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EXECUÇÃO = DELEGAÇÃO
1.1.1. AUTARQUIAS: são pessoas jurídicas de direito público criadas por lei, com
privilégios administrativos para prestação de serviços públicos típicos, ex. INSS,
banco central, CADE (conselho de defesa econômica). Não existe subordinação
hierárquica entre a autarquia e a entidade que a criou, há mera vinculação
(controle finalístico).
1.1.2. AGÊNCIAS REGULADORAS: (ANS, ANP, ANVISA, ANAC, ANCINE, ANEEL, etc.) são
autarquias sob regime especial, os dirigentes possuem mandato fixo (geralmente
coincidente com o Presidente da República), e poder normativo na suas respectiva
área.
1.1.3. EMPRESAS PÚBLICAS: são pessoas jurídicas de direito privado, autorizadas por lei,
sem privilégios administrativos para prestação de serviço público típico ou
exploração de atividade econômica, com capital 100% público e sob qualquer
forma (S.A., Ltda.), exemplos: CORREIOS, INFRAERO, CEF.
1.1.5. FUNDAÇÕES: existem autores que a consideram como de direito público e outros
como de direito privado, grande parte da doutrina se inclina a dizer que as
fundações se aproximam das autarquias. Ex. FUNAI.
2.1. Teorias
2.1.3. Teoria da Responsabilidade Objetiva: tem que haver dano, ação e nexo causal.
Comporta duas modalidades: o risco integral (o Estado responde sempre, inclusive
nas hipóteses de caso fortuito, força maior e culpa exclusiva da vítima) e o risco
administrativo (o Estado responde sempre, exceto nas hipóteses de caso fortuito,
força maior e culpa exclusiva da vítima). O Estado tem ação de regresso contra o
agente público causador do dano. ESTA É A TEORIA APLICADA NO BRASIL.
a- Estatutários: são aqueles que ocupam cargos públicos sob regime jurídico
estatutário, prestam concurso público e se tornam efetivos após três anos de
efetivo exercício (CF, art. 41). Exceção juízes e promotores tem estagio probatório
de dois anos, quando adquirem vitaliciedade.
CF, Art. 41. São estáveis após três anos de efetivo exercício os servidores nomeados para cargo
de provimento efetivo em virtude de concurso público.
§ 1º O servidor público estável só perderá o cargo:
I – em virtude de sentença judicial transitada em julgado;
II – mediante processo administrativo em que lhe seja assegurada ampla defesa;
III – mediante procedimento de avaliação periódica de desempenho, na forma de lei
complementar, assegurada ampla defesa.
§ 2º Invalidada por sentença judicial a demissão do servidor estável, será ele reintegrado, e o
eventual ocupante da vaga, se estável, reconduzido ao cargo de origem, sem direito a
indenização, aproveitado em outro cargo ou posto em disponibilidade com remuneração
proporcional ao tempo de serviço.
§ 3º Extinto o cargo ou declarada a sua desnecessidade, o servidor estável ficará em
disponibilidade, com remuneração proporcional ao tempo de serviço, até seu adequado
aproveitamento em outro cargo.
§ 4º Como condição para a aquisição da estabilidade, é obrigatória a avaliação especial de
desempenho por comissão instituída para essa finalidade.
c- Temporários (CF, art. 37, IX): são aqueles contratados por tempo determinado em
razão de necessidade excepcional de interesse público, ex. agentes da dengue.
CF, Art. 37, IX. A lei estabelecerá os casos de contratação por tempo determinado para atender
a necessidade temporária e excepcional interesse público.
III. Particulares em colaboração com o Poder Público: são pessoas físicas que
prestam serviços ao Estado, com ou sem remuneração, sem vínculo empregatício, ex.,
leiloeiros, tradutores, jurados, mesários, empregados das concessionárias.
3.1. Perda do Cargo: o estável pode perder o cargo nas seguintes hipóteses:
Art. 169. A despesa com pessoal ativo e inativo da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios não poderá exceder os limites estabelecidos em lei complementar.
§ 3º Para o cumprimento dos limites estabelecidos com base neste artigo, durante o prazo
fixado na lei complementar referida no caput, a União, os Estados, o Distrito Federal e os
Municípios adotarão as seguintes providências:
I – redução em pelo menos vinte por cento das despesas com cargos em comissão e funções de
confiança;
II – exoneração dos servidores não estáveis.
OBS1: Cargos em comissão são os de livre nomeação e exoneração, servem para as funções de
direção, chefia ou assessoramento.
CF, Art. 206, Parágrafo único. A lei disporá sobre as categorias de trabalhadores considerados
profissionais da educação básica e sobre a fixação de prazo para a elaboração ou adequação de
seus planos de carreira, no âmbito da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios.
