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Arte propositiva
A arte pode nos tocar de modos diferentes. Ter contato com a arte pode
proporcionar experiências significativas. Quando observamos uma imagem, assistimos a
um filme, a um espetáculo de dança, a uma peça de teatro ou quando ouvimos uma
música, sentimos emoções. Essas emoções pode ser tanto agradáveis como também
podem nos provocar sensações de estranhamento ou incômodo. Cada um sente a arte de
um jeito diferente porque somos pessoas com histórias e experiências diversas. Já
aconteceu de você ir ao cinema com um amigo e um de vocês se emocionar com as
cenas e história de um filme, e o outro, não? Isso acontece porque somos seres
singulares, com emoções e opiniões exclusivas. Podemos estar em estado de estesia ou
anestesiados.
Estesia: palavra usada pelos gregos antigos para dizer
que, quando nos emocionamos com algo, é porque
estamos abertos à poesia, em um estado de estesia, ou
seja, estamos propícios a sentir.
Às vezes, temos a intenção de entrar nesse estado sensível, mas pode acontecer de
estarmos distraídos. No entanto, podemos ser atraídos por uma música, uma cena de
filme, um trecho de um poema ou uma imagem que nos coloque nesse estado.
(FERRARi, p.35, 2013)
O artista carioca Hélio Oiticica (1937-1980) e a artista mineira Lygia Clark (1920-
1988) foram personalidades importantes para a divulgação da ideia da arte propositiva no
lugar da arte contemplativa. Eles defendiam que o público tivesse uma atitude ativa em
relação à arte, ou seja, que fizesse parte do processo de criação e interação com a obra.
Os artistas que apresentam esse tipo de proposta em suas exposições ou espetáculos
são conhecidos como artistas propositores.
Na concepção do artista propositor, a arte precisa estabelecer relações com quem a cria e
também com quem a aprecia. O artista não é o único criador da obra e sim um coautor do
processo de criação, dado por um projeto descrito pelo artista, mas para o qual é feito um
convite ao público para que participe. São projetos que propõem percursos poéticos,
convidando as pessoas a penetrarem na obra de arte, para além da apreciação como
mero espectador, e, portanto, a participarem ativamente da criação. (FERRARi, p.54,
2013)
Proposição e Participação
Este vídeo apresenta uma análise de Relevos Espaciais, de Hélio Oiticica e faz relações
com a obra Estantes Interrompidas, de Gabriel Sierra.
https://www.youtube.com/watch?v=yTHyv6dt9As
Hélio Oiticica
https://www.youtube.com/watch?v=WqoP4MxkwjU
Lygia Clark
https://www.youtube.com/watch?v=gUleSApYFuA
Proposta de atividade
1) Para realizar a atividade comece entendendo o que é a Fita de Moebius.
Assista ao vídeo, mas ainda não faça a fita.
Fita de Moebius
https://www.youtube.com/watch?v=sNnQjMRAGTc
2) Leia abaixo o trecho do texto propositivo escrito por Lygia Clark para
realizar “Caminhando”. Para auxiliar sua compreensão, após a leitura,
assista o vídeo e só depois disso realize a proposta, consultando novamente
os vídeos se julgar necessário.
1964 – Caminhando
“Caminhando” é o nome que dei à minha última proposição. A
partir daí, atribuo uma importância absoluta ao ato imanente
realizado pelo participante. O “Caminhando” tem todas as
possibilidades ligadas à ação em si: ele permite a escolha; o
imprevisível, a transformação de uma virtualidade em um
empreendimento concreto.
https://www.youtube.com/watch?v=3sP-uT5DQLM
3) Após a realização da proposta “Caminhando”, organize o material para
entrega: