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INVESTIMENTO ECONOMICO

POR: WISTON B. JULIÃO

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CAPITULO I

1. INTRODUÇÃO

Os investimentos constituem a base para o desenvolvimento económico de qualquer país ou


região. Nas empresas o investimento ocupa um papel de relevo pois ajuda a incrementar a
produtividade, investindo em seus meios de produção.

Nos países em geral o investimento é visto como um factor gerador de desenvolvimento


económico, na medida em que só é possível aumentar o nível de emprego e fazer a economia
crescer com o investimento.

Um país sem investidores, compromete o funcionamento do sector privado e


consequentemente a velocidade do desenvolvimento do sector empresarial colocando em
causa o acréscimo da capacidade de rendimento da população e comprometendo deste modo
aumento do PIB (Produto Interno Bruto).

Ao longo dos anos o nosso país luta a todo gás a fim de estimular o investidores estrangeiros
e nacionais a poderem optar por Moçambique o destino de parte dos seu capitais, a título de
exemplo são as reformas das políticas económicas, fiscais e financeiras que o nosso país tem
empreendido ao longo dos anos.

Nesta optica o investimento estrangeiro, assume um papel preponderante no desenvolvimento


da produitividade nacional, isto é, as poucas indústrias, que o nosso país possui é fruto do
investimento estrangeiro. Apesar de este invesitimento contribuir de uma maneira positiva ao
desenvolvimento económico, tem trazido efeitos prejudiciais a economia na medida em que
faz destorcer as diversas politicas economicas adoptadas pelo país afim de ou estimular o
investimento estrangeiro.

A titulo de exemplo disto é o facto de Moçambique ter permitido que uma grande indústria
entrasse em funcionamento no nosso país, a MOZAL (fábrica de alumínio), mesmo sabendo
que segundo o informe anual do Ministério da Acção Ambiental esta empresa tem
contribuído em 25% para a poluição do clima.

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1.1 Tema

O presente trabalho irá abordar o estudo “Investimento económico”. Onde se pretende


abordar o investimento sob todos os possíveis pontos de vista conforme espelha os objectivos
abaixo.

1.2 Objectivo

a) Geral
Abordar sobre investimentos no seu geral tendo em conta o investimento sob ponto de vista
empresarial e, estrangeiro.

b) Específicos
• Abordar sobre o investimento no que diz respeito a conceitos e tipologia
• Abordar sobre o investimento empresarial estrangeiro;
• Abordar sobre as políticas de investimento estrangeiro em Moçambique.

1.3 Metodologia
Para a elaboração deste trabalho foram usadas dois métodos de pesquisa dos quais:
• Pesquisa bibliográfica – a qual consistiu em leitura de obras escritas, artigos
colocadas a disposição de todos em bibliotecas, internet e jornais.

• Observação – na qual baseou-se em observar a dois níveis, a situação com que o


nosso país se empreende face a demanda dos investidores que tem escolhido o nosso
país como destino da aplicação dos seus capitais e o impulso que os investimentos
nacionais e estrangeiros tem dado ao sector privado empresarial em Moçambique.

5
CAPÍTULO II

2. INVESTIMENTO

2.1 Conceito

O investimento apesar de ser uma terminologia fácil de assimilar na medida em que é uma
palavra geralmente usada para dizer que um individuo aplicou parte do seu dinheiro numa
determinada área económica para gerar benefícios futuros, exemplo quando alguém está
construindo sua residência está perante um investimento (se olharmos para o investimento no
sentido geral).

Numa abordagem mais científica e sistemática do investimento, alguns autores definem como
sendo investimento o seguinte;

“Investimento é a aplicação de algum tipo de recurso (dinheiro ou títulos) com a expectativa


de receber algum retorno futuro superior ao aplicado compensando, inclusive, a perda de uso
esse recurso durante o período aplicação (juros ou lucros, em geral ao longo do prazo).”
Wikipedia acessado em 2010

Para (PASSOS, 2003, p. 383) “o investimento é a despesa em bens que aumenta a capacidade
produtiva da economia e, portanto, a oferta de produtos no período seguinte.”

Esta definição consubstancia-se com o termo aplicável tanto a compra de máquinas,


equipamentos e imóveis para a instalação de unidades produtivas.

2.2 Tipos de investimentos


Em economia o investimento significa a aplicação de capitais em meios que levam ao
crescimento da capacidade produtiva. Exemplo: quando uma empresa adquire novas
máquinas, meios de transporte a fim de incrementar a produção.
Neste sentido os investimentos podem variar entre bruto e líquido;

a) Investimento Bruto - que corresponde a todos os gastos realizados com bens de capital
(máquinas e equipamentos) e formação de estoques;

b) O investimento líquido – aquele que exclui as despesas com manutenção e reposição de


peças, depreciação de equipamentos e instalações. Pois está directamente ligado à compra
de bens de capital e, portanto, à ampliação da capacidade produtiva, o investimento
líquido mede com mais precisão o crescimento da economia.

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2.2.1 Investimento Público

É um investimento realizado sem expectativa de retorno de montante investido. Esse tipo de


investimento é realizado geralmente pelo Estado no sentido de melhorar as condições de
existência de sectores de baixa renda, como a construção de moradias populares, saneamento
básico, ou mesmo realizações de obras de infra-estrutura como estradas, que estimulam os
investimentos privados através da oferta de um produto ou serviço antes inexistente.