3.3. Acumulação de cargos públicos: É vedada a acumulação de cargos públicos,
exceto se houver compatibilidade de horários e nas seguintes hipóteses:
3.4. Exercício de mandato eletivo (CF, art. 38): Não é vedado o exercício de mandato
eletivo por parte do servidor. As regras são:
c) Demais cargos (deputados, governador, senador, etc.): não pode optar, nem
acumular, ou seja, ele é servidor e ganha eleição para deputado federal, não poderá
acumular os cargos.
CF, Art. 38. Ao servidor público da administração direta, autárquica e fundacional, no exercício
de mandato eletivo, aplicam-se as seguintes disposições:
I – tratando-se de mandato eletivo federal, estadual ou distrital, ficará afastado de seu cargo,
emprego ou função;
II – investido no mandato de Prefeito, será afastado do cargo, emprego ou função, sendo-lhe
facultado optar pela sua remuneração;
III – investido no mandato de Vereador, havendo compatibilidade de horários, perceberá as
vantagens de seu cargo, emprego ou função, sem prejuízo da remuneração do cargo eletivo, e,
não havendo compatibilidade, sera aplicada a norma do inciso anterior;
IV – em qualquer caso que exija o afastamento para o exercício de mandato eletivo, seu tempo
de serviço sera contado para todos os efeitos legais, exceto para promoção por merecimento;
V – para efeito de benefício previdenciário, no caso de afastamento, os valores serão
determinados como se no exercício estivesse.
Provimento é a forma pela qual o servidor ingress no cargo pode se dar por:
CF, Art. 41, § 2º Invalidada por sentença judicial a demissão do servidor estável, será ele
reintegrado, e o eventual ocupante da vaga, se estável, reconduzido ao cargo de origem, sem
direito a indenização, aproveitado em outro cargo ou posto em disponibilidade com
remuneração proporcional ao tempo de serviço.
CF, Art. 41, § 3º Extinto o cargo ou declarada a sua desnecessidade, o servidor estável ficará em
disponibilidade, com remuneração proporcional ao tempo de serviço, até seu adequado
aproveitamento em outro cargo.
I- demissão é a punição por falta grave (arts. 127 e 132 da lei 8.112/90);
Lei 8.112/90, Art. 132. A demissão será aplicada nos seguintes casos:
I – crime contra a administração pública;
II – abandono de cargo;
III – inassiduidade habitual;
IV – improbidade administrativa;
V – incontinência pública e conduta escandalosa, na repartição;
VI – insubordinação grave em serviço;
VII – ofensa física, em serviço, a servidor ou a particular, salvo em legítima defesa
própria ou de outrem;
VIII – aplicação irregular de dinheiros públicos;
IX – revelação de segredo do qual se apropriou em razão do cargo;
X – lesão aos cofres públicos e dilapidação do patrimônio nacional;
XI – corrupção;
XII – acumulação ilegal de cargos, empregos ou funções públicas;
XIII – transgressão dos incisos IX a XVI do art. 117.
III- promoção;
IV- readaptação;
V- falecimento;
CF, Art. 40. Aos servidores titulares de cargos efetivos da União, dos Estados, do Distrito Federal
e dos Municípios, incluídas suas autarquias e fundações, é assegurado regime de previdência de
caráter contributivo e solidário, mediante contribuição do respectivo ente público, dos
servidores ativos e inativos e dos pensionistas, observados critérios que preservem o equilíbrio
financeiro e atuarial e o disposto neste artigo.
§ 1º Os servidores abrangidos pelo regime de previdência de que trata este artigo serão
aposentados, calculados os seus proventos a partir dos valores fixados na forma dos §§ 3º e 17:
I – por invalidez permanente, sendo os proventos proporcionais ao tempo de contribuição,
exceto se decorrente de acidente em serviço, moléstia profissional ou doença grave, contagiosa
ou incurável, na forma da lei;
II – compulsoriamente, aos setenta anos de idade, com proventos proporcionais ao tempo de
contribuição;
III – voluntariamente, desde que cumprido tempo mínimo de dez anos de efetivo exercício no
serviço público e cinco anos no cargo efetivo em que se dará a aposentadoria, observadas as
seguintes condições:
a) sessenta anos de idade e trinta e cinco de contribuição, se homem, e cinqüenta e cinco anos
de idade e trinta de contribuição, se mulher;
b) sessenta e cinco anos de idade, se homem, e sessenta anos de idade, se mulher,
com proventos proporcionais ao tempo de contribuição.
§ 2º Os proventos de aposentadoria e as pensões, por ocasião de sua concessão, não poderão
exceder a remuneração do respectivo servidor, no cargo efetivo em que se deu a aposentadoria
ou que serviu de referência para a concessão da pensão.
