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Secretário Executivo
Daniel Klüppel Carrara
OVINOCAPRINOCULTURA
BRASÍLIA
2014
© 2014, SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM RURAL – SENAR
Todos os direitos de imagens reservados. É permitida a reprodução do
conteúdo de texto desde que citada a fonte.
I. Título.
CDU - 636.03
SUMÁRIO
3. Planejamento������������������������������������������������������������������������������������������������� 32
3.1
Modelo PDCA���������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������� 33
5. Cronograma de ações������������������������������������������������������������������������������������ 52
7. Bibliografia consultada����������������������������������������������������������������������������������66
4
1
METODOLOGIA DE CÁLCULO
DE CUSTO DE PRODUÇÃO DE
OVINOCAPRINOCULTURA
ASSISTÊNCIA TÉCNICA E GERENCIAL
Ovinocaprinocultura
1.1 INTRODUÇÃO
De forma simplificada e direta, esta apostila tem o objetivo de apresentar metodologias de cál-
culo de custo de produção, além de auxiliar o produtor rural e o consultor técnico na gestão de
empresas rurais, de forma que tais ações sejam sustentáveis nos campos social, ambiental e, prin-
cipalmente, econômico.
Gerenciamento
O ato de dirigir ou administrar empresas, cooperativas, negócios, o qual necessariamente envolve
pessoas em interação.
Fluxo de caixa são os valores monetários que refletem as entradas e as saídas de recursos e pro-
dutos da unidade de produção, em um determinado período de tempo.
Fatores externos são aqueles sobre os quais o empresário não tem controle direto. Incluem-se aqui
as condições climáticas, a legislação e as instituições vigentes, o comportamento do mercado e a
política agrícola. Apenas indiretamente, por meio de cooperativas, associações de classe ou seus
representantes no governo, os produtores podem, em princípio, afetar a situação do mercado, os
preços, o desenvolvimento dos meios de transporte, a legislação, a política de crédito, a assistên-
cia técnica, entre outros.
Fatores internos são aqueles mobilizados pelo produtor e a partir dos quais tem controle direto.
São os seguintes: tamanho ou volume dos negócios, rendimentos das culturas e criações, seleção
e coerência do sistema de produção adotado, eficiência da mão de obra e outros fatores de pro-
dução, equilíbrio dos custos de produção, etc.
Analisar os custos de produção de uma empresa agropecuária é tarefa fundamental para uma
boa administração. Com a análise dos custos na produção de caprinos e ovinos, pode o produtor,
juntamente com o técnico, identificar os pontos fortes e fracos da propriedade e, nestes, dispor
do embasamento necessário para a tomada de decisões.
6
Estudos sobre custos de produção têm sido utilizados para diversas outras finalidades, como:
analisar a rentabilidade da atividade rural; reduzir os custos controláveis; determinar o preço de
venda compatível com o mercado no qual as empresas atuam; planejar e controlar as operações
do sistema de produção; identificar o ponto de equilíbrio do sistema de produção.
Para que o custo de produção seja o mais real possível, é fundamental que o consultor técnico
tenha um bom conhecimento da rotina da propriedade em que presta assistência.
Exemplos de custos variáveis: ração, fertilizantes, sementes, defensivos agrícolas, gastos com sa-
nidade do rebanho, salário de mão de obra contratada.
Exemplos de custos fixos: mão de obra familiar, depreciação de benfeitorias, máquinas e equipa-
mentos e remuneração sobre o capital investido na atividade.
O custo de mão de obra familiar é contabilizado aqui pelo fato de não existir desembolso para
tal, diferente de quando ocorre o pagamento dos funcionários contratados. Para estabelecer esse
valor, é preciso avaliar a atividade exercida pelos membros da família na propriedade. Diante dis-
so, devemos considerar o custo como sendo aquele que os familiares receberiam em outra pro-
priedade para exercer as mesmas atividades. Dessa maneira, estamos contabilizando o custo de
oportunidade de trabalhar em outra fazenda, se não fosse a própria.
No caso da depreciação, trata-se de uma reserva monetária que o empresário deveria fazer com
o intuito de se preparar para o momento de trocar os equipamentos, máquinas, benfeitorias, for-
rageiras não anuais (capineira, canavial, etc.), reprodutores e animais de serviço, quando se fizer
necessário para a manutenção da capacidade produtiva da empresa.
8 Para calcular o custo de depreciação, utiliza-se o método linear, como descrito na fórmula abaixo:
D = (V-S)/n
Onde:
V = Valor de novo;
S = Valor de sucata (considerar sempre igual a zero no cálculo);
n = Vida útil total.
Porém, com o propósito de tornar esse método mais flexível, aplicamos algumas variações dessa
fórmula de acordo com cada caso:
D = (V-S)/n
Onde:
V = Valor de novo;
S = Valor de sucata (considerar sempre igual a zero no cálculo);
n = Vida útil total.
Por exemplo: Um trator no valor de R$ 79.000,00, com vida útil de 15 anos, terá a depreciação igual a:
ASSISTÊNCIA TÉCNICA E GERENCIAL
Ovinocaprinocultura
Depreciação = (79.000 – 0) / 15
Depreciação = R$ 5.266,66 / ano
2º caso: bem adquirido usado, porém ainda dentro do prazo da vida útil estabelecida
D = (VC-S)/nr
Onde:
VC = Valor de compra;
S = Valor de sucata (considerar sempre igual a zero no cálculo);
nr = Vida útil residual.
