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Artes Deco
orativaas
MOD__01/v01_
Apontamentos coligidos por Joana Sousa do Departamento de Design e Marketing de moda do Citex.
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Índice
10. Descobberta do túm mulo de Tuttankhamon ............................................................................................... 2
10.1. Inffluências daa descoberta do túmulo o KV62 nos anos 20 ............................................................... 4
11. Cinemaa e sua conttribuição ....................................................................................................................... 9
11.2. Cin
nema Portu uguês ........................................................................................................................... 14
12.3. Coontribuiçõess do cinemaa como divu ulgador de tendências ....................
. ..................................... 15
12. Artes d
decorativas portuguesaas ............................................................................................................. 16
12.1. Tapeçaria ......................................................................................................................................... 16
12.2. Tapete ............................................................................................................................................. 17
12.3. Mo obiliário Português ...................................................................................................................... 20
12.4. O EEstuque ........................................................................................................................................ 28
Arttes Decoraativas
10. Desco
oberta do
o túmulo d
de Tutankh
hamon
Era filho e
e genro de Akhenaton (o faraó que
q instituiu u o culto de Aton, o d
deus Sol) e filho de uma
esposa seccundária dee seu pai. C Casou‐se aos 10 anos e e assumiu o o trono quaando tinha cerca de do oze
anos, restaaurando os antigos culttos aos deu uses e os priivilégios do clero (princcipalmente o do deus)..
Morreu em ove anos, sem herdeiros.
m 1324 a.C.,, aos dezano
Maascara funerrária
ABERTURA DDO TÚMULO KV62
K NO VALLE DOS REIS
Em Novembro de 1922 foi descoberto o túmu ulo de
Tutankhammon, resulttado dos esforços
e dee Howard Carter
(egiptólogo
o inglês) e
e do seu mecenas,
m o aristocratta Lord
o
Carnarvon. O túmulo o encontravva‐se inviolaado em ligaaduras,
com exceppção da antecâmara onde
o os lad
drões pene etraram
por duas vezes, talvezz pouco tem mpo depois do funeral do rei.
A câmara funerária fo
oi aberta de
d forma official no diaa 16 de
Fevereiro d
de 1923.
Lord Carnarrvon
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Arttes Decoraativas
Imagem do interior do tú úmulo
Howard Caarter
Entre os muitos
m móvveis luxuosos havia caamas,
cadeiras, bancos,
b meesas retiradas do paláccio, o
trono de ouro de Tutankham mon, vaso os de
alabastro, ceptros, arcos
a e flecchas, lequees de
plumas de avestruz, u um painel q que era o reetrato
do jovem rrei e sua rainha com o símbolo de Aton
e uma taçaa e uma lâm mpada a óleo, de alabasstro.
As paredees e os tectos do túmulo eram
revestidos de cen nas religiiosas, pin nturas
representaativas de alguns dos deuses,
d sen
ndo a
mais extraordinária a de Osíris.
Embalageem dos artefacttos recolhidos
Peeitoral de Tutan
nkhamon
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Arttes Decoraativas
A "maldiçãão" do faraó
Em torno da aberturaa do túmulo e de acontecimento os posteriorres gerou‐see uma lend da relacionaada
com uma suposta "mmaldição" ou "praga da morte", lançada
l porr Tutankhamon contraa aqueles que
q
perturbaraam o seu deescanso eterno.
O mecenas de Carter, Lord Carrnarvon, falleceu a 05 de Abril de
d 1923, nãão tendo por isso tido
o a
possibilidade de ver aa múmia e o o sarcófago de Tutankh hamon.
No momen nto da sua morte ocorrreu na cap pital egípcia uma falha eléctrica seem explicaçção e a cadela
do lorde teeria uivado e caído morta no mesm mo momen nto na Inglatterra.
Nos mesess seguintes morreriam m um meio‐iirmão do lo orde, a sua enfermeiraa, o médico o que fizeraa as
radiografiaas e outros vvisitantes do túmulo.
Para além disso, no ddia em que o túmulo fo oi aberto dee forma oficial o canárrio de Carte er foi engolido
por uma seerpente, animal que see acreditavaa proteger o os faraós do os seus inim
migos.
Os jornais da época fizeram eco destes fato os e contrib
buíram de fo orma sensaacionalista p
para lançar no
público a id
deia de uma maldição..