Investimento autónomo

Este investimento não está relacionado com alterações de níveis de renda. Os investimentos
públicos, os investimentos que acontecem em função de avanços tecnológicos, ou aqueles
que se realizam sem expectativa de obtenção de uma taxa média de lucro, ou mesmo são
realizados a fundo perdido, são considerados investimentos autónomos.

Investimento induzido

São os investimentos destinados a atender à demanda gerada pelo aumento da renda pois é
realizado em decorrência de um aumento da mesma. Há uma relação entre renda e
investimento, o aumento da capacidade de consumo de uma economia incentiva os
investimentos e o aumento da renda induz a elevação do consumo e o incremento da
capacidade de produção.

a) Investimento governamental estrangeiro

O investimento governamental estrangeiro é realizado geralmente por razões políticas,


diplomáticas ou militares, independentemente de possíveis rendimentos económicos, mas
pode ter a função de equilibrar, a longo prazo, a balança de pagamentos do país de origem.
Para o país receptor, o investimento estrangeiro pode ser um meio de estimular o crescimento
económico quando o nível de poupança interna for insuficiente para atender às necessidades
potenciais de investimento, embora isso geralmente acentue o grau de dependência
económica e política do país anfitrião em relação aos países exportadores de capital.

2.2.2 Investimento Financeiro

Quando alguém compra acções de uma empresa, isso corresponde a um investimento


financeiro.

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Os investimentos financeiros são aqueles que normalmente são aplicados a compra e venda
de títulos financeiros geralmente em acções, títulos por obrigação, poupança financeira e
Leasing (na óptica do locador).

• Investimento em Acções – corresponde a aplicação de certo capital na compra de acções


de uma empresa. Ou ainda trata-se da aplicação da poupança em títulos de crédito,
sobretudo acções e obrigações, com vista à obtenção de juros, dividendos ou especulação
na bolsa.

Acções – são uma unidade de medida ou parte de capital das sociedades por acções e,
simultaneamente títulos representativos dessas fracções ou aceite desse capital.

• Poupança financeira – é a parcela da renda, de pessoa, empresas ou instituições


superavitária, que não gasta no período em que é recebida, e por consequência é guardada
para ser usada num momento futuro. A poupança financeira é um tipo de investimento,
em conta poupança, com baixo risco e, consequentemente baixo rendimento. Abordar-se-
á detalhadamente mais adiante.

• Títulos por obrigação – são créditos que normalmente os investidores (obrigacionista)


cedem as empresas a longo prazo mediante o pagamento de juros periódicos. Dependendo
da forma com é criada esses títulos, os obrigacionistas em algum momento podem se
tornar sócios da empresa.

• Leasing – é uma operação pelo qual o investidor (locador) confere a outra, a cedência de
uso de um bem ao locatário para gozar benefícios económicos e outros mediante o
pagamento de rendas periódicas fixado no contrato de locação financeira.

2.2.3 Outros tipos de investimentos

• Investimento de capacidade - tem como objectivo aumentar a capacidade produtiva da


empresa para responder a um aumento da procura. Ex. Novas máquinas.

• Investimento de substituição ou renovação - corresponde a aquisição de máquinas e


equipamentos com a finalidade de renovar o capital usado ou obsoleto.

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• Investimento de inovação ou racionalização - tem por objectivo o aumento da eficácia
do factor trabalho, através da sua substituição por máquinas ou o aumento da
produtividade.

• Investimento material - é o conjunto de despesas destinadas à aquisição de bens de


produção físicos.

• Investimento imaterial - é o conjunto das despesas, que apesar de não se tratarem de


bens materiais, são consideradas investimento uma vez que os seus efeitos se repercutem
por vários anos. Ex. Investigação e Desenvolvimento, formação profissional, aquisição de
marcas.

2.3 Variáveis de Investimentos

Por variáveis deve-se entender por aspectos ou formas com as quais um investimento pode
ser identificado, isto é nomes que podem ser dado os orçamentos quando estes assumem
determinadas características, destes pode-se destacar:

a) Investimentos independentes - dois investimentos A e B dizem-se independentes


quando as receitas líquidas de um não são influenciadas pela realização ou não do outro.

b) Investimentos dependentes - quando as receitas líquidas forem afectadas pela realização


do outro. Dentro destes investimentos podemos considerar os investimentos
complementares, concorrentes ou mutuamente exclusivos.

• Complementares – quando a influência for positiva;


• Concorrente – quando a influencia for negativa;
• Mutuamente exclusivos - a realização de um exclui a realização do outro.

c) Investimentos convencionais - quando apresenta um ou mais períodos de despesas


líquidas seguido de um ou mais períodos de receitas liquidas.

d) Investimentos não convencionais - no caso contrário, isto é, receitas e despesas


intercaladas no tempo.

e) Pequeno ou Grande Investimento - um investimento é grande ou pequeno conforme a


sua influência no sistema de preços.