Por exemplo: Um trator comprado no valor de R$ 15.000,00, com vida útil residual de três anos,
terá a depreciação igual a:
Depreciação = (15.000 – 0) / 3
Depreciação = R$ 5.000,00 / ano 9
3º caso: bem que já esgotou sua vida útil
Por exemplo: Um trator comprado no valor de R$ 50.000,00, há 20 anos. Sua vida útil foi de 15
anos, portanto, já se esgotou. Nesse caso, a depreciação não é calculada, pois toda a depreciação
do trator já foi paga.
Nota: Vale a pena destacar que enquanto um bem adquirido novo para a empresa rural estiver
dentro do período da vida útil estabelecida, quer seja em anos ou em horas trabalhadas (no caso
de máquinas e equipamentos), sua depreciação será calculada de acordo com o 1º caso. Depois de
esgotada a sua vida útil, passará a ter sua depreciação calculada conforme o o 3º caso. O mesmo
acontece com o bem adquirido usado: ao ter sua vida útil residual esgotada, segue o 3º caso.
JA = (VN – S) * i
Onde:
VN = Valor de novo;
S = Valor de sucata (considerar igual a zero no cálculo);
I = Juros.
Porém, é preciso tornar esse cálculo mais flexível, por isso aplicamos algumas variações dessa
fórmula de acordo com cada caso, pois um bem adquirido novo na propriedade se soma a outros
bens de variadas idades. Sendo assim, deve-se fazer o valor médio desses bens para tornar o cál-
culo menos subjetivo. Seguem, abaixo, exemplos de cada caso que pode ocorrer:
Por exemplo: o mesmo trator com valor de novo igual R$ 79.000,00 e juros de 6% a.a. terá o custo
igual a:
JA = ((VN – S) / 2) * i
Onde:
VN = Valor de novo;
S = Valor de sucata (considerar igual a zero no cálculo);
I = Juros.
Por exemplo: O mesmo trator com valor de novo igual R$ 79.000,00, com valor de mercado de
R$ 7.000,00 e juros de 6% a.a., terá o custo igual a:
JA = (VR – S) * i
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Ovinocaprinocultura
Onde:
VR = Valor residual;
S = Valor de sucata (considerar igual a zero no cálculo);
I = Juros.
Por exemplo: Um aprisco suspenso com valor de novo igual R$ 60.000,00 e juros de 6% a.a. terá
o custo igual a:
JA = ((VN – S) / 2) * i
Onde:
11
VN = Valor de novo;
S = Valor de sucata (considerar igual a zero no cálculo);
I = Juros.
Por exemplo: Um rebanho com valor total de R$ 60.000,00 e juros de 6% a.a. terá o custo igual a:
JA = (VN – S) * i
Onde:
VN = Valor de novo;
S = Valor de sucata (considerar igual a zero no cálculo);
I = Juros.
Exemplo:
Cálculo:
VIA = Valor final do rebanho(R$) – valor inicial do rebanho(R$) - compras
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Ovinocaprinocultura
O resultado desse cálculo, sendo negativo ou positivo, irá compor a renda bruta da atividade.
Exemplo:
Desses, temos:
Exemplo:
Exemplo:
• Dados
–– Custo operacional efetivo: R$ 14.630,00/ano
–– Mão de obra familiar: R$ 2.300,00/ano
–– Depreciações: R$ 4.388,00/ano
Exemplo:
• Dados:
–– Custo operacional total: R$ 21.318,00/ano
–– Juros sobre o capital empatado:R$ 3.942,00
MB = RB - COE
Exemplo:
• Dados
–– Renda bruta anual de atividade: R$ 42.228,00/ano
–– Custo operacional efetivo da atividade: R$ 14.630,00/ano
Os resultados obtidos podem ser analisados anualmente, por matriz, kg de carne ou por hectare.
Esse último indicador é muito utilizado na comparação com outras atividades agropecuárias,
principalmente quando se quer relacionar com a viabilidade de arrendamento de terra.
Nesse caso, economicamente é melhor produzir cordeiros do que arrendar a terra para o
plantio de soja.
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Ovinocaprinocultura
ML = RB - COT
Exemplo:
• Dados
–– Renda bruta anual de atividade: R$ 42.228,00/ano
–– Custo operacional total da atividade: R$ 21.318,00/ano
Lucro
É constituído pela diferença entre a renda bruta e o custo total, ou seja, consegue-se cobrir todos
os custos variáveis e fixos, inclusive o de oportunidade do capital investido na atividade.
15
Lucro = RB - CT
Exemplo:
• Dados
–– Renda bruta anual de atividade: R$ 42.228,00/ano
–– Custo total da atividade: R$ 25.260,00/ano
Para calcular esse indicador, é preciso saber qual é o total de capital empatado em cada empresa.
Veja o exemplo a seguir:
• Terra: R$ 120.00,00;
• Benfeitorias: R$ 78.000,00;
• Maquinários: R$ 40.000,00;
• Forrageiras não anuais: R$ 25.000,00;
• Animais: R$ 60.000,00.
Relação benefício-custo
Objetiva identificar e avaliar todas as receitas e despesas associadas a diferentes alternativas, e,
assim, determinar a que maximiza a diferença entre benefícios e custos.