§ 3º Para o cálculo dos proventos de aposentadoria, por ocasião da sua concessão, serão
consideradas as remunerações utilizadas como base para as contribuições do servidor aos
regimes de previdência de que tratam este artigo e o art. 201, na forma da lei.
§ 4º É vedada a adoção de requisitos e critérios diferenciados para a concessão de
aposentadoria aos abrangidos pelo regime de que trata este artigo, ressalvados, nos termos
definidos em leis complementares, os casos de servidores:
I – portadores de deficiência;
II – que exerçam atividades de risco;
III – cujas atividades sejam exercidas sob condições especiais que prejudiquem a saúde ou
integridade física.
§ 5º Os requisitos de idade e de tempo de contribuição serão reduzidos em cinco anos, em
relação ao disposto no § 1º, III, a, para o professor que comprove exclusivamente tempo de
efetivo exercício das funções de magistério na educação infantil e no ensino fundamental e
médio.
§ 6º Ressalvadas as aposentadorias decorrentes dos cargos acumuláveis na forma desta
Constituição, é vedada a percepção de mais de uma aposentadoria à conta do regime de
previdência previsto neste artigo.
4. PRINCÍPIOS
CF, art. 37: A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade,
impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e [...].
L egalidade
I mpessoalidade
M oralidade LIMPE
P ublicidade
E ficiência
b) Legalidade: significa que o administrador público só pode fazer aquilo que a lei
determina ou autoriza.
c) Impessoalidade: este princípio significa que o administrador público não pode se
beneficiar e nem prejudicar pessoas determinadas. É este princípio que veda a
promoção pessoal do administrador público quando da inauguração de obras e
serviços (proibição de nomes e símbolos).
f) Eficiência (EC 19): significa que o administrador público deve sempre buscar o
melhor resultado visando o interesse público, o bem comum.
4.2. ESSÊNCIAIS
STF, Súmula 473: A administração pode anular seus próprios atos quando eivados de vícios que
os tornem ilegais, porque deles não se originam direitos; ou revogá-los, por motivo de
conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos e ressalvada, em todos os
casos, a apreciação judicial.
Ato discricionário: é aquele praticado com margem de liberdade outorgada pela lei ao
administrador público para que ele dentro de critérios de oportunidade e conveniência possa
escolher a alternativa mais adequada diante do caso concreto. Exemplo: auto de infração.
Pode ser anulado ou revogado.
Ato vinculado: é aquele que a lei disciplina exaustivamente como ele deve ser. Exemplo:
licença. O ato vinculado só pode ser anulado.
A Súmula 473 STF diz que a administração pública pode anular os seus próprios atos
quando eivados de vícios que os tornem ilegais porque deles não se originam direitos ou
revogá-los por motivos de oportunidade e conveniência respeitados os direitos adquiridos e
ressalvados a todos os casos a apreciação judicial.
5. PODERES ADMINISTRATIVOS
II. Poder hierárquico: é aquele de que dispõe o administrador público para distribuir
e escalonar as funções de seus órgãos e agentes. Desse poder decorrem
faculdades como: fiscalizar atribuições dos subordinados; orientar; distribuir;
avocar (chamar para s).
III. Poder disciplinar: é aquele de que dispõe o administrador público para punir
internamente a conduta funcional de seus servidores e demais pessoas sujeitas a
disciplina administrativa (licitantes e contratados).
IV. Poder de Polícia: (art. 78 CTN) é aquele que o administrador público se utiliza para
restringir e condicionar o uso e gozo de bens, direitos e atividades individuais em
benefício da coletividade ou do próprio Estado. Exemplo: rodízio de veículos,
multa de trânsito, estabelecimento lacrado.
CTN, art. 78: Considera-se poder de polícia a atividade da administração pública que, limitando
ou disciplinando direito, interesse ou liberdade, regula a prática de ato ou abstenção de fato, em
razão de interesse público concernente à segurança, à higiene, à ordem aos costumes, à
disciplina da produção e do mercado, ao exercício de atividades econômicas dependentes de
concessão ou autorização do Poder Público, à tranquilidade pública ou ao respeito à
propriedade e aos direitos individuais ou coletivos.
5.1. ATRIBUTOS DO PODER DE POLÍCIA
3.1.1 Discricionariedade;
Com base nesses elementos, Maria Sylvia Zanella di Pietro conceitua o controle da
Administração Pública como o poder de fiscalização e correção que sobre ela exercem os
órgãos dos Poderes Judiciário, Legislativo e Executivo, com o objetivo de garantir a
conformidade de sua atuação com os princípios que lhe são impostos pelo ordenamento
jurídico.
