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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE - FURG
ESCOLA DE ENGENHARIA
DISCIPLINA: 04085 - PROJETO DE ESTRADAS
Prof. Milton Luiz Paiva de Lima
NOTAS DE AULA
Versão 3 - 2009
ESCOLA DE ENGENHARIA
Av. Itália km 08, - Pav. K, Sala 01 - Rio Grande/RS - CEP 96201-900
96201
Fone: (053) 3233-6997
3233 - E-mail: mlplfurg@hotmail.com
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Capítulo 1
Este instrumento legal resultou de um processo que foi representado pelo Engenheiro
Maurício Joppert da Silva (1891 - 1985), quando exercia o cargo de Ministro de Estado dos
Negócios da Viação e Obras Públicas, ao então Presidente da República, José Linhares.
Além disso, a Lei Joppert criou o Fundo Rodoviário Nacional (FRN), suprido com
recursos financeiros oriundos da arrecadação de tributos incidentes sobre a propriedade de
veículos automotores e sobre o consumo de combustíveis e de lubrificantes. Os recursos desse
fundo, por força de lei, eram investidos exclusivamente no desenvolvimento do setor
rodoviário. Posteriormente, já em 1976, foram também incorporados ao FRN recursos
oriundos do Imposto Sobre o Transporte Rodoviário de Passageiros e de Cargas – ISTR (mais
tarde transformado em Imposto Sobre Transportes Rodoviários – IST).
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Para habilitarem-se ao recebimento dos recursos do FRN que lhes cabiam, os Estados,
Territórios e o Distrito Federal foram obrigados a criar seus próprios órgãos setoriais, na
forma de autarquias (Departamentos de Estradas de Rodagem – DER, ou Departamentos
Autônomos de Estradas de Rodagem – DAER).
Três anos após a instituição da Lei Joppert, os Municípios foram também integrados ao
modelo como beneficiários dos recursos do FRN, por força da Lei n° 302, de 13 jul. 1948.
Entretanto, tal Lei condicionava a liberação dos recursos do FRN que cabiam aos Municípios
à manutenção, pelas respectivas organizações administrativas, de um serviço especial de
estradas e caminhos municipais.
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Ministério dos
Federal DNER
Transportes
(1)
DER, DAER, Fundação DER ,
Estadual Secretarias de Estado (2) (3)
DERT , AGETOP
Secretarias
Municipal DMER e outras
Municipais
(1) Caso do Estado do Rio de Janeiro, que reconfigurou o DER/RJ como Fundação DER.
(2) Caso do Estado do Ceará, que reconfigurou o DAER/CE como Departamento de Edificações, Rodovias e
Transportes - DERT.
(3) Caso do Estado de Goiás, cujo DER/GO foi extinto, sendo suas atividades absorvidas pela Agência Goiana
de Transportes o Obras Públicas (AGETOP).
Desde então, formas alternativas de financiamento do setor têm sido buscadas, dentre as
quais se destacam as gestões no sentido de reinstituir um Fundo Rodoviário (apenas para
conservação de rodovias), as modalidades de concessão de rodovias à iniciativa privada (para
viabilizar a realização de investimentos mediante a cobrança de pedágio dos usuários), e as
tentativas de instituição de imposto seletivo sobre hidrocarbonetos, derivados de petróleo,
combustíveis e óleos lubrificantes, com vinculação de parcelas a investimentos em infra-
estrutura do Sistema Nacional de Viação.
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Em 1973 foi instituída a terceira versão do Plano Nacional de Viação, que veio a se
constituir numa espécie de “Carta Magna” para o setor de transportes, e que deveria, por
disposição da própria lei que o instituiu, ser revisto a cada 5 anos.
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Uma das atribuições que o Plano Nacional de Viação reservou ao DNER foi a de fixar
critérios para a nomenclatura das rodovias federais, com o objetivo de sistematizar
procedimentos para a designação técnica das rodovias.
Para tanto, desde a instituição do II PNV (em 1964), vem sendo adotado no Brasil o
critério de localização geográfica para a designação das rodovias federais.
As rodovias federais são designadas por uma sigla, constituída pelo símbolo “BR”
(indicativo de qualquer rodovia federal brasileira), seguido de um traço separador, e de um
número de três algarismos; o primeiro algarismo indica a categoria da rodovia, e os dois
remanescentes indicam a posição da rodovia em relação aos limites geográficos do país e em
relação a Brasília, a capital federal. Isso está esquematizado na Figura 1.1.
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a) Rodovias Radiais: são aquelas que partem de Brasília, em qualquer direção, para
ligá-la às capitais estaduais ou a pontos periféricos importantes do País. Ex.: BR-040.
(Brasília - Rio de Janeiro).
• Diagonais Ímpares: têm direção geral nordeste - sudoeste (NE-SO). Ex. BR-
319 (Manaus - Porto Velho).
e) Rodovias de Ligação: em geral essas rodovias ligam pontos importantes das outras
categorias. Embora sejam estradas de ligação, chegam a ter grandes extensões, como a BR-
407, com 1251 km. Já a BR-488 é a menor de todas as rodovias federais, com apenas 2,9 km
de extensão. Esta rodovia faz a conexão da BR-116 com o Santuário Nacional de Aparecida,
no Estado de São Paulo.
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Há uma outra forma de classificar as rodovias, na qual não importa suas localizações
ou disposições geográficas, mas sim o tipo de serviço que elas oferecem.
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• Rodovias Urbanas;
• Rodovias Rurais.
Embora não existindo limites rígidos de distinção, pode-se dizer que são classificadas
como rodovias urbanas àquelas que se situam próximas às grandes cidades. Sempre que
houver uma estrada de rodagem ligando duas cidades distantes entre si menos de 10 km,
tendo uma delas população superior a 200.000 habitantes, o projeto geométrico deve dotar o
trecho com características técnicas de rodovias urbanas.
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Quanto à Classificação Técnica das Rodovias atualmente usada, ela será vista em
detalhes mais adiante, pois para entendermos os critérios desta classificação precisamos
conhecer alguns conceitos utilizados na área de Engenharia de Tráfego.
Quanto ao uso das normas do DNER no Brasil, é interessante observar que existem
exceções: por exemplo, no Estado de Santa Catarina, o DER/SC resolveu adotar normas
alemãs para o Projeto Geométrico de Rodovias.
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