Вы находитесь на странице: 1из 7

Cultura Portuguesa – Aula 15 - 14 de Abril

Sumário:

- IV. Do Estado do Renascimento à construção do Império.

- D.João II, o "Princípe Perfeito": A herança das "transições" e a centralização do poder régio.

(Pag.153 – Livro)

Vamos hoje entra no Estado do renascimento e vamos entrar neste estado com D. João II.

D. João II sobe ao todo em 1481 e vai estar no torno até 1495.

O reinado de D. João II marca a vários títulos uma viragem


significativa no reino de Portugal, fundamentalmente em dois
domínios: (1) Centralização do Poder Régio e os (2)
Descobrimentos (o mais importante),

- (1) Centralização do Poder Régio – Era inevitável


que D. João II face às liberalidades de seu pai, D. Afonso V,
retomasse com todo o vigor e firmeza e até com algum terror
uma politica de centralização do poder régio. Os alvos naturais
desta política vão ser:

. Aquelas casas senhoriais criadas a partir da própria


família real e que foram altamente beneficiadas Por D. Afonso
V (este foi mãos largas em títulos, em rendas em terras, a todos aqueles que obviamente o começaram por
ajudar, por exemplo: na batalha de Alfarrobeira, depois nas conquistas em Marrocos, depois também na
intervenção em Castela (na guerra de sucessão em Castela). Portanto houve aqui várias ocasiões onde a
Nobreza se pôs ao lado de D. Afonso V e depois foi premiada (com títulos, terras, co rendimentos, … Ou
seja D. Afonso V foi muito generoso). D. Afonso V está na transição, entre o estado feudal e o estado que
será o do Renascimento, que é começado com seu filho D. João II.

E portanto as casas que foram constituídas a partir da família real são precisamente aquelas que mais são
beneficiadas, são exemplos: Casa de Bragança, a Casa do Cale de Bragança e a Casa do Cale de Viseu.

Ora bem para começar o reino, logo em 1481, D. João II convoca Cortes para Évora e cujo objectivo
fundamental é a dos três estados do reino: Clero, Burguesia e o Povo prestarem “Menagem e

1
Cultura Portuguesa – Aula 15 - 14 de Abril

obediência”. Estas cortes vão ser reunidas mediante um novo cerimonial cheio de simbolismo
(simbolismo protocolar) e depois segue-se o juramento da Nobreza, do Clero e do Povo. Este cerimonial
vai começar pelo mais alto dos senhores Nobres, o Duque de Bragança (D. Fernando que é o terceiro
Duque de Bragança) e termina com os procuradores de Lisboa e Santarém que são os representantes sa
Vilas e Cidades do reino.

Ora bem houve aqui uma Politica de constrangimento, de distância e de marcação por parte de D. João
II. É evidente que também nas Cortes D. João II vai aproveitar, a pedido dos povos, para aprovar logo ali
uma serie de medidas que vão diminuir privilégios da Nobreza e do Clero, Entre os quais: Em 1º lugar a
derrogação da Jurisdição senhorial; a Diminuição das quantias por parte da Nobres, entre muitas
outras medidas. Medidas tão radicais logo desde inicio, a que a nobreza não estava habituada (bem pelo
contrario) vai dar origem a conjuras. Bom assim D. João II vai ser confrontado com conjuras que vão ser
arquitectadas pela Nobreza e tendo tomado conhecimento que D. Fernando (Duque de Bragança) se
envolvera numa conspiração em finais de 1482, e que tal conspiração tinha até o conhecimento dos reis
Católicos. O rei vai esperar pelo momento indicado para uma acção fulminante e esse momento vai
chegar em Maio de 1483, quando D. João II manda prender o Duque e vai submete-lo a julgamento da
casa da Suplicação com um Júri Colectivo constituído por: 5 Juízes, 12 Nobres e 2 cidadãos de Évora.
Durante 3 semanas os 22 artigos da acusação vão ser discutidos, findo esse tempo o júri vai condenar o
Duque de Bragança á Morte por crime de traição e crime de lesa-majestade. D. João II mandou
executar a pena em praça pública em Évora, confiscando todos os bens da casa real a favor da coroa,
tinha terminado a Casa de Bragança. Todos os outros membros da família de Bragança, bem assim os
demais envolvidos na conjura, tiveram de fugir do país para não sofrerem a mesma sorte.