2. Espécies
O controle ainda pode ser interno ou externo. É interno o controle que cada um dos
Poderes exerce sobre seus próprios atos e agentes. É externo o controle exercido por um dos
Poderes sobre o outro, como também o controle da Administração Direta sobre a Indireta.
O controle ainda pode ser de legalidade ou de mérito, sendo que o primeiro pode
ser exercido pelos três Poderes, enquanto o segundo cabe à própria Administração.
3. Controle administrativo
No recurso sem efeito suspensivo, o ato, ainda que possa vir a ser corrigido pela
própria autoridade administrativa, produz lesão a partir do momento em que se torna
exeqüível; a prescrição começa a correr e o interessado pode propor ação judicial
independentemente da propositura ou não de recurso administrativo.
3.2.2. Modalidades
O recurso hierárquico tem sempre efeito devolutivo e pode ter efeito suspensivo, se
previsto em lei. Atente-se que, se cabe recurso administrativo com efeito suspensivo e esse for
interposto, é vedada a impetração de mandado de segurança, conforme estabelece o art. 5º, I
da Lei federal 1533/51, que regula o mandado de segurança, até que seja decidido.
No silêncio da lei, o prazo para que a Administração reveja os próprios atos, com o
objetivo de corrigi-los ou invalidá-los, é o mesmo em que se dá a prescrição judicial. Na esfera
federal, o artigo 54 da Lei 9.784/99 prevê que “o direito da Administração de anular os atos
administrativos de que decorram efeitos favoráveis para os destinatários decai em cinco anos,
contados da data em que foram praticados, salvo se comprovada má-fé.”
Com relação aos prazos para punir, são fatais para a Administração. Na esfera federal,
prescreve em 180 dias a pena de advertência, em dois anos a de suspensão e em cinco anos as
de demissão, cassação de aposentadoria ou disponibilidade e destituição de cargo em
comissão (art. 142 da Lei 8.112/90).
4. Controle legislativo
4.1. Alcance
6. corretivas, quando assina prazo para que o órgão ou entidade adote as providências
necessárias ao exato cumprimento da lei, se verificada ilegalidade; e quando susta, se não
atendido, a execução do ato impugnado, comunicando a decisão à Câmara dos Deputados e ao
Senado;
O Direito brasileiro adotou o sistema de jurisdição una, pelo qual o Poder Judiciário
tem o monopólio da função jurisdicional, ou seja, do poder de apreciar, com força de coisa
julgada, a lesão ou ameaça de lesão a direitos individuais e coletivos (art. 5º, XXXV CF/88).
Afastou, portanto, o sistema da dualidade de jurisdição, em que, paralelamente ao Poder
Judiciário, existem os órgãos de Contencioso Administrativo, que exercem, como aquele,
função jurisdicional sobre lides de que a Administração Pública seja parte interessada.
5.2. Limites
Quanto aos atos discricionários, sujeitam-se à apreciação judicial, desde que não
invadam os aspectos reservados à apreciação subjetiva da Administração, conhecidos sob a
denominação de mérito (oportunidade e conveniência).
Não há invasão do mérito quando o Judiciário aprecia os motivos, ou seja, os fatos que
precedem a elaboração do ato; a ausência ou falsidade do motivo caracteriza ilegalidade,
suscetível de invalidação pelo Poder Judiciário.
Com relação aos atos políticos, é possível também a sua apreciação pelo Poder
Judiciário, desde que causem lesão a direitos individuais ou coletivos.
Quanto aos atos interna corporis , em regra não são apreciados pelo Poder Judiciário,
porque se limitam a estabelecer normas sobre o funcionamento interno dos órgãos; no
entanto, se exorbitarem em seu conteúdo, ferindo direitos individuais e coletivos, poderão
também ser apreciados pelo Poder Judiciário.
5.3. Privilégios da Administração Pública
2. Prazos dilatados. Pelo artigo 188 do CPC, a Fazenda Pública e o Ministério Público
têm prazo em quádruplo para contestar e em dobro para recorrer. A Lei 9.469/97 estendeu
igual benefício às autarquias e fundações públicas.
3. Duplo grau de jurisdição. O artigo 475, I e II do CPC determina que está sujeita ao
duplo grau de jurisdição, não produzindo efeitos senão depois de confirmada pelo tribunal, a
sentença proferida contra a União, o Estado, o DF, o Municípios e as respectivas autarquias e
fundações de direito público, bem como a que julgar improcedente, no todo ou em parte, os
embargos à execução de dívida ativa da Fazenda Pública.
Esse processo não se aplica aos débitos de natureza alimentícia e aos pagamentos de
obrigações definidas em lei como de pequeno valor.
