nesse caso não passamos de animais mesmo.
Se já entendemos que não é mais necessário reproduzir-se – es-
pero que agora você entenda porque até hoje somos apenas re-
produções dos nossos pais – pois a humanidade já é bem grande
e estamos chegando ao fim da temporada de guerras portanto
não seremos mais eliminados facilmente, podemos nos livrar
tanto da obrigação de casar como da de ter filhos. Isso passa a
ser uma escolha consciente. Um sonâmbulo não reconhece isso.
Ele segue sua existência adornando-se para conquistar um par e
reproduzir, pois essa é a sua lei. O desperto segue seu caminho
e escolhe se combinar. Escolhe se dessa combinação será criado
um filho ou um projeto.
Se falarmos sobre relacionamentos agora, tudo muda de fi-
gura. Agora você tem uma idéia de que não te falta nada. Era
você quem não sentia o quão interessante você é. Que ninguém
precisa te completar. Que não é “o outro” que não te reconhece.
Que uma fagulha que seja, que você sinta de si mesmo pode te
dar uma noção da sua verdadeira grandeza.

63
Chemia

Assim se dá um encontro de Seres. De uma combinação


consciente onde um possibilita ao outro uma experiência e que
dessa combinação criativa possa-se criar frutos – uma criança ou
uma descoberta cientifica . Livre dos conceitos de “para sempre”
e traição. Nenhuma experiência é perpetua. Esse pensamento é
o que nos traz a imagem de um abismo, diante da escolha. Esse
abismo nos da a sensação de que não há volta, de que tudo antes
construído será perdido. O conceito de perpetuo é o que nos faz
sofrer. Perpetuo é o Ser e não o Humano. Quando reconhecemos
que somos um universo não temos nada a construir, portanto
nada a perder. Ainda que salte de um penhasco, tudo o que con-
tem esse universo vai junto.
O verdadeiro adultério é aquele que acontece ao adulteramos
nossos desejos.
Se, para nos relacionarmos acreditamos que devemos abrir
mão de muitas coisas, então não estamos conscientes o que exa-
tamente são essas “coisas”. Isso me soa mais como rigidez, com
nossa tremenda dificuldade em aceitar mudanças e então pensa-
mos que isso é ceder. Ceder é o mesmo que doar, Madre Teresa!
Era essa sua intenção? Mas o que tanto doamos? Esse pensamen-
to nos distancia do novo e das experiências que estão ocorrendo
em nossa existência. Se imaginarmos uma combinação suben-
tendesse que nenhum elemento deve ser excluído. Aliás não há
nada a ser excluído no Ser, na verdade tudo deve ser incluído
ou melhor, integrado. Se tudo é você, você jogaria algo seu fora?
Será que é mesmo possível que com o simples ato de não olhar
para algo que nos desagrada, esse algo desapareça? Só existem
duas formas. Uma é ignorar e deslocar para o exterior, cada um
com a “tecnologia” que preferir – esposa chata, mãe castradora,
pai alcoólatra, almas penadas, espíritos obsessores, uruca, gri-
pe, câncer, chefe pentelho, etc. Ou transformá-las. É tão simples
como transformar sua casa suja numa casa limpa. Você não joga

64
Chemia

sua casa fora só porque a faxineira faltou, não é? Você trans-


forma coisas o tempo todo e assim também acontece dentro de
você. Por isso nos combinamos. Das combinações surgem novas
substancias, novas idéias e sensações que nos possibilitam novas
formas de expressão.
As Madres Teresa deitam e rolam querendo limpar a sujeira
do outro. Até aqui você já deve ter entendido que isso não fun-
ciona. Só um mestre pode estar verdadeiramente à serviço, todos
os outros são apenas serventes. Quando você “limpa” o outro a
sujeira vai pra onde? E quem limpa a sua merda? Por favor pare
de fazer mantra para “jogar fora” o que não presta. Pare de pensar
que quando você toma passe “tiram” de você aquilo que estava
atrapalhando. A única coisa que atrapalha é você pensar que re-
almente tem algo em si que não presta. E a única coisa que enten-
do que se faz buscando respostas nos outros, é que damos poder
a eles. Pode crer que você dá seu poder para muita gente! Toda
vez que dizemos não posso “isso” por causa “daquilo”, estamos
dando nossa vida para “aquilo”. A única coisa que entendo que o
passe ou o mantra faz, é nos colocar de frente para nós mesmos
para que possamos entender o que está acontecendo. E isso meu
caro, já está acontecendo desde o momento que você resolveu
tomar o passe. Tudo acontece a partir da nossa permissão. Não se
esqueça de lembrar que você é Soberano em seu Universo. Nada
acontece sem sua permissão, ainda que você prefira dizer que foi
outra pessoa, uma outra entidade no caso.
Nosso universo é cheio de demônios e anjos, depende de que
lado você está no momento. Dualidade lembra? Se escolhe sofrer
e se culpar vê demônios, se escolhe “curar-se” vê anjos. Mas você
nunca pensou que pudesse escolher ver o demônio como anjo,
não é?
Por exemplo. Um cabra reclama do seu trabalho há anos e
reza todos os dias para os anjos olhando para o céu, pedindo que