Esse resultado significa que para cada R$ 1,00 investido na atividade, R$ 1,67 é retornado.
Como exemplo, vamos analisar o capital empatado por quilo de carne produzido segundo os dados:
2
INTERPRETAÇÃO
DE INDICADORES
TÉCNICO-ECONÔMICOS
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Ovinocaprinocultura
Introdução
Esta apostila tem como proposta demonstrar as formas de análise de indicadores da ovinocapri-
nocultura, servindo como base para a tomada de decisões dentro do processo de gerenciamento
de propriedades rurais.
A análise de indicadores de uma empresa rural pode ser feita de quatro maneiras principais:
• Análise de composição de custos; 19
• Interpretação de indicadores técnicos e econômicos;
• Comparativos (propriedades, grupos e regiões);
• Evolução dos indicadores.
É importante também se analisar a composição do custo total, por ser onde verificamos, principal-
mente, o impacto dos custos fixos (depreciações, custo de oportunidade da mão de obra familiar
e custo de remuneração do capital). Em média, os custos fixos correspondem a 20% do total de
produção, variando de acordo com a realidade de cada propriedade.
20
Abaixo, segue exemplo de composição do custo total, em que os custos fixos representam 20%:
20%
Custos Variáveis
Custos Fixos
80%
Trata-se de uma análise importante, pois se a ovinocaprinocultura não estiver pagando esses cus-
tos fixos, o produtor entrará numa fase de descapitalização, não podendo substituir seus bens ou
investir mais na atividade, inviabilizando-a, assim.
Informações técnicas
01 – Área para pecuária (ha): área total destinada à ovinocaprinocultura. Inclui área de produção
de volumosos, construções, estradas, açudes, etc. Não são contabilizadas as áreas de reserva neste
item por variarem de acordo com a região. Essa mensuração deve ser a mais precisa possível, já que
irá influenciar diretamente no indicador da produtividade da área para pecuária, nos números de
cabras em lactação por área para pecuária e ainda no capital empatado na ovinocaprinocultura.
02 – Áreas para pecuária considerando a reserva (ha): área total destinada à ovinocaprinocultura
somada às áreas de reserva da propriedade, incluindo-se as áreas de preservação permanente (APPs).
05 – Total de partos (partos/ano): é a soma do número de partos ocorridos durante o ano. Este
indicador é de extrema importância para avaliar a eficiência reprodutiva das matrizes.
07 – Total de dias homem por dia (dh/dia): é a quantidade de dias/homem trabalhados por dia
na propriedade, por exemplo: uma propriedade possui dois funcionários, um trabalha em período
integral e outro cumpre apenas uma jornada de meio dia, resultando, assim, em um indicador de
1,5 dia/homem trabalhado por dia.
Indicadores técnicos
08 – Total de matrizes/total do rebanho (%): porcentagem de matrizes em relação ao número
total de animais do rebanho. Esse indicador também é dependente da evolução de rebanho feita
mensalmente pelo consultor técnico de campo. É o resultado da divisão entre o número de matri-
zes pelo total de animais da propriedade, incluindo as categorias de animais adultos, em fase de
crie e recria e reprodutores.
09 – Total de matrizes/área para pecuária (cab./ha): é o resultado da divisão do número total
de matrizes dividido pela área total utilizada para pecuária.
Para se conseguir bons índices, é preciso ter uma ótima produção de volumosos – fator essencial
para aumentar a capacidade de alojar os animais.
Parâmetro: Recomenda-se que se tenha pelo menos quatro matrizes para cada hectare (ha) des-
tinado a ovinocaprinocultura.
10 – Número de partos por matriz (partos/matriz/ano): é o número total de partos do ano dividi-
do pelo número de matrizes. Este indicador mede a eficiência reprodutiva das matrizes do rebanho.
22
11 – Números de cordeiros desmamados por matriz: é o número de cordeiros desmamados no
ano dividido pelo número de matrizes.
Indicadores de produção
12 – Produção anual de carne ou leite(kg/ano ou L/ano): produção de carne ou leite ao longo dos 12
meses analisados. Neste item, levamos em consideração a carne ou leite vendido, além do que é con-
sumida pela mão de obra. Esse volume será utilizado para determinação da renda bruta da atividade, da
produtividade da mão de obra e da área para pecuária. Por isso, no momento de fazer o levantamento
desse valor, mês a mês, nenhum montante deve ser deixado para trás, pois isso levaria a erro no cálculo
de outros indicadores fundamentais para a tomada de decisão dentro da empresa rural.
Indicadores de produtividade
13 – Produção/área para pecuária (kg/ha/ano ou L/ha/ano): é o resultado da divisão da produção
anual de carne de cordeiros ou de leite de cabra pela área total utilizada para ovinocaprinocultura.
Para a maioria das regiões, a produtividade por área é o melhor indicador técnico no sentido de
predizer se a propriedade é eficiente na parte econômica ou não. Isso porque se necessita de um
conjunto de fatores para obter melhorias neste indicador. É preciso trabalhar com reprodução
adequada, idade ao primeiro parto baixa, boa prolificidade das matrizes, manejo adequado em
todas as fases para abate do maior número de cordeiros além de peso adequado. Todos esses
indicadores influenciarão a produtividade por área.