6. Pagamento das despesas judiciais. Nos termos do artigo 27 do CPC, as despesas dos
atos processuais efetuados a requerimento do Ministério Público ou da Fazenda serão pagas a
final pelo vencido. O artigo 1º-A da Lei 9.494/97 determina que “estão dispensados de
depósito prévio, para interposição de recurso, as pessoas jurídicas de direito público federais,
estaduais, distritais e municipais”.
Por sua vez, a tutela antecipada contra a Fazenda Pública também sofre restrições. De
acordo com o artigo 1º da Lei 9.494/97, “aplica-se à tutela antecipada prevista nos arts. 273 e
461 do Código de Processo Civil o disposto nos arts. 5º e seu parágrafo único e 7º da Lei
4.348/64, no art. 1º e seu § 4º da Lei 5.021/66, e nos arts. 1º, 3º e 4º da Lei 8.437/92”. O
intuito do legislador é evidente: o de evitar que, diante da vedação de liminar em mandado de
segurança, o interessado se utilize do processo cautelar ou da tutela antecipada para obter o
mesmo resultado.
Com base no artigo 5º, XXXV da Constituição, o administrado pode utilizar dos vários
tipos de ações previstos na legislação ordinária, para impugnar os atos da Administração; pode
propor ações de indenização, possessórias, reivindicatórias, de consignação em pagamento,
cautelar, etc. Mas a Constituição prevê ações específicas de controle da Administração Pública,
às quais a doutrina se refere com a denominação de remédios constitucionais, porque têm a
natureza de garantias dos direitos fundamentais.
Está previsto no inciso LXVIII do artigo 5º. Só não é cabível em relação a punições
disciplinares militares (art. 142, § 2º). O artigo 5º. LXXVII determina a sua gratuidade.
1. ilegalidade ou abuso de poder, seja por parte de autoridade pública, seja por parte
de particular;
2. violência, coação ou ameaça à liberdade de locomoção.
Está previsto no inciso LXXII do artigo 5º, estando disciplinado pela Lei 9.507/97, que
acrescentou mais uma hipótese de cabimento ao rol da Constituição: anotação, nos
assentamentos do interessado, de contestação ou explicação sobre dado verdadeiro mas
justificável e que esteja sob pendência judicial ou amigável. (art. 7º, III).
O habeas data tem por objeto proteger a esfera dos indivíduos contra:
O habeas data não é garantia do direito à informação previsto no artigo 5º, XXXIII,
visto que cuida de informação relativa à pessoa do impetrante, enquanto o direito à
informação, que se exerce na via administrativa, é mais amplo.
Previsto no artigo 5º, LXXI, é cabível quando a falta de norma regulamentadora torne
inviável o exercício dos direitos e liberdades constitucionais e das prerrogativas inerentes à
nacionalidade, à soberania e à cidadania.
Como é interposto pelo próprio titular do direito, o mandado de injunção exige uma
solução para o caso concreto, e não uma decisão com efeitos erga omnes.
Está previsto no artigo 5º, LXIX da Constituição e é disciplinado pela Lei 1.533/51.
É a ação civil de rito sumaríssimo pela qual qualquer pessoa pode provocar o controle
jurisdicional quando sofrer lesão ou ameaça de lesão a direito líquido e certo, não amparado
por habeas corpus nem habeas data, em decorrência de auto de autoridade, praticado com
ilegalidade ou abuso de poder.
Considera-se ato de autoridade todo aquele que for praticado por pessoa investida de
uma parcela de poder público, abrangendo inclusive atos emanados de particulares que ajam
por delegação do Poder Público.
Não cabe mandado de segurança contra lei em tese (Súmula 266 do STF), mas se
admite a impetração no caso de lei de efeito concreto ou de lei auto-executória (que
independe de ato administrativo para aplicar-se aos casos concretos).
O artigo 5º, LXXIII da Constituição estabelece que qualquer cidadão é parte legítima
para propor ação popular que vise a anular ato lesivo ao patrimônio público ou de entidade de
que o Estado participe, à moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio
histórico e cultural.
Cidadão é o brasileiro, nato ou naturalizado, que está no gozo dos direitos políticos, ou
seja, dos direitos de votar e ser votado.
A lesão ou ameaça de lesão pode resultar de ato ou omissão, desde que produza
efeitos concretos; o que não se admite é a ação popular contra a lei em tese, a não ser que
esta seja auto-aplicável ou de efeitos concretos.
A rigor, a ação civil pública não constitui meio específico de controle da Administração
Pública. Contudo, como ela tem como legitimado passivo todo aquele que causar dano a
algum interesse difuso, poderá eventualmente ser proposta contra o próprio Poder Público
quando ele for o responsável pelo dano.
