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UNIVERSIDADE FDERAL DE SANTA CATARINA

CENTRO DE CIÊNCIAS JURÍDICAS


GRADUAÇÃO EM DIREITO

Estudante: Gislaine Maria de Souza - 20204884


Matéria: Teoria Política
Professor: Arno Dal Ri Junior

RESENHA CRÍTICA – FUNDAMENTOS DO DIREITO – LEÓN DUGUIT

INTRODUÇÃO
A obra ‘’Fundamentos do direito’’ de Leon Duguit, traz significados objetivos e diretos
dos diversos conceitos decorrentes do Direito, revelando um caráter objetivo. E este trabalho
busca apresentar os principais pontos ressaltados pelo autor com um caráter mais crítico e
opinativo.

Direito Objetivo e Direito Subjetivo


Em seu primeiro capitulo, Leon já traz referencias objetivas, o autor trata do ‘’direito
objetivo’’ e ‘’direito subjetivo’’ onde diz: ‘’O “direito objetivo’’ designa valores éticos que se
exige dos indivíduos que vivem em sociedade.’’...’’O “direito subjetivo’’ por sua vez constitui
um poder do indivíduo que integra a sociedade. Esse poder capacita o individuo a obter o
reconhecimento social.’’. Ou seja, a parte objetiva retrata aquilo que o indivíduo precisa
fazer/respeitar para viver em determinada “harmonia’’ para entre conjunto com os outros, um
conjunto de normas para viver em uma sociedade, no entanto, é nítido que caso tais normas não
sejam cumpridas, serão necessárias determinadas punições. Já a parte subjetiva é um conceito
mais pessoal, é aquele direito que o individuo tem o poder ou não de usar, exemplo: caso eu
queira denunciar o Professor Arno, o estado me da esta opção de denunciar ou não, no entanto,
se vir a denunciar, precisarei respeitar as partes do direito objetivo, o que faz sentindo, uma vez
que cada individuo deve exercer seus direitos, mas, até o ponto que respeite o direito do outro.

Fundamentos do Direito
Abro aqui a liberdade para responder uma das indagações feitas por Leon em seu
segundo capitulo, trata-se da seguinte pergunta (mesmo que retorica ao longo do texto): ‘’para
melhor compreendermos a questão, imaginemos uma sociedade em que não existisse autoridade
politica e nem leis escritas. Numa sociedade assim constituída existiria direito? E qual seria o
fundamento deste direito?’’ Para que possa ser respondida, é importante que voltássemos para
ideias já ditas, com a de Roseau que tem sua fala muito conhecida de que o homem que nasce
puro e a sociedade que o corrompe, porém, a sociedade é constituída de que? Ora, de indivíduos,
de homens, então pode-se afirmar que os homens sozinhos são puros, mas em conjunto que se
auto corrompem? Ou seja, se os homens que se corrompem uns aos outros não se juntassem para
que assim criassem um conjunto de regras e normas para uma boa convivência em sociedade
estaríamos digamos assim vivendo no mundo das cavernas ainda? Afirmo com total certeza que
não! Mesmo que no texto Leon traga a ideia de que o Estado tem a soberania sob o direito e suas
leis, discordo em tal ponto de vista, uma vez que o Estado é constituído muitas das vezes por
causa justamente de tais leis. Mas, voltando a indagação feita ao texto: sim, em uma sociedade
assim existiria um direito, pois por mais que realmente o homem se auto corrompa, já a séculos
atras em sociedades ocidentais se mostrava que o mesmo não utilizando escrita, criava leis,
mantendo uma ordem. O homem não nasce puro, ele nasce de outro individuo que já não é puro
pois é preciso conviver em uma sociedade pra se relacionar e ter um filho, ou seja, por mais que
coloque alguém isolado (como já levantado em aula de Teoria Política na Universidade Federal
de Santa Catarina pelo professor Arno Dal Ri Junior uma história sobre um príncipe que foi
isolado por seu pai e mesmo assim teve seu contato com a sociedade), esta pessoa uma hora ou
outra entrara em contato com o mundo em que se vive e passara a entender regras básicas de
sobrevivência, o que tento testemunhar aqui é que uma pessoa mesmo que viva isolada, em seu
estado ‘’puro’’ conforme Roseau, pode até ocorrer de se aproximar de outro individuo e por
exemplo, bater, puxar cabelo ou algo deste teor, mas, mesmo que faça isso, ao ser retraído ou
coisa do gênero, em um evento posterior não irá realizar tal ato.

