Вы находитесь на странице: 1из 25

ATLETISMO SE APRENDE NA ESCOLA: O PROJETO DO NÚCLEO DE ENSINO DA

UNESP/RIO CLARO 2003

Sara Quenzer MATTHIESEN1


Adriano Percival CALVO,
Augusto César Lima e SILVA,
Flórence Rosana FAGANELLO2

Resumo: Este texto é parte do trabalho desenvolvido pelo Núcleo de Ensino da UNESP – 2003
intitulado “ Atletismo s e apr ende na e scola” destinado à or ganização de m aterial de
ensino no c ampo do at letismo. Durante s ete m eses de intenso t rabalho, realizamos,
num primeiro m omento, um levantamento m inucioso da bi bliografia existente na ár ea
de E ducação F ísica, c om base no ac ervo da s b ibliotecas da UNESP, U SP e
UNICAMP, sendo que foram identificados cerca de 500 títulos de livros, dos quais 149
foram s elecionados; 34 t ítulos de t eses de dout orado e di ssertações de m estrado e
endereços e letrônicos dos m ais d iversos neste c ampo. Ob jetivando apr ofundar na
análise do s livros v oltados a um a per spectiva pedag ógica env olvendo at ividades e
jogos p ré-desportivos dentro do at letismo, detivemo-nos, num s egundo m omento, na
localização de atividades prescritas pela bibliografia conhecida na área, concentrando
algumas a tividades q ue pode m s er desenvolvidas dentro de c ada um a da s
modalidades do at letismo. N um t erceiro e úl timo m omento, p rocuramos p rescrever
variações e novas atividades como sugestões ao trabalho do profissional de Educação
Física el aborando u m ma terial d idático pedag ógico de 58 pág inas, passível de
múltiplas variações e complementações.

Palavras-chave: atletismo; escola; jogos pré-desportivos.

INTRODUÇÃO
Apesar de ser considerado como um dos conteúdos clássicos da Educação Física,
o atletismo é ai nda muito pouco difundido nas escolas e clubes brasileiros. Não há c omo neg ar
que do pouc o q ue del e s e c onhece, m uito es tá m isturado à hi stória par ticular de m eninos e
meninas - em sua grande maioria pobres -, que encontraram nas corridas, saltos, a rremessos e
lançamentos, um meio para a s ua sobrevivência e i nserção social. Ainda que esse seja o r etrato
mais comum do atletismo em nosso país, em época de Jogos Olímpicos ele sofre modificações.
De m ero de sconhecido da popul ação e m g eral, o at letismo pa ssa a di vulgar nomes, p rovas,
esforços físicos, conquistas e recordes, no que conta com o apoio dos meios de comunicação de
massa, s obretudo da t elevisão, a té m esmo e m horários de g rande audi ência. É neste c urto
espaço de t empo ol ímpico q ue g rande par te da popul ação br asileira ent ra e m c ontato c om a s
provas, o s m ovimentos e a s g lórias do at letismo, c apazes de c omover t odo aq uele q ue
acompanha o des empenho do s a tletas, tr ansformados pela m ídia e m v erdadeiros heróis. M as,
será apenas esse o conhecimento a ser veiculado pelo atletismo?

1
Coordenadora do Projeto
2
Grupo de Estudos e Pesquisa em Atletismo do Departamento de Educação Física da UNESP/Rio Claro.

587
Ainda que esse seja o mais comum, existem outras possibilidades de conhecimento
dessa m odalidade q ue m erecem ser revistas.. Se s ão vários os caminhos possíveis para o êx ito
nesta t arefa, o t rabalho c om c rianças é u m bom c omeço par a o ens ino des ta m odalidade q ue
envolve habilidades motoras por elas utilizadas cotidianamente. N ão por outro motivo, propomos
que este caminho s eja traçado com base na realização de j ogos pré-desportivos envolvendo as
habilidades m otoras básicas de m archar, c orrer, s altar, l ançar e a rremessar - principais neste
campo - as quais procuraram traduzir, numa linguagem corporal, o significado do atletismo sem,
contudo, p erder a di mensão de s ua es pecificidade t écnica e no rmativa q ue f az do at letismo a
modalidade esportiva que é. Assim, o profissional de Educação Física deveria buscar, por meio de
atividades r ecreativas q ue m esclem um conhecimento g eral sobre as habilidades motoras e u m
conhecimento es pecífico ac erca da s p rovas o ficiais, aproximar a s cr ianças do uni verso do
atletismo, levando-as a vivenciá-lo por meio do pr óprio corpo. Assim, ao dedicar-se ao ens ino do
atletismo v isando, m ais do q ue q ualquer outra c oisa, despertar nas cr ianças o g osto pel os
movimentos desta m odalidade es portiva, o pr ofissional desta ár ea, a lém da i niciação e
aprendizagem dos m ovimentos básicos dessa m odalidade es portiva po r me io de jogos pré-
desportivos q ue ex ploram a s habilidades m otoras, poderia c riar u ma bas e de c onhecimentos
capaz de s ustentar u m aprofundamento t écnico m ais e specífico a partir de ent ão. É por e ssa
razão que, sem nos determos nas particularidades de cada faixa etária, procuramos por meio do
material e laborado referirmo-nos ao ensino do at letismo t endo c omo pont o de par tida um a
introdução a esta m odalidade es portiva q ue poder á oc orrer a q ualquer mo mento, a lém de
favorecer o aprofundamento técnico a partir dessas primeiras orientações. A preocupação básica
do m aterial d idático f oi, portanto, u ma i ntrodução g eral ao ens ino do at letismo par a c rianças,
lembrando ao l eitor q ue não f aça des tas m eras r eceitas de êx ito r ápido, m as, q ue a s
compreendam c omo i déias c apazes de or ientar a el aboração e pr escrição de s uas próprias
atividades condizentes com o espaço físico, turma e objetivos de sua realidade de trabalho.

SOBRE O PROJETO

Durante s ete m eses, e stivemos envolvidos co m a or ganização des te m aterial


realizando, num primeiro m omento, um levantamento minucioso da bi bliografia existente na ár ea
de E ducação F ísica, t endo c omo pont o de par tida o ac ervo da s b ibliotecas da UNESP, U SP e
UNICAMP. Foram identificados cerca de 500 t ítulos de livros, dos quais 149 foram selecionados;
34 t ítulos de t eses de dout orado e di ssertações de m estrado e endereços eletrônicos dos m ais
diversos versando sobre interesses diversificados no campo do atletismo. A análise deste material
registrou, entre out ras co isas: 1 . u ma c oncentração da pub licação de livros de at letismo na s
décadas de 70 e 8 0; 2 . aprofundamento e m p rovas de c orridas e s altos, e m detrimento do s
arremessos, l ançamentos, m archa at lética e pr ovas co mbinadas; 3 . a pr edominância de um a
588
perspectiva t écnica, de t reinamento e no rmativa e m detrimento de um a per spectiva pedag ógica,
de e nsino do at letismo. T endo e m v ista q ue o obj etivo da pes quisa c onsistia e m aprofundar na
análise do s livros v oltados a um a per spectiva pedag ógica env olvendo at ividades e j ogos p ré-
desportivos dentro des ta m odalidade, o s co laboradores, bolsistas do pr ojeto, detiveram-se, num
segundo m omento, na l ocalização de at ividades p rescritas pela bi bliografia c onhecida na ár ea,
concentrando al gumas a tividades q ue pode m s er desenvolvidas dentro de c ada um a da s
modalidades do at letismo. N um t erceiro e úl timo m omento, p rocuramos p rescrever v ariações e
novas a tividades co mo s ugestões passíveis de c ontribuição ao t rabalho do pr ofissional de
Educação Física ainda que esse material possa sofrer múltiplas variações e complementações.