Da mesma forma que a ação popular e o mandado de segurança coletivo, a ação civil
pública protege os interesses metaindividuais, os chamados interesses públicos, que abrangem
várias modalidades: o interesse geral, afeto a toda a sociedade; o interesse difuso, pertinente a
um grupo de pessoas caracterizadas pela indeterminação e indivisibilidade; e os interesses
coletivos, que dizem respeito a um grupo de pessoas determinadas ou determináveis.
Por essa ação ataca-se a lei em tese, ou qualquer outro ato normativo, antes mesmo
de produzir efeitos concretos, e a decisão declaratória de inconstitucionalidade tem eficácia
contra todos e efeito vinculante em relação aos órgãos do Poder Judiciário e à Administração
Pública. Mas, fundado em razões de segurança jurídica ou de excepcional interesse social, o
STF, por maioria de dois terços de seus membros, poderá restringir os efeitos da declaração,
ou dispor que ela só tenha eficácia a partir do trânsito em julgado ou de outro momento que
venha a ser fixado (arts. 27 e 28, parágrafo único, da Lei 9.868/99.
Os efeitos da ADC são os mesmos da ADIN, por força do parágrafo único da Lei
9.868/99, que também prevê medida cautelar na ação declaratória, consistente na
determinação de que os juízes suspendam o julgamento dos processos que envolvam a
aplicação da lei ou ato normativo objeto da ação até seu julgamento definitivo (art. 21).
A ADPF será proposta perante o STF e pode ter por objeto evitar ou reparar lesão a
preceito fundamental resultante de ato do Poder Público. Ainda de acordo com essa lei,
podem propô-la os legitimados para a ADIN.
Fato administrativo é aquele que produz efeito no campo do direito administrativo, mas
não gera efeito no campo administrativo, p.ex., a morte de um servidor gera a vacância do
cargo.
Fato da administração é aquele que não gera efeito no campo do direito administrativo,
p.ex., a construção de uma ponte.
Art. 2º São nulos os atos lesivos ao patrimônio das entidades mencionadas no artigo anterior,
nos casos de:
a) incompetência;
b) vício de forma;
c) ilegalidade do objeto;
d) inexistência dos motivos;
e).desvio de finalidade.
Parágrafo único. Para a conceituação dos casos de nulidade observar-se-ão as seguintes normas:
a) a incompetência fica caracterizada quando o ato não se incluir nas atribuições legais do
agente que o praticou;
b) o vício de forma consiste na omissão ou na observância incompleta ou irregular de
formalidades indispensáveis à existência ou seriedade do ato;
c) a ilegalidade do objeto ocorre quando o resultado do ato importa em violação de lei,
regulamento ou outro ato normativo;
d) a inexistência dos motivos se verifica quando a matéria de fato ou de direito, em que se
fundamenta o ato, é materialmente inexistente ou juridicamente inadequada ao resultado
obtido;
e) o desvio da finalidade se verifica quando o agente pratica o ato visando a fim diverso daquele
previsto, explícita ou implicitamente, na regra de competência.
Os requisitos ou elementos são obrigações que o Poder Público tem que cumprir quando
edita um ato administrativo. Para entendermos os requisitos de validade dos atos
administrativos, vamos traçar um paralelo com os requisitos de validade dos atos jurídicos em
geral que está relacionado com as características do ato administrativo. Decorre do previsto no
art. 2º da Lei de ação popular.
e- Motivo: de fato (o que acontece na vida prática) e de direito (dizer se houve infração a
determinada lei).
7.3.1. Atos Normativos: (normas) são aqueles que contêm um comando geral do
executivo visando a correta aplicação da lei, ex., decretos, regulamentos,
regimentos internos.
7.3.2. Atos Ordinatórios: (disciplina, ordem) são aqueles que visam disciplinar o
funcionamento da Administração e a conduta funcional de seus servidores, ex.,
portarias, circulares, avisos, ofícios, despachos.
7.3.3. Atos Enunciativos: (declarer) são aqueles que contêm uma declaração do Poder
Público a cerca de determinada questão, ex., certidões, atestados, pareceres.
7.3.4. Atos Negociais: (negócios) são aqueles que disciplinam a cerca dos Negócios
Jurídicos Públicos, ex., a concessão, permissão, licença, autorização.
7.3.5. Atos Punitivos: são aqueles que contêm uma sanção imposta pela Administração,
ex., advertência, multa, embargo, suspensão de atividade, apreensão de coisas.
Ato discricionário: é aquele praticado com margem de liberdade outorgada pela lei ao
administrador público para que ele dentro de critérios de oportunidade e conveniência possa
escolher a alternativa mais adequada diante do caso concreto. Exemplo: auto de infração.
Pode ser anulado ou revogado.