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Ovinocaprinocultura
14 – Produção por mão de obra permanente (kg/dh ou L/dh): é o resultado da divisão da produ-
ção anual de carne de cordeiros ou litros de leite pelo total de dias/homem trabalhados pela mão
de obra permanente na ovinocaprinocultura. Este indicador avalia a eficiência da mão de obra, já
que é um dos fatores mais onerosos entre os custos operacionais efetivos.
Informações econômicas
15 – Renda bruta anual (R$/ano): renda obtida com venda de animais para abate e venda de
animais para reprodução ou da venda de leite de cabra, além da variação do inventário animal.
23
16 – Preço médio da carne ou do leite (R$/kg ou R$/L): preço médio recebido pelo quilograma
da carne ou litro de leite ao longo do ano. Como já foi descrito anteriormente, o valor é calculado
a partir da média ponderada da renda obtida no ano dividia pelo volume de carne ou leite vendido
durante o ano.
17 – Gasto com concentrado na ovinocaprinocultura (R$/ano): total dos gastos com a alimen-
tação concentrada do rebanho ao longo do ano para produção de caprinos e ovinos.
18 – Gasto com mão de obra contratada na ovinocaprinocultura (R$/ano): total dos gastos
com pagamento da mão de obra contratada para manejo do rebanho ao longo do ano para pro-
dução de caprinos e ovinos.
19 – Custo da mão de obra familiar (R$/ano): valor atribuído para a mão de obra familiar utiliza-
da para a ovinocaprinocultura ao longo do período.
21 – Custo operacional total da ovinocaprinocultura (R$/ano): total dos gastos diretos para
produção de carne de cordeiros ou leite de cabras somado às despesas com a mão de obra familiar
e às depreciações dos bens utilizados na atividade ao longo do ano.
22 – Custo total da ovinocaprinocultura (R$/ano): custo operacional total da atividade somado
aos juros sobre o capital investido na ovinocaprinocultura, ao longo do ano. Utilizou-se a taxa de
juros de 6% a.a.
Indicadores econômicos
29 – Custo operacional efetivo da atividade em equivalentes quilos de carne ou litros de leite
(kg/ano ou L/ano): custo operacional efetivo da atividade no ano dividido pelo preço médio de
venda da carne de cordeiros ou leite de cabra ao longo do período.
31 – Custo total da atividade em equivalentes quilos de carne ou litros de leite (kg/ano ou L/ano):
custo total da atividade no ano dividido pelo preço médio de venda da carne de cordeiros ou do litro
de leite de cabra ao longo do período.
32 – Custo operacional efetivo/quilo de carne ou litro de leite (R$/kg ou R$/L): custo opera-
cional efetivo da atividade dividido pela produção anual de carne de cordeiros ou de litros de leite.
33 – Custo operacional total/ quilo de carne ou litro de leite (R$/kg ou R$/L): custo operacio-
nal total da atividade dividido pela produção anual de carne de cordeiros ou leite de cabra.
ASSISTÊNCIA TÉCNICA E GERENCIAL
Ovinocaprinocultura
34 – Custo total/ quilo de carne ou litro de leite (R$/kg ou R$/L): custo total da atividade no
ano dividido pela produção anual de carne de cordeiros ou litros de leite de cabras.
36 – Custo operacional total/ preço do quilo de carne ou preço do leite (%): porcentagem que
corresponde ao custo operacional total do quilo de carne ou litro de leite em relação ao preço
médio desses produtos.
37 – Custo total/ quilo de carne ou litro de leite (%): porcentagem que corresponde ao custo
total do quilo de carne ou litro de leite de cabra em relação ao preço médio ao longo do ano.
38 – Gasto com mão de obra contratada na atividade/renda bruta da atividade (%): porcenta-
gem que corresponde ao gasto com a mão de obra contratada ao longo do ano em relação à renda
bruta da ovinocaprinocultura.
25
Como demonstrado anteriormente, o custo da mão de obra contratada configura um dos princi-
pais componentes do custo de produção. Para conseguir diluir esse custo, é necessário aumentar
a produtividade por d.h. (dia/homem).
40 – Gasto com concentrado na atividade /renda bruta da atividade (%): porcentagem que
corresponde ao gasto com concentrado ao longo do ano em relação à renda bruta da atividade.
O gasto com concentrado é parcela significativa dos custos de produção da carne de cordeiros
e leite de cabra dos sistemas de produção do Brasil. Ao contrário da mão de obra, o menor gasto
possível de concentrado não corresponde a maior rentabilidade, pois a produtividade das matri-
zes e o ganho de peso dos animais se tornam muito baixos, diminuindo a receita da atividade.
No caso do gasto excessivo, em sistemas de alta produtividade animal, o comprometimento da
rentabilidade vem justamente por meio da elevação dos custos variáveis. Portanto, é preciso ter
equilíbrio na utilização desse insumo.
43 – Margem bruta por área para pecuária (R$/ha): margem bruta da atividade dividida pela
área total utilizada para a pecuária. Tal indicador, assim como a taxa de retorno do capital, é uti-
lizado para comparar com outras atividades. É possível utilizá-la inclusive para determinar se a
ovinocaprinocultura é mais ou menos atrativa do que um arrendamento, já que se trata apenas de
sobra monetária, ou seja, do pagamento dos custos variáveis.