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f) Investimentos de expansão – estes investimentos aumentam a capacidade da empresa
sem mudar a natureza dos seus produtos. Um acréscimos de despesas que corresponde a
um aumentos das receitas.

g) Investimentos estratégicos – Não tem por objecto aumentar directamente a rentabilidade


da empresa, mas sim promover a as condições favoráveis à sua prosperidade e ao êxito
dos projectos anteriormente referidos.

2.4 A relação da Poupança e Investimento

Para haja investimento, é necessário que surja previamente a poupança.

Nesta visão o investimento é um dos dois destinos possíveis dados ao produto social
concorrente ao consumo. Para que possa haver investimento, os agentes económicos devem
abster-se de consumir todo o produto social. O excedente da renda sobre o consumo é a
poupança. Exemplo: quando um agricultor pega seu excedente e vende com objectivo de
comprar motobombas e outros equipamentos agrícolas.

Pela abstenção de consumo entende-se como um sacrifício, que só terá lugar se consumidor
tiver a expectativa de ser recompensado pelo ato de poupar.
Esta recompensa é a taxa de juros, entendida, portanto, como o excedente de produto a ser
obtido numa data futura em troca do sacrifício de consumo sofrido no presente. A poupança
é, assim, uma função da taxa de juros.

Para que o sacrifício presente possa render um consumo maior no futuro, contudo, é preciso
que o produto se expanda, o que é resultado da actividade de investimento. Dos frutos do
investimento é que deverá sair a remuneração do poupador. Quando maior a remuneração a
ser paga ao poupador, menor será o incentivo ao investidor para realizar o esforço de
acumulação de capital necessário para que o produto social cresça.

Em suma o investimento relaciona-se pelo facto de ser a consequência da poupança, isto é


pelo facto de se pretender um nível alto possível de juro a capital em aforo é colocado a
circular para render por si só a fim de gerar ganhos. Exemplo: os bancos para cederem
empréstimos necessitam de valores depositados em conta a prazo, para com os juros que
recebem do empréstimo poderem pagar os de poupança.

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2.5 Tomada de decisões de investimento
Consiste na decisão da aplicação dos recursos financeiros em activos correntes (circulantes) e
não correntes (activo realizável a longo prazo e permanente), o administrador financeiro
estuda a situação na busca de níveis desejáveis de activos circulantes, também é ele quem
determina quais activos permanentes devem ser adquiridos e quando os mesmos devem ser
substituídos ou liquidados, busca sempre o equilíbrio e níveis optimizados entre os activos
correntes e obcorrentes, observa e decide quando investir, como e quanto, se valerá a pena
adquirir um bem ou direito, e sempre evita desperdícios e gastos desnecessários ou de riscos
irremediável, e até mesmo a imobilização dos recursos correntes, com altíssimos gastos com
imóveis e bens que trarão pouco retorno positivo e muita depreciação no seu valor.

2.6 Projecto de investimento


2.6.1 Conceito e definição

Um projecto de investimento é uma aplicação de fundos escassos que geram rendimento,


durante um certo período de tempo, de forma a maximizar o lucro da empresa. Enquanto
aplicação de fundos que gera rendimento, o projecto é um negócio para a empresa, a qual se
decide pela sua implementação ou não, conforme a avaliação que dele faz relativamente às
alternativas de investimento.

O projecto de investimento é um conceito entendido em duas acepções: enquanto plano


(intenção) de investimento e enquanto estudo (processo escrito) da intenção de investimento
(negócio). Como o estudo é a tradução no papel da intenção de investimento, as duas
concepções são equivalentes, sendo reunidas no dossier do projecto de investimento.
Enquanto plano de investimento, o projecto é uma proposta de aplicação de recursos escassos
que possuem aplicações alternativas a um negócio, que espera-se, gerará rendimentos futuros
durante um tempo, capazes de remunerar a aplicação.

2.6.1 Fases de desenvolvimento do projecto de investimento

Pode-se considerar as seguintes fases de desenvolvimento de um projecto de investimento:


Fase da concepção (inclui as fases de identificação, de preparação e de avaliação do projecto)
Fase da implementação (onde se inclui a fase de investimento propriamente dito) Fase
operacional de actividade corrente da empresa

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Após a escolha de qual será o investimento, é necessário realizar um projecto de viabilidade
do mesmo, para avaliar as alternativas mais favoráveis para a implantação e para assim, ter
como base fontes concretas para a tomada de uma decisão favorável à organização. Por fim,
depois de tomada a decisão, cabe ao administrador financeiro, junto a outras áreas da
organização, aprovar o projecto e sua implantação, ou, refazer o projecto para avaliar novas
alternativas para o alcance dos objectivos que é o lucro.

2.6.2 Abordagens de decisão sobre projectos de Investimentos

Toda decisão sobre projectos de investimentos pode ser feita a partir de duas abordagens: a
primeira requerer que o tomador de decisão opte entre aceitar ou rejeitar um dado projecto, e
a segunda exige a classificação entre propostas diversas. A escolha de um desses critérios irá
depender do volume de recursos disponíveis para aplicação e do tipo de projecto analisado.