Ato vinculado: é aquele que a lei disciplina exaustivamente como ele deve ser. Exemplo:
licença. O ato vinculado só pode ser anulado.
a) Ato individual: dirigido a destinatário certo, produz efeitos jurídicos no caso concreto.
Ex: nomeação, desapropriação
b) Ato geral: Ex. portaria, decreto
Lei 9.784/99, art. 55: Em decisão na qual se evidencie não acarretarem lesão ao interesse
público nem prejuízo a terceiros, os atos que apresentarem defeitos sanáveis poderão ser
convalidados pela própria Administração.
É ato pelo qual se suprimi o vício existente em outro ato. A convalidação está restrita aos
vícios de sujeito e forma e está ligado ao princípio da segurança jurídica.
7.6. EXTINÇÃO DO ATO ADMINISTRATIVO
a. Anulação: ocorre por motivos de ilegalidade, tem competência para anular os atos a
própria Administração Pública e do Judiciário, opera com efeitos ex tunc – retroage até
o momento em que o ato foi editado para eliminar todos os efeitos até então gerado;
c. Cassação: é a forma de extinção do ato administrativo por meio da retirada que ocorre
quando o beneficiário do ato descumpre condições que deveriam permanecer
atendidas a fim de que ele pudesse continuar desfrutando de uma determinada
situação jurídica, ex., exceder a pontuação da CNH, construir diferente do que está na
planta.
LEI 9784/99
PARA AQUELES QUE GOSTAM DE “TABELAS”, SEGUE UMA ABAIXO ONDE TEMOS PRAZOS (EM DIAS) PREVISTOS
NA LEI 9784/99.
DIVIRTAM-SE.
DIAS ÚTEIS ART. 23. OS ATOS DO PROCESSO DEVEM REALIZAR-SE EM DIAS ÚTEIS, NO HORÁRIO
NORMAL DE FUNCIONAMENTO DA REPARTIÇÃO NA QUAL TRAMITAR O PROCESSO.
03 DIAS ART. 26. O ÓRGÃO COMPETENTE PERANTE O QUAL TRAMITA O PROCESSO ADMINISTRATIVO
DETERMINARÁ A INTIMAÇÃO DO INTERESSADO PARA CIÊNCIA DE DECISÃO OU A EFETIVAÇÃO
DE DILIGÊNCIAS.
...
§ 2O A INTIMAÇÃO OBSERVARÁ A ANTECEDÊNCIA MÍNIMA DE TRÊS DIAS ÚTEIS QUANTO À
DATA DE COMPARECIMENTO.
03 DIAS ART. 41. OS INTERESSADOS SERÃO INTIMADOS DE PROVA OU DILIGÊNCIA ORDENADA, COM
ANTECEDÊNCIA MÍNIMA DE TRÊS DIAS ÚTEIS, MENCIONANDO-SE DATA, HORA E LOCAL DE
REALIZAÇÃO.
15 DIAS ART. 42. QUANDO DEVA SER OBRIGATORIAMENTE OUVIDO UM ÓRGÃO CONSULTIVO, O
PARECER DEVERÁ SER EMITIDO NO PRAZO MÁXIMO DE QUINZE DIAS, SALVO NORMA
ESPECIAL OU COMPROVADA NECESSIDADE DE MAIOR PRAZO.
05 DIAS ART. 56. DAS DECISÕES ADMINISTRATIVAS CABE RECURSO, EM FACE DE RAZÕES DE
LEGALIDADE E DE MÉRITO.
§ 1O O RECURSO SERÁ DIRIGIDO À AUTORIDADE QUE PROFERIU A DECISÃO, A QUAL, SE NÃO
A RECONSIDERAR NO PRAZO DE CINCO DIAS, O ENCAMINHARÁ À AUTORIDADE SUPERIOR.
10 DIAS ART. 59. SALVO DISPOSIÇÃO LEGAL ESPECÍFICA, É DE DEZ DIAS O PRAZO PARA
INTERPOSIÇÃO DE RECURSO ADMINISTRATIVO, CONTADO A PARTIR DA CIÊNCIA OU
DIVULGAÇÃO OFICIAL DA DECISÃO RECORRIDA.
05 DIAS ART. 62. INTERPOSTO O RECURSO, O ÓRGÃO COMPETENTE PARA DELE CONHECER
DEVERÁ INTIMAR OS DEMAIS INTERESSADOS PARA QUE, NO PRAZO DE CINCO DIAS
ÚTEIS, APRESENTEM ALEGAÇÕES.
CONTAGEM DE ART. 66. OS PRAZOS COMEÇAM A CORRER A PARTIR DA DATA DA CIENTIFICAÇÃO OFICIAL,
PRAZOS EXCLUINDO-SE DA CONTAGEM O DIA DO COMEÇO E INCLUINDO-SE O DO VENCIMENTO.
