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MÓDULO 2 – A Cultura do Senado – Século I a.C. a III d.C.

ARTE ROMANA

1. ROMA

Diz a lenda que Roma foi fundada em 753 a.C. Na sua evolução política Roma passou da Monarquia à
Republica e desta ao Império.
A partir do século III d.C., a decadência começou e Roma foi conquistada pelos povos bárbaros.
O latim, a língua de origem sofreu influências do etrusco, gaulês, cartaginês e grego – os primeiros
documentos escritos em latim são do início do século V a.C.. A língua teve o ponto mais alto no tempo
de Cícero no século I a.C. A língua foi se espalhando em zonas periféricas, dando lugar ao latim do limes
– que deu origem aos falares medievais da Europa ocidental.

2. OCTÁVIO CESAR AUGUSTO

Foi o primeiro Imperador Romano, através da sua virtude clemência e piedade. Com o poder absoluto,
Octávio estendeu a sua ação no aspeto:
➢ Militar – Conquistou territórios e estabeleceu a paz romana (pela força das armas), era o supremo
comando militar;
➢ Político – Reformou o aparelho administrativo e reduziu os poderes do Senado. Reforçou a sua
autoridade com o Conselho Imperial e a Guarda Pretoriana;
➢ Social – Reorganizou a sociedade segundo o sistema censitário (este imposto estava relacionado com
os bens imobiliários dos cidadãos) o que permitiu a paz social;
➢ Cultural – Desenvolveu as artes e letras (protegendo artistas e sábios) e patrocinou obras públicas
(deu início ao conceito de mecenato);
➢ Religioso – Vinculou o culto ao imperador com a religião tradicional.
A paz romana /”Paz de Augusto”, as reformas administrativas, o desenvolvimento económico, social,
cultural e urbanístico de Roma, contribuíram para que o Senado (depois da sua morte) o divinizasse. Hoje
o seu tempo de vida é conhecido como o século de Augusto.

3. O SENADO

O Senado foi o maior e o único órgão permanente da estrutura política do povo Romano desde a Monarquia
até ao fim do Império. Era constituído por ex-magistrados e tinha funções:
• Ordinárias – política externa, decisões de guerra e de paz, gestão das festas, administração
das finanças e decisões relativas à ordem pública;
• Extraordinárias – suspender tribunais, intervir no governo das províncias, na gestão do
exército, etc.
O Senado tinha reuniões na Cúria onde aprendiam a arte de falar (retórica) que era fundamental para o
sucesso dos oradores, para discutir propostas e conquistar votos. Assim o Senado era o palco da vida política
durante a República.
Durante o Império, o Senado foi reduzido de 900 a 300 senadores e as suas funções passaram a ter apenas
legislativo e deliberativo.

4. A LEI

No tempo da República, a Lei Romana, um dos elementos de romanização, resultou na compilação das leis
surgidas ao longo da História de Roma e caracteriza-se pela sua racionalidade, pragmatismo e abrangência.
A estas juntaram-se as leis dos imperadores que também controlavam o poder judicial.

5. O INCÊNDIO DE ROMA EM 64

Durou mais de 7 dias e devastou palácios imperiais, templos, basílicas, zonas residenciais ricas e pobres.
Este incêndio aconteceu durante o governo de Nero, e parte da população pereceu. Depois do incêndio Nero
ajudou o povo e reconstruiu a cidade segundo planos urbanísticos modernos e sumptuosos. No entanto
sempre culpabilizou os cristãos pelo incêndio e perseguiu-os e martirizou-os.

6. O ÓCIO

A ideia de ócio foi uma herança dos Gregos. Nos lares adotaram-se hábitos de luxo, interesse pela filosofia,
pela música e pelas artes. O ócio era a ocupação de templos livres com festas e banquetes – a paz, e
prosperidade económica contribuiu para isto.
Durante o Império popularizou-se divertimentos públicos como os jogos (corridas de cavalos); as
representações teatrais (influências das tragédias e comédias gregas) e os combates nos anfiteatros (com
feras e gladiadores) – o sacrifício humano era entendido como uma oferta aos deuses.

7. ETAPAS DA ARTE ROMANA

• Corresponde ao período da Monarquia


As origens de
753 a 509 a.C. • As influências dominantes foram itálicas e etruscas

• Influência grega, mas é o aparecimento da verdadeira arte romana


A República
de 509 a 27 • Roma toma consciência da sua originalidade e procura arte própria - retratos realistas e relevo historiado
a.C.

• Período de ouro da arte romana - maior criatividade e originalidade


O Alto Império
de 27 a.C. a 192
• Melhores exemplos são obras públicas de caráter monumental, patrocinadas por imperadores
d.C.

• Período de decadência artística com intromissão de influências orientais, bárbaras e cristãs.