A i déia do m aterial p roduzido é f ornecer ao profissional de E ducação F ísica


interessado no t rabalho c om o A tletismo al gumas su gestões e or ientações pautadas na
experiência de ano s de t rabalho c om o ens ino do atletismo, r egistrando, a lém de ex ercícios
capazes de c ontribuir para o des envolvimento de c ada um a de s uas p rovas, i ndicações
bibliográficas q ue po ssam c ontribuir para o apr ofundamento nes te c ampo. N esse s entido,
procuramos registrar algumas idéias e sugestões partindo de r eferências existentes na área e de
nossas p róprias e laborações, a s q uais c onsideramos se r c apazes de or ientá-lo e m s ua pr ópria
criação sem, contudo, aprisionar-lhe as idéias fazendo disso um a camisa-de-força que restrinja
sua capacidade criativa. Vale destacar que o m aterial de ensino produzido procurou abarcar u m
conhecimento do at letismo no c ampo teórico e pr ático, tendo como referência suas modalidades,
ou seja, a marcha atlética, as corridas (rasas de velocidade, resistência, barreiras, com obstáculos,
revezamentos); os saltos (altura, triplo, distância e vara); arremessos e lançamentos (peso, disco,
dardo/pelota, m artelo; a s p rovas co mbinadas, a lém de s ugestões para c ompetições, a tividades
para di as de c huva. P ara al ém d isso, p rocuramos r egistrar u ma v asta bi bliografia no c ampo do
atletismo c omo s ugestão de l eitura, m encionando livros, d issertações de m estrado e t eses de
doutorado, s ites, v ídeos e s lides. C ontudo, dadas a s limitações de u m a rtigo, p rocuraremos
reproduzir no presente texto partes do material elaborado, convidando o leitor para que conheça o
original com 58 páginas. Portanto, não mencionaremos as atividades presentes na bibliografia da
área ne m t odas a s q ue c ompõem o m aterial, m as, a lguns poucos e xemplos das a tividades
elaboradas pelo grupo como sugestão de atividades para as aulas de Educação Física.

589
CONHECENDO O ATLETISMO – CAMPO TEÓRICO

Ainda que restrito, não há como negar o conhecimento que as crianças, de alguma
forma, detêm s obre o atletismo. A ssim, para o i nício de u m bom t rabalho, s ugere-se q ue o
professor faça um levantamento daquilo que já é conhecido pelas crianças. A sugestão é q ue se
trabalhe em equipes, pois, embora o at letismo seja um esporte individual, nem por isso não dev a
ser trabalhado em grupo. Muito pelo contrário! A integração do g rupo, sobretudo quando este for
formado por crianças, deverá predominar na realização das atividades.

Quem sabe, sabe!

Formar duas e quipes, c om números i guais de i ntegrantes. O p rofessor mo strará


uma i magem (f otografia) relacionada ao at letismo e a eq uipe terá 30 s egundos para responder
(falar ou escrever) a pergunta formulada. Por exemplo: Quem é o atleta da f oto? O que ele está
fazendo? Qual é a prova? A equipe que acertar, marcará um ponto.

CONHECENDO O ATLETISMO – CAMPO PRÁTICO

Feito u m p rimeiro l evantamento ac erca do q ue a s cr ianças c onhecem s obre o


atletismo, o próximo passo será levá-las até a pista. Lá, o professor, além de procurar observar o
que elas já conhecem, poderá, num primeiro momento, organizar uma atividade que as familiarize
com o espaço em que irão trabalhar.

Uma atividade bem aceita pelas crianças e que tem ótimos resultados é “A caça ao
tesouro” que poderá ser desenvolvida dentro do espaço físico da pista de atletismo.

Caça ao tesouro:
Formar duas e quipes, c om números i guais de i ntegrantes. H averá 8 pi stas
(charadas) para q ue a s crianças possam a char o “ tesouro”. A p rimeira pi sta s erá ent regue pel o
professor, enquanto a s outras deverão s er descobertas. A ú ltima pi sta l evará di retamente ao
tesouro que, de preferência, deverá ser algo relacionado ao atletismo, por exemplo: uma fotografia
de u m a tleta; u ma t abela do s r ecordes m undiais ou ol ímpicos e tc. N o per curso, t odos o s
integrantes da eq uipe dev erão c orrer de m ãos dadas, e m busca da pr óxima pi sta e ,
conseqüentemente, do tesouro.

590
Exemplo de pistas, cujo grau de dificuldade será variável, de acordo com o grupo:

1. Estou no salto em _ _ _ _ _ _ . (altura)


2. Daqui, a té o final da r eta, o s a tletas co rrem 100 m etros r asos. ( saída do s 100
metros).
3. Não uso pregos, mas, aqui se utiliza o martelo. (Setor do lançamento do martelo)

CONHECENDO A MARCHA ATLÉTICA

Velha es quecida do s p rofissionais da E ducação F ísica, a m archa at lética


corresponde a um a da s p rovas do at letismo q ue pr ovoca g rande ent usiasmo na s cr ianças e m
todas as idades. Ainda que oficialmente seja uma prova de f undo, com distâncias - para efeito de
recorde mundial - de 5, 10 e 20 km (feminino) e 20, 30 e 50 km e 2 horas (masculino) disputadas
algumas vezes em pista outras em rua, sugere-se que, na aprendizagem, se inicie com atividades
curtas e q ue ex plorem o anda r rá pido at é q ue s e at inja o s m ovimentos e specíficos da m archa
atlética. O u s eja, c abe l embrar q ue a m archa at lética nada m ais é do q ue um a pr ogressão de
passos, executados de f orma q ue o marchador deverá manter um contato contínuo com o solo,
não havendo, portanto, “fase aérea”. Além disso, a perna que avança deve estar estendida desde
o primeiro contato com o solo até a posição ereta vertical, caso contrário o atleta será submetido à
advertências dos árbitros, sujeito, portanto, à desclassificação.

Ainda q ue o s livros de at letismo dêe m pouca at enção à apr endizagem da m archa


atlética, não é di fícil elaborar exercícios voltados ao seu ensino, mesmo porque se pode par tir de
atividades q ue env olvam o andar , o anda r ma is r ápido, a té a i nserção de especificidades mais
técnicas q ue l evem ao des envolvimento do m archar. A lém d isso, é i mportante q ue a c riança
identifique, na realização do m ovimento, a diferença entre andar, marchar e correr (lentamente e
em velocidade), observando os diferentes tipos de apoios e ritmos provenientes de cada situação.

591
Marcha ou Atlética

Em duplas, m antendo um a di stância l ateral de 2 m etros, a s cr ianças andarão pel o es paço da


quadra ou pi sta, sendo que uma será a “marcha” e a out ra será a “ atlética”. Quando o pr ofessor
mencionar u m dos dois t ermos, o s a lunos r ealizarão um a per seguição ut ilizando a m archa
atlética. O u s eja, s e el e f alar “ma rcha”, a c riança a ssim i ntitulada dev erá m archar o m ais r ápido
possível enquanto a criança “atlética” marchará para tentar pegá-la.

Mantendo, inicialmente, uma


MARCHA distância de 2 metros, o aluno
“ATLÉTICA”, do exemplo,
ATLÉTICA perseguirá o aluno “MARCHA”.