Tendo igualmente tido conhecimento que D. Diogo (4º Duque de Viseu) que era primo direito e cunhado
(irmão da rainha) estivera de alguma modo envolvido na conjura chefiada pelo Duque de Bragança, D.
João II chama-o, admoesta-o e alerta-o. Bem o Duque de Viseu não confessa culpas e promete que lhe
será leal e obediente. Porém o Duque de Viseu foi suficientemente imprudente para aceitar chefiar uma
nova conjura contra D. João II, que seria descoberta em 1484. E desta vez encontrando-se a corte em
Setúbal, o Rei D. João II convoca o Duque de Viseu e sem as preocupações jurídicas que tivera com o
Duque de Bragança, logo que ele compareceu eliminou-o á punhalada. E determinou que todas as
pessoas envolvidas na conjura fossem apresadas e esquartejadas. Tinha caído a segunda casa local, os
bens não foram confiscados a favor da coroa, excepto o título de Duque de Viseu, tendo D. João II
autorizado o irmão do duque de Viseu utilizar o titulo de Duque de Beja (o único irmão sobrevivente, o
mais novo, chamava-se Manuel – fixei este nome)

1
Cultura Portuguesa – Aula 15 - 14 de Abril

- (2) Descobrimentos: A segunda questão do reinado de D. João II e provavelmente a mais


importante.

Após a morte do Infante D. Henrique (†1460), que estava á frente da empresa descobrimentos, por
algum tempo os descobrimentos estiveram sem uma coordenação tão empenhada como aquela que tinha
sido a do Infante D. Henrique. Dado que D. Afonso V vai-se fundamentalmente envolver nas questões
Marroquinas, questões que vão ser fundamentalmente primordiais para este, também porque D. Afonso
V se vai envolver num projecto de Cruzada que teve alguma notoriedade na própria Europa, a seguir á
tomada de Constantinopla pelos Turcos Otomanos (1453) e portanto foi nessa ocasião que se pensou
fazer uma grande cruzada para ir reconquistar Constantinopla, que tinha sido aliás a partir de então
rebaptizada pelos Turcos Otomanos de Istambul.

E por isso ele vai dar mais importância às questões: da Cruzada e às conquistas em Marrocos, que
propriamente aos descobrimentos. Por isso e durante cerca de 12 anos estes descobrimentos continuaram
a ser feitos, mas apenas dotados de “inércia Henriquina”.

Em 1462-1466 procede-se ao povoamento e colonização da Ilha de S. Tiago (no arquipélago de Cabo


Verde).

1468 - O Flamengo, Jose Dutra, recebe a capitania da Ilha do Faial (Açores).

1469 – Celebrado pela Coroa um Contrato de arrendamento (válido por 5 anos) com Fernão Gomes,
em lhe é dado o monopólio do comercio Africano, com obrigação de descobrimento anual de novas
extensões de costa. No concreto este contracto de arrendamento implicava o seguinte:

- Fernão Gomes devia pagar á Coroa 200.000 reis á Coroa;

- Devia descobrir 100 léguas de costa por ano.

Isto é uma novidade, mas o que é facto é que apesar da novidade, se pede que o
arrendatário Fernão Gomes desempenhou nesses 5 anos com assinalável êxito descobridor, em
termos de latitude avançaria mais de 9º ultrapassando o Equador. Descobriria certamente muito
mais do que as expectáveis 500 léguas (2500 Km):

- Descobriria através dos navegadores que estavam também ao seu serviço, as


Ilhas do Golfo da Guiné: Fernando Pó, Ano Bom, São Tomé, Príncipe.

1
Cultura Portuguesa – Aula 15 - 14 de Abril

- (E mais importante) Promoveria na Costa da Mina (actual Gana) o trato


abundante do ouro, transformando a Mina no mais importante Entreposto porto
Africano do precioso metal, nos finais do séc. XV.

A partir de 1474 (fim do contracto) é o Príncipe D. João que passa a estar pessoal e directamente à
frente dos Descobrimentos e das navegações. Dando-lhe tal atenção e impulso que tal empresa
necessitava e que não tinha tido, apesar do sucesso de Fernão Gomes, durante o tempo que mediou entre
a Morte do Infante D. Henrique e agora esta entrada do Príncipe D. João.

