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1-INTRODUÇÃO
Pode-se afirmar que este dispositivo deixa claro que a OAB possuí
personalidade jurídica própria, é um órgão autônomo e um serviço público, sem vínculo
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Por isso, a OAB é uma entidade jurídica sui generis, que não se inclui nas
autarquias administrativas nem entre as entidades exclusivamente privadas, mas um
serviço público independente, submetida ao direito público (exercício do poder de
policia administrativa da profissão) e ao direito privado (demais finalidades).
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Incumbe também a OAB a luta permanente pela justiça social, a qual foi
elevada pela CF/88, a categoria de objetivo fundamental da República e princípio básico
que rege a as atividades econômicas. Tal justiça difere das espécies aristotélicas de
justiça comutativa e distributiva, porque é dotada da função de suprimir ou reduzir as
desigualdades sociais ou regionais. Portanto, os advogados brasileiros devem contribuir
para esta grande missão, na medida de suas possibilidades.
Por fim, a OAB deve pugnar pela boa aplicação das leis e rápida administração
da justiça e também pelo aperfeiçoamento da cultura e instituições jurídicas. Quanto a
primeira tarefa, deve-se deixa claro que a OAB é parte legitima na crítica e busca de
soluções para a crise que passa o Judiciário no que tange a crescente demanda por
acesso a justiça, pois a Justiça lenta favorece os poderosos e nada contribui para se
garantir direitos aos dessapossuídos e não se chega ao Juiz, senão através do advogado.
Quanto a última, não se pode pensar que o dever da OAB se resume a formação
universitária, mas abrange a toda a vida profissional do advogado, devendo estimulá-lo
durante toda a sua vida profissional, mediante cursos e palestras.
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Portanto, não existe uma pessoa jurídica OAB, ao lado de outras pessoas
jurídicas, mas, uma instituição organizada em determinadas pessoas jurídicas que são o
Conselho Federal, os Conselhos Seccionais e as Caixas de Assistencia.
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Alude o art. 46 e seu parágrafo único que: “Compete à OAB fixar e cobrar, de
seus inscritos, contribuições, preços de serviços e multas. Parágrafo único. Constitui
título executivo extrajudicial a certidão passada pela diretoria do Conselho
competente, relativa a crédito previsto neste artigo”.
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Determina o Art. 49 e seu parágrafo único, que: “Os Presidentes dos Conselhos
e das Subseções da OAB têm legitimidade para agir, judicial e extrajudicialmente,
contra qualquer pessoa que infringir as disposições ou os fins desta lei”.
Parágrafo único. As autoridades mencionadas no caput deste artigo têm, ainda,
legitimidade para intervir, inclusive como assistentes, nos inquéritos e processos em
que sejam indiciados, acusados ou ofendidos os inscritos na OAB.
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E para finalizar o Capítulo I, prescreve o Art. 50 que: “Para os fins desta lei,
os Presidentes dos Conselhos da OAB e das Subseções podem requisitar cópias de
peças de autos e documentos a qualquer tribunal, magistrado, cartório e órgão da
Administração Pública direta, indireta e fundacional”.
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Alude o Art. 52: “Os presidentes dos Conselhos Seccionais, nas sessões do
Conselho Federal, têm lugar reservado junto à delegação respectiva e direito somente
a voz”
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legitimação lhe seja outorgada por lei; XV - colaborar com o aperfeiçoamento dos
cursos jurídicos, e opinar, previamente, nos pedidos apresentados aos órgãos
competentes para criação, reconhecimento ou credenciamento desses cursos; XVI -
autorizar, pela maioria absoluta das delegações, a oneração ou alienação de seus
bens imóveis; XVII - participar de concursos públicos, nos casos previstos na
Constituição e na lei, em todas as suas fases, quando tiverem abrangência nacional
ou interestadual; XVIII - resolver os casos omissos neste estatuto. Parágrafo único. A
intervenção referida no inciso VII deste artigo depende de prévia aprovação por dois
terços das delegações, garantido o amplo direito de defesa do Conselho Seccional
respectivo, nomeando-se diretoria provisória para o prazo que se fixar.
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O quinto inciso determina que o Estatuto não esgota todas as matérias relativas á
OAB e aos seus advogados. O legislador optou por uma lei concisa, cuidando
exclusivamente dos temas contidos no que se considera reserva legal. Tudo o mais que
se tenha natureza regulamentar, e não envolva criação, modificação ou extinção de
direitos e obrigações, foi remetido a complementação normativa do Regulamento Geral,
do Código de Ética e Disciplina e dos Provimentos, todos editados pelo Conselho
Federal, por força de delegação de lei.