ART. 67. SALVO MOTIVO DE FORÇA MAIOR DEVIDAMENTE COMPROVADO, OS PRAZOS
PROCESSUAIS NÃO SE SUSPENDEM.
Presidência da República
Casa Civil
Subchefia para Assuntos Jurídicos
INTRODUÇÃO
A Lei 8112/90 nasceu para integrar os preceitos contidos no Art. 37 da CF;
A EC 19/98 extinguiu o Regime Jurídico Único para os servidores públicos civis da União,
Estados,
DF e municípios. Cada uma das esferas de Governo pode adotar qualquer dos regimes jurídicos
existentes: estatutário ou celetista. Pode ainda haver adoção concomitante de regimes
distintos;
Para os empregados públicos foi editada a Lei 9962/00;
A Lei 8112/90 institui o Regime Jurídico dos servidores públicos civis da União, Autarquias,
inclusive
as especiais, e as Fundações Públicas Federais;
Recondução:
•Conceito: forma de provimento derivada por reinvestidura do servidor ESTÁVEL no cargo de
origem, em decorrência de reprovação em estágio probatório ou reintegração.
•Art. 20, §2°: reprovado em estágio probatório o servidor público será exonerado, ou, se
estável, reconduzido ao cargo de origem.
Aproveitamento:
•Conceito: forma de provimento derivada horizontal por investidura do servidor em
disponibilidade em cargo de vencimento e atribuições equivalentes ao que possuía antes da
ociosidade.
•Disponibilidade decorre de estabilidade (regra);
•Acompanhamento pelo SIPEC.
Obs: horizontalidade guarda relação com a manutenção do nível de complexidade das
atividades desempenhadas, bem como do vencimento que lhe é cabido, quando do ato de
provimento.
Promoção:
•Conceito: forma de provimento derivada vertical, onde ocorre aumento do nível de
complexidade das atribuições e, conseqüentemente, do vencimento (verticalidade).
•Vacância.
Remoção é o deslocamento do servidor no âmbito do mesmo quadro, com ou sem mudança
de sede. A Remoção pode acontecer:
- de oficio, no interesse da administração;
- a pedido, a critério da administração;
- a pedido vinculado, independente do interesse da administração: saúde, acompanhar
cônjuge ou em virtude de processo seletivo promovido de acordo com o órgão onde o servidor
esteja lotado.
Redistribuição implica no deslocamento do cargo de provimento efetivo para outro órgão
ou entidade do mesmo poder. Sempre acontecerá no interesse da administração.
Vencimento é a retribuição pecuniária pelo exercício do cargo. Não pode ser menor que
um salário mínimo e é irredutível.
Remuneração é o vencimento mais as vantagens (gratificações permanentes) de caráter
pessoal.
Vacância:
•Conceito: é o “desprovimento” de cargo.
•Formas (art. 33):
a) Readaptação
b) Recondução (art. 20, § 2°)
c) Promoção
d) Falecimento
e) Aposentadoria
f) Demissão
g) Exoneração
h) Posse em cargo inacumulável
Acumulação de Cargos Públicos – CF Art. 37, XVI e Art. 95 parágrafo Único:
· É vedada a acumulação remunerada de cargos públicos, exceto:
- A de dois cargos de professor;
- A de um cargo de professor com outro, técnico ou cientifico;
- A de dois cargos privativos de médicos.
· Aos Juizes é vedado:
- ainda que em disponibilidade, outro cargo ou função, salvo uma de magistério.
Exoneração
· Não tem caráter sancionador (punitivo). È a dispensa do servidor a seu pedido ou de oficio,
nos casos seguintes:
- quando o servidor não for aprovado em estagio probatório;
- quando após a posse não entrar em exercício no prazo legal;
- ocupante de cargo em comissão a exoneração ocorrerá a pedido ou a juízo da autoridade
competente;
- por excesso de gasto com pessoal.
Demissão
· É a dispensa do servidor a título de penalidade funcional. Deve sempre ser motivada.
· São casos para Demissão:
- Crime;
- Abandono de cargo (faltar sem justificativa por mais 30 dias consecutivos);
- Inassiduidade habitual (sessenta dias interpolados)
- Improbidade administrativa;
- Incontinência pública e conduta escandalosa;
- Insubordinação;
- Ofensa física;
- Aplicação irregular de dinheiro público;
- Revelação de segredo do cargo;
- Lesão aos cofres públicos;
- Dilapidação do patrimônio;
- Corrupção;
- Prática de crimes contra licitação;
- Acumulação ilegal de cargos: o servidor tem 10 dias para decidir, se não seráinstaurado um
PAD.