CONHECENDO AS CORRIDAS

São vários os tipos de corridas dentro do at letismo. Ainda que numa fase inicial de
conhecimento desta modalidade esportiva não se deva introduzir as provas propriamente ditas em
sua f orma f inal, i sto é , f azer c om q ue a c riança c orra, por e xemplo, u ma pr ova i nteira de 400
metros s ob ba rreiras, é i nteressante q ue el as c onheçam a s d iferentes possibilidades de
realização da c orrida, a s q uais, na m aior parte da s v ezes e de ac ordo c om a di stância a s er
percorrida, s ão r ealizadas numa pi sta c uja volta m ede ( na par te i nterna) 400 m etros e ,
normalmente, tem 8 raias com 1m22 de largura cada uma, numeradas de 1 a 8 a par tir da borda
interna. Logo, não é dem ais ressaltar que até e inclusive os 400 metros é obrigatório que o at leta
corra a prova toda dentro da sua raia e que a chegada será sempre a mesma para todas as provas
independentemente da di stância (por ex: 100 metros rasos, 5000 metros rasos, 400 metros com
barreiras etc). Portanto, o que muda é a saída de cada uma das provas, pois, a chegada é geral.

CORRIDAS RASAS DE VELOCIDADE

Normalmente r ealizados e m d istâncias cu rtas, i ntercalados por i ntervalos q ue


garantam a r ecuperação da s cr ianças e m q ualquer i dade, o s j ogos de peg ador ou peg a-pega
correspondem a um a ót ima opç ão par a o des envolvimento da s co rridas r asas de v elocidade. O
professor, entretanto, deverá es tar a tento par a q ue haj a um a al ternância ent re o s pegadores,
observando como todos acompanham o ritmo da atividade, além de utilizar estratégias que evitem
a exclusão.

592
Para al ém d isso, é i nteressante q ue o pr ofessor r ealce al gumas r egras dessas
provas (100, 200 e 400 metros), enfatizando, por exemplo, que a saída, em provas até e inclusive
400 metros, deve ser baixa, com uso de bloco de saída; que a chegada é sempre a mesma para
toda e q ualquer prova, m udando apena s o local da s aída; q ue e m provas até o s 400 metros, é
obrigatório c orrer dentro da r aia m arcada; que c ada par ticipante poder á r ealizar apenas u ma
saída falsa etc. Ainda que uma preocupação técnica, pautada em ângulos e posições específicas
faça par te de u m p rocesso de apr endizagem q ue dev erá t er i nício de f orma r ecreativa, é
interessante des tacarmos a lgumas i ndicações c apazes de or ientar o ens ino da sa ída bai xa. P or
exemplo, dependendo do pos icionamento do bl oco de s aída (em re lação à linha de largada), a
saída s erá c urta, m édia ou l onga. U sualmente, ao s inal de “ às s uas m arcas”, a or ientação par a
iniciantes é que o pé da f rente esteja há um a distância de dois pés (do aluno) em relação à linha
de largada, enquanto o pé de trás deverá estar há uma distância de cerca de três pés (do aluno).

Se s ão i númeras a s possibilidades de at ividades neste c ampo, s ugeriremos co m


base e m d iferentes autores de livros de at letismo e na ex periência de ens ino des ta m odalidade,
algumas de fácil realização, sobretudo no campo escolar.

Exemplo I 30 metros

A distância entre os integrantes da dupla é de aproximadamente 1 metro

Exemplo II

593
CORRIDAS RASAS DE RESISTÊNCIA

Talvez, o q ue s eja m ais d ifícil para um a c riança na realização da s co rridas m ais


longas, seja a imposição do r itmo adeq uado. Basta solicitar a um grupo de c rianças que realize,
por e xemplo, duas v oltas na pi sta de at letismo, para v erificarmos q ue, l ogo na s aída, t odas
correrão e m a lta v elocidade, l ogo s e des gastando e enc ontrando di ficuldades para c umprir u ma
tarefa q ue não dev eria s er das m ais difíceis. Mais do q ue des envolver a r esistência aer óbia da s
crianças, o trabalho com corridas de maior duração certamente as auxiliará a dos arem o ritmo a
ser e mpregado no des envolvimento da c orrida. U ma at ividade m uito s imples e q ue apr esenta
ótimos r esultados é a “ corrida c ontra o r elógio”. O professor deverá def inir u m e spaço a s er
cumprido po r meio da c orrida e um tempo, sendo q ue as crianças deverão realizar sua tentativa
sem quaisquer interferências do professor. Por exemplo: percorrer 300 metros em 3 minutos. Após
a execução da tarefa, o professor deverá discutir com a criança qual foi o tempo solicitado, qual foi
o tempo de sua execução e a f orma empregada para o desenvolvimento do percurso. Ou seja, se
correu m uito r ápido; s e c orreu m uito dev agar; s e dev eria t er a celerado m ais e tc. D epois das
primeiras o rientações, a c riança dev erá r ealizar novamente a t entativa e v erificar s e houv e um a
melhora em termos da adequação ao ritmo solicitado. O professor, então, poderá trabalhar com as
variáveis, alterando o espaço a ser percorrido ou o tempo, de forma que a criança possa adequar
o m ovimento de s eu c orpo ao t empo s olicitado. C om base ni sso, a c riança t erá c ondições de
avaliar me lhor o r itmo q ue dev erá em pregar q uando l he f or s olicitado o desenvolvimento de u m
percurso mais longo, como as provas de meio fundo: 800, 1.000 e 1. 500 metros rasos, quando a
saída é al ta. A lém dessas p rovas, a c riança poder á c onhecer a s p rovas de f undo, ta is co mo
3.000m, 5.000m, 10.000 metros rasos, meia maratona e maratona (42.195km), observando o ritmo
utilizado po r d iferentes a tletas. P ara al ém da at ividade m encionada ac ima, s ugeriremos outras
capazes de inspirar os professores no desenvolvimento deste tipo de corrida.

Entre curvas e retas

Alunos co rrendo pela q uadra, ao s inal do professor, deverão correr apenas nas curvas ou retas,
definidas pelas linhas da quadra. O r itmo poderá ser definido pelo professor, com palmas ou por
um tambor, podendo ser mais lento ou mais rápido dependendo o objetivo da aula.

594
CORRIDAS COM BARREIRAS E COM OBSTÁCULOS

Ainda que tenham uma especificidade técnica que deverá ser aprimorada sem muita
presa, as corridas com barreiras constituem-se em verdadeiros desafios para as crianças. O ideal
é que se comece com atividades utilizando-se c ordas elásticas para transposição, aumente-se a
altura ao s poucos e insira-se u m ma ior número de c ordas a c ada at ividade, adequando-se o s
espaços entre a s barreiras. S omente q uando a s cr ianças e stiverem f amiliarizadas co m t odos
esses a spectos é q ue s e dev e i ntroduzir a ba rreira pr opriamente di ta, definindo-se um a al tura
possível para a s ua t ransposição e s ituando-as dentro da s r egras o ficiais. O u s eja, c omo um a
prova de v elocidade, a s co rridas co m barreiras obedecem a s r egras antes m encionadas e s ão
acrescidas das se guintes: s erão de z barreiras a s erem t ranspostas i ndependentemente do
percurso da pr ova (o que muda é a di stância entre elas e a altura das barreiras, de acordo com a
prova: nas m asculinas, a al tura da ba rreira s erá: 1 m067 no s 110m e 0, 914m nos 400m; nas
femininas, a altura será de 0, 84m nos 100m e 0,762m nos 400m); caso o participante derrube a
barreira de propósito, ele será desclassificado.