65
Chemia

esse sofrimento acabe. Que precisa desesperadamente encontrar


um lugar onde possa expressar seu talento. Ele é demitido e auto-
maticamente vê o demônio nas sensações de fracasso. Pensa que
foi punido por ter reclamado tanto de algo que o “sustentava”.
Desespera-se com as contas e com a idéia de ter que viver com
o essencial. Em segundos ele desmorona tudo o que construiu e
passa a não valer mais nada para o mundo. Quanto mais desespe-
ro, mais longe ele fica da solução, mais fracassado ele se sente. Ele
tenta fazer tudo igual, procurar o mesmo trabalho mas em em-
presas diferentes. Tenta descobrir onde foi que errou. Nada. Mais
desespero. Até que ele se dá conta que tem o tempo que sempre
lhe faltou para fazer as coisas que sempre desejou. Desapega-se
da idéia de fracasso e passa a experimentar a vida de vagabundo.
Toma café da manha sem pressa. Caminha sem objetivo e obser-
va o bairro. E então BUM! Ele tem uma idéia. Essa idéia faz o co-
ração dele bater como nunca antes. A nuvem se dispersa e ele vê
um caminho. Passado o desespero, já trabalhando com algo que
lhe dá prazer, ele consola um estranho que acaba de ser demiti-
do, dizendo “ter sido demitido foi a melhor coisa que aconteceu
na minha vida”. Ele espera, do fundo do seu coração, que aquele
homem não precise passar pelo mesmo que ele.
Isso é ver um demônio como anjo. Mas você não precisa so-
frer tanto para isso. Basta ser sincero consigo mesmo, expressar
sua raiva e indignação pela situação que você mesmo criou. Por
ter sido essa a maneira que escolheu para mudar. Perceba a per-
feição dessa situação e que o anjo ouviu sim tuas preces. Você é
o criador o tempo todo só que está dormindo. Essa foi a decisão
a partir do livre-arbítrio mas quando chega aqui, você escolhe
como quer vivê-la.
Certa vez um anjo me disse, “nós os olhamos da mesma for-
ma que vocês olham para as crianças”. Todo e qualquer aspec-
to de nós só precisa desse olhar. E quanto mais abandonado for

66
Chemia

mais vai incomodar . Quando ouvir algo de um anjo, saiba que


vem de si mesmo, do contrario não os reconheceria. Os anjos
somos nós!
O que acontece é que usamos a energia do outro. Quando
pensamos que somos vitimas fazemos o outro de carrasco e su-
gamos a energia dele, e vice-versa. Quando a relação se torna
mais densa, fica obsessiva (looping) e os dois, ora atuam como
vitima, ora como carrasco. Essas são as relações difíceis de termi-
nar. Nenhum dos dois integrantes consegue ver uma saída pois
se alimentam dessa energia e não conseguem se imaginar sem
ela. Não há saída enquanto não houver responsabilidade por si
mesmo. Eita porra, batemos novamente na questão dos comple-
mentares!
Responda a lacuna. Se eu sou uma vitima preciso de um
___________.
Se eu sou responsável preciso apenas de mim mesmo. Eita
traição da moléstia! Como é que você, após ____ anos de convi-
vência, vai dizer para o outro que pode viver sozinho? Mas e nos-
so filho? E tudo o que construímos? – Ele dirá. Pura experiência,
meu querido, só que inconsciente. Tudo vale a pena. Até para
descobrirmos que estávamos dormindo o tempo todo. Honre to-
das elas, nunca se esqueça de lembrar disso.

67
Amor Incondicional

N ão existe nada incondicional na existência nesse planeta.