Doutrina do Direito Individual


O autor cita no texto “doutrina do direito individual” e “doutrina do direito social”, onde
em primeiro instante ele retrata do direito individual como aquele que o ser humano “nasce”
possuindo, ou seja, trata como se nascêssemos livres para realizar nossas atividades físicas,
intelectuais e moral, e que nos pertence o direito de desfrutar do produto de tais atividades. No
entanto, é de extrema importância que seja analisado aqui o ponto de que, realmente, sejamos
livres, mas até que ponto? Somos considerados livres até o ponto em que nosso direito de exercer
nossas atividades não corrompa o direito daquele que vive em sociedade conosco. Como
colocado e defendido pelo autor “A natureza das coisas, no entanto, determina que a preservação
dos direitos individuais de todos condiciona uma limitação reciproca aos direitos individuais”,
possamos assim, relacionar que o direito individual de uma pessoa cria por si só um ciclo de
normas a serem respeitados a partir de um conceito individual. Como bem colocado pelo autor,
aqui se faz a referência do direito objetivo ao subjetivo, onde deixa claro que para que possa
existir direitos coletivos é necessário que existe direitos individuais respeitados. Um ponto em
que chama a atenção no mesmo paragrafo é a seguinte citação: “Essa doutrina subentende a
igualdade dos homens, concebendo que todos os homens nascem com os mesmos direitos,
devendo conserva-los.”, mas, no entanto, gostaria de levantar uma indagação retorica: que todos
os homens nascem com os mesmo direitos é algo de se repensar, mas, mesmo que todos nasçam
com os mesmo direitos, será que existe algum homem que pense que todos conseguem
permanecer com direitos depois de seu primeiro suspiro de vida? Ao decorrer do mesmo
paragrafo Leon retrata sobre a doutrina de direitos ser sempre a mesma em todos os estados,
países e tempos citando até mesmo o Art.² 1,2 e 4, ora, não precisa ir longe demais para
compreender que direitos e normas na escrita são muito mais lindos do que em sua prática, tendo
em vista que os conceitos que o autor traz sejam distintos do dia de hoje é exatamente isso que
precisamos para repensar no que consideramos correto nos dias atuais dentro dos fundamentos
do direito.

Crítica da Doutrina Individualista


Leon traz para repensarmos a crítica a doutrina individualista, como citado acima, o
homem não tem como viver isolado ou puro, ele ao ser fecundado já faz parte de uma sociedade,
ele nasce de outro individuo, assim, afirma: “O ser humano nasce integrando uma coletividade;
vive sempre em sociedade e assim considerando só pode viver em sociedade.’’ E é exatamente
com isso que defendi minha tese acima, já nascemos membros de uma sociedade integrada e por
conta disso, concordo ao momento que o autor cita que quaisquer das doutrinas tenham que
partir do princípio do homem natural e não do homem isolado como já comparado
anteriormente. O mesmo também retrata outro ponto da doutrina individualista, onde se fala que
todos os homens nascem com direitos iguais, ele diz: “Não é razoável afirmar que os homens
nascem livres e iguais em direitos, mas sim que nascem partícipes de uma coletividade e sujeitos,
assim, a todas as obrigações que subentendem a manutenção e desenvolvimento da vida
coletiva.”, a partir deste ponto de vista podemos concordar, tendo um pequeno conhecimento da
realidade em que estamos inseridos no século XXI é nítido que não são todos os homens que tem
direitos, ou muito menos nascem com direitos, infelizmente ainda existem pessoas que não tem a
mínima condição de vida e por consequência não serão tratados igualmente perante a lei. Para
terminar a ideia sobre a doutrina individual e também as críticas perante ela, o autor traz a
diferença dos homens como algo importante para a constituição da sociedade em si, é essa
distinção entre um e outro que diferencia as civilizações umas das outras. Ao citar “Os homens
devem ser tratados de modo diverso, porque são diferentes” devemos saber interpretar tal
premissa, tendo em vista de que em primeira mão veio a indagação em minha cabeça: “como
assim? Todos os homens não devem ser considerados iguais perante a lei? A pena para uma
pessoa comum que matou alguém dirigindo embriagado não deveria ser a mesma para um
político que cometeu o mesmo crime?”, em tal ponto sabemos que, na pratica, a justiça
infelizmente não tem uma igualdade, no entanto, devemos interpretar que Leon está falando das
leis escritas, a lei em seu estado puro, no fundamento do direito, e perante isso, sim, homens
devem ser tratados diferentes pois são diferentes, um exemplo de que o autor retrata desde ponto
é ao falar que “A noção de direito ideal e absoluto não pode ser aceita cientificamente como
retrata s doutrina individual.”, isso é nítido, não tem a maior possibilidade do direito ser uma
ciência absoluta, uma coisa que seja igual para todos, cada caso é um caso, indivíduos são
diferentes entre si e se distinguem também em suas atitudes, seria injusto querer aplicar a todos
uma ciência verdadeiramente igual e absoluta.