Ainda q ue c om objetivos e es pecificidades t écnicas bastante di ferenciadas e m


relação às provas da barreira, as corridas com obstáculos, pouco conhecidas no Brasil, são muito
interessantes e propiciam uma aproximação com o ensino das corridas de longa distância e com a
própria c orrida c om barreiras. A s ugestão é q ue a s cr ianças possam u ltrapassar obstáculos
maiores do q ue a s barreiras, nos q uais poderão apoi ar o s pés ca so des ejarem. Sugere-se,
inicialmente, q ue di ferentes obstáculos se jam u ltrapassados, ta is co mo: pneus, banco s uecos,
pequenos ca ixotes e tc. A partir d isso, a s cr ianças poderão ent rar e m c ontato c om as p rincipais
regras, cientes, portanto, de que numa prova de 3000 m etros com obstáculos, c ada volta terá 5
obstáculos sendo 4 deles similares à barreira, com uma altura de 0,914m em provas masculinas
e 0,762m em provas femininas e pelo menos 3m96 de largura em ambas, com bases de 1m20 a
1m40 de comprimento. Haverá, também, um fosso com água que será o quarto na ordem de cada
uma da s v oltas co mpletas, t endo 3m 66 de c omprimento par a hom ens e 3m 06 par a m ulheres e
largura de 3m66 para ambos, incluindo o obstáculo.

595
Estafeta dos obstáculos

Alunos d ispostos e m duas e quipes, divididas e m duas colunas de f rente par a o c ircuito f ormado
por dois cones nos quais estão amarradas cordas numa altura que propicie a transposição (similar
a t rês barreiras); q uatro arcos co locados no c hão e m f orma de z igue-zague e u m c aixote de
madeira (ou tampa do plinto). Ao sinal, o primeiro aluno de cada equipe iniciará a corrida a partir
da posição de s aída baixa em direção aos obstáculos, retornando à s ua equipe por meio de uma
corrida de v elocidade r asa, to cando o om bro do pr óximo c omponente. V encerá a eq uipe q ue
concluir todo o circuito primeiro.

CHEGADA
XXX

YYY

CORRIDAS DE REVEZAMENTO

Uma da s poucas possibilidades de t rabalho e m g rupo no c ampo do atletismo, a s


2
provas de r evezamento ( 4x100m, 4 x200m, 4 x400m, 4 x800m, 4 x1.500m) s ão, a lém de
emocionantes, muito prazerosas quando realizadas. Vale aqui as mesmas observações feitas para
as corridas rasas, já que o r evezamento também o é, sendo recomendadas, como adequadas na
aprendizagem de c rianças, o t rabalho c om e stafetas q ue pode m r eunir u m número of icial de
integrantes (4) ou um número maior de crianças, propiciando a integração do g rupo. Ressaltando
algumas r egras básicas das co rridas de r evezamentos d iríamos q ue, i ndependentemente da
E
prova, a “ zona de pa ssagem do bas tão” m ede 20 m etros, s endo q ue, obrigatoriamente, a
passagem deverá oc orrer neste es paço. C aso o bas tão c aia no c hão dur ante o per curso, e le
deverá ser apanhado pelo corredor que o deixou cair. Além disso, vale observar que oficialmente
o bastão dev e s er u m t ubo liso, o co, c ircular, de m adeira ou material r ígido c om, no m áximo,
2
0,30m e, no mínimo, 0,28m de comprimento, numa peça única de, no mínimo, 50g.

596
Revezamento gigante

Equipes formadas por 10 alunos cada, mantendo uma distância de 40 metros entre eles, em volta
da pista. Ao sinal, o primeiro aluno dará início à c orrida de r evezamento, passando o bas tão que
deverá, na seqüência, chegar ao último da equipe que cruzará a linha de chegada.

CONHECENDO OS SALTOS

Quer s ejam e m p rojeção hor izontal, q uer e m p rojeção v ertical, o s sa ltos


correspondem a um a da s a tividades p referidas das cr ianças no c ampo do at letismo,
independentemente da idade. Contudo, todo cuidado é pouco na hora de sua execução, sobretudo
tendo e m v ista q ue dev em s er r ealizados co m u m dos pés, o q ue ac aba s obrecarregando a
musculatura q uando ex ecutados r epetidas v ezes. P ara al ém d isso, s ugere-se q ue o t erreno
utilizado para a r ealização dos saltos seja, no maior tempo da at ividade, macio (grama, areia), de
forma que o i mpacto tenha menores conseqüências, já que é m uito comum o não am ortecimento
nas p rimeiras e tapas da apr endizagem. T endo e m v ista u m c onhecimento pr évio ac erca da s
corridas, sugere-se que, na s eqüência, s ejam ensinados o s sa ltos e m p rojeção hor izontal
(distância e t riplo) e, posteriormente, os saltos em projeção vertical (altura e vara), sobre os quais
faremos algumas sugestões.

SALTO EM DISTÂNCIA

Observada a existência de um terreno macio ou uma caixa de areia propícia para o


desenvolvimento dos saltos, as crianças podem entrar em contato com o salto em distância por
meio de at ividades q ue s e i niciem p róximas à c aixa de ar eia, s em q uaisquer p reocupações
técnicas específicas ou regras que restrinjam o seu movimento.

Feito isso, é possível, aos poucos, introduzir as regras básicas desta prova para que
a c riança a c onheça m elhor. O u s eja, a c riança dev e s aber q ue, antes do s alto, deverá s er
realizada um a c orrida de apr oximação e m u m c orredor c om 45m de c omprimento e 1m 22 de
largura. T odos os competidores terão direito a t rês saltos e após o terceiro, os 8 melhores terão
direito a m ais três, de modo que vencerá aquele que fizer o melhor resultado em toda a pr ova. A
medida do s alto s empre será f eita a par tir da bor da da t ábua de i mpulsão ent errada no pi so do

597
corredor, m ais e specificamente, a par tir da “ linha de i mpulsão” (m edição) a té a m arca m ais
próxima desta, f eita pelo atleta na ar eia no m omento da q ueda, não importando o l ocal exato da
impulsão com um dos pés, no momento do s alto. Contudo, caso o par ticipante realize a impulsão
para além dessa tábua, o salto será invalidado.

Ainda q ue não po ssa des envolver nenhuma f orma de s alto m ortal, o par ticipante
pode s e v aler de di ferentes e stilos técnicos para at ingir s eu obj etivo. U sualmente, i nicia-se pel a
aprendizagem do s alto g rupado e do ar co, para q ue depoi s haja po ssibilidades de s e ens inar o
estilo passada no ar ou “hitch-kick” utilizado pela grande maioria dos atletas de alto nível. Portanto,
durante a apr endizagem, sugerimos atenção para o desenvolvimento de at ividades pautadas nas
seguintes o rientações: desenvolvimento de at ividades de s altar i niciadas livremente pel as
crianças, sem restrição quanto à f orma do i mpulso (em um ou dois pés); movimentos dos braços
ou r egras p róprias da pr ova; desenvolvimento de at ividades de s altar c om u m dos pés e m
distância, próximo à c aixa de ar eia; desenvolvimento de at ividades de saltar com um dos pés em
distância, c om pequena c orrida de apr oximação, a penas para am pliar o i mpulso; aumentar a
distância da c orrida ao s poucos, ao m esmo t empo e m q ue s e f ixa u m l ocal determinado ( a
princípio uma linha traçada no chão e depois, a tábua de impulsão no corredor dos saltos) para a
realização do i mpulso em um dos pés; colocação de v árias cordas na caixa de ar eia, como uma
forma de incentivo e de visualização, por parte da criança, do local da queda.