Até para melhor existir temos a condição de nos integrar-
mos. Se pensarmos no conceito de amor incondicional suben-
tendesse que esse só exista na condição de haver uma outra pes-
soa, no mínimo. Essa busca é mais uma das memórias de nossa
alma sábia. Algo que não esquecemos por completo justamente
para facilitar a existência. Sabemos que algum dia sentimos amor
incondicional, e isso nos move. A alma é um lugar de total acei-
tação. Digo lugar pois a busca é de um lugar de paz.
Só sentiremos o amor incondicional quando houver aceita-
ção de si mesmo. Sob a condição da aceitação reside o amor in-
condicional.
Aceitar tudo, tudinho! Não sob as condições de “mais magro”,
“mais rico” ou “mais feliz”. Não com a “Esperança”, outra deusa
da passividade – ela deve ser a namorada do Karma. Hoje, agora,
sua alma tem total aceitação por você! Ela aceita todas as esco-
lhas, todas as experiências, tudo o que é. Quando estamos des-
conectados desse sentido passamos a duvidar e cada vez criamos
mais conceitos e julgamentos. Cada vez nos afastamos mais do
lugar desejado. Não há segundas-feiras suficientes na existência
para começar a se amar. A hora é agora! Sente-se consigo mesmo

68
Chemia

e permita a aceitação. Olhe para toda a sua vida e aceite-a da


forma que for. Você está pronto para ser amado?
Esse conceito tem um peso enorme em nossa mente. Pen-
samos que devemos amar incondicionalmente nosso parceiro.
Pensamos que devemos amar incondicionalmente nossos pais.
Não é fácil! Vamos à igreja aos domingos para nos purificar pois
não conseguimos amar incondicionalmente. Nunca se chega
nem perto dele dessa forma. Tentamos até cansar.
Esse peso é tamanho que lido com mães de homossexuais que
se torturam por isso. Não conseguem aceitá-los da forma que
são. Não conseguem aceitar as experiências dos filhos. Punem-
se pois sabem que, apesar dessas experiências os amam, mas não
incondicionalmente. Esse peso é muito grande para as mamães.
Elas se culpam pela educação dos filhos e pensam que isso é
amor incondicional. Culpar-se é o outro lado da moeda. Se olhar
para culpa encontrará a aceitação. É só transformar. Mas aceitar
a si primeiro!
O amor incondicional só existe dentro de cada Ser maravilho-
so que somos. Ele não está acessível no outro. Não devemos nem
tentar viver, por enquanto, sem essas condições. As condições
são nossas criações para tornar mais fácil a existência na duali-
dade. Quanto mais seres se relembrarem do amor incondicional,
melhores serão as condições de existência para todos ao redor.
Se sentir o amor incondicional em si mesmo passará a honrar o
outro. Honrará as condições que esse outro estabelece para que
você se aproxime. A mente fica clara a ponto de percebermos
que, cada individuo tem suas próprias condições. Não há certo
nem errado, bonito ou feio. Simplesmente é.
As condições mudam sempre que aceitamos algo em nós. Dia
após dia. Bem diferente do “eu sou assim, não vou mudar nunca.”
Quais são as condições que você se impõe para sua existência?
Do que se culpa tanto? Não pense no “mal” que causou ao outro

69
Chemia

mas sim no mal que tem se causado por isso. Shakespeare tem
uma frase maravilhosa. “Ressentimento é o mesmo que tomar
veneno e esperar que o outro morra.” No caso da culpa, podemos
dizer que tomamos o remédio esperando que o outro se cure.
Não funciona assim. Se nos libertamos da culpa podemos nos
aproximar novamente da “vitima”, portanto mudamos uma con-
dição. Dessa forma expandimos.
Aceite e valide todas as suas experiências até aqui. Passe a vi-
vê-las conscientemente. Perceba que cada uma delas, para além
de bem e mal, são você. Pegue cada uma delas, esprema-as e tire
delas a sabedoria. Isso é Ser O grande Mestre da Sua Vida! Aque-
le que você tanto esperava! Em cada aspecto aceito encontrará o
amor incondicional. Pura Mágica! E você ainda pensa que pre-
cisa de varinha.

70
Criações

A inda poucas crianças nascem de combinações conscientes.