44 – Margem bruta por matriz (R$/cabeça): margem bruta da atividade dividida pelo número
médio de matrizes ao longo do ano.
Interpretações:
MB < 0
Quando a margem bruta for negativa, isso é indicativo de que a atividade está sendo antieconô-
26
mica, pois o produtor não vem conseguindo pagar os seus custos operacionais efetivos. Podemos
dizer que o produtor está pagando para produzir, já que seus desembolsos estão sendo maiores
do que suas receitas. Nesse caso, o produtor terá menos prejuízo se deixar a atividade.
MB = 0
Quando a margem bruta for igual a zero ainda é sinal de alerta, pois apesar de cobrir os custos
operacionais efetivos, não está pagando a própria mão de obra (mão de obra familiar) e nenhum
dos seus custos fixos. Nesse caso, a atividade continua sendo inviável no curto prazo.
MB > 0
Quando a margem bruta for maior do que zero, a atividade está sendo viável pelo menos no curto
prazo. Nesse caso, a análise tem de avançar para a margem líquida e para o lucro.
46 – Margem líquida unitária (R$/kg ou R$/L): margem líquida da atividade dividida pela produ-
ção anual de carne de cordeiros ou de litros de leite de cabras.
47 – Margem líquida por área para pecuária (R$/ha): margem líquida da atividade dividida pela
área total utilizada para a pecuária.
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Ovinocaprinocultura
48 – Margem líquida por matriz (R$/cabeça): margem líquida da atividade dividida pelo número
médio de matrizes ao longo do ano.
Interpretações:
ML < 0
Quando a margem líquida for menor do que zero (com MB > 0), a atividade está pagando os custos
variáveis, mas não consegue cobrir todas as depreciações e os gastos com mão de obra familiar.
Além disso, não remunera o capital investido na atividade. Analisando economicamente, podemos
dizer que a atividade é viável no curto prazo apenas, e caso a situação de margem líquida negativa
persista, levará ao empobrecimento da empresa, inviabilizando a atividade no médio e longo prazo.
ML = 0
Quando a margem líquida for igual a zero, significa que, pelo menos no médio prazo, o produ-
tor se mantém na atividade, pois consegue manter o seu sistema de produção. Cabe ressaltar
que não é estável no longo prazo, pois normalmente existe a necessidade de investir em 27
novas tecnologias e modelos produtivos, tornando o sistema produtivo atual obsoleto e não
mais competitivo no mercado.
ML > 0
Quando a margem líquida for maior do que zero, a atividade está sendo economicamente viável
no curto e médio prazo. Nesse caso, a análise deve avançar para o lucro da atividade.
49 – Lucro total da atividade (R$/ano): renda bruta da atividade, descontando-se o custo total
da atividade.
50 – Lucro unitário da atividade (R$/kg ou R$/litro): lucro total da atividade dividido pela pro-
dução anual de cordeiros ou de leite.
Interpretações:
L<0
Quando o lucro for menor que zero (com ML > 0), a remuneração da atividade não está sendo
suficiente para cobrir o custo de oportunidade do capital de acordo com a taxa de 6% estabeleci-
da pela metodologia. Isso caracteriza que a atividade não está sendo atrativa economicamente,
ou seja, caso o empresário invista todo o capital imobilizado na propriedade em outro negócio
que apresente maior rentabilidade, estará fazendo melhor negócio. No longo prazo, manter-se na
situação de lucro negativo acaba por inviabilizar a atividade.
L=0
O lucro igual a zero é a situação a que chamamos de lucro normal, sendo buscado pela maioria
das empresas, já que nesse ponto todos os custos estão sendo pagos e com a atratividade mínima
determinada (custo de oportunidade do capital). Quando a empresa atinge esse patamar, está no
seu ponto de nivelamento ou de equilíbrio da atividade.
L>0
Quando o lucro é maior do que zero, temos o que se chama de lucro supernormal. Isso significa
que a empresa vem cobrindo todos os custos de produção, tanto os variáveis quanto os fixos.
Dessa forma, a atividade pode ser considerada atrativa economicamente e viável no curto, médio
e longo prazo. Essa situação mostra que o empresário deve investir mais na atividade, pois esta
vem remunerando os seus investimentos.
benefícios e custos - expressos em termos monetários. Para que uma alternativa seja classificada
como viável economicamente, a relação benefício-custo deve ser maior do que um. Caso contrá-
rio, será o que chamamos de antieconômica, ou seja, não traz benefícios suficientes para cobrir a
sua despesa.
Todos os indicadores acima são importantes para avaliarmos a situação atual da propriedade.
Se quisermos, porém, mudar a situação da empresa é preciso projetar o futuro (curto, médio e
longo prazo) com as propostas de mudança. Isso é o planejamento da atividade rural, avaliar o
presente para agir com foco em resultados futuros.
Análises comparativas
A comparação pode ser feita de várias formas: entre fazendas, grupos de produtores, regiões,
estados, etc.
As comparações sempre devem ser feitas com empresas bem-sucedidas. O objetivo das compa-
rações é identificar pontos a serem trabalhados, conhecendo o caminho que já levaram a bons
resultados.