Curiosameente, Howarrd Carter, descobridor do túmulo, viveu aindaa durante m mais treze anos.
10.1. Influências d
da descobe
erta do tú
úmulo KV6
62 nos ano
os 20
França semmpre se mo ostrou interressada pelo o Egipto e sseus artefactos já desd de a época de Napoleão.
Contudo, a descoberta do túm mulo de Tu utankhamon n e todo o
o seu espó ólio inviolável serviu de
inspiração aos designners franceses que rap pidamente o assimilam m na nova estética viigente: a Arte
A
Deco.
Os materiaais luxuosos como o ouro
o e o lápis‐lazúli, as
a cores e todo
t o imaginário preesente na arte
a
egípcia depressa apelaram aos ssentidos chegando a u um nível dee imaginário o rico, revivvendo assim m a
fascinação algo român ntica pelo AAntigo Egiptto.
A Exposiçãão de Artess Decorativvas e Indusstriais Mode ernas de 1925,
1 realizaada em Paris, marcou u o
aparecimeento da Artt Déco, dotada de essquematism mo e simpliicidade geo ométrica, cuja
c influênncia
egípcia pro
oporcionada pela descoberta do o túmulo do o faraó Tuttankhamon n em 1922 proporcion nou
sobretudo aos mais ricos a osten ntação de ob bjectos luxu uosos.
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Relógio Cartiier, 1927
Ouro, madreepérola, coral,, lápis‐lazúli e esmeraldas.
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Arttes Decoraativas
Joia Boucherron, 1925
Lapis‐lazuli, ccoral, jade e o
ouro
William vaan Alen, Ch
hrysler Building e entrada de um
m
dos elevaddores, 1928
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Grauman'ss Egyptian TTheatre, Hollywood Boulevard, Caalifornia, 1922
Filme Cleópatra, Cecill B. DeMille, 1934
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A Arte Decco não era um movimeento de «deesign» mas mais uma aaproximação partilhadaa ao estilism mo.
As formas geométricaas que jogam m entre si, os padrõess abstractoss em ziguezaague, divisaas, raios de sol
em cores ffortes e a uttilização de bronze, maarfim e éban no eram comuns.
Contudo, eesta não peermaneceu como sinall de riquezaa. Pelo conttrário, empregou tamb bém materiiais
novos e ecconómicos ccomo a baquelite. Na G Grã‐Bretanh ha, Wells Co
oates usou aa baquelite no seu design
para um ráádio, o que teve grandee efeito.
Na arquiteectura, os vidros de cores e o
o cromado criaram o o aspecto Arte Deco o a um custo
relativameente baixo ee este foi utilizado em eedifícios públicos.
O próprio cinema teve um papell muito imp portante no divulgação o do estilo A
Arte Deco, aatravés do ssua
arquitectura exterior e das imageens de interriores de paalácios.
The EKCO
O AD 65 radio
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11. Cinem
ma e sua ccontribuiçção
“The cinem
ma is an inveention without future”” ‐ Lumière
Técnica dee projectar imagens para criar a immpressão de e movimentto, bem com mo uma arte e a indústtria
cinematoggráfica. As obras
o cinem
matográficaas são prod
duzidas atraavés da graavação de imagens co
om
câmaras, oou pela criaçção de imaggens utilizan
ndo técnicaas de animação ou efeitos visuais.
Encontra oos seus anteecedentes n na fotograffia, e sobrettudo na fottografia animada, que proporcion nou
desenvolviimento cruccial nas artees e nas ciên
ncias.
O cinema éé possível, ggraças à invvenção do ccinematógrafo – câmara, projecto or e revelad dor de película
‐ pelos Irm
mãos Lumièrre no fim do o século XIX
X.
Em 28 de Dezembro de 1895, no
n subterrââneo do Gra
and Café, em
e Paris, elles realizaraam a primeeira
exibição púública e pagga de cinemma: uma sérrie de dez ffilmes, com duração dee 40 a 50 se egundos cada,
já que os rolos de pelíícula tinham
m quinze meetros de comprimento o.
C
Cinematógrafo
o Lumière, 189
95
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Arttes Decoraativas
"A saída dos
d operário os da Fábrica Lumière" e "A cheg
gada do treem à Estaçã ão Ciotat” foram os dois
d
primeiros ffilmes exibidos, retrataando cenas do quotidiaano como o o próprio tittulo dos film mes indica. É o
realismo que lhes inteeressa captaar, o docum mental.