Saltando com a bexiga

Alunos co rrendo pel o es paço, c om u ma bex iga na s m ãos. A o s inal, deverão ex ecutar o
movimento do s alto g rupado, s altando s obre um a c orda es tendida, f azendo c om q ue a bex iga
toque a ponta dos pés.

Movimento dos
braços durante a
A seta indica fase aérea do salto
a
aproximação
do aluno em
relação à
corda, antes A flecha indica o
da realização salto sobre a corda
do salto

598
SALTO TRIPLO

Negligenciado, muitas vezes, no âmbito da aprendizagem do atletismo, o salto triplo


corresponde a um a at ividade í mpar para o des envolvimento da c oordenação. A lém d isso, f ica
mais fácil ensiná-lo quando as crianças já detêm um conhecimento das regras e dos movimentos
básicos u tilizados no s alto e m d istância. Contudo, deve-se obs ervar q ue, nas p rovas adultas
oficiais, a t ábua de i mpulsão dev e es tar a pel o m enos 13 m etros da c aixa de ar eia na s p rovas
masculinas e a 11 metros nas provas femininas e que, no momento do salto, o aluno deve realizar
os dois primeiros saltos com o mesmo pé e o terceiro com o pé contrário para depois cair na caixa
de ar eia. O u s eja, a s eqüência dev erá s er c om a per na: d ireita, d ireita, e squerda e q ueda ou
esquerda, e squerda, d ireita e q ueda. C abe r essaltar q ue m esmo q ue não s eja ef etuado em sua
forma f inal, o q ue dem andaria po r parte do pr aticante um a det erminada es trutura c orporal
inexistente e m c rianças m enores, o s alto t riplo dev e s er u ma at ividade, m esmo q ue adapt ada,
presente e m u m p rograma de ens ino do at letismo. B asta obs ervarmos a lgumas b rincadeiras
infantis para verificarmos as facilidades de se ens inar o salto triplo para as crianças, a partir das
quais faremos algumas sugestões.

599
Salto triplo em revezamento

Alunos d ispostos e m c olunas, f ormando dua s e quipes, de f rente par a u m cone c olocado a 5
metros de di stância. C om u m bastão e m u ma da s m ãos, o al uno dev erá, ao s inal, r ealizar o
movimento do s alto triplo em direção ao c one e v oltar até o f inal da coluna, entregando o bas tão
para o úl timo da eq uipe. Q uando o bas tão c hegar no primeiro da c oluna, e ste r einiciará o
exercício.

Note que o bastão deverá ser entregue ao último da


coluna que o transmitirá aos demais até que este chegue
ao primeiro da equipe, reiniciando o percurso

Quarto
Primeiro momento:
momento: Nova
impulsão impulsão
com a com a perna
perna esquerda
esquerda

Segundo momento: fase aérea Terceiro momento: contato com o calcanhar esquerdo e
do salto início da segunda impulsão com a perna esquerda

Quinto momento: próximo impulso com a perna direita, com finalização na caixa de areia

600
SALTO EM ALTURA

A i déia de s uperação de obstáculos é al go q ue m otiva m uito a s crianças e m


qualquer i dade. H á, entretanto, q ue s e t er c ertos cu idados • já m encionados • no início des ta
aprendizagem, sobretudo no q ue s e refere ao m aterial e técnicas u tilizados. Não há dúv idas de
que o es tilo t esoura é o m ais si mples e ut ilizado no e nsino do s alto e m a ltura c om c rianças de
menor idade. Contudo, estilos como o rolo ventral e o Fosbory flop poderão ser vivenciados pelas
crianças desde q ue s e t enha m aterial adequado par a a abs orção do i mpacto do movimento.
Usualmente, inicia-se o ensino desta prova pelo estilo tesoura executado com a perna externa em
relação ao s arrafo que será transposto. Neste estilo utiliza-se uma corrida preparatória de c inco
ou sete passos, num ângulo de c erca de 40 -45° , sendo que o i mpulso é ex ecutado com a perna
“de fora” q ue é “ chutada” para o al to, ficando quase estendida no m omento da t ransposição. A
perna de apoi o, por sua vez, segue a m esma trajetória, registrando u m movimento de “tesoura”,
antes da q ueda s obre a per na de bal anço. Autores co mo K IRSCH; K OCH & O RO ( 1984)
ressaltam q ue é c omum, e m i niciantes, a r ealização de al guns e rros, ta is co mo: u ma c orrida
preparatória em trajetória curva ou com velocidade irregular e a execução do salto muito próxima
ou m uito af astada do s arrafo. Ou tro es tilo q ue pode s er u tilizado na apr endizagem é o “rolo
ventral”, o q ual c ontrariamente ao “ tesoura” é c hamado de “ salto i nterno”, j á q ue o s alto é
executado com a perna (de dentro) mais próxima do sarrafo, após uma corrida preparatória similar
ao estilo anterior. O estilo Fosbory f lop, por sua vez, é executado a par tir da impulsão da “ perna
externa”, ainda que a transposição ocorra de costas para o colchão, após uma corrida preparatória
realizada em curva. Portanto, após o ensino da “ tesoura”, sugere-se o ensino do rolo ventral para
que a s cr ianças vivenciem uma f orma c ompletamente diferente de t ransposição do s arrafo e, se
houver condições, o ensino do estilo Fosbory flop, cuja aprendizagem será beneficiada pelo ensino
do estilo “ tesoura”. Mas, qualquer que seja o estilo técnico é i mportante frisar que o obs táculo a
ser ultrapassado não dev erá oferecer perigo na ex ecução, sugerindo-se, independentemente da
idade, que se inicie o trabalho de salto em altura com a corda elástica, habilitando a criança para
a transposição posterior do sarrafo.

601
As observações já realizadas no salto em distância, são t ambém válidas aqui. No
caso des te t ipo de s alto, a al tura dev e s er v ista c omo u m obstáculo a s er s uperado, m as, para
tanto, não deverá ser nem mu ito baixo, invalidando o des afio, nem muito alto ou praticamente
intransponível. A ssim, s ugere-se q ue s e par ta de um a al tura e m q ue a c riança c onsiga, s em
grandes d ificuldades, e xecutar o m ovimento s olicitado, a té aq uela q ue l he s irva c omo u m r eal
estímulo par a a transposição s em, c ontudo, o ferecer-lhe r iscos. N o i nício da apr endizagem,
atividades bem s imples poderão s er desenvolvidas e al teradas a m edida e m q ue a s cr ianças
ofereçam ma iores possibilidades de ex ecução do s m ovimentos e adeq uação à s r egras o ficiais
segundo as quais c ada par ticipante t erá di reito a t rês t entativas para ul trapassar o s arrafo
impulsionando-se em um pé só, sendo desclassificado se falhar em três tentativas seguidas.

Das v árias possibilidades e xistentes para o ens ino do s alto e m a ltura, s ugerimos
algumas bastante simples e que poderão ser realizadas com bastante facilidade.

Corda inclinada

Em duas co lunas, a s cr ianças deverão c orrer e m d ireção à c orda q ue es tá par ada e el evada a
poucos centímetros do chão. Essa elevação deverá ser progressiva, mantendo a c orda e m um
plano inclinado de forma que todas as crianças permaneçam saltando durante a atividade.