Recordo que em 1474, quando o Príncipe D. João toma conta disto, é quando seu pai D. Afonso V se vai
envolver nas guerras com Castela. Coincidência importante a lembrar.

D. João II vai tomar medidas que ele prevê que sejam necessários e de facto as suas primeiras
preocupações são as de promover uma eficaz defesa marítima do Golfo da Guiné de invasões
Castelhanas oriunda das Ilhas Canárias. E em 1478 – até são ali apresados vários navios Castelhanos,
trazidos para Lisboa, naturalmente confiscados esses navios, a carga que eles eventualmente tivessem.
Mas a partir dai D. João II vai ordenar que todos os navios Portugueses passassem a terem embarcado
artilharia, o que constitui uma revolução a partir de agora naquilo que possa vir a ser a guerra
marítima. Portanto todos os navios (primeiro naturalmente as caravelas e depois a Naus (navios mais
pesados)), vão passar a te artilharia e vão passar a ser concebidos para incorporarem artilharia. Isto vai ser
muito importante, sobre tudo uns anos depois e a partir do momento em que se chega à Índia.

1479 – 1480 – O Tratado de paz entre Portugal e Castela, que põe fim a intervenção de Portugal na
Guerra da Sucessão. Assinado em Alcáçovas em 1479 e em Toledo em 1480. Vem estabelecer uma
primeira partilha do Mundo pelo chamado Paralelo das Canárias, reconhecendo Portugal a posse do
Arquipélago de Castela, que durante muito tempo Portugal tentou efectivamente reivindicar, não a
totalidade do Arquipélago das Canárias mas uma parte. O Infante D. Henrique até chegou a comprar o
direito de senhorio a Nobres Normandos que viviam nas Canárias.

Portanto neste tratado Portugal abdica de reivindicar seja o que for relativamente às Canárias e por
outro lado Castela vai acordar que a partir do Paralelo das Canárias para Sul esse território
pertencia a Portugal.

È uma primeira partilha do Mundo pelo Paralelo das Canárias (que passava a sul das Canárias).

1
Cultura Portuguesa – Aula 15 - 14 de Abril

O Tratado das Alcáçovas, também denominado como Tratado das Alcáçovas-Toledo, foi um diploma assinado
entre Afonso V de Portugal e os Reis Católicos, no desenvolvimento da Guerra da Beltraneja. Foi inicialmente
assinado na vila portuguesa de Alcáçovas, no Alentejo, a 4 de Setembro de 1479, colocando fim à Guerra de
sucessão de Castela (1479-1480) e posteriormente ratificado na cidade castelhana de Toledo, a 6 de Março de
1480.

Portugal, na qualidade de principal Estado monárquico empenhado no reconhecimento de direitos sobre as ilhas
atlânticas e a costa africana durante a década de 1470, ao seu final viu-se enfrentado uma série de conflitos com o
reino vizinho. Uma vez concluída, na península Ibérica, uma guerra favorável a Castela, os representantes de
ambos os Estados firmaram um acordo de paz.

Além de formalizar o fim das hostilidades (pelo qual Joana, a Beltraneja, e seu tio e marido Afonso V de
Portugal, desistiam para sempre das suas pretensões ao trono de Castela), o Tratado continha outras cláusulas
concernentes à política de projeção externa de ambos os países, num momento em que os dois reinos competiam
pelo domínio do Oceano Atlântico e das terras até então descobertas na costa africana.

Por essas cláusulas, Portugal obtinha o reconhecimento do seu domínio sobre a ilha da Madeira, o Arquipélago dos
Açores, o de Cabo Verde e a costa da Guiné, enquanto que Castela recebia as ilhas Canárias (exploradas por
Diego Garcia de Herrera em 1476), renunciando a navegar ao Sul do cabo Bojador, ou seja, do Paralelo 27 no
qual se encontravam as próprias ilhas. Regulamentava também as áreas de influência e de expansão de ambas as
coroas pelo Reino Oatácida de Fez, no Norte de África.

O Tratado foi o primeiro do género, que regulamentava a posse de terras ainda não descobertas. Refletia os anseios
de Portugal, interessado em garantir direitos sobre a costa da Mina e o Golfo da Guiné, e no prosseguimento da
sua exploração da costa africana, na premissa de que por aquela via se conseguiria a esperada passagem para as
Índias.