Você provavelmente é uma delas. Cada um tem uma his-
toria para contar, mas você não é essa historia já que ela não foi
contada por você.
Nascemos e vivemos sob as leis vigentes na Terra. Precisa-
mos de uma família, de uma estrutura, até que estejamos aptos
para realizar aquilo que nos propomos. Essa família nos oferece
as possibilidades de desenvolvimento. Um espaço seguro para
expressarmos a evolução natural desse corpo planetário. Esse es-
paço não serve apenas para identificações com os pais ou tutores.
Os filhos não devem existir apenas pelas sugestões dos pais. Eles
são uma criação que desde o momento de seu nascimento tem
suas características de freqüência e vibração. Ou seja, não são
e nem nunca serão, como os pais. São criados a partir de uma
combinação, lembra? A existência deles nos proporciona outras
experiências que por sua vez serão sentidas, de uma forma por
um e de outra por outro, no casal. Não é apenas o fato de mulher
sentir diferente do homem, mas sim porque somos indivíduos.
No exemplo de um casal gay fica mais claro. Se não estava cons-
ciente dessa diferença casou-se com quem? Consigo mesma,
psicóloga­?

71
Chemia

Vou usar o exemplo dos filhos como criações mas entenda


que pode ser aplicado a qualquer criação. Qualquer uma das
nossas criações, será validada apenas se as soltarmos. Elas que-
rem ser livres, assim como nós.
Lembra quando você dizia que queria ter um filho para criá-
lo completamente diferente dos seus pais? Hummmm.
Você já é diferente de seus pais. Muito, muito diferente. Ima-
gine seu filho! Sei que você pensa que educar não é nada fácil.
Claro, você pensa em si mesmo quando o faz. É você quem se
sente inadequado quando seu filho não tira boas notas na es-
cola mais cara da cidade. É você quem não percebe seu próprio
filho – “como nossos pais”. Você é diferente deles, lembra? Eles
são os culpados por você ser “assim” e por querer o melhor
para você. Você quem nunca foi visto e ouvido, lembra? Você
realmente pensa que seu filho de 6 anos vai ter o discernimento
de dizer que não vai bem na escola porque essa não tem nada a
ver com ele? Você seria capaz de dedicar um tempo da sua vida
para entendê-lo e respeitá-lo se ele te disser que quer ser mago?
Não, claro que não. Você me dirá que ele não sabe nada da vida.
Que ele vai ter que estudar na escola que você paga com seu
esforço, até que ele chegue, talvez como você, aos 45 anos e
resolva fazer aquilo que sempre sonhou. Ser mago! Melhor se
preparar para isso.
Fazemos as mesmas coisas, geração após geração, esperando
resultados diferentes. Isso é a verdadeira loucura!
Mas nada disso importa, já que estamos falando da geração
consciente de filhos.
Ao nascermos dependemos de uma estrutura para viver. Mas
isso não quer dizer que devemos seguir a mesma estrutura para
sempre. Isso você já sabe! Mas o importante é saber da única
verdadeira responsabilidade que temos nisso. Dar espaço para
que a criação se manifeste. Para o Ser Humano é fácil mas para

72
Chemia

o Humano não. Se você for realmente presente vai entender que


não importa a escola que seu filho estuda, mas sim se ele terá es-
paço para se expressar. Vai saber que a “educação” não acontece
na escola mas sim na expansão da consciência. Saberá que os
pais são tutores temporários, provedores de espaço para mani-
festação, não reprodutores. Filhos não são reproduções de nós
mesmos como cópias Louis Vuitton. São originais! São originais
como você. Mas apenas os reconheceremos quando nos dife-
renciarmos de nossos pais. Por isso afirmo ser muito válido esse
processo de libertação das projeções, pois ainda pensamos ser-
mos apenas reproduções. Para que nosso filho não precise passar
por um processo doloroso para lembrar quem é. Dessa forma
seremos originais, sempre diferentes dos pais. E isso será aceito.
Não reinará mais o tédio na humanidade.
Você conseguiria entender seu filho da forma que ele for,
como perfeito? Ou pensaria que é uma punição só pra você? E
tudo gira em torno de si mesmo. Acorda! Nenhuma forma de
vida é medíocre. Tudo tem um propósito e o propósito da nossa
vida nunca está no outro. Você é um Universo, lembra?
Muitos pais ainda hoje, participam da fase de separação dos
seus filhos como alguém que ainda não se diferenciou – a fase
do desenvolvimento que se dá quando a criança percebe que
é autônoma , anda, fala e se percebe como individuo. Quando
está quase pronta para controlar os esfíncteres e se libertar da
fralda. Talvez o filho possa o auxiliar, e acredito que acontece
muito, mas as vezes os pais não permitem que o ser se diferen-
cie. O fazem por meio de um contrato emocional que diz “te
criei para eu não ter que sair daqui e não me sentir só.” Esse
tipo de contrato gera milhões de crenças que regem toda a nos-
sa vida. Talvez a sua seja “não posso sair daqui porque minha
mãe precisa de mim, ou ficará triste”, e você até hoje vive por
conta disso. Claro que quanto mais velho mais complexo fica e

73
Chemia

a crença passa a ser “tenho um karma de cuidar da minha mãe.”