Quando é utilizada a abordagem da opção (aceitar ou rejeitar um projecto), a avaliação das


propostas leva em conta a comparação isolada de cada uma com os parâmetros aceitáveis de
atractividade, como um lucro económico mínimo, um tempo máximo de retorno do
investimento ou uma taxa desejada de retorno. Dessa forma, é observado se o projecto
cumpre com tais exigências e se pode continuar sendo analisado.

Já na abordagem de classificação, os projectos são descriminados e listados conforme uma


ordem de atractividade. Assim, eles são comparados uns aos outros e somente os projectos
melhor classificados, conforme os critérios básicos definidos, serão implementados.

Quando a análise envolve múltiplas alternativas com vidas úteis diferentes, a decisão deve se
basear não somente na riqueza absoluta gerada por um investimento, mas também em
técnicas que mostram o retorno relativo ao horizonte de planeamento considerado.

2.6.3 Parâmetros de atractividade

Um projecto de investimento é atractivo economicamente e financeiramente para a empresa


quando os benefícios provenientes do investimento superarem o valor inicialmente
despendido. Por tanto, diferentes técnicas de análise de investimentos são operacionalizados
com base em alguns parâmetros de comparabilidade de, como a Taxa Mínima de
Atractividade – TMA.

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A TMA corresponde à taxa de desvalorização imposta a qualquer ganho futuro pelo facto de
não estar disponível no momento. Sua escolha exige muito cuidado, pois a análise de um
mesmo investimento pode mostrar diferentes resultados em razão da mudança da TMA
utilizada como parâmetro.

Em vista disso, o pressuposto para a definição da taxa de desconto utilizada na avaliação dos
investimentos é de que uma empresa deseja ganhar como um novo investimento, no mínimo,
o retorno que já tem obtido em outras aplicações, e que o retorno da TMA, portanto, não
agrega nenhum valor para a empresa, pois já é sua prática de investimento usual.

Nos investimentos empresariais, a determinação da taxa depende, dentre outros factores, do


horizonte de planeamento, conforme mostrado no quadro a seguir.

Tabela 1 – Determinação da taxa mínima de atractividade para investimentos com diferentes


horizontes de planeamento:

Investimento TMA Exemplo de investimento

Curto prazo Taxa de remuneração de títulos bancários de Compra de matéria-prima à


curto prazo como os (certificados de vista ou a prazo
depósitos bancários)
Médio prazo Média ponderada dos rendimentos das contas Investimento em feiras
de capital sectoriais para a venda de
serviços
Longo Prazo Meta estratégica de crescimento da empresa Ampliação da planta fabril

A TMA pode ser também definida como o ganho mínimo que a empresa, quando dispõe de
recursos próprios para financiar o investimento, pode obter com uma segunda melhor
alternativa de aplicação do capital ou ainda como o custo do capital tomado emprestado,
quando se utiliza de fontes de financiamentos de terceiros. Portanto, se a rentabilidade
estimada for menor que a TMA, o projecto deve ser rejeitado, pois isso indica uma redução
no potencial de ganhos da empresa e acarreta para ela um custo de oportunidade.

O custo de oportunidade equivale à diferença entre o ganho que poderia ser obtido pela
empresa com a melhor alternativa de investimento actual.

CAPITULO III

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3. INVESTIMENTO NA ÓPTICA EMPRESARIAL E INVESTIMENTO DIRECTO
ESTRANGEIRO

3.1 Investimento na óptica Empresarial


3.1.1 Breve Abordagem

“Investimentos são o conjunto de gastos que ampliem permanentemente a capacidade de


produzir bens e serviços nas empresas”

Com a competitividade do mercado actual trazido pelo grande desenvolvimento tecnológico,


os gestores das empresas estão virados na tomada de decisões de aumento da produtividade
da empresa, nesta óptica os sócios ou proprietários precisam decidir onde ir buscar recursos
para melhorar a estrutura organizacional no âmbito da produtividade.

Os proprietários e ou sócios tem duas opções no que diz respeito à onde obter recursos para
aplicar na tecnologização das máquinas, sendo a primeira contrair empréstimos através das
instituições financeiros (bancos, instituições de micro e macro crédito,) esta forma de
obtenção de recursos chama-se de financiamento, a outra forma de obtenção é através de
capital próprio isto é, os sócios podem optar em aplicar os lucros acumulados ou ainda
libertarem seus capitais ou seus fundos individuais na empresa aumentando deste modo o
capital social. Veja na figura abaixo como estas operações ocorrem:

As empresas que optam pela segunda via ou forma de obter recursos estariam perante a um
investimento o qual pela natureza da sua aplicação seria investimento em bens de capital.

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3.1.2 Os determinantes do investimento Empresarial
a) Receitas
O investimento trará rendimento adicional a uma empresa se ajudar a vender mais produto.
Isto sugere que o investimento é muito sensível ao ciclo económico.

b) Custos
O custo de capital inclui não apenas o preço do bem de capital mas também a taxa de juro
que é paga para financiar o capital.

c) Expectativas
Outro elemento na determinação do investimento é as expectativas de lucro e a confiança
empresarial. O investimento é um jogo no futuro, uma aposta de que as receitas do
investimento sejam superiores aos seus custos.

3.1.3 O investimento na empresa

Fazendo uma breve abordagem sobre o que significa investir nas empresas, pode dizer-se que
é o investimento em ampliação da capacidade produtiva.