Será o marco inicial da
d nova artte, designada mais tarrde por 7ª arte. A parrtir desta data, o cinema
expande‐se, a partir d de então, po or toda a França, Europ pa e Estados Unidos.
Em 1896 os
o Lumière equipam alguns
a fotógrafos com m aparelhos cinematoggráficos envviam‐nos paara
vários paísses, com a in ncumbênciaa de trazer novas imaggens e tamb bém exibir aas que levam m de Paris. Os
caçadores de imagen ns, como são chamado os, colocam m suas câmaaras fixas num determ minado lugaar e
registam o
o que está na frente. A Inglaterra, México,, Veneza, passam
p a in
ntegrar o repertório
r d
dos
Lumière.
A Coroaçãão do Czar Nicolau II, filmado em Mosccovo, é co onsiderado a primeiraa reportagem
cinematoggráfica
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Arttes Decoraativas
A popularidade da no ova forma d de entretennimento levvou a conveerter espaços em cine emas. As casas
eram renoovadas com m um simplees lençol a fazer de eccrã, alguns bancos e ssofás, e um
ma cortina que
q
bloqueassee a luz exterior de entrrar.
Mais tardee surgiram o os cinemas propriamen nte ditos, co onstruídos p para o efeito.
Georges Méliès,
M umm ilusionistta francês estava
presente n na plateia, eem 28 de Dezembro dee 1895,
quando os Irmãos Lumière
L fizzerem a primeira
p
projecção de um filmee na históriaa.
Considerad do o “pai” dos efeito os especiaiis, pela
técnica quue desenvo olveu de sttop‐action quando
q
filmava o q quotidiano de Paris: aa câmara paarou de
repente, mas
m as pesssoas continuavam a andar, e
quando vo oltou a film
mar, a acçãoo da filmagem era
diferente ddo que estava a filmar.
Em 1902 fiilma “Viageem à Lua” u usando técn nicas de
dupla exp posição do o filme paara obter efeitos
especiais innovadores p para a épocca.
Cinema irrealista e fan ntástico.
Em 1911 Ricciotto Canudo desiigna o cineema como a 7ª arte no seu Maanifesto dass Setes Arttes,
publicado em 1923:
Música (som
1ª Arte ‐ M m);
2ª Arte ‐ Dança/Coreo ografia (movvimento);
3ª Arte ‐ Piintura (cor);
4ª Arte ‐ Esscultura (voolume);
5ª Arte ‐ Teeatro (repreesentação);;
6ª Arte ‐ Liiteratura (palavra);
7ª Arte ‐ Cinema
Cerca de 1 1914 D.W. G Griffith realiza filmes ssendo conssiderado po or parte de alguma da historiograafia
cinematoggráfica o graande respo onsável pelo o desenvolvvimento e pela consolidação da linguagem do
cinema, coomo arte ind dependentee:
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‐ criar filmees em que aa montagem m e os moviimentos de câmara eraam empregaados com m maestria
Com a recessão do ciinema euro opeu durantte a I Guerrra Mundial,, a produção de filmess concentra‐se
em Hollyw wood, na Califórnia, onde surgem os primeiro os grandes estúdios. Em m 1912, Maack Sennettt, o
maior prod dutor de comédias do ccinema mudo, que desscobriu Chaarles Chaplin n e Buster K
Keaton, insttala
a sua Keysttone Company.
A década de 20 conssolida a ind
dústria cinematográficaa american na e os gran
ndes génerros – westeern,
policial, mu usical e a co
omédia – toodos ligadoss directame ente ao estrelato.
O expressiionismo ale emão foi um estilo cinnematográffico cujo auuge se deu na década de 1920, que
q
caracterizo ou‐se pela d distorção dee cenários e personaggens, atravéés da maquilhagem, do os recursos de
fotografia e de outro os mecanismmos, com o o objectivo de expresssar a maneira como os
o realizadores
viam o mundo.
Caracterizaa‐se pela diistorção da imagem (u uso de core es vibrantess e remeten ntes ao sob
brenatural), do
retorno ao o gótico e a oposiçãoo a uma sociedade imersa no desolador cenário do o racionalismo
moderno p pregador do o trabalho mecânico. A As vibrante es pinturas expressam um desligaamento com m o
real, a priooridade do ""eu" e sua vvisão pessoaal do mundo o.