602
CONHECENDO OS ARREMESSOS E LANÇAMENTOS

Dentre o s l ançamentos, a s ugestão é q ue o pr ofessor i nicie s eu t rabalho c om o


lançamento da pel ota. I sso não s ignifica q ue o s demais lançamentos não devam ser ensinados.
Muito pel o c ontrário. S e o obj etivo do t rabalho é l evar a c riança ao c onhecimento do at letismo,
todas a s su as p rovas, a inda q ue s ofrendo al gumas adaptações s obretudo e m re lação ao s
materiais u tilizados, deverão s er ensinadas. N ão é di fícil observar q ue do s e xercícios i ndividuais
aos jogos coletivos, as crianças se envolvem muito com as atividades de lançamentos sobretudo
quando há um alvo a ser atingido, uma marca a ser ultrapassada ou uma composição de regras a
serem seguidas e isso poderá estar presente em todas as provas de lançamentos, como veremos
a seguir.

LANÇAMENTO DA PELOTA E DO DARDO

Independentemente da faixa et ária, a s a tividades de l ançamento da pel ota, q ue


podem s er r ealizadas co m bolinhas de bo rracha ou de m eia, c orrespondem a u m bom c omeço
para aq ueles q ue, m ais t arde, l ançarão dar dos, m artelos e di scos. C om base e m a tividades
básicas de l ançamentos, a s cr ianças poderão v ivenciar d iferentes possibilidades de m ovimento,
preparando-se par a out ros t ipos q ue s erão m ais co mplexos. O i ntuito é q ue a s cr ianças s e
entusiasmem pelos l ançamentos, o s q uais poderão s er apresentados por me io de di ferentes
desafios. P ara t anto, s ugerimos o des envolvimento de at ividades q ue obs ervem o s se guintes
cuidados: realização de lançamentos variados tanto com a mão direita como com a mão esquerda,
em d iferentes posições, objetivando o ac erto do al vo; distanciamento do al vo, q ue poder á s ofrer
várias alterações quanto à altura e direções, sendo fixos ou móveis.

A partir do ens ino da pelota ( 200g), a s cr ianças poderão t er u m c ontato c om o


dardo, material que, por regra, é composto por cabeça, corpo e empunhadura (de corda) obtendo
um peso t otal 800g para o s homens e 600 g para a s m ulheres e c ujo c omprimento deverá es tar
entre 2m 60 a 2m 70 e 2m 20 a 2m 30, r espectivamente. Após uma corrida de apr oximação num
corredor de 4 m etros de l argura e c erca de 36m 50 de c omprimento, o l ançador e fetuará o
lançamento de acordo com um estilo considerado ortodoxo, de modo que o dardo seja lançado da
altura do ombro e a cabeça seja a primeira a tocar o setor delimitado, validando a tentativa.

Não à toa, sugerimos que antes do contato com o dardo propriamente dito, utilize-se
materiais alternativos até chegar-se ao manuseio do próprio implemento. Ou seja, que se parta do
movimento apr endido no l ançamento da pel ota, adequando-se ao nov o m aterial o q ual,
inicialmente, poderá ser um cabo de v assoura ou u m dardo de bam bu com um corpo mais curto;
que se inicie o m ovimento sem deslocamento e f ora do s etor de lançamentos; que se i ntroduza

603
uma corrida de apr oximação curta conjugada com o lançamento do dar do propriamente dito; que
se am plie a di stância e v elocidade da c orrida de apr oximação, l evando a c riança ao
desenvolvimento da at ividade no pr óprio setor de lançamento; que se coloque cordas delimitando
o espaço definido por regra para a q ueda do dar do e m arcações horizontais delimitando algumas
distâncias para q ue a c riança t enha noç ão do q uanto es tá l ançando e m c ada um a de s uas
tentativas.

Contra a parede

Alunos dispostos em duplas, distantes 4 metros de uma parede. Com a posse de uma bolinha de
borracha, o pr imeiro al uno r ealizará a pa ssada c ruzada do l ançamento do dar do l ançando a
bolinha contra a parede, a qual deverá ser recuperada, ainda no ar, pelo segundo que realizará o
mesmo movimento e assim sucessivamente.

Área des tinada ao


posicionamento das duplas

4metros

604
LANÇAMENTO DO DISCO

Ainda que receba pouca atenção por parte daqueles que trabalham com crianças, o
lançamento do di sco é uma pr ova q ue poder á ent usiasmá-los m uito. Ob viamente, q ue dada a
dificuldade de manuseio do m aterial, as crianças, ao menos inicialmente, deverão realizá-lo por
meio de materiais adaptados para a execução dos exercícios, enquanto que a partir desta idade, o
disco (com um menor peso) poderá ser introduzido nas atividades, mesclando-se ao uso de outros
materiais co mo bol as de bo rracha, g arrafinhas de pl ástico e pr atos de papel ão. A s ugestão,
portanto, é q ue o pr ofessor não dei xe de ens inar o l ançamento do disco, m as, q ue o f aça
pautando-se na ut ilização de m ateriais a lternativos se m, c ontudo, deixar de t omar o s devidos
cuidados em relação à segurança das crianças, não permitindo, inclusive, que haja qualquer uma
delas próxima ao r aio de execução do lançamento, sobretudo se não houver a gaiola de proteção
no setor.

Como se sabe, o lançamento do disco hoje é disputado por homens e mulheres, a


partir de um círculo de concreto, com 2m50 de diâmetro, envolto por uma g aiola de pr oteção. O
disco, que pode ser de madeira ou metal, pesará 2,0kg para os homens e 1,0kg para as mulheres,
sendo q ue e m u ma c ompetição, c ada par ticipante t erá di reito a t rês l ançamentos e o s o ito
melhores m ais t rês, s endo v encedor a quele q ue l ançá-lo a m aior d istância dent ro do s etor de
lançamento, c ujo âng ulo é de 34, 92o. V ale l embrar q ue s erá de sclassificado o par ticipante q ue
tocar a borda superior do círculo ou o terreno fora dele, e deixar o setor de lançamento pela frente
do m eio c írculo. D os d iferentes e stilos t écnicos q ue pode m s er e mpregados no l ançamento do
disco destacaríamos o lançamento simples, o lançamento com troca de pés e o lançamento com
giro. Dada a especificidade do m aterial, sugerimos, independentemente da faixa etária, atividades
que i nicialmente: envolvam o m anuseio do di sco, s em q ue haj a a ex ecução do l ançamento
propriamente dito; envolvam um pequeno lançamento, s em deslocamento e s em q ue haja uma
preocupação com a distância a s er atingida; adaptem o material, ampliando as possibilidades de
movimentos e conhecimento de estilos que env olvam desde o des locamento do s pés a té a
técnica do g iro, dependendo da s possibilidades apresentadas pela c riança; t enham c ordas
delimitando o s etor de queda e marcações horizontais delimitando algumas distâncias para que a
criança tenha noção do quanto está lançando em cada uma de suas tentativas.

Ainda que em termos de jogos pré-desportivos sejam poucas as atividade sugeridas


pela bi bliografia da ár ea, s ugerimos a lgumas q ue poder ão s er u tilizadas no des envolvimento da
aprendizagem.

605
Adaptação da dança das cadeiras

Alunos d ispostos e m v olta de u m c írculo de arcos. A o i nício da m úsica, c orrerão pel os a rcos
ocupando u m deles q uando o pr ofessor desligá-la. Haverá um a rco a m enos e m re lação ao
número de par ticipantes. D urante a pr óxima par tida, aquele q ue não c onseguiu ent rar dentro do
arco, r ealizará o m ovimento do l ançamento do di sco e m u m a rco c olocado ao l ado do c írculo,
reintegrando-se ao círculo principal na próxima partida.

Círculo de arcos Estrutura da atividade

Arco reservado para o aluno que não


conseguir um dos arcos ao final da música.