Doutrina do Direito Social


No capítulo seguinte se retrata a ideia das “Doutrinas do direito social”, onde Leon cita:
“São assim qualificadas todas as doutrinas que partem da sociedade para chegar no individuo, do
direito objetivo para o direito subjetivo, da norma social para o direito individual”, ou seja, todas
as doutrinas que consideram o homem um ser social que está imposto a normas da sociedade. O
autor, ainda, cita que: “As doutrinas denominadas “direito social” deveriam ser chamadas
“doutrinas socialistas”, contudo, evitamos empregar essa terminologia pelo caráter vago.” E
mesmo que seja comparada uma à outra ou até mesmo chamar pelo menos, autor esclarece que
comparou a expressão apenas para designar a doutrina que fundamenta o direito no caráter
social, muitas das pessoas ainda leigas associariam coisas desnecessárias e fora do nicho do
assunto.

A Solidariedade ou a Interdependência Social


Em ‘’A solidariedade ou a interdependência social’’ o autor parte do principio já citado
acima de que o homem já nasce parte de um grupo, sempre viveu e sempre vivera em sociedade
com seus semelhantes, o mesmo já trata isso como uma verdade absoluta. Trata também de que o
homem se trata como individual, no entanto de que suas necessidades e afazeres necessita de
uma convivência com outra pessoa – neste ponto concordo totalmente com o autor, não existe
uma possibilidade de vivermos sozinhos, para todas nossas necessidades básicas precisamos
viver em conjunto com pelo menos uma pessoa, prova disto é de que eu, você, sua mãe, seu pai,
seus avós e toda a sua arvore genealógica só está aqui porque duas pessoas se relacionaram, para
que um individuo venha a vida é necessário um conjunto em sociedade. Podemos concluir
conforme o autor coloca de que a existência da sociedade é um fato primitivo e humano, e não,
portanto, produto da vontade humana. Dentro deste mesmo contexto, se sempre vivemos em
sociedade, é nítido que dentro de tal sociedade irão existir os chamados grupos sociais e isto vem
desde os primórdios, como os homo habilis que viveram anos fabricando instrumentos de pedra,
seja por uma identificação de opinião, gostos, fisionomia física e etc. os famosos “laços” que o
autor cita, os indivíduos se separam em grupo aonde se sentem aceitos e confortáveis, tendo em
vista que a maior necessidade do ser humano é ser aceito. O perigo perante tais grupos e
identificação está aonde Leon cita: “o homem por sua vez só se concebe como verdadeiramente
solidário em relação àqueles pertencentes a seu grupo”, tal premissa se torna muita verdadeira ao
analisarmos a sociedade atual, a solidariedade está presente sim, mas apenar com aqueles os
quais são seus semelhantes, talvez seja pelo motivo citado acima, o homem por ter a necessidade
básica se sente mais confiável em sentir empatia por aqueles semelhantes, aqueles os quais já lhe
aceitaram. Atuando sobre qual situação o autor traz um ponto muito importante: “A
solidariedade humana pode absorver as solidariedades locais, regionais, ou nacionais, de forma
que o homem possa se considerar cidadão do mundo? É ainda possível realizar este anseio,
considerando todas as guerras, discriminações e ferocidades que o ser humano vem praticando?”,
Tal indagação, sob meu olhar, ainda, esperançoso tem resposta parecida com o autor... Resposta
afirmativa, de que os povos livres possam superar qualquer tipo de preconceito que os possa
abranger, pessoas livres de opiniões e pensamentos podem sim olhar com mais solidariedade
para os quais não estão inseridos em seu grupo social. Leon traz de novo a ideia de como os
grupos começaram a se separar, os interesses em comuns são diversos, sejam por idioma,
maneira de trabalhar, religião e afins, sempre será mais difícil empatia com outros diferentes.
Mesmo que julgamos (sem precisar) aqueles que estendem a mão apenas a seus semelhantes, é
importante, aqui, entender o porquê de tal atitude, tendo em vista que nós, meros mortais falamos
em segundas pessoas mas fazemos parte deste grupo o qual se solidariza com os do mesmo
grupo, vamos lá, em primeira mão, se alguém está em nosso grupo social isso significa que tal
pessoa algum interesse em comum com nós mesmo tem, isso basta para uma parte dar certo, pois
nossa satisfação terá um ponto em comum; segundo, por mais que sejamos diferentes em alguma
coisa, será essa troca de conhecimento ou favores de partes distintas que nos trata uma certas
reciprocidade e satisfação/realização, citada por Leon, a primeira se trata de “solidariedade por
semelhança’’ já a segunda como “solidariedade por divisão de trabalho”.