O Baixo Império
de 192 a 395
d.C.
• As características clássicas foram se alterando e perdendo
8. ARQUITETURA ROMANA

A arquitetura romana caracteriza-se pela utilidade, força, grandeza, solidez e poder e foi feita para a glória
de homens e do Império (assim como a escultura, pintura e mosaico).
A arquitetura romana parte de tradições ítalo-etruscas (com sentido funcional como pontes, esgotos,
estradas) e de conhecimentos greco-helenísticos (no uso decorativo das ordens arquitetónicas). Apresenta
soluções criativas como:
• A variedade e plasticidade dos materiais – opus caementicium semelhante ao cimento atual
(inovador);
• Uso de sistemas construtivos baseados no arco;
• Desenvolvimento técnico e instrumental – técnicas de terraplanagem, grampos de metal para
reforçar as dos blocos construtivos (a genialidade e o sentido prático fizeram da sua arquitetura
a arte mais perfeita da antiguidade);
• Gosto pela decoração exagerada – utiliza as ordens gregas dórica e jónica e acrescente as
ordens toscana e compósita.

A Arquitetura Religiosa

➢ Templos – planta retangular construído sobre um pódio, único acesso frontal, colunas e entablamento apenas
com função decorativa.

Panteão (Império)

Templo de Fortuna Virilis (República)


➢ Ara ou Altar – pequena construção com uma mesa para os sacríficios.

➢ Santuário – construção em anfiteatro, com templos, alojamentos para sacerdotes, lojas e outros
equipamentos.
A Arquitetura Pública

Do período Republicano encontramos as estradas, pontes e aquedutos.


Do período Imperial encontramos a basílica, de planta retangular, dividida em três ou cinco naves,
cobertas por abóbadas de aresta e de berço, com fachadas ornamentadas. As basílicas tinham muitas
funções como as de tribunal, cúria e faziam parte de mercados e palácios. Mais tarde os bispos cristãos
tornaram-nas nas primeiras igrejas.
Arquitetura de lazer pública:
• Fórum – praça pública central da cidade que reflete o desejo de poder e grandeza dos
imperadores;
• Teatros – Semelhantes aos gregos com a decoração exterior igual às basílicas;
• Estádios-hipódromos – arena retangular com duas pistas e uma divisória central;
• Termas/ Balneários Públicos – planta simétrica, com piscinas interiores com água
quente, tépida ou frias, ou espaços ao ar livre: ginásios, estádios, bibliotecas etc. Eram
ricamente decoradas internamente com mosaicos → símbolo de poder político;
• Anfiteatro – construções de lazer onde se realizavam os jogos circenses. Eram
semelhantes aos teatros numa planta circular ou elíptica. Exemplo: Anfiteatro de
Fávio/ Coliseu de Roma (séc.I). Este monumento:

o Tem 4 metros de altura


o Interior com túneis, galerias e corredores que permitiam a evacuação do
edifício;
o Fachada decorada com colunas das três ordens gregas: dórica, jónica e coríntia;
o Exterior revestido com diversos tipos de opus e placas de mármore unidas por
grampos de metal;
o Era inovador → consistência no edifício devido às características antissísmicas.
A Arquitetura Comemorativa

Fazem parte os arcos de triunfo (construídos nas portas das cidades ou fóruns) e colunas triunfais que
serviam para evidenciar as vitórias políticas e militares.

A Arquitetura Privada

Salientam-se:
• Domus – casa de família, construção baixa em torno de um ou dois pátios interiores (átrio e peristilo).
Decorada com mármores, mosaicos e frescos nas paredes e chão;

• Villae – localizadas em zonas rurais, com áreas ajardinadas. Os imperados possuíam as mais belas e
grandiosas;
• Insulae – prédios urbanos que alojavam famílias pobres, de 4 a 7 andares com o rés de chão para
atividades comerciais. Feitos em tijolo, madeira e taipa, sem água nem esgotos.

O Urbanismo
O urbanismo foi a materialização do Império e deu resposta às necessidades:
• Políticas – passagem de cortejos triunfais;
• Militares – movimentação de tropas;
• Económicas – abastecimento da cidade;
Planta de cidades reconstruídas em rede octogonal em torno do fórum, seguido por ruas paralelas e
perpendiculares onde estavam casas, teatros, termas e outras construções. Roma foi acumulando fóruns
porque era uma cidade antiga e todos os imperados queriam deixar construções com o seu nome.

9. ESCULTURA ROMANA

A escultura romana é caracterizada pelo realismo extremo e pela técnica perfeita. Dá maior
importância ao retrato de caráter realista (são evidenciados defeitos e marcas do tempo da pessoa) e
baixo relevo narrativo ou histórico.
Tinha funções políticas e propagandísticas. Com a decadência do Império o retrato tornou-se mais
simplificado.
O relevo era subordinado à arquitetura, com narrativas históricas, decorando altares, arcos de
triunfo, colunas, etc. Quer o relevo quer a estatuária eram pintados, como na Grécia. Exemplo: (Ara Pacis
- Altar) e A Coluna de Trajano:
• 200 metros de relevos em espiral com narrativa histórica;
• 2500 figurantes, onde é destacado o Imperador, no topo;
• Função comemorativa da estabilidade e grandeza do Império.

