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6ª Conferência sobre
Tecnologia de Equipamentos
Elisabete M. Almeida
Instituto Nacional de Engenharia e Tecnologia Industrial – INETI
elisabete.almeida@mail.ineti.pt
Manuel Morcillo
Centro Nacional de Investigaciones Metalúrgicas – CENIM
director@cenim.csic.es
SINÓPSE
Neste trabalho, os autores apresentam, com base nas pesquisas realizadas até o
momento, as quais envolveram a realização de ensaios acelerados e não acelerados
de corrosão, uma série de considerações técnicas importantes a respeito do
desempenho à corrosão de esquemas de pintura com tintas de base aquosa e a base de
solventes orgânicos. Os resultados obtidos mostram que, dentre os diversos
esquemas de pintura estudados, existem vários, com tintas de base aquosa, capazes
de proporcionar uma proteção anticorrosiva satisfatória ao aço, desde que sejam
corretamente especificados em função da agressividade atmosférica e que as tintas
possuam qualidade adequada.
1. INTRODUÇÃO
Neste trabalho, os autores apresentam, com base nas pesquisas realizadas até o
momento, as quais envolveram a realização de ensaios acelerados e não acelerados
de corrosão, uma série de considerações técnicas importantes a respeito do
desempenho à corrosão de esquemas de pintura com tintas de base aquosa e a base de
solventes orgânicos. Também são apresentados alguns dos principais resultados
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6ª Conferência sobre
Tecnologia de Equipamentos
2. METODOLOGIA
Quanto aos esquemas elaborados com as tintas de base aquosa (W), a descrição dos
mesmos está apresentada na Tabela II. Com relação aos referidos esquemas, é
importante destacar que quatro importantes fabricantes portugueses de tintas,
codificados como A, B, C e D, todos com reconhecimento em nível internacional,
tomaram parte no estudo, participando, cada um deles, com dois esquemas de pintura
elaborados com tintas de base aquosa (W). Conforme pode ser observado na Tabela
II, existem esquemas de pintura bastante parecidos, com pequenas diferenças em
termos de espessura, porém com tintas de fabricantes diferentes, como por exemplo
os esquemas W1 e W5, W2 e W3 e W4 e W8. O esquema W6 é o único que possui
tinta primária epóxi fosfato de zinco e tinta de acabamento epóxi. Os esquemas W2 e
W3, apesar de possuírem tinta primária epóxi fosfato de zinco, têm tinta de
acabamento acrílica. O esquema W7 possui tinta primária pigmentada com zinco
metálico. Ele difere dos esquemas W4 e W8 pelo fato das tintas intermediária e de
acabamento serem pigmentadas com óxido de ferro micáceo (MIO). Portanto,
observa -se que, além dos diferentes mecanismos de proteção anticorrosiva dos
esquemas de pintura, também se pode observar a influência da tecnologia de
formulação e de fabricação das tintas, já que estas foram provenientes de diferentes
fabricantes, no desempenho dos revestimentos por pintura.
Quanto aos ensaios não acelerados de corrosão, estes foram conduzidos de acordo
com o procedimento estabelecido na norma ISO 8565 (18), em sete estações de
ensaio de corrosão atmosférica com diferentes categorias de corrosividade. No caso
do presente trabalho, todas as considerações técnicas foram elaboradas com base nos
resultados obtidos em quatro estações de ensaio, bem definidas e classificadas com
relação ao tipo de atmosfera e categoria de corrosividade. As estações de ensaio
utilizadas foram: rural, urbana, industrial e marinha. Na Tabela III apresentam-se as
principais características das mesmas (3, 5). A duração dos ensaios nas atmosferas
rural, urbana e industrial foi de quarenta e três meses enquanto que na marinha a
mesma foi de trinta e seis meses.
(*) Classificação segundo a norma ISO 9223, com base nos dados de climatologia e
de poluição
(**) Com base na taxa de corrosão obtida no primeiro ano de exposição dos metais.
Além dos ensaios mencionados, os esquemas de pintura também foram avaliados por
meio de técnicas eletroquímicas, com o objetivo de se obter informações técnicas a
respeito dos mecanismos de degradação dos mesmos. Neste sentido, foram utilizadas
as técnicas de impedância eletroquímica e de ruído eletroquímico (3).