O Direito Fundado na Solidariedade Social


A parte da solidariedade social já entendida, o autor começa a exemplificar aonde que o
direito entra neste meio, e ele entra nada mais nada mesmo que do como: “não praticar nada que
possa atentar contra a solidariedade social sob qualquer das suas formas e, a par com isso,
realizar toda a atividade propícia a desenvolve-la organicamente” – ou seja, a sociedade
sobrevive por meio da solidariedade que une seus indivíduos, deste modo, a ética estabelecida
nesta regra é ao mesmo tempo individual e social. “A regra de direito é social pelo seu
fundamento no sentido de que só existe porque os homens vivem em sociedade. É ao mesmo
tempo individual porque está contida nas consciências individuais.” – É exatamente isso que o
autor retrata e para entender este trecho nada mais justo que voltar para a explicação sobre
direito objetivo e subjetivo, os conceitos de que eu tenho os meus direitos mas também preciso
exercer alguns perante o Estado, e nesta parte do texto está muito bem exemplificado, vivemos
sempre em sociedade, mas, vivemos em sociedade respeitando regras social pois antes de sociais
ao todo somos individuais conscientes, e logo após sermos conscientes individuais, passamos
para solidariedade social com os nossos semelhantes presentes em nosso grupo social, no fim, se
torna um ciclo, onde existe um reciprocidade. Mesmo que as regras/leis sejam semelhantes a
todos os indivíduos, cada um tem seus deveres diferentes, no entanto, não podendo se deixar
levar para que estes deveres passem o limite dos direitos e deveres do próximo.
O autor retrata a regra de direito como permanente e mutável. As formas já citadas de
solidariedade (similitude e troca de trabalho) variam com o passar do tempo, no entanto, aqueles
que fazem parte de tal ato, devem lutar para se aproximar. Como todo individuo deve cooperar
com o direito objetivo, acaba que ele pode e tem o direito de praticar todos os atos os quais
coopera na solidariedade social. – O que penso ser a forma mais justa, tendo em vista que todos
que precisam cumprir seus direitos devem poder desfrutas de seus direitos, é como se fosse uma
troca de favores falando assim de forma grosseria, não teria como viver em uma sociedade
harmônica aonde apenas se precisasse cumprir o direito objetivo sem que pudéssemos desfrutar
do direito subjetivo. Uma justificativa disso é quando o autor cita: “A liberdade é um direito
porque o homem tem o dever de desenvolver sua atividade tão plenamente quanto possível, uma
vez que a sua atividade individual é fator essencial da solidariedade por divisão de trabalho” –
mostrando que, sim, se deve existir essa troca entre os dois tipos de direito.

Noção Geral de Estado


O conceito de estado retratado é de que ele designa toda a sociedade humana a qual há
diferenciação política entre governantes e governados, ou seja, em que haja uma certa autoridade
para comandar outros, mesmo que tal autoridade seja de formas diferentes, graus e conhecimento
como tribos da África que obedecem a um chefe, seja na Inglaterra com uma rainha ou como a
maioria dos países em um Parlamento, mas a ideia é da necessidade de uma autoridade para
encaminhar o restante da população.

A Origem do Estado
O autor retrata não do Estado em sua origem especificamente, mas sim da legitimidade
do poder do mesmo no âmbito político, assim, traz a indagação: “É realmente legítima a forma
em que os governantes podem mandar? E se deve manter a obediência perante isso?”
Poderíamos ficar horas aqui discutindo tal questão principalmente quando se entra na discussão
do abuso de tal poder, no entanto, para entender certas ‘’subordinações’’ precisa-se entender
primeiramente que tal poder não é legitimo por conta daquele que o está exercendo, mas sim
pelo caráter daquilo que está defendendo.