LANÇAMENTO DO MARTELO

Composto por cabeça, cabo e em punhadura, com um peso oficial de 7,260kg para
os homens e 4,0kg para as mulheres, lançado dentro de um círculo de 2m135 de diâmetro, a partir
de um a pos ição es tacionária, o m artelo q uase s empre é dei xado de l ado q uando o a ssunto é o
ensino do at letismo. Entretanto, não há r azão par a isso, afinal, este implemento também poderá
sofrer adaptações de maneira que a criança possa conhecê-lo mais a fundo. Sugere-se, portanto,
a construção de martelos utilizando-se meias de seda ou elástico, para a confecção do cabo, anéis
de papelão (de fita crepe, por exemplo), para a confecção da empunhadura e uma bolinha de meia
para a confecção da cabeça do martelo, colocando-se, se necessário, areia em seu interior, a fim
de não comprometer a dinâmica do lançamento.

Assim como as demais provas, esta também pode ser ensinada em qualquer faixa
etária, observando-se, obviamente, a c omplexidade t écnica a s er e xigida e a adeq uação do
material ao grupo de c rianças. Assim, sugerimos que para o ens ino do l ançamento do m artelo, o
professor, a tento ao q ue f oi observado ant eriormente, r ealize at ividades q ue i nicialmente
envolvam: o m anuseio do m artelo ( alternativo), s em q ue haj a o lançamento, m as, apenas o
movimento dos molinetes; os giros, tentando conciliar o movimento dos molinetes com um giro ou
dois; u m pequeno l ançamento do m artelo, s em deslocamento do s pés ou pr eocupação c om a
distância a s er a tingida; p reocupação c om a q ueda do material dentro do es paço def inido po r

606
regra e nas marcações horizontais delimitadas no setor de lançamentos para que a criança tenha
noção do quanto está lançando em cada uma de suas tentativas.

Batata quente adaptada ao martelo

Alunos d ispostos e m círculo, c om u ma di stância de 10 m etros entre el es. A o s inal de u m dos


alunos q ue estará f ora do c írculo, os demais iniciam o lançamento de u m martelo confeccionado
com me ia de ny lon e bo linha de j ornal, de m odo q ue o r ecebam de f rente par a o al uno q ue o
lançou e de c ostas para o pr óximo integrante do c írculo. Quando o al uno que estiver fora disser:
“parou”, quem estiver com o martelo adaptado irá para o seu lugar.

Disposição dos alunos em círculo

As setas ( ) indicam a posição dos alunos e as


flechas ( ) indicam o sentido dos lançamentos.

ARREMESSO DO PESO

Assim c omo o s demais i mplementos, o pes o pode s ofrer adaptações q uanto ao


material a s er u tilizado na aprendizagem da pr ova es pecífica. Sugere-se, por e xemplo, q ue o s
materiais possam ser maiores do que os oficialmente utilizados, sendo, portanto, comum o uso do
medicinebol. Bolinhas de meia e de bo rracha poderão ser utilizadas, ainda que seja oportuno que
o peso do material (no caso, muito leve) não comprometa a aprendizagem.

Assim c omo na s demais p rovas, sugere-se q ue o ens ino de t écnicas m ais


aprimoradas ocorra de ac ordo com as possibilidades demonstradas pelos alunos, de modo que o
professor deverá par tir, i nicialmente, de at ividades q ue env olvam o a rremesso do pes o par ado,
sem deslocamento até realizar a introdução do deslocamento lateral (sem e com troca de pés), ou
estilos como: O’Brien e a t écnica do g iro, se for possível. Independentemente do es tilo técnico, o
aluno deverá estar atento as regras oficiais do arremesso do peso, de modo a garantir a validação
de s uas t entativas. O u s eja, essa pr ova q ue é m asculina e f eminina é disputada a par tir de um
círculo de concreto com 2m13 de diâmetro, arremessando-se um peso de metal de 7,260kg para
homens e 4,0kg para mulheres. Assim como em outras provas de campo, c ada participante terá
direito a t rês arremessos e os oito melhores mais três, sendo vencedor aquele que arremessá-lo
em ma ior d istância dent ro do s etor de a rremessos. S erão anul adas a s t entativas e m q ue o

607
participante, durante o a rremesso, to car a bor da s uperior do c írculo ou o t erreno f ora del e;
arremessá-lo par a f ora do s etor de a rremessos cu jo âng ulo é de 34, 29° e dei xar o s etor de
arremesso pela frente do meio círculo.

Cabe ainda ressaltar que é muito comum que a criança, na tentativa de executar um
arremesso, realize um lançamento, o que além de ser errado em termos da técnica e da s regras
específicas que exigem que ele seja arremessado a partir do ombro, com uma das mãos, estando
bem p róximo ou t ocando o pe scoço ou o q ueixo, poderá c omprometer s ua es trutura ó ssea e
muscular. A tento a es te par ticular, s ugerimos q ue o ens ino do a rremesso do pes o s iga a s
seguintes o rientações: a rremessar o pes o par tindo-se de um a pos ição es tacionária, s em
deslocamento; a rremessar o pes o, c om deslocamento l ateral, i nicialmente s em t roca de pé s e
depois, de ac ordo c om a s possibilidades da c riança, executar a t roca; r ealizar o a rremesso
tentando atingir um alvo no ar, já que é muito comum a execução do arremesso em linha reta. Ex:
tentar a tingir o c entro de u m a rco s uspenso; c olocar c ordas delimitando o es paço def inido po r
regra para a q ueda do pes o e m arcações horizontais delimitando algumas distâncias para que a
criança tenha noção do quanto está lançando em cada uma de suas tentativas.

Contagem regressiva

Duas e quipes co m números i guais de i ntegrantes, d istantes 5 m etros. O p rofessor f ará um a


pergunta relacionada ao atletismo para os integrantes da equipe 1 que deverão respondê-la dentro
de u m t empo m áximo de 30 s egundos. Ao r espondê-la, cada integrante r ealizará u m arremesso
lateral ( com bolinha de m eia) para o s i ntegrantes da eq uipe 2 . S e a r esposta estiver c orreta, a
equipe 1 m arcará u m ponto e a eq uipe 2 receberá um a nov a per gunta; s e es tiver i ncorreta, a
próxima equipe deverá respondê-la e a ssim, sucessivamente. Ganha a eq uipe que responder um
maior número de questões corretamente.

1 2 As setas indicam o
22 sentido em que as
22 equipes e xecutam
os lançamentos

608
CONHECENDO AS PROVAS COMBINADAS

Oficialmente, o dec atlo ( 10 pr ovas) e pent atlo ( 5 pr ovas), para o s homens e o


heptatlo (7 provas) e decatlo (10 provas), para mulheres, são as provas combinas conhecidas.

Para crianças, entretanto, outras provas poderão ser criadas dentro daquilo que fora
ensinado no per íodo anua l destinado ao ens ino do at letismo. I sso, i nclusive, poderá f uncionar
como um a ót ima s ugestão par a avaliação do q ue f oi ensinado durante o per íodo, além de servir
como um a m otivação par a a s cr ianças t endo e m v ista o s istema de ac úmulo de pont os q ue
envolvem estas provas. Sugere-se que, no mínimo, um triatlo seja organizado com as crianças ao
término das atividades do período, onde poderão ser realizados, por exemplo: uma prova de 50 a
75 m etros r asos ( de ac ordo c om a i dade); o s alto e m d istância ( ou al tura) e o l ançamento da
pelota. Em turmas mais avançadas, sugere-se a inclusão de outras provas: como o arremesso do
peso, 1.000 metros rasos e 60 metros com barreiras.