Temas som mbrios de suspense
s policial e miistério em um ambien nte urbano,, personageens bizarros e
assustadorres, uma diistorção da imagem devido
d a um
ma excessivva dramaticidade tantoo na actuaçção
quanto na maquilhagem e cenoggrafia fantástica de reccriação do imaginário h humano. A influência d dos
expression nistas do cinema se feez sentir em Hollywo ood, tanto na temáticca quanto na
n linguageem,
inclusive p porque muittos dos direectores alemães de en ntão migrarram para Hollywood e e lá realizaram
filmes.
Nosferatu,, F. W. Murnnau, 1922
O advento do som, no os Estados UUnidos, revvoluciona a produção ccinematográáfica mundial. Os anos 30
consolidam m os grand
des estúdio
os e consagram astroos e estrelas em Hollywood. Os
O géneros se
multiplicamm e o musiccal ganha deestaque.
A partir de
d 1945, coom o fim da
d II Guerrra, há um renascimento das prroduções nacionais
n – os
chamados cinemas no ovos.
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Arttes Decoraativas
O primeiroo filme com
m passagens faladas e ccantadas ‐ ""O Cantor dde Jazz" data de 1927 ccom Al Jolson,
famoso cantor de jazzz da épocaa. Foi um do os primeiro
os filmes a gganhar o ÓÓscar, dividindo o prem
mio
especial co
om O Circo, de Charlie Chaplin.
O primeiroo inteiramen
nte falado ‐ "Luzes de N
Nova York",, de Brian Foy, data dee 1928.
Acontecim mentos paraalelos
A partir do
os finais do
os anos 20 aparece no
os EUA a baanda desen nhada, crian
ndo‐se proggressivamen nte
histórias por todo o m mundo com heróis, com mo Tarzan, P Popeye e Tintin, todos de 1929.
Em 1933 inaugurava‐
i ‐se um novvo género cinematogr
c áfico com características de terrror e fantassia,
incluindo m monstros co omo King Ko ong e Godziilla, passand do por Draccula e Frankkenstein.
Nos anos 30
3 impõe‐sse também,, a partir daa Brodway, a comédiaa musical, q que lançou para a ribaalta
composito ores como George Geershwin (Po orgy and Bess
B ‐1935)), um novo
o género operático
o coom
intervençõ ões de jazz ee espirituaiss africanos) e actores ccomo Ginger Rogers e FFred Astaire e.
1937 Waltt Disney reealiza a Bra das longas‐metragens de
anca de Neeve e os Seete Anões, primeira d
desenhos aanimados.
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Arttes Decoraativas
11.2. Cinema Portu
uguês
O início do
o cinema po ortuguês tem lugar com m a exibição o das primeeiras curtas‐metragenss amadoras de
um empreesário da cidade do Po
orto, Aurélio Paz dos Reis. A Saíída do Pesssoal Operárrio da Fábrrica
Confiança, de 1896, éé uma réplicca sua do filme dos irmãos Lumièrre.
A ficção cinematográffica portugu uesa nasce em 1907, u uns bons on nze anos deepois das prrimeiras ob bras
do género terem sido criadas por Georges M Méliès, em FFrança.
É uma curta‐metrageem filmadaa pelo fotó ógrafo lisbooeta João Freire
F Correeia e realizzada por Lino
Ferreira, O
O Rapto de u uma Actriz.
Com este filme, tem início o prrimeiro Cicllo de Lisboa. Fundadaa no Porto em 1912, a Invicta Film
destacar‐see‐ia um pouco
p maiss tarde na história do d cinema em Portu ugal, estab belecendo um
alternânciaa entre Lisb
boa e o Porto na liderrança da produção naacional, até ao surgimento do filme
sonoro.
Dedica‐se ao filme documentá
d ário e de actualidade
a es, géneross que têm particular sucesso pela p
curiosidade que despertam. João o Correia ellege entretaanto um mo otivo e inveeste na ficçãão: uma velha
história do
os bandidos de Lisboa
Durante os
o anos vinte, a prrodução cin nematográffica portugguesa dediica‐se principalmentee à
transposiçãão dos clásssicos literários portuggueses para a tela, enttregando a direcção do os projectoos a
realizadorees estrangeiros
Em 1935 éé criado o Seecretariado o Nacional d de Informaçção, que se dá conta do o interesse que o cinema
tem para oo regime.