29
Benchmarking
Benchmarking é um processo de comparação de produtos, serviços e práticas empresariais, ou
seja, valores-referência de empresas bem-sucedidas. Os valores referência são obtidos por meio
de pesquisas para comparar as ações de cada empresa. Tem o objetivo de melhorar as funções e
processos de uma determinada empresa, além de ser um importante aliado para vencer a con-
corrência, uma vez que os valores-referência podem determinar estratégias e possibilitar a outra
empresa a criação de ideias novas a partir do que já é realizado.
É importante ressaltar que os valores-referência devem ser utilizados para comparação entre pro-
priedades com mesma realidade de produção ou de uma mesma região. Dessa forma, os valores
ficam reais e alcançáveis para cada situação.
Análises de evolução
A partir da análise de evolução dos indicadores é possível medir e aferir se o trabalho desenvolvi-
do dentro da propriedade vem gerando resultados positivos, se as metas estão sendo alcançadas
e até mesmo verificar a necessidade de alterações no que foi planejado devido a mudanças no
cenário interno ou externo à propriedade.
Devemos ter cuidado nas análises de evolução para sempre verificar se fatores externos, como
anomalias no mercado ou na propriedade, não influenciaram de maneira significativa os resulta-
dos. Essas influências podem ser positivas tanto quanto negativas, podendo mascarar os resulta-
dos e levar a uma avaliação errônea do trabalho desenvolvido.
Abaixo temos um exemplo de análise de evolução de um grupo de produtores em um período de
três anos:
2500 120%
110%
2340
95% 100%
2000 80%
80%
75%
1500 1800
Kg/Ano
1440 60%
%
1000
40%
900
500
20%
0 0%
Antes da Assistência Ano 01 Ano 02 Ano 03
Considerações finais
A capacidade de interpretar custos e indicadores de gestão parte fundamentalmente do conheci-
mento da metodologia de cálculo e dos conceitos de cada indicador. O envolvimento do consultor
na propriedade lhe proporcionará conhecimento suficiente para apreciar o melhor momento de
apresentar cada indicador e, assim, fundamentar a sua aplicação na elaboração das metas junta-
mente com o empresário rural. Dessa forma, acaba por subsidiar o empresário com informações
e conhecimentos para que possa tomar as suas decisões.
Vale lembrar que apenas a partir de dados de qualidade, é possível obter indicadores confiáveis,
que levarão ao sucesso da gestão das propriedades.
ASSISTÊNCIA TÉCNICA E GERENCIAL
Ovinocaprinocultura
31
32
3
PLANEJAMENTO
ASSISTÊNCIA TÉCNICA E GERENCIAL
Ovinocaprinocultura
1
8 Identificação
Melhoria do Problema
2
da Operação Observação
do Processo
3
7 Análise
Adequação Act Plan
4
Plano de ação
Check Do
6 5
Verificação Execução
Essa ferramenta viabiliza ainda o gerenciamento cientifico da organização. Veremos que o PDCA
permite criar, aprender, copiar e difundir conhecimento e que o aprendizado é a alma de sua
utilização. O PDCA transforma uma organização em uma escola, pois a busca por resultados é
paralela à busca por conhecimento.
34 Neste capítulo vamos tratar da primeira parte do PDCA, a qual corresponde ao planejamento.
A fase do planejamento pode ser dividida em:
V - Plano
de Ações
IV - Objetivos
e Metas
III - Análise
do Problema
I - Identificação do Problema
Segundo Falconi (2009), a maior parte das justificativas para o insucesso dos planejamentos es-
tabelecidos pelas empresas é:
a) Não estabelecemos as metas corretas (ou não definimos nossos problemas de forma correta);
b) Não fazemos bons planos de ação, seja por desconhecermos os métodos de análise, seja
por não termos acesso às informações necessárias (falta de conhecimento técnico);
c) Não executamos completamente, e a tempo, os planos de ação;
d) Podem ocorrer circunstâncias fora do nosso controle.
Se analisarmos os pontos citados, apenas os dois últimos não estão correlacionados ao diagnós-
tico da empresa. Somente é possível estabelecermos metas assertivas a partir da análise e inter-
pretação dos indicadores, nada mais do que a chave para elaboração do diagnóstico. O estabele-
cimento do plano de ação também depende da análise e priorização dos indicadores técnicos e
econômicos, também presente na elaboração do diagnóstico. Ou seja, qualquer falha nessa etapa
implica uma maior possibilidade de erro no planejamento.
O foco inicial deste capítulo será apresentar como fazer um diagnóstico completo da propriedade de
acordo com o método geral de análise, o qual irá auxiliar o técnico do SENAR na elaboração de um bom
planejamento. Posteriormente, vamos abordar a elaboração do planejamento e suas etapas. 35
O método geral de análise de um problema aponta, passo a passo, como identificar os principais
problemas dentro da empresa.
Para garantir que o consultor esteja apto a elaborar o diagnóstico da empresa, é fundamental que
técnico de campo e empresário estejam cientes da importância, complexidade e finalidade desse
procedimento. Antes de qualquer coisa, é preciso estar ciente da rotina da propriedade e de todos
os fatores de produção disponíveis para a atividade.
