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Nos últimos trinta anos o país tem vivido uma série de movimentos que tem o objetivo
de reformar o Estado visando conduzir o país a um estágio de desenvolvimento
compatível com a sua dimensão continental, com o potencial das riquezas existentes e
com o tamanho de sua população e da sua economia.
A grande maioria destas ações de reforma do Estado foi originada no próprio governo,
embora também tenham havido ações originadas no seio da sociedade.
A ação popular começava a surgir. O governo sofreu sucessivas derrotas nas poucas
possibilidades de eleição que havia na época. Como o governo militar tinh a todo o
poder, respaldado no AI -5, o governo procurou reduzir essas derrotas criando
condições eleitorais que a dificultavam. A imprensa começava a sair da tutela da
censura e contribuía para a disseminação das idéias.
O governo Collor surgiu como uma promessa de mudança nos métodos de fazer
política. Mas em pouco tempo demonstrou que não estava estruturado para isso. O
governo Itamar cumpriu o papel de completar o mandato mas teve o mérito de lançar
um plano econômico que finalmente conseguiu acabar com a inflação, uma mal com o
qual já convivíamos há mais de 20 anos.
Enquanto tudo isso acontecia no mundo político, a economia também buscav a as suas
soluções. No período militar as estatais tiveram um peso considerável na condução da
nossa economia. Já se percebia que uma das bases do sucesso econômico era a
produtividade das empresas. No início da década de 80, o modelo japonês já
começava a despontar. Um país derrotado na Segunda guerra, sem qualquer recursos
naturais, tornava -se a Segunda economia do mundo, com uma taxa de crescimento
que, na opinião de alguns estudiosos, ameaçava a hegemonia dos Estados Unidos.
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No meio dos anos 70 o Brasil realizou um acordo com a Alemanha com o objetivo de
construir usinas nucleares. Seguindo o modelo típico do regime militar, o governo criou
uma empresa estatal, a NUCLEBRÁS, com o objetivo de implantar o programa.
Engenheiros e técnicos brasileiros foram enviados à Alemanha para aprender a nova
tecnologia.
Todas as três tiveram um papel destacado, mas a FCO foi a que obteve maior
sucesso. Seu principal consultor o professor Vicente Falconi escreveu um livro sobre
qualidade de acordo com o modelo jap onês, que rapidamente tornou -se um best
seller. A empresa formou um time de consultores e passou a orientar as empresas
brasileiras na implantação do sistema. Outros livros foram publicados. Um intenso
programa de treinamento foi desenvolvido. A FCO passou a dar consultoria a 600
empresas brasileiras, no início as maiores do país, que representavam cerca de 30%
do PNB.
Até os anos 80 o mercado brasileiro era protegido por elevadas taxas de importação ,
criando barreiras à importação de produtos. A concorrência restringia -se a um
pequeno número de produtores brasileiros. Com isso a preocupação com qualidade e
produtividade também era pequena. Os preços industriais eram fixados pelo governo
através do Conselho Interministerial de Preços ( CIP ). Assim qualquer custo adicional
decorrente da falta de qualidade e produtividade era repassado ao preço final. Como
não havia concorrência internacional e o mercado local era cartelizado, o cliente final é
que tinha que pagar o preço.
Collor procurou colocar na sua equipe pessoas não ligadas a governos anteriores. Ele
foi buscar para compô -la um ex-presidente da Associação dos Engenheiros da
Petrobrás, que havia feito pesadas críticas à PETROBRÁS. Coincidiu que esse
profissional havia trabalhado no programa de desenvolvimento de fornecedores da
PETROBRÁS e era um dos primeiros brasileiros a obter a certificação de engenheiro
da qualidade pela ASQC. Esse profissional trouxe outros colegas para o gove rno. Para
dar uma resposta aos empresários, o governo COLLOR criou o PROGRAMA
BRASILEIRO DE QUALIDADE E PRODUTIVIDADE (PBQP), que tinha como objetivo
fomentar a utilização de técnicas de qualidade nas empresas visando aumentar a
produtividade, reduzindo os custos e tornando-as competitivas em relação ao mercado
internacional.
A implantação da norma ISO 9000 em uma empresa tem como produto um aumento
da sua produtividade, decorrente da redução de desperdícios, da redução de produtos
não conformes, da redução de retrabalho na execução das atividades.
Algumas grandes empresas viram na ISO 9000 um modelo a ser seguido dentro da
linha do PBQP. Em 1992 12 empresas obtiveram a certificação ISO 9000. Em função
do programa de fornecedores da PETROBRÁS, já havia um número razoável de
profissionais com conhecimentos na área da qualidade. Esses profissionais
rapidamente aprenderam os conceitos da ISO 9000 e passaram a implementar em
suas empresas.
Seguindo uma das metas do PBQP, em 1991 foi criada uma fundação privada, sem
fins lucrativos, mantida por 39 empresas, com o objetivo de promover o Prêmio
Brasileiro de Qualidade. A premiação em qualidade tem o objetivo de reconhecer a
excelência das empresas. Surgiu no Japão em 1950 com a criação do prêmio Deming.
Em 1984 surgiu nos Estados Unidos o Prêmio Malcolm Baldridge com o mesmo
objetivo. O Brasil seguia os mesmos passos.
O processo de premiação é bastante rigoroso. Apenas duas empresas são premia das
por ano. As empresas candidatas elaboram um relatório descrevendo o seu processo
de gestão. Cada relatório é analisado por dez profissionais da qualidade, selecionados
entre os mais capacitados no país e submetidos a um treinamento de três dias. O
processo é eliminatório por etapas, até que as melhores empresas são indicadas para
serem visitadas por examinadores seniores. Para se Ter uma idéia do nível de
exigências, uma empresa que tenha apenas a ISO 9000 implantada poderá Ter no
máximo 40 % dos pontos requeridos.
Uma das exigências da ISO 9000 é que as empresas avaliem os seus fornecedores e
prestadores de serviços. As empresas certificadas pela ISO 9000 passaram a f azer
exigências dos seus fornecedores, geralmente empresas de pequeno e médio porte. A
PETROBRÁS e a TELEBRÁS foram empresas onde o nível de exigência se tornou
mais rigoroso. Para continuar a fornecer para essas empresas era necessário
implantar sistema de qualidade e ser aprovado nas auditorias realizada pela empresa.
Outras empresas passaram a adotar critérios menos rigorosos, mas todas exigiam
uma melhoria na qualidade dos produtos e serviços. Em pesquisa realizada em 1997
ficou constatado que 60 % das empresas certificadas no Brasil são pequenas e
médias.
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6.1 GOVERNO
6.2 SOCIEDADE
6.3 POLÍTICA
6.4 ESTADO
6.5 DEMOCRATIZAÇÃO
No Brasil esse termo tem o significado de eleições livres, dentro das regras do jogo
estabelecidas, e imprensa livre, limitada aos intere sses dos grupos econômicos
proprietários dos meios de comunicação. Ainda há muito o que se fazer no país nesse
sentido. Só há democracia plena quando há ampla liberdade de escolha. E isso só
pode ocorrer quando houver um nível mínimo de educação da socieda de.
6.6 PARLAMENTO
6.7 PRODUTIVIDADE
Significa fazer mais , utilizando menos recursos. É a produtividade que torna uma
empresa competitiva.
6.8 MERCADO
6.9 CONCORRÊNCIA
6.10 DESENVOLVIMENTO
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Oliveira, Marcos. Brazil's ISO 9000 surge is nuclear powered. Geneve: ISO 9000
NEWS, 1995