Doutrinas teocráticas
O próprio nome já lhe auto conceitua, trata-se daquelas doutrinas as quais legitimam o
poder político de um indivíduo pela assunção de seu poder divino, por mais que tenham entrado
em contradição por não terem um certo caráter cientifico, existem ainda, exemplos e
demonstrações das mesmas, são elas: doutrina do direito divino ‘’sobrenatural’’ e as doutrinas do
direito divino ‘’providencial’’.
A primeira considera a criação do poder político por um poder divino e além disso, que
este mesmo poder divino tenha já designado aqueles que iriam ser aptas para assumir o poder
político.
Já a segunda não coloca como ato feito já a vontade divina, mas sim, que, a sua vontade
se manifestará por meio de diversos acontecimentos.

Doutrinas Democráticas
Duguit começa validando o conceito de que democrática não é a mesma coisa que
liberal. Para que se possa compreender uma doutrina democrática, é necessário que entenda do
que realmente se trata uma democracia, é o que é nada mais nada menos que a o interesse em
comum da maioria, ou seja, em uma doutrina democrática são aquelas as quais determinam o
poder político de acordo com a vontade coletiva de uma sociedade. Dois grandes representantes
da doutrina são: Hobbes e J.J. Rousseau, este por ultimo a origem popular do poder político
caminha de mãos dadas com todas as formas de governo. O poder vem do povo, e o princípio de
que o povo elege parlamentos para governar levou à derrubada da maioria dos Estados absolutos
desde os tempos modernos até os contemporâneos. No entanto, as pessoas acreditam que, por
meio dessas ações, o parlamento nos libertará da tirania do rei, mas hoje vivemos sob a tirania do
parlamento.

Crítica das Doutrinas Democráticas


O princípio de toda a soberania reside essencialmente na nação. Nenhum grupo e
nenhum indivíduo podem exercer autoridade que não emane expressamente dela.” “A soberania
é uma, indivisível, inalienável e imprescritível. Pertence à nação; nenhuma facção do povo nem
indivíduo algum pode atribuir-se o exercício dela.” – Os trechos retirados das Declarações dos
Direitos e da Constituição de 1791 mostra que a soberania nacional se tornou praticamente um
dogma, uma verdade absoluta, sem indagações como uma das piores crenças e até a atualidade
estão presentes como princípios positivos do direito público. No entanto, é nítido que atualmente
a aceitação de crenças como tais não deverá existir, o senso comum em determinada situação
deverá ser deixado de lado. A existência de tal soberania da a entender que se cria uma vontade
em comum, da coletividade que cada vez se afasta mais da vontade individual. Para
exemplificar, Hobbes e Rousseau criam a ideia de contrato social, aonde se tornou um raciocínio
equivocado sendo que como já explicado, o homem está inserido em uma sociedade desde o seu
primeiro respiro e isso faz com que este surja exatamente da vontade do homem em viver
perante uma sociedade. Mesmo que houvesse um contrato o autor comenta que mesmo que haja
uma verdade em comum, uma vontade em comum, em determinado momento a sua
individualidade falará mais alto, e realmente, por mais que estejamos inseridos em acordos aonde
o bem e interesse comum fale mais alto, antes de estarmos inseridos em uma sociedade, somos
individuais e sempre teremos isto conosco.
Mesmo que haja essa vontade comum, devemos indagar porque a vontade coletiva seria
maior que a individual? Voltando ao que foi citado acima, para estarmos inseridos em uma
sociedade precisamos ser antes individuais, e mesmo que o homem não viva sozinho, seus
interesses falarão mais alto, e quem, sem pensar no seu grupo social conseguirá sempre entender
como seu o interesse de todos? Pois antes de ser um interesse comum, ele foi o interesse
individual de alguém e será que nós, homens, estamos preparados para conviver com isso? O
autor traz um marco muito importante da revolução: o momento em que se substitui o poder
divino dos reis e passa a direito divino do povo, o que deixa claro que a coletividade se torna
muito mais importante em certos momentos do que a individualidade, afinal, sozinho, um
individuo conseguiria fazer a revolução?
A soberania nacional assim defendida por Rousseau foi questionada até em seus
próprios livros, descrevendo-a como indivisível, mas ele não hesitou em atribuir a autoridade do
país aos seus cidadãos na proporção. O direito de voto é uma forma de dividir esse poder, mas a
própria revolução começou a limitar a amplitude do direito de voto, restringindo assim a
participação do povo no poder político. Tal revolução para proteger os indivíduos da tirania da
monarquia. Uma vez alcançado esse objetivo, não haverá grandes mudanças, pois enquanto a
vontade ou a soberania estiver nas mãos da maioria, a crise só se intensificará. Como citado por
Leon: “A injustiça é sempre injusta, seja praticada pelo povo, por seus representantes ou pelo
príncipe, e, com frequência, a instituição da soberania popular costuma esquecer-se disso.”