Nas empresas utiliza-se o termo investimento para significar acréscimos dos activos
produtivos, ou bens de capital, como computadores ou camiões.

Quando uma empresa constrói uma nova fábrica ou um particular uma nova vivenda, estas
acções representam investimento.
Investimento é a aquisição de bens de capital, máquinas, euipamentos, etc. Com objetivo de
gerar uma maior produção futura.

• A decisão de investir
A decisão para investir depende de dois fatores: o retorno esperado e a taxa de juros do
mercado, este apenas quando o investmento é através de capital alheio.

• Retorno sobre investimento

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Em finanças, retorno sobre investimento (em inglês, return on investment ou ROI),
também chamado taxa de retorno (em inglês, rate of return ou ROR), taxa de lucro ou
simplesmente retorno, é a relação entre o dinheiro ganho ou perdido através de um
investimento, e o montante de dinheiro investido.

Existem três formulações possíveis de taxa de retorno, são elas:


• Retorno efectivo;
• Retorno exigido e;
• Retorno previsto.

O retorno efectivo serve como medida de avaliação do desempenho de um investimento,


aferido a posteriori.

O retorno previsto serve como medida do desempenho de um investimento; é a sua taxa


implícita ou interna de retorno, aquela que iguala o valor do investimento do seu preço ou
custo.
A taxa de retorno exigida é a que permite determinar o valor de um investimento. De facto, o
valor de um investimento é o equivalente actual dos seus cash-flows (fluxo de caixa) futuros,
sendo estes convertidos em equivalente actual (ou actualizados) justamente à taxa de retorno
exigida. Assenta na ideia de que qualquer investimento deve proporcionar uma taxa de
retorno igual a uma taxa sem risco acrescida de um prémio de risco função do grau de
incerteza que afecta os cash-flows futuros do investimento.

• Metodologias de cálculo
O cálculo do ROI possui diversas metodologias. Cada metodologia varia em função da
finalidade ou do enfoque que se deseja dar ao resultado. A seguir estão algumas das
metodologias mais conhecidas.
ROI= (Lucro Líquido÷Vendas)×(Vendas÷Total de activos) - representa a relação entre a
lucratividade e o giro dos estoques.

ROI=Lucro líquido÷Total de ativos - Representa o retorno que o activo total empregado


oferece. Utilizado geralmente para determinar o retorno que uma empresa dá.

3.2 Investimento Directo Estrangeiro (IDE)

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Em tempos de globalização, os investimentos estrangeiros têm se tornado o principal factor
de desenvolvimento económico dos Estados, sobretudo daqueles que são chamado países de
“terceiro mundo”.

Actualmente fala-se de “globalização financeira”, que seria a denominação do processo que


desencadeia forte aumento de investimentos estrangeiros provocado principalmente em razão
das novas tecnologias que permitem, entre outras coisas, enorme facilidade na movimentação
de capital e, em consequência, maior segurança para os investidores internacionais.

O aumento do capital estrangeiro verificado em todos os países principalmente os africanos


também se justifica pela acirrada concorrência interna que ocorre nos países países
investidores.

Tal competitividade obriga os Estados, naturalmente por meio de suas empresas nacionais, a
buscarem novas alternativas a fim de escapar dessa acirrada concorrência interna. E o
principal meio para isso é justamente ampliar seus horizontes, investindo em países de todas
as partes do mundo, beneficiando-se, assim, das facilidades tecnológicas de um mundo
globalizado. Essa é a nova ordem mundial, cuja principal característica é a “inexistência” de
todos os tipos de barreiras entre as nações, o mercado livre.

Os países receptores, não obstante alguns tem tido alguns malefícios que adiante se
examinará, encontram no capital estrangeiro, actualmente, o principal suporte para o seu
desenvolvimento económico.

Ressalte-se, portanto, que os efeitos do investimento estrangeiro na economia interna das


nações poderão ser positivos ou negativos, a partir de uma série de factores e condições
oportunamente considerados.

3.2.1 Características do investimento estrangeiro

SILVEIRA, analisando as características do capital estrangeiro, o conceitua como “o


investimento de riqueza efectivo e desvinculado, com interesse de permanência, oriundo do
exterior e de propriedade de pessoa não residente, que tenha como finalidade a produção de
bens ou serviços”.

Aqui pode-se notar que a principal característica do investimento estrangeiro é o de “interesse


de permanência”, na medida em que este investimento será destinado à produção de bens ou

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serviços. Nesta perspectiva é possível afirmar que as aplicações de capitais no nosso país,
ainda que provenientes de pessoas físicas ou jurídicas internacionais, não podem ser
entendidas como investimento estrangeiro.

O investimento estrangeiro é a entrada, em Moçambique, de bens, máquinas, equipamentos e


recursos de procedência internacional, com objectivo de permanência e com a finalidade de
participar da actividade económica produtiva do país receptor sem que seja levada em conta a
nacionalidade do investidor, mas apenas, como já mencionado, a procedência do capital.