Depois de conhecer a propriedade e seu dia a dia, é necessário dispor das informações e indicado-
res para proceder com o diagnóstico. Para isso, antes de dar início à identificação e à análise dos
problemas deve-se fazer um levantamento do último período realizado (ano, semestre, biênio)
de acordo com a atividade que está sendo trabalhada. Quando a propriedade está começando a
receber assistência, esse levantamento tem de ser feito a partir da coleta de dados e entrevistas
visando à verificação da situação técnica e financeira da propriedade. Por meio dos resultados
gerados segundo essas informações é que será realizado o diagnóstico.
Seguindo essas recomendações iniciais, sem dúvida o técnico de campo estará habilitado a iniciar
o seu diagnóstico de forma segura, gerando resultados de alto índice de confiabilidade.
Um sistema é composto por suas estruturas, processos e funções. Dessa forma, quando partimos
36 para a análise de um sistema em busca de suas alterações, não podemos deixar de considerar
essas três características. E ao trazemos esse conceito para dentro da propriedade rural, podemos
dizer que ela é constituída por vários sistemas, como, por exemplo, os de plantio, adubação, co-
lheita, tratos culturais, etc. E quando verificamos que temos alterações não desejáveis em algum
desses sistemas, devemos partir para a análise do problema. Dentro do método geral de análise
de um problema, destacamos as seguintes análises:
a) Análise funcional: estuda os resultados do sistema, levando-se em consideração o tempo,
o local, o tipo e o sintoma, podendo empreender, quando possível, comparações com
outros sistemas similares visando ao conhecimento mais detalhado do problema e de
seu tamanho.
b) Análise do fenômeno: verifica as condições formadoras do problema, podendo ser de
dois tipos:
I. Análise Estrutural (Vertical): examina a estrutura formadora do problema. Se o proble-
ma for relativo ao gasto com a mão de obra, então detalharemos a estrutura formado-
ra desse gasto, por exemplo.
II. Análise do Fluxo de Processos (Horizontal): explica como ocorre o fluxo (de mão de
obra, materiais, insumos) formador do problema dentro do sistema. Continuando
nossa análise sobre o gasto com a mão de obra, analisaremos a forma como esta vem
sendo empregada dentro da empresa.
c) Análise de Processos: É a investigação final do processo de análise, sendo conduzido so-
bre muitos problemas menores, decorrentes do desdobramento do problema maior nas
etapas anteriores. Busca as causas específicas de cada problema para que, a partir delas,
possam ser tomadas ações específicas.
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Para desenvolvimento do nosso diagnóstico, iremos utilizar a análise funcional e a análise de fe-
nômeno, deixando a análise do processo para a parte relacionada à continuação do planejamento.
Análise do
indicador do problema Análise Análise do ESTRATIFICAÇÃO
maior, como ele varia, Funcional Fenômeno Divisão do Problema
como ele se compara Maior em vários
com outros resultados, problemas menores,
que resultado final pode-se priorizando cada etapa.
esperar (meta).
Problema
Maior
Figura 7: Ilustração das fases de análise funcional e análise do fenômeno do método geral de
análise de um problema
Agora que estão definidas as etapas da elaboração do nosso diagnóstico, seguindo os passos aci-
ma descritos, vamos ao desenvolvimento prático de um diagnóstico.
a. Análise funcional
De acordo com o que já discutimos, a análise funcional é o estudo das funções do sistema-alvo
no qual o problema está situado. Na análise funcional são observados os indicadores finais do
sistema-alvo, bem como seu histórico e como eles variam. Caso seja possível, podemos compa-
rar os resultados obtidos por esse sistema que apresenta alterações não desejáveis com outros
indicadores de sistemas semelhantes. É fundamental que cada função analisada do sistema-alvo
deva ter pelo menos um indicador para ser analisado. O principal objetivo é conhecer melhor o
problema e saber a distância da situação atual para outra desejável a partir desses parâmetros.
Esse exercício pode parecer simples, porém é de grande importância, já que muitas vezes os res-
ponsáveis pelo sistema não sabem qual a sua função e o objetivo daquele setor, o que já caracte-
riza um problema no sistema. Mas considerando que, no nosso exemplo, todos saibam das suas
respectivas funções e como mensurar os resultados daquele determinado sistema, o próximo
passo é uma análise funcional para conhecer melhor cada indicador. É o passo inicial para dar
direção ao trabalho na propriedade.
100
80
60
g/dia
40
20
0
i ro
i ro
ço
ri l
to
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br
br
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Ju
m
Ju
ve
ut
M
Ag
Ja
te
ve
ze
O
Fe
Se
De
No
Conhecimento histórico do problema: Não basta apenas analisar os resultados durante um pe-
ríodo de tempo e compará-los com outros setores ou propriedades, é importante observar seu
comportamento e buscar a respostas para determinadas perguntas, como: Os resultados estão
piorando? Estão melhorando? O problema já foi resolvido? Existe espaço para evolução?
O principal objetivo dessa análise é fracionar o nosso problema maior em outros menores, pois 39
isso facilita a identificação assertiva do alvo a ser trabalhado. Segundo Falconi (2009), é comum ao
analista iniciante se perder em análises de estrutura do alvo que nada tem a ver com o problema.
O técnico de campo deve ter foco no problema, uma vez que a análise se chama “análise do fenô-
meno” ou “análise do problema”.