10. PINTURA ROMANA


A pintura romana tem influências orientais, egípcias e gregas – com sentido prático, documental e realismo.
A pintura mural era feita a “fresco”, mas haviam também painéis de madeira pintados. A temática era:
➢ Pintura triunfal – retratava cenas históricas;
➢ Temas mitológicos – com mistérios e vida de deuses;
➢ Paisagens de caráter bucólico;
➢ Naturezas-mortas;
➢ Cenas do quotidiano com muitos pormenores;
➢ Retratos
Exemplo: Os Frescos de Pompeia (ano 79). Tinham uma perspetiva linear e aérea, revelando o gosto pela
luz e imaginação decorativa.
• 1º Estilo (Estilo Estrutural) → paredes organizadas em três zonas horizontais, com painéis
pintados de uma só cor, imitando lajes de mármore;
• 2º Estilo (Estilo Arquitetónico) → Três zonas horizontais pintadas em falsas perspetivas com
paisagens e cenas mitológicas, com cores contrastantes;
• 3º Estilo (Estilo Ornamental) → Painéis de fundos lisos onde são pintadas cenas que parecem
pequenos quadros, impressões da realidade;

• 4º Estilo (Estilo Cenográfico/Ilusório) → Painéis de fundo vermelho com cenas detalhadas,


rodeadas de grinaldas, animais fantásticos, máscaras, etc.
11. MOSAICO ROMANO

A origem está ligada ao Oriente. Utilizavam materiais como o vidro, mármore e outras pedras em forma
de pequenos cubos, cobrindo chãos, paredes (interiores e exteriores) e tetos. Desenhos muito coloridos
imitando a pintura e com as mesmas temáticas.
Os Romanos divulgaram o uso do mosaico por todo o Império.
Exercícios de aplicação

1. Quando se fala de Octávio César Augusto as opiniões são muito variadas. Concentre-se na atuação
deste imperador e responda:
1.1. Em que consistiu a ação política de Augusto, como imperador?
1.2. Que poderes concentrou na sua pessoa?
1.3. Explique a frase: Roma serviu de modelo urbano para a romanização.

2. O Senado foi a instituição mais antiga do Estado romano. A Lei Romana foi um elemento de
romanização.
2.1. Tendo em atenção a afirmação anterior, defina e caracterize o Senado.

2.2. Justifique o papel da retórica.


2.3. Comente o facto de a Lei Romana servir também como um elemento de romanização.

3. Em 64, parte da cidade de Roma ardeu durante 7 dias. Relembre este acontecimento e responda:
3.1. Descreva o que aconteceu em julho de 64 d.C., em Roma.
3.2. Que repercussões urbanísticas provocou?

4. A língua latina percorreu uma evolução que acompanhou a da civilização romana.


4.1. Explique a evolução do latim, tendo em atenção a afirmação anterior.
4.2. Justifique a frase: A língua latina foi um dos elementos da romanização.

5. O ócio, os jogos e as artes estão relacionados entre si e foram evoluindo com a civilização romana.
5.1. Caracterize a cultura do ócio durante a República.
5.2. Que construções públicas estiveram ligadas ao ócio?
5.3. Por que razão na Roma imperial os governadores foram os principais patrocinadores dos jogos?

6. Analise as Figuras 1, 2 e 3.

Figura 1
Figura 2

Figura 3

6.1. Descreva uma particularidade do sistema construtivo e uma particularidade da decoração da


arquitetura romana.
6.2. Descreva a planta-tipo do templo romano, atendendo á Figura 1.
6.3. Faça a leitura da Figura 2 quanto à análise formal em planta e em volume e indique os materiais aí
utilizados.
6.4. Justifique arquitetonicamente as funções que se realizam no local da Figura 2.
6.5. Explicite as caraterísticas arquitetónicas das termas romanas, quanto à análise formal em planta e
em volume e decoração.
6.6. Partindo da análise da Figura 3, descreva e justifique a organização das novas cidades romanas.
7. Observe as Figuras 4 e 5.

Figura 4
Figura 5 Pormenor Coluna de Trajano

7.1. Descreva as características do retrato romano no tempo da Monarquia e no da República.


7.2. Tendo em atenção a Figura 4, caracterize o retrato de Augusto, quanto ao tratamento técnico-
formal e à expressividade.
7.3. Caracterize estilisticamente o relevo romano a partir da observação da Figura 5.

8. Atente na Figura 6 e responda:

8.1. Descreva as origens da pintura romana.


8.2. Explicite os locais e os temas usados na pintura mural romana.
8.3. Faça o mesmo para os mosaicos.
8.4. O que têm em comum a pintura e o mosaico romano?

Figura 6

9. Observe a Figura 5 e a Figura 7 e responda.

Figura 7
9.1. Descreva o tema e a composição tratados na Coluna de Trajano.
9.2. Selecione, de entre as propostas seguintes, a resposta certa que refere o tema da Figura 7.
a) Celebração do culto cristão.
b) Ritual de iniciação ao culto do deus Dionisio.
c) Cena de teatro romano.
d) Narrativa histórica da vida dos romanos.
9.3. Caracterize a pintura da Figura 7, quanto à composição e às cores.

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