3.2.2 Factores que influenciam o fluxo de investimento

É importante conhecer os factores que influenciam cada vez mais o aumento de investimento
estrangeiro nos países hospedeiros, sobretudo naqueles ainda em estágio de desenvolvimento

Os principais factores que influenciam o investimento estrangeiro são os seguintes:

• partida para o exterior à procura de mão-de-obra mais barata;


• procura em controlar mercados, a fim de facilitar as exportações;
• controle das fontes de fornecimento de matérias-primas;
• evitar a concorrência das empresas locais;
• eliminação das barreiras alfandegárias com a criação de mercados comuns;
• aumento de lucro ao superfaturar o que é importado da matriz, bem como subfaturar o
que é vendido à matriz.

3.2.3 O investimento estrangeiro e seus possíveis efeitos nocivos aos países receptores

Dentre alguns efeitos que se poderia entender por nocivos, os mais facilmente identificáveis
são os mencionados por SILVEIRA1 dos quais efeitos na concorrência com as empresas
nacionais; efeitos fiscais e efeitos sobre os direitos trabalhistas.
Passa-se em seguida, portanto, a uma rápida análise de cada um dos possíveis efeitos acima
destacados.

a) Efeitos na concorrência interna

1
SILVEIRA, Eduardo Teixeira, op.cit.

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Talvez o mais claro efeito nocivo da abertura do país ao capital estrangeiro seja o prejuízo ao
empresariado interno.
Com efeito, a abertura das fronteiras para o investidor externo significa muitas vezes a
exterminação de inúmeras empresas nacionais.
Por isso, há a necessidade indispensável de que os países receptores disponham de normas
que regulem a concorrência, de modo a evitar ou pelo menos minimizar a dominação de
mercado.

Como se vê, o abuso do poder económico por parte dos investimentos estrangeiro pode se
tornar pernicioso à economia interna de qualquer país, sobretudo quando o ordenamento
jurídico interno não dispõe de normas capazes de regulamentar satisfatoriamente o ingresso e
a actuação dessas empresas.

b) Efeitos fiscais

Com o objectivo de atrair investimentos estrangeiros, os países receptores comummente


concedem um grande número de benefícios às empresas transnacionais que desejam se fixar
em seus territórios. Ressalte-se que tais benefícios não se resumem à renúncia fiscal. Em
algumas situações há a contribuição directa de recursos públicos na tentativa de captar novos
investimentos.

c) Efeitos sobre os direitos trabalhistas


Os direitos trabalhistas foram conquistados a duras penas, principalmente na primeira metade
do século XX. Tais direitos, dentro da evolução histórico-constitucional dos direitos
individuais, foram classificados como direitos de segunda geração, haja vista que sucederam
os direitos individuais relativos à liberdade e antecederam os chamados direitos de terceira
geração, que são aqueles preocupados com os interesses difusos e colectivos.

Apesar de árdua e sangrenta, a luta pelos direitos trabalhistas em várias nações acabou por
garantir a classe trabalhadora um rol de direitos mais ou menos extenso, dependendo do
estágio de amadurecimento do país.

Ocorre que a globalização da economia exige daqueles Estados que têm interesse em receber
maiores investimentos a diminuição dos direitos trabalhistas, a fim de dar ao investidor
internacional maior competitividade interna e internacional.

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Assim, quando se fala em flexibilização de direitos trabalhistas, por óbvio que tal processo
visa, a médio e longo prazo, à extinção de vários direitos, a fim de incentivar a entrada e/ou
aumento de investimento estrangeiro no país.

Um Estado com um rol significativo de direitos trabalhistas, como o Moçambique por certa é
tão atraente para o investidor internacional, pois um Estado arbitrário onde o trabalhador não
é devidamente assistido totalmente.

3.2.4 Efeitos benéficos do investimento estrangeiro

Apesar de vários serem os efeitos nocivos do investimento estrangeiro deve-se admitir que
existe também o lado bom da entrada de capitais estrangeiro nuns pais.

Portanto, pelo menos em teoria, existe uma ambiguidade quanto aos efeitos dos investimentos
estrangeiros em um país. Os benefícios são claramente perceptíveis, pois há vários estudos
internacionais evidenciando que o investimento estrangeiro, devidamente regulado,
proporciona o crescimento da economia dos países em desenvolvimento.

O investimento estrangeiro permite, em outra abordagem, a entrada de moeda estrangeira no


país e a estimulação da indústria nacional a competir com a empresa transnacional, fato este
que certamente trará benefícios ao consumidor.

Com efeito, o capital estrangeiro, ao ingressar em determinado país, além do benefício


concorrencial acima citado, talvez o mais importante seja o acesso a novas tecnologias, pois,
via de regra, as empresas transnacionais estabelecem regras de transferência de tecnologia,
com o aprimoramento da mão-de-obra nacional e com a satisfação do consumidor, conforme
antes destacado.

Também merece ser destacado que a entrada de capital estrangeiro gera para o país receptor a
criação de milhares de empregos para a mão-de-obra local, fato também de grande relevância
para o país hospedeiro.

Desse modo, deve o Estado receptor regulamentar adequadamente o ingresso do investimento


estrangeiro, de modo a garantir a contratação de trabalhadores locais, a fim de evitar
prejuízos para o mercado de trabalho interno.