Lopes Ribeeiro torna‐se a voz cinééfila da ditaadura salazaarista. A pro opaganda id deológica e política fazz‐se
com fundo os públicoss e há que geri‐los beem. Nos fillmes, a quee o público
o acorre, seduzido peelas
imagens an nimadas qu ue desvelam m o país, reinnam actore es de revistaa: Beatriz Coosta, António Silva, Maaria
Matos, Vassco Santanaa.
É a época ááurea da co omédia, quee, em questões de amo or, se envolvve com o m musical.
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12.3. Con
ntribuiçõe
es do cinem
ma como divulgado
or de tend
dências:
- Con
ntactos entre países diferentes, reegistando m
modos de vid
da diferentes.
- Mo
obilizador dee pessoas d
de diferentees classes (e
e mais tardee géneros)
- Ao serviço de uma culturaa e mentalid
dade, mesm
mo sendo em
m regimes d
ditatoriais aao serviço d
de
um
ma propagan nda e prograama próprioo.
- Neecessita de tter ao seu sserviço equiipas especiaalizadas em decoração de interiorres, adereço
os,
vesstuário, artees gráficas, aassim como
o a par das iinovações ttecnológicass
- Irá permitir umma “aberturra” no pensamento e im do homem ccomo nuncaa nenhuma
maginário d
técnica artísticca o tinha co
onseguido
- Terrá associado
o a ele todas as artes…
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Arttes Decoraativas
12. Artess decorativvas portugguesas
12.1 Tape
eçaria
Estofo lavrrado ou bo
ordado a aggulha sobree talagarça,, usado na decoração de soalhos, paredes ou
móveis.
Lavor em que a com mposição é tecida em alto‐liço ou
o baixo‐liçço, geralmeente segund do um carttão
colorido reealizado porr um artistaa.
Desde o século
s X encontra‐se
e e na Europpa com rep presentação o figurativaa, profana ou religio
osa,
geralmente para adornar muross, produzidaa em centro os que se to ornaram céélebres a paartir do século
XIII como TTournai, Bruuxelas ou Paaris.
Talagarça: pano de fio os ralos ondde são feitos bordados ou tapeçarria.
Liço: cada um dos fioss dispostos entre duas travessas vverticais de um tear:
- Verrtical: alto‐liço
- Horrizontal: baixo‐liço (usaa um cartão
o)
undo o seu ttipo de urdidura.
Classificaçãão das tapeeçarias segu
Urdidura: conjunto de fios mais grossos disspostos parralelamentee no tear po or entre os quais passa o
fio de tram
ma, formand do o tecido.
Trama: fios mais finoss que na tecelagem atravessam a urdidura em ângulos rectos de m modo a form mar
um tecido..
De origem oriental, a arte da tap peçaria é inttroduzida naa Europa duurante a Idaade Média.
No séc. XIVV, atinge grande esplendor, sobreetudo em Frrança, ondee se destacaam Paris e A Arras, estan
ndo
esta últimaa cidade na origem da tradicional denominaçção de pano o de raz.
A segundaa metade do o séc. XV assiste à asccensão das oficinas flamengas, paassando a pprimazia deesta
disputada com a Itália e a França n
arte a ser d nos séculoss seguintes.
Tapeçaria dee Vénus e Marrte surpreendidos por Vulcaano
Séc. XVI. 1ª m
metade
360 x 405 cmm
Sé de Coimbra
Tapeçaria flaamenga, Bruxeelas
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Arttes Decoraativas
Materiais:
Na arte dee tecer, os m materiais m
mais utilizados são a lã,, o linho e aa seda, pod dendo usar‐‐se, em men nor
escala, fioss de ouro e prata.
Os fios cooloridos obtêm‐se através de um m processo o de tingimmento, opeeração conccretizada co om
grande perrícia por algguns tintureeiros.
Para a conncepção dee uma tapeççaria são necessárias
n várias operrações, resultantes do o labor de um
grupo de tecelões esp pecializadoss, além do aartista que e executa o desenho, a ccarvão ou à pena.