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especial, mas deverá ser ouvida previamente a autoridade em causa para apresentar
defesa.
O décimo quarto inciso trata dos Jus Postulandi do Conselho Federal da OAB.
Assim, referido órgão tem legitimidade para ajuizamento de ações coletivas, além da
ação direta de inconstitucionalidade contra normas legais e atos normativos. São elas,
essencialmente: Ação Civil Pública, Mandado de Segurança Coletivo, Mandado de
Injunção e demais ações assemelhadas. Estas ações podem ser propostas não só pelo
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Conselho Federal, mas pelo Conselho Estadual e as Subseções quando contarem com
Conselho próprio.
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O Conselho Seccional não tem mais uma composição uniforme, para todas as
unidades federativas, como ocorria antes do advento do Estatuto. A lei não fixa mais o
número mínimo ou máximo, deixando para o Regulamento Geral tal mister, salvo o da
proporcionalidade dos inscritos, o único que previu.
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Federal, sem decisão do Conselho Seccional. Mesmo quando a Subseção conte com
Conselho, este não pode rever os atos de sua diretoria.
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O décimo terceiro inciso trata do Tribunal de Ética e Disciplina, o qual pode ser
considerado como uma das mais importantes inovações do Estatuto. Compete a cada
Conselho Seccional criá-lo e definir sua composição. O tribunal assume as funções de
órgão julgador, julgando todos os processos disciplinares instruídos pelo Conselho ou
pelas Subseções e como órgão de consulta e promoção de ética profissional. Os
procedimentos que deve observar estão previstos no Código de Ética e Disciplina.
O décimo quarto inciso trata das listas sêxtuplas que devem ser elaboradas pelo
Conselho Seccional, para a composição dos tribunais com jurisdição no território
coincidente com o de sua competência, inclusive os tribunais federais. Também
participa da composição da lista quando o tribunal tiver abrangência interestadual,
incluindo o território de sua competência.
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interpor o especifico recurso de embargos á decisão não unânime, para que seja
reapreciada a matéria na sessão seguinte.
A Subseção foi o órgão da OAB que maior transformação sofreu com o novo
Estatuto. O Estatuto anterior apenas referia-se a sua diretoria, sem estabelecer estrutura,
atribuições e meios de atuação. A Subseção é parte autônoma do Conselho Seccional,
com jurisdição sobre determinado espaço territorial daquele, todavia não é dotada de
personalidade jurídica própria. É órgão do Conselho Seccional, mas também da OAB,
como sua menor unidade.
Se a Subseção for grande, ou seja, contar com mais de 100 advogados (salvo se
o regimento interno do Conselho Seccional exigir número maior) com domicílio
profissional em sua área de jurisdição, abre- se a possibilidade desta Subseção contar
com um Conselho para distribuição de suas atividades. O Conselho da Subseção,
quando existir e for criado pelo Conselho Seccional, desempenha as funções deste, onde
couber, mas não constitui órgão hierarquicamente superior á diretoria. Atua
paralelamente a esta, em colaboração, segundo a distribuição de competências fixada
em regimento interno, aprovado pelo Conselho Seccional.
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está vedada. Contudo, para os mesmos cargos de direção, o Conselho Federal e alguns
Seccionais tem adotado a praxe salutar da não reeleição, permitindo maior rotatividade
democrática.
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E por fim, aduz o Art. 67: “A eleição da Diretoria do Conselho Federal, que
tomará posse no dia 1º de fevereiro, obedecerá às seguintes regras: I - será admitido
registro, junto ao Conselho Federal, de candidatura à presidência, desde seis meses
até um mês antes da eleição; II - o requerimento de registro deverá vir acompanhado
do apoiamento de, no mínimo, seis Conselhos Seccionais; III - até um mês antes das
eleições, deverá ser requerido o registro da chapa completa, sob pena de
cancelamento da candidatura respectiva; IV – no dia 31 de janeiro do ano seguinte
ao da eleição, o Conselho Federal elegerá, em reunião presidida pelo conselheiro
mais antigo, por voto secreto e para mandato de 3 (três) anos, sua diretoria, que
tomará posse no dia seguinte; V – será considerada eleita a chapa que obtiver
maioria simples dos votos dos Conselheiros Federais, presente a metade mais 1 (um)
de seus membros. Parágrafo único. Com exceção do candidato a Presidente, os
demais integrantes da chapa deverão ser conselheiros federais eleitos”.
A eleição dar-se-á por chapa que indique os candidatos aos cargos da diretoria
do Conselho Federal, em cédula única, sendo eleitores todos os membros do Conselho
Seccional, com direito a voto, no dia 25 de janeiro do ano seguinte ao da eleição dos
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