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Resposta às afirmações de um católico sobre o cânon

bíblico

[Católico] Os protestantes só aceitam os livros do cânon feito pelos judeus


que viviam na Palestina, os quais aceitaram como inspirados unicamente
os livros escritos em hebraico e na Palestina rejeitando aqueles que
estavam escritos em grego (Século 2 dc).

Não é claro o que quer dizer com a referência ao século II d.C. Se se refere às
tradições reflectidas no Talmude, elas não fazem mais do que ratificar o que já
estava aceite desde muito antes. Isto é evidenciado pelo testemunho de Jesus ben
Sirá, Josefo, de Filão, de 4 Esdras e pelo uso que o Senhor e os Apóstolos fizeram
das Escrituras do cânon hebreu. O Senhor e os seus discípulos diferiam dos judeus
na interpretação das Escrituras, mas não há a mínima evidência de que tivessem
discordâncias em relação à extensão do cânon. Quando Jesus disse aos judeus,
"Esquadrinhai as Escrituras" não foi necessário que lhes desse uma lista. Quando o
Senhor falou do sangue de Abel até o de Zacarias filho de Berequias, estava a
mencionar o primeiro e o último mártir escritural segundo o cânon hebreu
(palestino), que começava em Génesis e terminava em Crónicas (pois este vinha
depois de Esdras-Neemias).

Os protestantes, pois, não fazem mais do que aceitar o mesmo cânon que foi
normativo para Jesus e os seus discípulos.

A incorporação dos apócrifos/deuterocanónicos na vida da Igreja se deveu não ao


uso do Senhor e dos Apóstolos, mas aos cristãos de fala grega que usaram a
versão grega Septuaginta, que incluía estes livros.

[Católico] Critério um pouco contrastante pois todos os livros que tem na


sua bíblia protestante do novo testamento são traduções do grego. Como
notará, além disso, quando os judeus fizeram isto já não tinham nenhuma
autoridade pois Deus havia concedido toda a autoridade a Cristo e à sua
Igreja (Mt 28:19).

A primeira afirmação supõe que a única razão pela qual estes livros foram
rejeitados era porque estavam escritos em grego. A principal razão, no entanto, é
que jamais foram reconhecidos como inspirados.

A segunda frase já foi respondida antes.

[Católico] A relação de livros que utiliza a Igreja Católica foi dada pelos
judeus da diáspora (dispersão) que aceitaram tanto os escritos em grego
como em hebraico.

Quer dizer que os judeus palestinos foram privados de toda a autoridade e os da


diáspora não????

Parece-me um argumento insustentável.

[Católico] Além disso, esta era a relação utilizada pelos apóstolos e pelos
primeiros cristãos; como poderá observar em vários versículos do NT (Sir
28:13-26 cf. Tg 3:1-12; Sir 19:20-30 cf. Tg. 3:13-18; Sir 4:26 cf. Tg 5:15;
etc.)
É um facto comprovado e aceite pelos eruditos católicos que não existe nenhuma
citação directa de algum livro deuterocanónico/apócrifo do AT no Novo Testamento.
Existem sim semelhanças e alusões, mas estas podem-se explicar facilmente pelo
facto de que tanto os escritos do Novo Testamento como os
apócrifos/deuterocanónicos do AT tinham uma base comum que eram as Escrituras
do cânon hebreu. Assim, por exemplo, os paralelos que menciona, que não são
citações textuais, se explicam porque Tiago é uma carta cuja ênfase está na
sabedoria, ou seja, na aplicação prática e quotidiana do conhecimento de Deus, à
semelhança de Jesus ben Sirá (Sirácide ou Eclesiástico). Ambos dependem em boa
medida da literatura sapiencial canónica, em particular Provérbios. Este é um tema
bem conhecido da historiografia: dois textos têm semelhança entre si sem que um
dependa do outro, porque ambos têm um fundo comum. De modo que em ausência
de citações directas que demonstrem dependência literária, este argumento carece
por completo de validade.

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