O processo o é longo, p
podendo alggumas tapeççarias demo orar uma déécada a con ncluir. Cada operário teece
numa largu ura de 50 a 70 cm de tteia produzindo cerca de 150 a 20 00 cm por aano, variand do conforme a
finura e a qualidade pretendidaas. O tecelãão faz deslizar a sua laançadeira ccom os fioss da trama no
espaço doss fios de teia sobre um ma largura deeterminadaa.
O tecelão vai seguind do os contoornos e as ccores indicaadas nos cartões – dessenho do trrabalho fixaado
por baixo d dos fios da tteia.
Regra geraal, cada atelier assina as peças quee realiza, po or meio de u uma marca ou sinal particular.
Ao longo d dos séculos,, as tapeçarias decoraram tendass, aposentos de palácio os reais ou casas nobrres,
ornamentaaram igrejass e conventtos; serviram m para emb belezar ceriimónias e feestas públiccas e privad das,
e até para engalanar n navios.
O facto dee serem feittas num maaterial poucco rígido facilitava o seu transporte, mas ap pressava a ssua
própria degradação, rrazão pela q qual existem m poucos exxemplares.
12.2. Tap
pete:
A palavra deriva do grego tapiis e significca cobertorr. Tapete é uma supeerfície têxtil, destinadaa a
revestimen nto – pavim
mento, pared de, mobiliário, abrigo – – bem como o à delimitaação de esp paços sagrad dos
– tapete dee oração. Faabricados com técnicas e materiais diversos, caracterizaam‐se, em rregra, por uma
estrutura oornamental que se dessenvolve sim metricamen nte, segundo o um ou dois eixos.
Materiais mais comun ns são :
o algodão –– normalmeente usado na teia doss tapetes de e tear;
a lã e a seda, por vezzes enriqueccidas com ffios de ouro o ou prata –– usadas no o pêlo ou nas tramas d dos
dois tipos dde tapetes de tear;
o linho, fio
o em que noormalmentee é produzid do o suporte dos tapettes bordado os.
Criação pu uramente m manual, sobrre armação o de madeirra, os tapetes orientaiss legítimos possuem uma
técnica apurada. Term minado o trrançado básico e feita a ourela (ccada uma d das tiras urd didas com cor
diferente nna borda dee uma peça)), inicia‐se o o atar dos nós (o turco ou o persa)) que formaam as floress.
Depois de pronto, o tapete receb be a ourela nos lados m mais curtos, idêntica à que foi feitta no início do
trabalho nas margenss mais longaas. O tapetee é cortado e retirado da molduraa, deixando uma margem
de 10 a 20 0 centímetroos de comp primento no os fios básiccos ou correentes; de seeguida, é pe endurado para
fazer a franja. A seguir vem a ettapa que lhee confere aa aparência final e valo oriza o tape ete, em quee as
pontas são o aparadas ppor corte unniforme.
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Arttes Decoraativas
A arte de aatar tapetess originou‐se há milharres de anos no Oriente.
Os centross produtorees são diverssificados, abrangendo uma extensa área geo ográfica quee compreennde
o norte dee África (Maarrocos e Tuunísia), Ásiaa Menor (anntiga Pérsia, países do Cáucaso daa antiga União
Soviética, A
Afeganistãoo e Paquistãão), a Índia (particularm
mente a proovíncia de CCaxemira), aa Mongólia e a
China.
Tapete de medalhão
metade
Séc. XVI. 2ª m
173 x 279 cmm
Desconhecid da
Exemplar d da antiga Péérsia centraal, em seda natural e m motivo padrronizado em m medalhão o. Apresenta o
campo verrmelho preeenchido po or decoração de palme etas, rosetas e enrolam mentos veggetalistas, co om
medalhão quadrilobaado de cor verde, no centro do qual está uma estrela‐flor de quatro
q ponttas.
Cantos, barras e cercaaduras são d decorados ccom estilizaados motivo os de enrolaamentos, flo ores e nuvens.
Tapete de Arraiolos
É a designaação que see dá aos borrdados a lã de diversass cores sobrre tela de linho, estopaa, grossaria ou
canhamaço o.
