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INTRODUÇÃO
A obra ‘’Fundamentos do direito’’ de Leon Duguit, traz significados objetivos e diretos
dos diversos conceitos decorrentes do Direito, revelando um caráter objetivo. E este trabalho
busca apresentar os principais pontos ressaltados pelo autor com um caráter mais crítico e
opinativo.
Fundamentos do Direito
Abro aqui a liberdade para responder uma das indagações feitas por Leon em seu
segundo capitulo, trata-se da seguinte pergunta (mesmo que retorica ao longo do texto): ‘’para
melhor compreendermos a questão, imaginemos uma sociedade em que não existisse autoridade
politica e nem leis escritas. Numa sociedade assim constituída existiria direito? E qual seria o
fundamento deste direito?’’ Para que possa ser respondida, é importante que voltássemos para
ideias já ditas, com a de Roseau que tem sua fala muito conhecida de que o homem que nasce
puro e a sociedade que o corrompe, porém, a sociedade é constituída de que? Ora, de indivíduos,
de homens, então pode-se afirmar que os homens sozinhos são puros, mas em conjunto que se
auto corrompem? Ou seja, se os homens que se corrompem uns aos outros não se juntassem para
que assim criassem um conjunto de regras e normas para uma boa convivência em sociedade
estaríamos digamos assim vivendo no mundo das cavernas ainda? Afirmo com total certeza que
não! Mesmo que no texto Leon traga a ideia de que o Estado tem a soberania sob o direito e suas
leis, discordo em tal ponto de vista, uma vez que o Estado é constituído muitas das vezes por
causa justamente de tais leis. Mas, voltando a indagação feita ao texto: sim, em uma sociedade
assim existiria um direito, pois por mais que realmente o homem se auto corrompa, já a séculos
atras em sociedades ocidentais se mostrava que o mesmo não utilizando escrita, criava leis,
mantendo uma ordem. O homem não nasce puro, ele nasce de outro individuo que já não é puro
pois é preciso conviver em uma sociedade pra se relacionar e ter um filho, ou seja, por mais que
coloque alguém isolado (como já levantado em aula de Teoria Política na Universidade Federal
de Santa Catarina pelo professor Arno Dal Ri Junior uma história sobre um príncipe que foi
isolado por seu pai e mesmo assim teve seu contato com a sociedade), esta pessoa uma hora ou
outra entrara em contato com o mundo em que se vive e passara a entender regras básicas de
sobrevivência, o que tento testemunhar aqui é que uma pessoa mesmo que viva isolada, em seu
estado ‘’puro’’ conforme Roseau, pode até ocorrer de se aproximar de outro individuo e por
exemplo, bater, puxar cabelo ou algo deste teor, mas, mesmo que faça isso, ao ser retraído ou
coisa do gênero, em um evento posterior não irá realizar tal ato.
A Origem do Estado
O autor retrata não do Estado em sua origem especificamente, mas sim da legitimidade
do poder do mesmo no âmbito político, assim, traz a indagação: “É realmente legítima a forma
em que os governantes podem mandar? E se deve manter a obediência perante isso?”
Poderíamos ficar horas aqui discutindo tal questão principalmente quando se entra na discussão
do abuso de tal poder, no entanto, para entender certas ‘’subordinações’’ precisa-se entender
primeiramente que tal poder não é legitimo por conta daquele que o está exercendo, mas sim
pelo caráter daquilo que está defendendo.
Doutrinas teocráticas
O próprio nome já lhe auto conceitua, trata-se daquelas doutrinas as quais legitimam o
poder político de um indivíduo pela assunção de seu poder divino, por mais que tenham entrado
em contradição por não terem um certo caráter cientifico, existem ainda, exemplos e
demonstrações das mesmas, são elas: doutrina do direito divino ‘’sobrenatural’’ e as doutrinas do
direito divino ‘’providencial’’.
A primeira considera a criação do poder político por um poder divino e além disso, que
este mesmo poder divino tenha já designado aqueles que iriam ser aptas para assumir o poder
político.
Já a segunda não coloca como ato feito já a vontade divina, mas sim, que, a sua vontade
se manifestará por meio de diversos acontecimentos.
Doutrinas Democráticas
Duguit começa validando o conceito de que democrática não é a mesma coisa que
liberal. Para que se possa compreender uma doutrina democrática, é necessário que entenda do
que realmente se trata uma democracia, é o que é nada mais nada menos que a o interesse em
comum da maioria, ou seja, em uma doutrina democrática são aquelas as quais determinam o
poder político de acordo com a vontade coletiva de uma sociedade. Dois grandes representantes
da doutrina são: Hobbes e J.J. Rousseau, este por ultimo a origem popular do poder político
caminha de mãos dadas com todas as formas de governo. O poder vem do povo, e o princípio de
que o povo elege parlamentos para governar levou à derrubada da maioria dos Estados absolutos
desde os tempos modernos até os contemporâneos. No entanto, as pessoas acreditam que, por
meio dessas ações, o parlamento nos libertará da tirania do rei, mas hoje vivemos sob a tirania do
parlamento.
Direito Público
O direito público é denominado aquele conjunto de regras aplicada ao Estado e sob os
governantes, agentes, relações reciprocas e seus particulares. Onde dentro de tal conceito existe a
divisão entre: direito público interno e externo, a qual o primeiro nada mais nada menos se trata
do que rege dentro do próprio pais, onde tem sua divisão em: Direito Público (constitucional,
tributário, administrativo e penal) aquele que rege ao Estado e seus indivíduos e assegura direitos
de como: não matar. E, ainda, dentro da divisão de direito interno, se encontra o Direito Privado
(civil, trabalhista, empresarial, internacional e etc.) aquele que rege aos indivíduos e as suas
relações, como por exemplo contrato de trabalho, aluguel e etc. Já o Direito Externo, também
chamado de direito internacional, não se identificar como privado, apenas com o âmbito público,
que se trata de direito penal, humanitário, processual, tributário e afins.
Conclusão
Conclua-se, pois, que, mesmo trazendo conceitos antigos e não tão presentes
atualmente, Leon mostra com objetividade de como devemos entender a história do Direito para
que possamos compreender aonde ele está hoje. O livro tem clareza sob os conceitos de dividir o
Direito Público x Direito Privado; Direito individual x Direito Social, conceitos extremamente
importantes para a introdução ao curso