Nesse mesmo ano de 1480 o Príncipe D. João reforça com esquadras de Guarda Costa aquilo que viria
a ser chamado a Doutrina do Mare Clausum, ou seja, do mar Fechado. E que agora, essa doutrina
abrange tudo o que estiver para Sul do Paralelo das Canárias, ou seja, aquele mar que está fechado a
intrusos, obviamente que os intrusos que podem aparecer neste mar nesta altura são Espanhóis,
Castelhanos, Aragoneses, com ou sem Italianos agregados a ele.
(http://pt.wikipedia.org/wiki/Mare_Clausum)

E a parir de então ordena a execução sumária de quaisquer intrusos encontrados a Sul do Paralelo das
Canárias, não há mais despesa com apresamento de navios, nem mais problemas é logo a execução
sumária dos navios.

1
Cultura Portuguesa – Aula 15 - 14 de Abril

Na imediata sequência e já como Rei, D. João II vai então enviar Diogo de Azambuja para construir no
lugar da Mina um castelo para controlar comércio do ouro. E esta tarefa está concluída em dois 2 anos,
em 1482 o Castelo está construído e é a partir do Castelo de São Jorge da Mina que controlará todo o
trato do precioso metal.

Agora como rei e resolvidas que estão as questões das conjuras da Nobreza D. João II vai imprimir uma
aceleração á empresa dos Descobrimentos e dar-lhe um objectivo: Chegar á Índia por via marítima e
subordinando a esse objectivo todos os esforços da nação.

Assim em 1482, D. João II vai enviar a sua primeira expedição


dentro deste novo plano, essa expedição vai sob o comando de
Diogo Cão que aliás é escudeiro da sua casa. E durante um ano
e meio de expedição Diogo Cão vai descobrir 13º graus de
costa a sul do equador (isso significa sensivelmente as costas
dos actuais: Gabão, Congo, Zaire e a maior parte da costa de
Angola.

Numa segunda viagem em 1485 – 1486 Diogo Cão vai alcançar


o paralelo de 22º Sul, ou seja, na actual Namíbia. No decurso
desta segunda viagem uma outra novidade, para além de
explorar o Rio Zaire, ele vai avançou pelo interior do rio Zaire
e percorrer cerca de 100milhas no rio Zaire, vai contactar o Diogo Cão chegando no Congo
reino do Congo e vai chegar a umas cataratas, as chamadas
Cataratas de Ielala (onde ainda hoje se encontram pedras que
na altura foram gravadas por membro da expedição de Diogo Cão).

Também a partir desta 2º Viagem de Diogo Cão todas as


expedições Portuguesas vão passar a transportar Padrões, padrões
que vão ser colocados fundamentalmente á entrada de Rios Pedra de Ielala, com as
inscrições de Diogo Cão
importante, em cabos Importantes, ou seja, em pontos que sejam
pontos de referência.

Em 1487 D. João II vai enviar outro escudeiro seu, de nome Bartolomeu Dias
que vai tentar a passagem de África Austral e descobrir o caminho marítimo
para a Índia. Bartolomeu Dias sai de Lisboa com 3 caravelas, ultrapassa o
limite atingido por Diogo Cão, explora as costas da Namíbia e da África do Sul

1
Padrão de Santa Maria (Angola), de
Diogo Cão.
Cultura Portuguesa – Aula 15 - 14 de Abril

até à latitude de 34º Sul (à Latitude de Table Bay). Uma tempestade vai fazer que ele se afaste da costa e
quando e quando regressa á costa já está na parte oriental do Continente Africano, mais concretamente
em Mossel Bay, e fica relativamente próximo da actual cidade East London ( na África do Sul).

No retorno a Portugal, explora então toda a costa, descobrindo os dois cabos que marcam o fim da
África, o Cabo das Agulhas (que fica mais a sul) e Cabo da Tormentas que ele rebaptiza com o Cabo
da Boa Esperança (porque agora há a boa esperança de se chegar á Índia).

Em Dezembro de 1488 Bartolomeu Dias estava de regresso a Lisboa, trazendo a confirmação da


descoberta do caminho marítimo para a índia, tal como D. João II tinha previsto e planeado.

(Pág. 202 – Livro)

Вам также может понравиться