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FUNÇÃO SOCIAL DO CONTRATO

- “Ainda que o vocábulo social sempre apresente esta


tendência de nos levar a crer tratar-se de figura da
concepção filosófico-socialista, deve restar
esclarecido tal equívoco. Não se trata, sem sombra de
dúvida, de se estar caminhando no sentido de
transformar a sociedade em patrimônio coletivo da
humanidade, mas tão apenas de subordinar a
propriedade privada aos interesses sociais, através
desta idéia-princípio, a um só tempo antiga e atual,
denominada ‘doutrina da função social’”.(Giselda
Hironaka)

- Delimitação conceitual de Paulo Nalin:


a) intrínseco: o contrato visto como relação jurídica
entre as partes negociais, impondo-se o respeito à
lealdade negocial e à boa-fé objetiva, buscando-se
uma equivalência material entre os contratantes;
c) extrínseco – o contrato em face da coletividade,
visto sob o aspecto de seu impacto eficacial na
sociedade em que fora celebrado;

- deveres de informação, confidencialidade,


assistência, lealdade.
- o contrato não somente um instrumento de
circulação de riquezas mas de desenvolvimento
social.
- “o contrato não pode ser mais admitido como mera
relação individual. É preciso atentar para os seus
efeitos sociais, econômicos, ambientais e até mesmo
culturais. Em outras palavras, tutelar o contrato
unicamente para garantir a equidade das relações
negociais em nada se aproxima da idéia de função
social. O contrato somente terá uma função social
quando for dever dos contratantes atentar para a
exigências do bem comum, para o bem geral. Acima
do interesse em que o contrato seja respeitado, acima
do interesse em que a declaração seja cumprida
fielmente e acima da noção de equilíbrio meramente
contratual, h[a interesse de que o contrato seja
socialmente benéfico, ou , pelo menos, que não traga
prejuízos à sociedade” (Eduardo Sens dos Santos).

- a função social e os defeitos do negócio jurídico:


Art. 157; art. 156.
Art. 6, V; 39,V; 51, IV, § 1., III, CDC

- proliferação dos contratos de massa

PRINCÍPIO DA EQUIVALÊNCIA MATERIAL

“busca realizar e preservar o equilíbrio real de


direitos e deveres no contrato, antes, durante e após
a sua execução, para harmonização dos interesses.
Esse princípio preserva a equação e o justo
equilíbrio contratual, seja para manter a
proporcionalidade inicial dos direitos e obrigações,
seja para corrigir os desequilíbrios supervenientes,
pouco importando que as mudanças de
circunstâncias pudessem ser previsíveis. O que
interessa não é mais a exigência cega de
cumprimento do contrato, da forma como foi
assinado ou celebrado, mas se sua execução não
acarreta vantagem excessiva para uma das partes e
desvantagem excessiva para outra. O pact sunt
servanda passou a ser entendido no sentido de que o
contrato obriga as partes contratantes nos limites do
equilíbrio dos direitos e deveres entre elas. (Paulo
Luiz Netto Lôbo).

BOA-FÉ OBJETIVA EM MATÉRIA


CONTRATUAL

- boa-fé subjetiva: situação psicológica, um estado


de ânimo ou de espírito do agente que realiza
determinado ato ou vivencia dada situação, sem ter
ciência do vício que a inquina.
- importa o aspecto moral da obrigação contratual,
impondo-se à parte uma conduta leal e proba para o
cumprimento das obrigações no tempo, modo e local
convencionados.

- regra de conduta, comportamento jurídico mínimo.

- fundamenta uma série de deveres ou obrigações


acessórias ou laterais de contratação, que advêm do
simples fato jurídico de se concluir um negócio e
que se acham implícitos ao acordo da vontade
realizado. Para tanto, devem realizar as
circunstâncias do caso e a natureza jurídica do
contrato concluído.

Funções da boa-fé objetiva

- função interpretativa. Art. 5., LICC, art. 113.


- função criadora de deveres jurídicos anexos:
a) deveres de lealdade e confiança recíprocos. A
idéia de lealdade infere o estabelecimento de
relações calcadas na transparência e enunciação da
verdade, com a correspondência entre a vontade
manifestada e a conduta praticada, bem como sem
omissões dolosas para que seja firmado um elo de
segurança jurídica calcada na confiança das partes
que pretendem contratar, com a explicitação, a mais
clara possível, dos direitos e deveres de cada um.
b) dever de assistência. Cooperação. Facilitação do
cumprimento obrigacional. * adimplemento
substancial.
c) dever de informação. Trata-se de imposição moral
e jurídica a obrigação de comunicar à outra parte
todas as circunstancias que interferem na execução
ou até na celebração do contrato. * resilição de
contrato de cheque especial. * venda de veículo que
logo depois da negociação tem o modelo alterado.
Enunciado 24 da Jornada de Direito Civil da Justiça
Federal: Em virtude do princípio da boa-fé,
positivado no art. 422, a violação dos deveres
anexos constitui uma espécie de inadimplemento,
independentemente de culpa.
d) dever de sigilo ou confidencialidade.

- função delimitadora dos exercícios de direitos


subjetivos. Abuso do direito.

Boa-fé objetiva e o art. 422, do Código Civil.


• fases das tratativas preliminares, das primeiras
negociações, da redação da minuta (puntuação).
Publicidade enganosa.Caso CICA. Concessionária
de veículos.

• Fase pós- contratual (post factum finitum). “os


deveres laterais de conduta inerentes à boa-fé
são deveres funcionalizados ao fim do contrato,
e, como tal, surgem e se superam no
desenvolvimento da situação contratual como
uma totalidade, autonomizando-se em relação
ao dever de prestação principal para
assegurarem o correto implmento do escopo do
contrato. Assim, podem subsistir deveres pós-
eficazes ao término do adimplemento do
contrato, no interesse da correta consecução
deste” (Maurício Jorge Pereira da Mota).
Venda de imóvel com bela vista pro mar, e
posterior construção de edifício cobrindo a vista
do bem vendido. Venda de roupas pra boutiques
concorrentes. Problema do carpete.

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