O ponto crruzado oblíquo foi o adoptado peela decoraçãão arraiolen nse, obedeccendo a suaa execução ao
processo d de fios conttados, atapeetando inteeiramente o o fundo do campo e daa barra. O p ponto cruzaado
aparece na
n Península desde o séc. XII,, sendo manifesta
m a utilização
a o de uma técnica co om
característticas muçulmanas (Esp panha reco orre à seda, enquanto o Portugal aadopta a lãã), mas a sua
s
denominaçção apenas surge nos ffinais do sécc. XVII.
No decorreer da 1ª meetade do sééc. XVIII, Arrraiolos já ffornece outtras regiõess do país, to ornando‐se no
principal centro
c destte tipo de tapetes, habitualmen
h nte utilizad
dos no arraanjo decoraativo da caasa
portuguesaa a partir de então,, para revestimento de paredees, mesas, arcas e coberturas
c de
pavimento os.
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Arttes Decoraativas
A origem m mourisca do os tapetes dá lugar à influência o
oriental, no
o que de mais original e sugestivo
o a
caracterizaa. Imitam‐see sobretudoo os modelos da Pérsiia Oriental e das regiõ
ões do Noro oeste, embo ora
com a técnnica simpless do bordaddo a lã e da policromia limitada dee algumas co
ores vegetaais.
Tapete de Arrraiolos
Séc. XVIII
182,5 x 363 ccm
Mosteiro de Santa Clara de Coimbra
Influênciass do esquem
ma e dos mo otivos dos ttapetes perssas de séculos anteriorres.
Sobre fund do amarelo, profusamente decorrado com m motivos de fflorões e nu uvens, deseenvolve‐se um
medalhão central florral, irradiantte, de tons verdes. A b
barra castan
nha é preen nchida com enrolamentos
espiralados de folhageem e marcaada, nos quaatro cantoss, por largass palmetas eestilizadas.
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Arttes Decoraativas
12.3.Mob
biliário Po
ortuguês
Tipologia d
de mobiliárrio:
1. Mo oveis de assento, repou
uso: camas, assento, prreguiçadeirras
2. Meesas: móvel constituído
o por um plaano horizon
ntal de alturra variada, o
onde se apo
oiam objecttos
ou para refeiçõ
ões.
3. Mo
oveis de arru
umos: conter algo. A caixa é o tipo
o base, send
do a arca o móvel maiss antigo.
- Reggresso de Catarina de B Bragança co
om a sua mo
obília inglessa, depois d o seu marido,
da morte do
Carrlos II de Ingglaterra
- Inflluencias orientais
- Leggado mouro
o e trabalho
o do couro, aassim como
o embutidoss em marfim
m
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Cadeira de braços (Estadeela)
Portugal, 2ª metade do sééculoXV
Carvalho
Convento do o Varatojo, 1913
MNAA
Um dos raaros exemplares gótico
os portugueeses que ch
hegaram até aos nosso
os dias. Traadição diz que
q
pertenceu ao D. Affonso V, sendo frequ uentes alusões à caddeira em escritos, algumas vezes
acompanhados por deesenhos maais ou meno os minuciosos.
Decoração o inspiração arquitectura.
Século XVIII / XVIII ‐ B
Barroco
Os contado ores e as arrcas, móveiss de guarda, pouco se aalteraram q
quanto à forrma.
Contadorees: há várioss modelos
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Arca‐contador, sééc. XVIII
Muuseu Alberto SSampaio
Contador, séc. XVII
C
Museu Naacional Machaado de Castro
o
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Arttes Decoraativas
Contador, séc.. XVII.
C
Palácio Nacional d
de Sintra
Arca, século XVII
Mu
useu Alberto SSampaio
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Cadeiras:
Cadeira 1601
1‐50,
Museeu Nacional Arrte Antiga
Cadeira século
C o XVII,
Palácio Nacional d
de Sintra
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C
Cadeira, 1680‐
‐1730
Casa‐Mu
useu Anastaciio Gonçalves
Cadeira, século
o XVIII
Palácio Nacional d
de Sintra
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Mesas:
Mesa, séc. X
XVII
Museu Naacional Machaado de Castro
o
Mesa, séc. XVI‐XVII
M
Museeu Nacional Arrte Antiga
Mesa, século XVIII
Paláccio Nacional d
de Queluz
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Cómoda, 1750.1800
C
Casa‐Muuseu Anastaciio Gonçalves
da papeleira, 1750‐1800
Cómod
M
Museu de Lam mego
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12.4. O Estuque
Material mmaleável de solidificaçãão rápida que endurecce quando sseca. É feito o de gesso,, areia, água e
um reforço como um m fundo dee mármoree. Usado naa decoraçãão de interrior e exterrior, pode ser
moldado o ou modelado “in situ”.
