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Mecatrônica – Integrado (2020/1)

Componente curricular: Arte

Recuperação paralela da atividade avaliativa 03 – Primeira etapa


Valor: 2,0
Entrega 12/03/2021

Arte propositiva

Neste material estão os textos e vídeos sobre artistas propositores. Após a


leitura e a visualização dos vídeos, segue a proposta de atividade a ser
realizada. É importante que você estude na íntegra este material e siga
atentamente às indicações de realização da atividade prática, da atividade de
escrita e da organização do material a ser entregue. Bom trabalho!
Arte e experiência1

A arte pode nos tocar de modos diferentes. Ter contato com a arte pode
proporcionar experiências significativas. Quando observamos uma imagem, assistimos a
um filme, a um espetáculo de dança, a uma peça de teatro ou quando ouvimos uma
música, sentimos emoções. Essas emoções pode ser tanto agradáveis como também
podem nos provocar sensações de estranhamento ou incômodo. Cada um sente a arte de
um jeito diferente porque somos pessoas com histórias e experiências diversas. Já
aconteceu de você ir ao cinema com um amigo e um de vocês se emocionar com as
cenas e história de um filme, e o outro, não? Isso acontece porque somos seres
singulares, com emoções e opiniões exclusivas. Podemos estar em estado de estesia ou
anestesiados.
Estesia: palavra usada pelos gregos antigos para dizer
que, quando nos emocionamos com algo, é porque
estamos abertos à poesia, em um estado de estesia, ou
seja, estamos propícios a sentir.

Às vezes, temos a intenção de entrar nesse estado sensível, mas pode acontecer de
estarmos distraídos. No entanto, podemos ser atraídos por uma música, uma cena de
filme, um trecho de um poema ou uma imagem que nos coloque nesse estado.
(FERRARi, p.35, 2013)

1 Textos retirados e adaptado dos livros:


FERRARI, Solange dos Santos Utari… Por toda parte: volume único. 1 ed. São Paulo: FTD, 2013.
FRENDA, Perla; GUSMÃO, Tatiane C.; BOZZANO, Hugo B. Arte em interação: Ensino Médio. São Paulo:
IBEP, 2013.
Arte propositiva

O artista carioca Hélio Oiticica (1937-1980) e a artista mineira Lygia Clark (1920-
1988) foram personalidades importantes para a divulgação da ideia da arte propositiva no
lugar da arte contemplativa. Eles defendiam que o público tivesse uma atitude ativa em
relação à arte, ou seja, que fizesse parte do processo de criação e interação com a obra.
Os artistas que apresentam esse tipo de proposta em suas exposições ou espetáculos
são conhecidos como artistas propositores.

Artistas propositores: a ideia de proposição na arte


surgiu no Brasil com o movimento Neoconcreto (entre as
décadas de 1950 – 1960), no qual os artistas buscavam
ampliar a ideia de arte como experiência estética,
expressiva, como uma linguagem em fluxo com a vida e
acultura. Eles viam a arte como a criação de um espaço
para discursos poéticos que pudessem ser lidos pelos
olhos e pelo corpo; desejavam que o público tivesse uma
atitude mais ativa diante das obras.

Na concepção do artista propositor, a arte precisa estabelecer relações com quem a cria e
também com quem a aprecia. O artista não é o único criador da obra e sim um coautor do
processo de criação, dado por um projeto descrito pelo artista, mas para o qual é feito um
convite ao público para que participe. São projetos que propõem percursos poéticos,
convidando as pessoas a penetrarem na obra de arte, para além da apreciação como
mero espectador, e, portanto, a participarem ativamente da criação. (FERRARi, p.54,
2013)
Proposição e Participação