Como pode ser observado na Tabela III, as duas estações de corrosão atmosférica em
questão são de elevada agressividade. Apesar disso, observou-se que o mecanismo de
degradação dos revestimentos por pintura, principalmente na região da incisão, foi
diferente. No que diz respeito ao desempenho à corrosão proporcionada pelos
diferentes esquemas de pintura, as considerações a serem feitas são as seguintes:
Com relação aos esquemas de pintura sem tintas de fundo ricas em zinco, na
atmosfera marinha observou-se uma degradação acentuada na região da incisão.
Os esquemas acrílicos de base aquosa (W1 e W5) e mais o alquídico a base de
solventes orgânicos (S1) apresentaram, além do avanço de corrosão, um processo
de corrosão filiforme bastante acentuado a partir da incisão. Com relação aos
esquemas de pintura sem tintas ricas em zinco expostos na atmosfera industrial, é
possível observar um comportamento bastante diferenciado daquele que ocorreu
na atmosfera marinha. Por exemplo, os esquemas acrílicos de base aquosa (W1 e
W5) apresentaram um avanço de corrosão pequeno, o mesmo ocorrendo com o
esquema W2 (epóxi/acrílico), e, portanto, desempenho superior ao esquema S8
com tintas a base de solventes orgânicos.
Na atmosfera rural, como já era esperado, todos os esquemas de pintura, com ou sem
tintas de fundo ricas em zinco e independente do tipo de tecnologia das tintas, de
base aquosa ou a base de solventes orgânicos, apresentaram excelente desempenho
na proteção do aço contra à corrosão. Portanto, no que diz respeito à relação
custo/benefício, não se justifica, neste tipo de atmosfera, a utilização de esquemas de
pintura com tintas de fundo ricas em zinco. Portanto, para este tipo de atmosfera
também existem esquemas de pintura com tintas de base aquosa que podem conferir
proteção anticorrosiva satisfatória ao aço. Logo, o custo dos esquemas é um fator
importante a ser considerado na seleção dos mesmos. A seguir, apresenta-se o custo
relativo dos diferentes esquemas de pintura, com base nos custos das tintas no Brasil
em fevereiro de 2000.
4. CONCLUSÕES
Com base nos estudos já realizados, considerando o estágio tecnológico das tintas
utilizadas nos mesmos , bem como as considerações técnicas apresentadas ao longo
deste trabalho, pode-se concluir que:
5. REFERÊNCIAS
(10) ISO 8501, Preparation of steel surfaces before application of paints, Geneve
(1988).
(11) F. Fragata et al, Conventional painting coatings for steel protection in the
atmosphere, 14th ICC, Cape Town, South Africa, september (1999).
(12) ISO 7253, Paints and varnishes. Determination of resistance to neutral salt spray
(fog), ISO, Geneve (1996).
(13) ASTM G 85, Sta ndard Practice for Modified Salt Spray (Fog) Testing,
Philadelphia (1998).
(15) ASTM G 5894, Standard Test Method for Cyclic Salt Fog/UV Exposure of
Painted Metal, Philadelphia (1996).
(16) ASTM G 26, Operating light-exposure apparatus (xenon arc type) (1996).
(17) DIN 50017, Testing of materials, structural components and equipment. Method
of test in damp heat atmospheres, Berlin (1982).
(18) ISO 8565, Metals and alloys. Atmospheric corrosion testing – General
requirements for field tests, ISO, Geneve (1990).
(19) ISO 4628 – Parts 1-5, “Paint and varnishes – Evaluation of degradation of paint
coatings – Designation of intensity, quantity and size of common types of defect”,
ISO, Geneve (1984).
AGRADECIMENTOS
40 (*)
30
20
10
( ** )
0
W1 W2 W3 W4 W5 W6 W7 W8 S1 S7 S8
ESQUEMA
( * ) Os valores não correspondem ao avanço de corrosão sob o revestimento
por pintura e sim à extensão do processo de corrosão filiforme que
ocorreu na incisão.
( ** ) Observou-se empolamento (4 mm) na interface da tinta primária de zinco com o restante do
esquema de pintura.
20
( *** )
15 ( ** )
10
5 (*)
(*)
0
W1 W2 W3 W4 W5 W6 W7 W8 S1 S7 S8
ESQUEMA
( * ) Referente a algumas bolhas na incisão.
( ** ) A corrosão atingiu a borda inferior dos corpos-de-prova e estes foram retirados
do ensaio após 36 meses.
( *** ) Ocorreu a perfuração da chapa de aço no local da incisão.