Técnica já conhecida na Antiguidade, tend do sido red
descoberta no século XVI, tendo‐‐se expandido
pela Europ pa e América do norte.
Dividem‐see em dois grandes grup pos: os de o
ornato e os de revestim mento.
Entre nós, a expressão mais popular e conh hecida de “e estuque deccorativo” paassou, com o decorrer do
tempo, a d designar o eestuque de o ornato, modelado ou m moldado.
Com efeito o, em Portuugal a evolu ução desta aarte seguiu um caminh ho diferentee do dos restantes países
mediterrân nicos. A preesença de eestuques dee ornato e d de revestim mento remo onta à época da presen nça
romana (C Conímbriga, Tongóbriga, Bracara Augusta), tendo
t sido encontrado os vestígios materiais em
diversas esstações arqueológicas.
Técnica já estava pressente entree nós desde o século XV VI, como o comprovam m os estuqu ues da Charrola
do Conven nto de Cristoo, em Tomaar.
A introduçção da artee do estuque foi semmpre relacio onada com a vinda dee mestres italianos paara
Portugal no os anos subbsequentes ao grande TTerramoto de Lisboa, eentre os quais se destaaca o nome do
milanês Giovanni Gro ossi.
Em, 1764 fface á politica Iluministta do Marquês de Pom mbal é fundaada a Escolaa de Estuqu ues e Desen nho
na Real Fabrica das Se edas, e quee têm como responsáve el Giovanni Grossi.
Em 1777 a escola fechou devido ao afastamento do Marquêês. Durantee 32 anos em Portuggal,
concentra nele as maaiores obraas de Estuq que relevaddo a serem efectuadass em Lisboa. Numerosas
obras em ccasas civis, iigrejas, residências do reino receb bem os trab balhos de esstuque relevvado.
A industriaalização mudará o mod do de trabalhar a técnica. Com efeeito, os estu uques de ge esso, de cal ou
mistos, forram amplam mente usados em deco orações inte eriores ao lo ongo de tod do o séc. XIIX, alcançan ndo
uma diverrsidade estiilística ondee pontuam m o Romanttismo, revivvalismos váários, a Artte Nova e em
ui a técnica será domiinada peloss estucadorres de Afifee, com obrra patente em
diante. A partir daqu
muitos palácios, resid dências burgguesas e igrrejas de todo o país.
Paulatinam mente, os esstucadores abandonarram a mode elação manual em barrro para ade erirem a novvas
técnicas dee moldagem m em formaas.
Esta alteraação tecnollógica foi reesponsável pela criaçãão de oficin
nas profissiionais do raamo, que vão
v
trabalhar eem edifícioss projectado os por arquitectos.
Entre finais do séc. XIX e as primeiras
p d
décadas do séc. XX, o
o estuque moldado fo oi suporte de
decorações em que predominaam os revivvalismos (e estilos Luís XV e XVI) e até, apó ós a I Gueerra
Mundial, aapontamenttos de Art D Deco. No decurso do sséc. XX, o eestuque passsa a ser co onsiderado um
ramo maiss da constru ução civil, vu ulgarizando‐se no exterior como eelemento deecorativo.
O facto de duas das m maiores oficcinas produttoras se situ uarem na ciidade do Po orto (Meirass e Baganhaas),
foi determinante na eexpansão deeste tipo dee decoraçõe es nos edifíccios.
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Arttes Decoraativas
O estuque concorre com o azulejjo no embeelezamento do exteriorr de todo o tipo de ediffícios, a parr da
introdução
o de uma no
ova gramátiica formal n
na arquitecttura, facilitaada pela ducctilidade do
o material.
da colecção Baganha
Carranca d
Capitel jón
nico da coleccção Baganha
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Bibliografia
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Filmografiaa aconselhaada (alguma)
O nome daa Rosa
Marie Anto oinette
Poirot – séérie e filmess
Roma – série
Cinema Paraíso
Metropoliss
Rapariga d do brinco dee pérola
Filmes abo ordados no manual
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