Novas propostas em arte aconteceram em várias partes do mundo ao mesmo


tempo. No Brasil, Hélio Oiticica (1937 – 1980) foi um dos artistas mais inventivos desse
período. Uma das suas propostas que inclui o público é o Parangolé. O artista, que havia
iniciado sua produção artística com meios bidimensionais, nos anos de 1950, aos poucos
acabou levando sua obra para o espaço tridimensional. Mas essa mudança não foi radical
ou incoerente, elementos de sua obra bidimensional, como as formas geométricas e a cor,
estão presentes nos parangolés e em outras obras em que o artista propõe a participação
do público.
Oiticica acreditava que o artista deveria assumir uma postura de propositor, e o
público, de participador, numa experiência integrada. Os Parangolés eram capas,
estandartes ou bandeiras que deveriam ser vestidos pelo participador, experimentados. O
artista propôs os Parangolés a partir de sua aproximação com o samba e o morro da
Mangueira, no Rio de Janeiro. Ao som do samba, o parangolé incitaria o público a dançar,
a movimentar-se, imerso no ritmo, acessando um comportamento intuitivo, não intelectual.
A cor, assim, antes elemento puramente visual da pintura, ganha corpo e se torna viva,
dinâmica. Obras que antes eram artes visuais passam a ser algo além, em diálogo com
outras linguagens, com a dança e a música.
Lygia Clark (1920 – 1988) foi uma das primeiras artistas brasileiras a propor obras
que convidam o público a interação. Assim como Hélio Oiticica, de quem era amiga, ela
partiu da produção bidimensional abstrata e geométrica, chegando a propostas em que o
objeto se desloca de seu espaço tradicional (o quadro, a parede) para o espaço
tridimensional. Mas isso não ocorre como na criação de esculturas, e sim de objetos
manipuláveis. No contato e interação com o trabalho Bicho, as pessoas podem criar sua
participação. Seu nome, Bicho, nesse sentido, é sugestivo de uma atitude mais orgânica,
mais próxima da vida e mais distante dos objetos inanimados que são os quadros. Esse
processo de rompimento com o quadro bidimensional, preso na parede, muitas vezes é
chamado de “quebra da moldura”, ou seja, romper com aquilo que isola a obra de arte da
relação direta com o público e o espaço. (FRENDA, p.98, 2013)
Neoconcretismo

Este vídeo apresenta uma análise de Relevos Espaciais, de Hélio Oiticica e faz relações
com a obra Estantes Interrompidas, de Gabriel Sierra.

Acesso em 24 nov de 2020

https://www.youtube.com/watch?v=yTHyv6dt9As
Hélio Oiticica

Neste vídeo é apresentada uma exposição retrospectiva da obra de Hélio Oiticica em


Nova York, em 2017.

Acesso em 24 nov de 2020

https://www.youtube.com/watch?v=WqoP4MxkwjU
Lygia Clark

Neste vídeo é apresentado um panorama a partir de uma exposição de algumas obras de


Lygia Clark, em 2018.

Acesso em 24 nov de 2020

https://www.youtube.com/watch?v=gUleSApYFuA
Proposta de atividade
1) Para realizar a atividade comece entendendo o que é a Fita de Moebius.
Assista ao vídeo, mas ainda não faça a fita.

Fita de Moebius

Acesso em 24 nov de 2020

https://www.youtube.com/watch?v=sNnQjMRAGTc
2) Leia abaixo o trecho do texto propositivo escrito por Lygia Clark para
realizar “Caminhando”. Para auxiliar sua compreensão, após a leitura,
assista o vídeo e só depois disso realize a proposta, consultando novamente
os vídeos se julgar necessário.

1964 – Caminhando
“Caminhando” é o nome que dei à minha última proposição. A
partir daí, atribuo uma importância absoluta ao ato imanente
realizado pelo participante. O “Caminhando” tem todas as
possibilidades ligadas à ação em si: ele permite a escolha; o
imprevisível, a transformação de uma virtualidade em um
empreendimento concreto.

Faça você mesmo um “Caminhando” com a faixa branca de papel


que envolve o livro, corte-a na largura, torça-a e cole-a de maneira
a obter uma fita de Moebius. Tome então uma tesoura, enfie uma
ponta na superfície e corte continuadamente no sentido do
comprimento. Tenha cuidado para não cair na parte já cortada – o
que separaria a fita em dois pedaços. Quando você tiver dado a
volta na fita de Moebius, escolha entre cortar à direita e cortar à
esquerda do corte já feito. Essa noção de escolha é decisiva e
nela reside o único sentido dessa experiência. A obra é o seu ato.
À medida que em que se corta a fita, ela se afina e se desdobra
em entrelaçamentos. No fim, o caminho é tão estreito que não
pode mais ser aberto. É o fim do atalho.

(Se eu utilizo uma fita de Moebius para essa experiência, é porque


ela quebra os nossos hábitos espaciais: direita-esquerda, anverso-
reverso etc. Ela nos faz viver a experiência de um tempo sem
limite e de um espaço contínuo).

Cada “Caminhando” é uma realidade imanente que se revela em


sua totalidade durante o tempo de expressão do espectador-autor.
Caminhando

Acesso em 24 nov de 2020

https://www.youtube.com/watch?v=3sP-uT5DQLM
3) Após a realização da proposta “Caminhando”, organize o material para
entrega:

Fotografe o processo do seu “Caminhando” de modo que apareça


claramente a fica de Moebius e o recorte.

A partir da realização da proposta de “Caminhando” disserte sobre o conceito


de arte e sobre o conceito de “quebra da moldura”. Os textos e vídeo deste
material auxiliarão nesta reflexão.

Organize seu trabalho com todas as identificações necessárias e coloque


imagem e texto em um único arquivo, em formato .pdf

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