Aluno(a): Müller Rodrigo de Moura Santana Prof. º /Tutor: Gessymar Nazaré Silva Souza Diferentes modelos de ensino de ligações químicas O modelo atual utilizado para o ensino das ligações químicas considera a regra do octeto, conforme vimos nas aulas expositivas e no livro desta disciplina. Tal regra diz que em um processo de ligação química, os átomos tendem a buscar estabilidade, de modo que na camada de valência haja a configuração de oito elétrons, de modo que estes se organizem garantindo esta configuração , com a exceção do Hidrogênio, que é estável com dois átomos em sua camada de valência. Dessa maneira as ligações químicas são ensinadas de acordo com o tipo de átomos presentes no processo de ligação. Alguns educadores e pesquisadores, essa metodologia tem se mostrado ineficiente, principalmente pelo fato desta tratar de memorização, o que torna ineficiente o objetivo da aprendizagem, e é considerada como algo fixo e inquestionável, mesmo não se aplicando a todos os casos (MORTIMER; MOL; DUARTE, 1994). É preciso ainda que os professores abordem a questão energética, além de outros fatores envolvidos no processo de ligações químicas, ou isso pode gerar um problema epistemológico no processo de aprendizagem da química (CAVALCANTE; ALMEIDA; FREITAS, 2014 ). Nos últimos anos tem surgido novas maneiras de se ensinar, abrindo mão desta regra, por exemplo Silva (2016), que usa o apoio de diversos textos sobre o ensino de química como apoio ao ensino sem recorrer à regra. A metodologia do autor consiste em textos reflexivos e em experimentações que, segundo o autor, podem permitir a aprendizagem das ligações químicas. Uma das experiências sugeridas, o aluno deverá testar em que condições a água pode conduzir eletricidade, a partir da dissolução de outros materiais. Outra maneira que tem sido cada vez mais comum no processo de ensino de diversas disciplinas, inclusive da química é o uso de TDIC (Tecnologias digitais da informação e comunicação), para Moura, Leite e Leite (2019) esse tipo de ferramenta em um curso de química geral possibilita a aprendizagem das ligações químicas de maneira concreta, prática e lúdica. O uso de TDIC na pesquisa em questão favoreceu o ensino de ligações químicas e a interação dos alunos. É importante que o professor essas novas metodologias de ensinar química e ligações químicas, entendemos que a regra do octeto, apesar de ter sido formulada para explicar as ligações químicas, no entanto, pelo fato desses processos se tornarem potencialmente robóticos, é importante que os professores ensinem de modo que os alunos aprendam de maneira eficiente, sem atalhos, mas compreendendo cada um dos conceitos envolvidos.
São Paulo - 20 de fevereiro de 2021
Curso: Física Disciplina: Fundamentos de Química I Aluno(a): Müller Rodrigo de Moura Santana Prof. º /Tutor: Gessymar Nazaré Silva Souza Referências: CAVALCANTE, P. V. D.; ALMEIDA, M. A. V.; FREITAS, L. A. B.. Reconhecendo o conhecimento pedagógico de conteúdo: regra do octeto e ligação química iônica. In: VIII Colóquio Internacional Educação e Contemporaneidade, 2014, São Cristovão. VIII Colóquio Internacional Educação e Contemporaneidade, 2014. Acesso em . Disponível em: <http://anais.educonse.com.br/2014/reconhecendo_o_conhecimento_pedagogico_do_conteud o_regra_do_octet.pdf> Acesso em 20 fev. de 2021. MOURA, L. C.; LEITE, M. A. B.; LEITE, A. C. B.. Uso de tecnologias digitais de informação e comunicação (TDIC) no ensino de química. Scientia Naturalis, v. 1, n. 3, 2019. Disponível em < https://periodicos.ufac.br/index.php/SciNat/article/view/2557>. Acesso em 20 fev. de 2021. MORTIMER, E. F.; MOL, G.; DUARTE, L. P.. Teoria do octeto e ligação química no ensino médio: dogma ou ciência. Química Nova, v. 17, n. 3, p. 243-252, 1994. Disponível em < http://submission.quimicanova.sbq.org.br/qn/qnol/1994/vol17n3/v17_n3_%20(11).pdf>. Acesso em 20 fev. de 2021. SILVA, R. P.. O Ensino de Ligações Químicas por meio do Conceito de Energia: Uma proposta didática para o Ensino de Química na Educação Básica; 2016; Dissertação (Mestrado em Mestrado Profissional em Ensino de Ciências e Matemática) - Universidade Federal de Uberlândia 2016. Disponível em: <http://www.infis.ufu.br/pgecm/api/pdf/786943923.pdf>. Acesso em 20 fev. de 2021.