Muitas vezes esse processo é tão cruel que a crença se torna “fui
criado para __________.”
Pára tudo! Observe seu filho se afastando, permita-o explorar
o mundo e principalmente, experimentar a autonomia. Ele sabe
que existem outros universos tão interessantes quanto os seus
pais. Nessa fase somos curiosos, livres e a imaginação começa a
despertar. Nesta fase surgem todos os potenciais no Ser.
A única coisa que precisávamos era a confiança e o olhar
(amor e atenção) dos nossos pais para podermos experimentar
a distancia e retornar, repetidas vezes, até que fossemos hábeis
para viver no mundo. É só isso! Enquanto o observa pergunte-se
do que tem medo. Para onde ainda retorna. Porque tem ciúmes e
faz tanto esforço para que ele veja apenas do seu jeito.
Acho engraçado ver os adultos desviando a atenção da crian-
ça, fascinada com um buraco na pedra, para algo que pensa ser
mais “adequado” – muito provavelmente algo de valor agregado.
O adulto sabe que dentro do buraco tem sujeira, areia, etc, mas a
criança nunca experimentou isso. Não é obvio para ela. Ela quer
experimentar! É fascinante vê-los experimentando pois cada um
escolhe coisas diferentes. Iluminam-se a cada descoberta sim-
plesmente porque realizaram um desejo. Até a sujeira tem outro
significado só por ter sido encontrada dentro de um buraco que
ela desejou desvendar. Só isso!
Se o seu mundo está chato mude para a visão do seu filho
de dois anos e por favor, liberte-o. Perceba quanta autonomia
você tem. A autonomia no sentido de realizar um desejo. Nossos
pais não nos deram esse olhar de confiança por isso pensamos
que não temos escolha, devemos permanecer onde estamos. Nos
sentimos aprisionados pois pensamos que não somos capazes.
Na idade adulta saímos projetando essa sensação nas institui-
ções, no casamento, no trabalho, etc. Mudamos apenas o cenário,

74
Chemia

os papéis permanecem. A criança com medo de experimentar o


mundo. A vida se resume à impotência.
O tédio atual tem sua origem aqui. Tudo o que sua criança-
adulta quer não pode, faz mal, engorda, vicia, é caro, não dá tem-
po... Sua criança perde então a imaginação e passa a viver ape-
nas do que lhe é oferecido. Não deseja mais nada pois se cansou.
Não cria mais nada pois perdeu a imaginação.Volto a lembrar
a importância da imaginação. Dessa forma podemos criar um
mundo novo para nós –por favor não entenda para nós como a
humanidade; para si mesmo é mais adequado. Mas agora com
esforço. Temos um monte de muralhas para derrubar, um mar
de conceitos para atravessar, até que esse sentido inato volte a
fluir.
Um sábio amigo me explicou o poder da imaginação como
um sentido inato em todos os seres, com o exemplo: “Se o seu
cão não tivesse imaginação não saberia que quando você chega
ele recebe carinho”.
O mesmo se dá com um projeto cientifico qualquer. As cria-
ções ganham vida quando as apresentamos ao mundo. Soltar,
é o termo mais adequado aqui. Você não pode prever a reação
de todos diante dela. Não deve escolher o caminho que ela deve
percorrer, nem muito menos controlar o que ela possa se tornar.
Ela simplesmente é. Se estivermos conscientes durante todo o
processo a que resulta a criação, compreenderemos que nossa
função nessa experiência acaba ao soltá-la. Então passamos a vi-
venciá-la de outra forma. Não mais como o criador. Nossas cria-
ções ganham vida e podem nos servir. Elas saem para o mundo
para viver experiências e retornam de uma forma diferente, nos
possibilitando novas experiências. Isso é abundancia!