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CAPITULO IV

4. O CRESCIMENTO ECONOMICO MMOÇAMBICANO FACE AO


INVESTIMENTO ESTRANGEIRO

4.1 Concepção teórica

O investimento desempenha um papel determinante no desenvolvimento da actividade


económica de um país, traduzindo-se no aumento dos rendimentos a repartir. Isto é o
crescimento do Produto interno Bruto verifica-se somente quando há investimentos.

Como foi abordado anteriormente o capital estrangeiro apesar de ser nocivos às políticas que
norteiam a economia e estrutura financeira de um país também contribuem para o
crescimento da economia.

É nesta perspectiva que este capítulo vai se abordar sobre o crescimento do PIB
moçambicano face aos investimentos ocorridos num período do penúltimo quinquénio 200-
2005.

4.2 Formas de atracão de investimento em Moçambique

A posição competitiva da economia moçambicana decorre da capacidade das empresas


gerarem níveis de utilização e rendimentos relativamente elevados e, de forma mais
abrangente, do país como um todo poder competir de uma forma sustentada enquanto exposta
à concorrência regional (SADC) em primeiro plano e, em segundo, à economia mundial.

O comportamento e desempenho das empresas no mercado nacional e nos mercados externos


é o reflexo imediato da posição competitiva do país e esta é algo que transcende a actividade
empresarial onde em alguns casos ainda se encontra vinculada ao Estado, através da sua
participação no pacto social com maior ou menor participação financeira, e é, igualmente,
resultado das políticas funcionais do Estado e, de uma forma mais genérica, do sistema de
valores dominantes na sociedade.

Apesar de África ser o menor recipiente de investimento estrangeiro, Moçambique consegue


obter um pouco do fluxo de IDE que tem vindo para África, este facto é devido aos seguintes
pontos:

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• devido a estabilidade política e a confiança que os investidores estrangeiros depositam
no sistema de governação do País;

• devido a existência do mercado não somente nacional bem como da região (SADC) e
mundial (Moçambique é membro da OMC e doutras organizações multilaterais e
países com que faz o comércio);

• devido a disponibilidade de recursos quer naturais bem como humanas, para além do
factor terra em grande abundância;

• devido a definição clara de políticas macro económicas que proporcionaram, nos


últimos anos, um crescimento económico e promissor a dois dígitos como acima
referidos.

4.3 Razões de crescimento económico e do investimento em Moçambique

De entre várias razões de crescimento económico são de ressaltar as seguintes:

• Após o estabelecimento da PAZ foram feitos esforços para uma privatização e liberalização da
economia e implementadas políticas macroeconómicas que concorreram para a redução da
inflação e aumento das taxas de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB);

• Ao nível macro económico houve diversificação da produção nacional que, com a


introdução de novas tecnologias, impulsionou o aumento de exportações e,
consequentemente, o aumento do fluxo de moeda externa a favor do crescimento da
economia nacional;

• A estabilidade macro económica e financeira e a sua manutenção têm sido o principal


factor do crescimento económico em Moçambique. (Ela é normalmente medida pela
variação do nível de preços, taxas de juros e taxas de câmbio e redução do défice
orçamental);

• Moçambique tem estado a trabalhar com parceiros internacionais (FMI, Banco Mundial)
na programação financeira o que permite que o País tome um papel activo e proactivo na
definição de políticas de desenvolvimento e acções de correcções dessas políticas
empregando técnicos nacionais;

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Só através de uma boa programação financeira se consegue alcançar e manter a estabilidade
macro económica, papel fundamental do Estado em qualquer sistema económico.

No que concerne ao crescimento do volume do investimento pode-se apontar como principais


as seguintes:

• A liberalização da economia;

• O bom desempenho da economia nacional;

• As vantagens comparativas que Moçambique detém ao nível da região (SADC) tais


como: (i) os corredores de desenvolvimento; (ii) a existência de mão de obra fácil de
treinar a custos baixos; (iii) o grande potencial de recursos naturais em sectores chaves
como agricultura, minas, turismo, e pesqueiros oferece e (iv) o clima favorável para a
realização de investimentos, abriram portas para o aumento de investimento directo
nacional e estrangeiro envolvendo pequenas, médias e os mega projectos;

• A criação do CPI criou condições para facilitar e promover investimentos directos


nacionais e estrangeiros para o País;

O Centro de Promoção de Investimentos tem estado a jogar o papel pivot na disseminação de


oportunidades de investimentos que Moçambique oferece, funcionando como um órgão de
assessoria ao governo em matéria de investimentos;

4.4 Politicas fiscais(normativas) relativo ao investimento directo estrangeiro

a) Leis sobre o investimento directo estrangeiro

Entre 1984 e 1992 o investimento directo estrangeiro tinha o seguinte enquadramento legal:

• Lei do Investimento Directo Estrangeiro (Lei nº 4/84, de 18 de Agosto);


• Regulamento do Investimento Directo Estrangeiro, aprovado pelo Decreto nº. 8/87, de 30
de Janeiro;
• Lei sobre Investimentos Nacionais (Lei nº 5/87, de 19 de Janeiro);
• Regulamento do processo de investimentos nacionais (Decreto nº 7/87, de 30 de Janeiro);
e
• Regime Jurídico dos Incentivos Fiscais e Aduaneiros para Investimentos Nacionais
(Decreto nº 10/87, de 30 de Janeiro). O investimento directo estrangeiro deveria:

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- Subordinar-se aos princípios orientadores da política económica;
- Subordinar-se à legislação em vigor e às condições de autorização do investimento;
- Contribuir para a balança de pagamentos, quer através do aumento das exportações
quer pela redução das importações (substituição de importações);
- Promover o desenvolvimento tecnológico;
- Aumentar o número de postos de trabalho e proceder à qualificação da mão-de-obra
nacional

b)Politicas de Incentivos Fiscais ao investimento estrangeiro

• De entre as garantias oferecidas pela Lei do Investimento Directo Estrangeiro havia a


destacar a:

• Segurança e protecção jurídica dos bens e direitos compreendidos no âmbito do


investimento;

• Indemnização justa e equitativa em caso de nacionalização dos bens e direitos que


constituem o investimento directo estrangeiro;

• Transferência para o exterior dos lucros exportáveis, do capital re-exportável, das


amortizações e dos juros de empréstimos contraídos no exterior, de conformidade com as
condições de autorização.

• Dos incentivos ao investimento: A Lei do Investimento Estrangeiro preconizava os


seguintes incentivos aduaneiros e fiscais:

• Isenção de direitos aduaneiros (com a excepção dos impostos de consumo e de circulação


e dos emolumentos gerais aduaneiros) na importação de bens necessários para a
implementação do projecto, bem como na importação de matérias-primas para a produção
de bens destinados à exportação;

• Isenção de impostos sobre os salários auferidos por técnicos estrangeiros contratados para
a fundamentação e implementação dos projectos;

• Isenção fiscal por um período compreendido entre dois e dez anos, na proporção do
investimento directo estrangeiro, sobre os rendimentos gerados pelo empreendimento e
sobre os dividendos atribuídos ao investidor estrangeiro;

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Dedução à matéria colectável do triplo das despesas incorridas com a formação dos
trabalhadores moçambicanos;
Isenção do pagamento de impostos sobre os juros de empréstimos concedidos por terceiros
ou pelos próprios investidores.

a) Evolução do investimento em Moçambique no período 2000-2005

Durante o período 2000-2005 pais aprovou 840 projectos totalizando 8,359 milhões de
dólares em investimento. Destes, 142 projectos, correspondente a 479.7 milhões de dólares,
foram aprovados em 2005. Os seis maiores investidores em Moçambique, desde 2000, são a
África de Sul, Austrália, Portugal, Maurícias, Reino Unido e Irlanda, que em conjunto
representam 90.69% de todo o investimento estrangeiro.

Tabela 2 – IDE período 2000-2005. País Total do período 2000-05


Em %
USD
rica do Sul 1,163,494,848 51.77%
Austrália 442,186,500 19.68%
Irlanda 103,824,075 4.62%
Portugal 142,729,134 6.35%
Maurícias 136,286,337 6.06%
Reino Unido 117,650,258 5.24%
Jugoslávia 5,000,000 0.22%
Zimbabué 20,066,548 0.89%
Holanda 18,972,307 0.84%
Índia 12,015,062 0.53%
Fonte: Dados do CPI.

Tratando-se de uma economia pequena, o efeito dos mega projectos ilude significativamente
a estatística do investimento em Moçambique. Ao analisar as estatísticas de investimento de
2000 em diante é necessário ter especial consideração pelos grandes projectos como a fábrica
de Alumínio MOZAL (I e II), o Gasoduto de Temane, pela SASOL/ENH, e a extracção e
processamento de areias pesadas (Projecto de Areias Pesadas de Moma por Kenmare
Resources – Irlanda).

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É também importante referenciar outros projectos a realizar nos próximos anos e
presentemente em fase de estudo de viabilidade, como o Projecto do Carvão de Moatize
(Companhia do Vale do Rio Doce - Brasil); a extracção e processamento de areias pesadas
(Areias Pesadas de Chibuto por WMC - Austrália) com 1.5 mil milhões de dólares de
investimento previsto; e o projecto da Barragem de Mphanda Nkuwa (que está na fase de
procura de financiadores), de 2 mil milhões de dólares de investimento.

O impacto destes projectos é particularmente importante quer pelo número de postos de


trabalho directos que vai criar, quer pelas empresas prestadoras de serviços que irão fomentar
e que terão um enorme significado para as economias locais.

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BIBLIOGRAFIA

Livros

PASSOS, Carlos Roberto Martins, Otto Nogami. Princípios de Economia. São Paulo.
Pioneira. Thomson Learning, 2003.
SILVEIRA, Eduardo Teixeira. A disciplina Jurídica do Investimento Estrangeiro no
Brasil e no Direito Internacional. 1ª edição. São Paulo: Ed. Juarez de Oliveira, 2002.

Manual do CPI (Centro de promoção de Investimentos) TENDÊNCIAS DO INVESTIMENTO


PRIVADO EM MOÇAMBIQUE, 2006

Internet
www.google.com.br/wikipedia=investimento economico? acessado em 16 de Fevereiro de
2010-04-23
www.google.co.mz acessado em 16 de Fevereiro de 2006
www.CPI.co.mz acessado em 28 de Março de 2010

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