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Ressureição Petista e Polarização Iminente: 2018 Parte 2?

Na ú ltima segunda feira (08) o ministro do STF, Edson Fachin, julgou como
incompetente a 13° Vara Federal de Curitiba, que tinha como titular o ex-juiz
Sérgio Moro, para processar e julgar os casos que envolvem o caso do tríplex do
Guarujá e do Sítio de Atibaia, responsá veis por tornarem o ex-presidente Lula
inelegível à luz da lei da ficha limpa. Com efeitos pujantes no campo político e
econô mico, e uma queda de 4% da bolsa e alta do dó lar em R$ 5,77, a notícia de
que a eleiçã o de 2022 pode ter como principais pivô s o ex-presidente Lula e o
presidente Jair Bolsonaro, fez ressurgir um ar nostá lgico, trazendo a memó ria o
cená rio altamente tensionado experimentado em 2018.
Diferente do que poderia se pensar, ambos os expoentes nã o poderiam
pedir um cená rio melhor para o pleito do pró ximo ano. Tanto quanto parasitá ria, a
relaçã o cultivada entre o Lulopetismo e o Bolsonarismo é de intrínseca
interdependência, levando em conta que o discurso extremando do Bolsonaro se
fortalece com a ameaça petista mais fresca do que nunca. Lastreado por um ideá rio
antissistema (antiestablishment), anticorrupçã o e antipetista, a volta do player
vermelho representa um ponto de recarga para um discurso bolsonarista
desgastado pela crise sanitá ria e fiscal. O ponto é que a volta do Lula para o jogo
político, dá ao discurso da extrema-direita, sobrevida, a despeito das 250 mil
mortes ocasionadas pelo descontrole da crise sanitá ria e do “embarrigamento” de
problemas econô micos e fiscais que fizeram o Brasil cair de 9° (nona) para 12°
(décimo segunda) economia mundial, na virada de 2019 para 2020.
Ademais, um cená rio altamente polarizado dificulta o surgimento de uma
terceira via mais ao centro que pudesse entregar uma via menos estremada, tanto
a esquerda como a direita. Com a possível fusã o do PSB com o PCdoB, visando a
criaçã o de uma legenda capaz de dar suporte a uma eventual candidatura do
apresentador Luciano Hulk, que se afastou das negociaçõ es com o DEM apó s a
racha do partido ocasionada pela eleiçã o para senado/câ mara, ainda é prematuro
esboçar qualquer tipo de perspectiva para o futuro.
O ponto é, com a reorganizaçã o do cená rio político, e com o ressurgimento
de um dos polos dinâ micos da política nacional, tudo irá depender de como as
bases desses dois pivô s políticos irã o reagir diante de um cená rio eleitoral, bem
como da capacidade de movimentos de centro de apresentarem lideranças com
fô lego o suficiente para rasgarem a polarizaçã o. Ao final, as cartas estã o à mesa,
mas o resultado ainda é obscuro.

Pedro Henrique Lima


Graduando em Direito, Pesquisador do LABÔ (PUC-SP) e Estudioso da
Democracia

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