75
Uma Borboleta

E nquanto na “crisálida” reconhecemos todos os potenciais do


Ser. Cada um deles nos possibilita novas experiências de ex-
pansão e contém tudo o que é Ser Borboleta.
No meu processo de transformação entendi que, nos entedia-
mos pois esgotamos os potenciais da crisálida e tememos sair,
então nos ocupamos re significando os potenciais e nunca os re-
alizando.
Transformamos esses potenciais, tornando-os cada vez mais
complexos, acreditando que toda a existência se resume à crisáli-
da. Nos perdemos na resolução dos problemas que nós mesmos
criamos apenas para atrasar a verdadeira existência. O vôo para
vida. O vôo leve de uma borboleta que aceita cada uma das suas
marcas como resultado do que é. Ao complicarmos os próprios
potencias não criamos asas, pois seria impossível voar com tama-
nho peso. Separamos crisálida e borboleta com nossas crenças. “A
vida é na crisálida. Você não merece ser borboleta!” Mais que isso,
criamos “não posso ser borboleta pois meus pais não o são.”
Você realmente acha que uma borboleta precisa de outra para
se reconhecer? Imagine-se como uma borboleta... admire-se
como borboleta. Cada parte da sua asa. A combinação das cores;
cada traço...

76
Chemia

Uma crisálida pode parecer semelhante às outras mas uma


borboleta nunca. Cada uma a partir da crisálida segue experi-
mentando diversos universos. Voa livre para experimentar dife-
rentes cores e sabores.
Quando estão prontas abrem suas asas e voam para vida.
Exercem todo os potenciais de criação polinizando flores, dei-
xando ali suas criações.
Continue se perguntando “Quem Eu Sou?” isso não é uma
bobagem, é a liberdade! Mas ninguém possui essa sabedoria além
de você. Por isso sabemos que somos especiais. Sabemos tudo! O
que você está esperando? Você é quem você estava esperando!

“O segredo não é correr atrás das borboletas...


é cuidar do jardim para que elas venham até
você.”
Mario Quintana

77
Sobre a autora

S empre me imaginei escrevendo mas não sabia como realizar.


Minha mente dizia ser impossível, que deveria ser um best-
seller e ter uma editora. Dizia que eu não conhecia nenhum es-
critor nem muito menos havia estudado para isso. Minha mente
turva não colaborava com minha realização.
Sempre escrevi sobre minhas experiências e um dia me dei
conta que escrevia para algum outro leitor além de mim. Mas
enquanto pensava quem poderia ser, nada acontecia.
Tenho experimentado co-criar minha vida e ser totalmente
responsável apenas por ela. E, de todo esse processo de expansão
escolhi criar algo...esse livro é um resultado. Ainda que esteja em
vias de ser livre de sua criadora , tem me retribuído com expe-
riências maravilhosas. E a melhor delas é que agora escrevo a
minha vida, escolho as experiências, ao invés de vivê-las e depois
contar.
Esse livro foi escrito em dois meses, ou como diria Picasso,
em 35 anos. No inicio parecia impossível traduzir em palavras
tudo o que experimentei com o corpo de consciência. Ficou mais
fácil quando me permiti escrever um, depois outro e depois ou-
tro. Nesse, retrato uma primeira fase a que chamo de “desperta-
dor para sonâmbulos”.

78
Chemia

Esses escritos têm a energia da minha consciência , de tudo


e do todo na minha existência até aqui. Lembre-se que a experi-
ência que teve ao ler é apenas sua e é livre, como devemos ser. È
a sua experiência de combinação com esse livro. TUDO O QUE
VOCE É combinado a isso.
Esse resultado foi possível quando permiti simplesmente re-
alizar algo que sempre imaginei. Quando permiti que esse “lei-
tor” fosse alguém além da minha mente.
Tenho 35 quase 36 anos. Hoje trabalho como estilista e tera-
peuta corporal e tenho muitas outras habilidades. Experimentei
Ter sem Ser, “fazer amor” sem amar a mim mesma. Experimen-
tei viver em muitos lugares sem Estar presente. Hoje Eu Sou O
Que Sou e sempre serei, simplesmente.
E assim é.

79
Sobre o título

A palavra “alquimia” foi derivada de uma palavra antiga, lite-


ralmente um tom, bem antes de a Terra ter sido criada. Quando os
humanos iniciaram a prática da alquimia, escolheram a vibração
desse tom como nome. Surgiram com uma palavra similar, mas
que na origem era Chemia (pronunciada “sha MEE ah”).

Chemia também quer dizer “Egito”. É o nome original da re-


gião onde teve inicio a intenção de alquimia ou transmutação.

Adamus

80
outubro de 2010
negatica@hotmail.com

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