Formação Natural do estado


O poder político assim como muitas dos conceitos do mundo jurídico vem de uma
evolução, de todo um processo e isto não seria diferente aqui, ao decorrer do livro fica nítido
como as coisas mudam seus conceitos, percepções e apontamentos perante o assunto. “Em todas
as sociedades chamadas de Estado os indivíduos mais fortes que querem e podem impor a sua
vontade aos restantes e pouco importa que estes grupos estejam fixos em um território...” - A
questão que Leon Duguit traz neste parágrafo lembra muito o que Hobbes diz sobre o homem: “o
homem é o lobo do próprio homem” mesmo que uma citação já muito conhecida, nos faz refletir
de como o indivíduo próprio se anula ao longo do tempo... Se paramos para analisar, ao longo
das décadas em praticamente todas as épocas, sempre existiram pessoas querendo se impor sob
as outras, aquelas que naturalmente tenham o poder de se comunicar melhor que as outras e isso
faz com que suas ideias chegam mais fácil a outros, no entanto, o problema começa a partir do
momento em que tal vontade de expor suas opiniões ultrapasse o limite e se inicie uma
imposição absoluta sob os outros, seja isto por força intelectual, física, moral ou religiosa. Por
consequência, se formos analisar a história é nítido que em todos os tempos existiu pelo menos
uma figura forte querendo se impor aos outros. E é exatamente desta relação entre pessoas que
comandam e são comandadas que se a formação do Estado.

Fim e funções do Estado


O autor considera poder político fato legítimo, ou seja, que suas ordens também sejam
legítimas. Por mais que se torne legitimo, nenhuma autoridade tem o direito de mandar ou
comandar sem que estivesse em conformidade com o direito. O poder político tem por fim
realizar o direito, se não fosse este seu fim, qual seria? Acima de qualquer responsabilidade, se
deve manter a ideia de agir conforme o direito. Se distingue a função do Estado em: a legislativa,
a jurisdicional e a administrativa. Onde respectivamente são responsáveis por: elaborar as leis,
intervir e analisar em situações de risco/violência e por fim a que realmente interfere na
sociedade consumando os atos jurídicos.

Construção Jurídica do Estado


Que determinados indivíduos têm poder sob o outros já analisamos, os famosos
governantes, no entanto, os mesmos, precisam se submeter o direito a eles ligados, não se
comporta apenas de maneira a cobrar direito de outros, mas também entender quais são os seus.
Como retratado no texto: “O Estado está submetido ao direito; é, segundo a expressão germânica
Reschtsstaat, um Estado de direito” – A partir de qual conceituação, nasceu o ‘’Estado Sujeito de
direito”, isto é, o Estado é um sujeito do direito, está submisso a ele e pode ser considerado
pessoa jurídica.
Mesmo que esteja sendo, aqui, considerado uma pessoa jurídica, o Estado, ainda exerce
o seu papel de quem deve cobrar o direito de outra pessoa, nesse caso, entende-se aqui como
direito subjetivo, aquele que dá ordens e impõe. Por aqui estar sendo considerado pessoa
jurídica, ele acaba adquirindo direitos patrimoniais, ou seja, é também titular de dívidas
patrimoniais.
A realidade do Estado se deve à existência de grupos sociais, e em tais grupos sociais é
impossível simplificar a coleta das vontades individuais com a vontade única do Estado. Este
último só pode fazer regras, deve usar a força de maneira razoável e deve exercer os serviços
públicos.
Rejeitados os conceitos metafísicos de pessoa coletiva e soberania, compõe-se de seis
elementos a instituição jurídica do Estado: coletividade social determinada; Uma distinção nesta
coletividade entre governantes e governados, sendo, os primeiros, governantes por possuírem
maior força; A obrigação jurídica de assegurar a realização do direito; A obediência a toda regra
geral, concebida pelos governantes para verificar ou aplicar a regra do direito; O emprego
legítimo da força, para sancionar todos os atos em conformidade com o direito; O caráter próprio
de todas as instituições que asseguram o cumprimento do dever de governos ou serviços
públicos.