Sem g rande ênf ase no c aráter competitivo do ev ento, mas f risando a i mportância
de s e r ealizar da m elhor f orma po ssível a quilo q ue f oi aprendido dur ante o per íodo, o pr ofessor
poderá, para efeito de or ganização, pontuar as provas de acordo com a classificação. Ou seja, o
resultado f inal da c ompetição es tá c ondicionado ao m enor número de pontos c onquistados por
cada participante em todas as provas. Assim, quem ficar em primeiro lugar na prova, marcará um
ponto; quem ficar em segundo, marcará dois pontos; e assim sucessivamente. Ao final, somam-se
todos os pontos, vencendo o que obtiver um menor número. Entretanto, outras atividades poderão
ser r ealizadas a f im de q ue a s cr ianças c onheçam a c omposição da s p rovas co mbinadas,
conforme sugeriremos a seguir:

CONHECENDO O DECATLO MASCULINO

Formar duas equipes com números iguais de integrantes. O professor entregará pequenos papéis
onde constem os nomes de todas as provas do decatlo masculino e, com base em algumas pistas,
as cr ianças deverão or ganizá-las de ac ordo c om a or dem da c ompetição. E x: 1 . a s p rovas s ão
realizadas em dois dias; 2. são realizadas 5 provas em cada um dos dias; 3. o dia sempre inicia e
termina c om u ma pr ova de c orrida; 4 . há um a al ternância ent re pr ovas de c orridas, s altos,
arremessos e lançamentos; etc. Após 5 minutos de atividade, o professor confere a ordem, faz as
correções s e nec essário f or e at ribui pontos à eq uipe q ue r espondeu c orretamente. ( Ordem: 1 o.
dia: 100m rasos, salto em distância, arremesso do peso, salto em altura, 400m rasos; 2o dia: 110m
c/barreiras, lançamento do disco, salto com vara, lançamento do dardo, 1500m rasos).

609
DIFERENTES POSSIBILIDADES DE COMPETIÇÕES E ATIVIDADES EM DIAS DE CHUVA

Ainda q ue a c ompetição par eça s er a lgo i nerente ao t rabalho c om o at letismo, o


professor deverá t er o c uidado de tratá-la c omo u m f ator q ue f avoreça à m otivação de t odas as
crianças se m d istinção, pensando e m e stratégias para não g erar a ex clusão de al guns ou a
rotulação do “melhor” e do “ pior” entre o grupo de crianças. Ou seja, a competição deve funcionar
como u m estímulo pos itivo e não o c ontrário. N esse s entido, o pr ofessor deverá pr omover
diferentes formas de competição que abarquem desde as gincanas, capazes de propiciar a maior
interação ent re o g rupo, a té a s co mpetições i ndividuais, envolvendo a s p rovas e specíficas do
atletismo, onde a c riança poder á v erificar q ual s eu m elhor re sultado i ndividual, s em u ma ênf ase
comparativa em relação às demais. Assim, por meio da gincana, o professor poderá complementar
um trabalho que, muitas vezes, ocorre solitariamente, dado que o atletismo é um esporte individual
e, na maioria das vezes, é tratado de f orma isolada; e, por meio da c ompetição, fará com que a
criança se depare com os limites momentâneos de suas próprias possibilidades dentro daquilo que
aprendeu em relação ao conteúdo desenvolvido.

Das inúmeras possibilidades de gincanas que nada m ais são do q ue combinações


de atividades variadas, ilustraremos este item com atividades bastante simples, mas, capazes de
orientar a criação de outras mais adequadas à realidade de cada profissional.

Alfabetismo

Alunos d ivididos e m duas e quipes, s entados e m c olunas, de f rente par a a l ousa onde há u m
alfabeto para cada uma. Ao sinal, o primeiro da equipe irá até a lousa e escreverá algo que esteja
relacionado ao at letismo: e x: a ltura; b loco de s aída; c orridas; dardo et c. D entro de u m t empo
definido pel o pr ofessor, m arcará m ais pontos q uem c ompletar o m aior número de l etras
corretamente.

CONSIDERAÇOES FINAIS

Não s eria dem ais r eforçar a importância q ue o at letismo a ssume na f ormação da


criança em qualquer faixa etária. Sem exigir materiais muito complexos, formado por regras fáceis
e de apr endizagem rápida e q ue se repetem em muitas das provas, o atletismo é co mposto por
movimentos que motivam todos aqueles que o praticam. Contudo, tratado, muitas vezes, como um
esporte de bas e par a a s demais m odalidades, a es pecificidade do at letismo, q uase s empre é
deixada e m s egundo pl ano, c omprometendo o c onhecimento m ais a mplo de ssa m odalidade
esportiva. A ssim, s e f altam p rofessores dedicados ao t rabalho c om o at letismo, ta mbém f altam
aqueles q ue s e dedi cam ao ens ino des ta m odalidade es portiva po r e la m esma. O u s eja, f altam
programas de atividades físicas que visem ensinar o atletismo em si, propiciando às crianças um

610
reconhecimento daq uilo q ue aprenderam ao se depararem com a execução de g randes atletas
em competições televisivas.

A esperança é q ue este texto e o m aterial de ensino (completo) elaborado possam


configurar-se em uma palavra de i ncentivo aos profissionais de Educação Física, demonstrando-
lhes a s f acilidades de s e t rabalhar c om o at letismo e m q ualquer f aixa et ária, q uer por me io de
jogos pré-desportivos ou de atividades mais técnicas, aglutinando ao seu redor um grande número
de praticantes. Só é preciso começar!

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ARAUJO, R.; VILA NOVA, I. Atletismo na escola. Recife: Secretaria de Educação de Pernambuco,
1980.
BARBANTI, V. J. Atletismo: corridas. São Paulo: [s.n.], 1972.
BUSANICHE, C. M . Atletismo: juegos y ejercitaciones para una hi storia de m ovimientos. Buenos
Aires: Direccion Nacional de Educacion Fisica, Deportes y Recreación, 1967. 43p. (Série Colección
Didáctica).
FERNANDES, J. L. Atletismo: arremessos. 2. ed. rev. São Paulo: EPU, 1978. 127p.
GOMES, A. C. Inicie brincando no atletismo: saltos. Arapongas, PR: [s.n.], 1985. 107p.
GONCALVES, J. Saltos: coletânea de exercícios. São Paulo: [s.n.], 1971. 21 p..
KIRSCH, A.; KOCK, K; ORO, U. Antologia do at letismo: metodologia para iniciação em escolas e
clubes. Rio de Janeiro: Ao Livro Técnico, 1984. 179p.
KOCH, K. Carrera, salto y lanzamiento en l a escuela elemental. Buenos Aires: Editorial Kapelusz,
1973. 83p.
SÃO PAULO. ( Estado). C oordenadoria de Estudos e N ormas P edagógicas. Subsídios para
implementação do gui a curricular de educação física para 1. Grau - 5. a 8. séries: atletismo. São
Paulo: SE/CENP, 1978. 181p.
SÃO PAULO. ( Estado). S ecretaria da E ducação. Educação F ísica 1 º g rau- 5ª à 8 ª sé ries. São
Paulo: SE/CENP, 1994. v. 2.
SILVA, J. F. da. Atletismo: corridas. Rio de Janeiro: Tecnoprint, 1978. 101p.
SCHULZ, H . Por e l j uego a l a tletismo: iniciacion at letica par a e l J ardin de I nfancia, l a E scuela
Primaria, el Club y el Hogar. Buenos Aires: Kapelusz, 1976. 95p.
TEIXEIRA, M . S . Atletismo da i niciação a t écnica: corridas, s altos, a rremessos. S ão P aulo:
OBELISCO, 1973. 231p.

611

Вам также может понравиться