O Estado Obrigada Pelo Direito


Ao citar que o Estado está submetido a leis realmente significa que o mesmo se ve na
obrigação de criar leis em conjunto com outras leis. No entanto, todo a sua formulação está
sujeita as mesmas leis, seja funcionários, legisladores, juízes ou magistrados, por isso o regime
da ‘’legitimidade’’
Leon retrata de que o individuo goza de seus direitos individuais, e, que, o Estado
jamais poderá atentar contra tais direitos, ou seja, como levantado pelo autor, será que o estado
cria leis com base em que eles mesmo não podem atentar contra as leis individuais? Será que
então, realmente é desta forma que ele cria leis de acordo com outras leis já vigentes? Em textos
constitucionais se mostra em evidencia tal vedação, como a Constituição de 1791: “O poder
legislativo não poderá fazer leis que signifiquem atentados ou obstáculo ao exercício dos direitos
naturais e civis consignados no presente título e garantidos pela constituição.” – pressupondo
assim, que nenhuma lei poderá ser aceita caso viole o direito individual de quem, ou seja,
podemos afinar que o legislativo realmente cria leis conforme a consumação de tais direitos.

Direito Público
O direito público é denominado aquele conjunto de regras aplicada ao Estado e sob os
governantes, agentes, relações reciprocas e seus particulares. Onde dentro de tal conceito existe a
divisão entre: direito público interno e externo, a qual o primeiro nada mais nada menos se trata
do que rege dentro do próprio pais, onde tem sua divisão em: Direito Público (constitucional,
tributário, administrativo e penal) aquele que rege ao Estado e seus indivíduos e assegura direitos
de como: não matar. E, ainda, dentro da divisão de direito interno, se encontra o Direito Privado
(civil, trabalhista, empresarial, internacional e etc.) aquele que rege aos indivíduos e as suas
relações, como por exemplo contrato de trabalho, aluguel e etc. Já o Direito Externo, também
chamado de direito internacional, não se identificar como privado, apenas com o âmbito público,
que se trata de direito penal, humanitário, processual, tributário e afins.

As Divisões do Direito Público


Aqui, o autor retrata melhor como é cada divisão já citada acima, são elas: o direito
público internacional, a qual é um conjunto de normas aplicadas ao Estado, nas relações
estabelecidas entre os mesmos, como já citado acima, o direito internacional não provém de
direito privado, apenas o público. Já na divisão do direito interno, se trata das regras aplicadas
sobre determinado Estado e não a relação dos Estados como o público abrange, ou seja, trata da
relação do mesmo com seus governantes também. Uma parte citada pelo autor sobre regras
escritas faz-me querer resgatar algo já defendido por Platão, no texto, Leon diz sobre a relação
entre o homem e seus governantes, que essa relação sempre esteve próxima e por conta disso, foi
se gerado regras, as quais a maioria era escrita, mas, traze-me a memoria de que Platão não era
familiar com as mesmas, talvez seria por essa relação com governantes? Leon traz no texto o
perigo que tal aproximação pode vincular, apresenta também as divisões do Direito, mas, já
citadas no texto acima.

O Direito Público e Direito Privado


O direito privado constitui um conjunto de regras aplicadas a pessoas semelhantes, no
entanto, tal conjunto perde a sua aplicabilidade se quisermos aplica-las ao Estados e suas
relações. Aqui, portanto, se mostra que os dois tem o mesmo fundamento, mas abrangem lados
diferentes. Mesmo que com fundamentos iguais, as suas naturezas são distintas e também as suas
sanções.

Conclusão
Conclua-se, pois, que, mesmo trazendo conceitos antigos e não tão presentes
atualmente, Leon mostra com objetividade de como devemos entender a história do Direito para
que possamos compreender aonde ele está hoje. O livro tem clareza sob os conceitos de dividir o
Direito Público x Direito Privado; Direito individual x Direito Social, conceitos extremamente
importantes para a introdução ao curso

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