Suponhamos que o nosso problema esteja relacionado ao “gasto com a mão de obra”: traçamos
um diagrama de árvore para conhecer melhor essa questão, desagregando o nosso “problema” em
“problemas menores”. Esse exercício nos permite:
a) A divisão do trabalho maior em partes com condições de melhor gerenciamento e controle;
b) O estabelecimento de prioridades entre os problemas menores;
c) O entendimento da responsabilidade de cada indivíduo a quem foi alocada a solução de
cada “problema menor”.
Ao proceder a esse tipo de análise, é possível destacar dois conceitos básicos: a estratificação e a
priorização, em evidência na figura 9 disposta a seguir:
Entrevistas - Levantamento
de informações existentes
sobre o Alvo
Estratificação
Coleta de informações
Priorização (Escolha os
temas mais importantes)
A estratificação é uma atividade simples, mas que exige conhecimento técnico do problema para
ser bem feita. O objetivo é desagregar um problema, podendo ser feito de duas maneiras:
a) Análise estrutural: analisando as características verticais do alvo relacionadas ao problema.
b) Análise do fluxo dos processos: estudando as características horizontais do alvo relacio-
nadas ao problema.
Não existe uma forma certa para estratificar um problema. As duas abordagens mencionadas
podem ser utilizadas sozinhas ou em conjunto.
Uma iniciativa, quase sempre esquecida, é que a primeira atividade nesta análise deve ser o levan-
tamento de informações existentes sobre o problema dentro e fora da empresa. Uma das manei-
ras mais utilizadas no SENAR é por meio da entrevista de pessoas envolvidas na atividade, dentro
e fora da propriedade. Seguem algumas dicas para a entrevista:
a) A entrevista deve ser sempre feita com uma única pessoa por vez, dando-se preferência
ao responsável por aquele sistema que apresenta o problema;
b) Prepare-se antes com informações e resultados sobre o problema. Se for necessário, bus-
que informações em livros, leve gráficos e resultados a serem discutidos;
c) Procure informações sobre o seu entrevistado, mostre que está interessado nele e no
que está fazendo pela empresa. Faça-o se sentir parte do negócio, assim terá mais segu-
rança em passar as informações de que você precisa;
d) Prepare com antecedência pelo menos as três principais perguntas sobre o que precisa saber;
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e) Não pergunte muito, fale pouco, escute, observe e anote. A entrevista deve ser rápida
e objetiva;
f) Ao final da entrevista pergunte se o entrevistado gostaria de comentar algo que você
tenha se esquecido de perguntar sobre o assunto;
g) Sempre agradeça a atenção do seu colaborador após a entrevista. 41
Estratificação – Análise estrutural (características verticais)
Pode-se estratificar um alvo por tempo, local, tipo e sintonia em função da necessidade de enten-
dê-lo melhor:
a) Tempo: por exemplo, dia/noite, inverno/verão, pré/pós-parto;
b) Local: por exemplo, aprisco, piquetes, maternidade, pista de trato;
c) Tipo: por exemplo, nutrição, ganho de peso, mão de obra;
d) Sintoma: por exemplo, alto custo, baixa qualidade, reclamações do cliente, produti-
vidade baixa.
Por exemplo (veja a figura 10), suponha que o problema identificado seja “custo operacional efe-
tivo elevado”. Nesse caso, o alvo é tudo relacionado à composição do custo operacional efetivo.
O problema assim colocado é muito complexo, sendo necessário dividi-lo em problemas menores
com características distintas (estratificação). A questão colocada na estratificação é: “Como divi-
dir o problema?” (ou “como fazer a análise estrutural?”). Isso exige um conhecimento da organi-
zação e de seu funcionamento. Em cada nível da estratificação é possível que pessoas diferentes
sejam chamadas para ajudar e que haja locais diferentes para visitar e constatar soluções para
agregar o conhecimento técnico necessário.
Silagem
Volumosos
Pastagem
Antibióticos
Medicamentos
Vacinas
Vermífugos
Minerais
Nutricionista
Máquinas
Manutenção
Benfeitorias
ITR IPVA
Impostos
IR Outros
Essa estratificação dividiu o problema maior “custo operacional efetivo elevado” em outros menores,
talvez ainda não suficientemente pequenos para serem observados de forma eficiente. Desse modo,
uma nova estratificação de cada um pode ser necessária – sendo essas estratificações uma tarefa à parte.
Uma vez obtida essa estratificação inicial, pergunta-se: “conhecemos os números relativos aos cus-
tos mostrados no diagrama?”. Se os custos indicados nesse diagrama não forem conhecidos, tere-
mos de levantar essas informações de tal forma que seja possível priorizar ações para solucionar o
problema de custo elevado.
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Com o propósito de ilustrar esse tipo de análise horizontal, suponhamos que, ao analisarmos os
números da propriedade, verificamos que o principal componente do custo na propriedade era o
gasto com os volumosos, especificamente a silagem. A figura 11 mostra um resumo muito simpli-
ficado de uma análise horizontal do subsistema de utilização da silagem dentro da propriedade.
Ponto crítico
Pesagem da 43
Formação silagem de
Aquisição Distribuição
das forrageitas Ensilagem acordo com o
dos insumos do volumoso
anuais arraçoamento
de cada lote
De acordo com nosso macrofluxograma, concluímos que o ponto crítico na utilização da silagem
é a distribuição, pois - apesar de seguir as recomendações de plantio, regular os implementos de
forma correta, colher o material no momento certo, armazenar de forma correta - no momento
da distribuição, as quantidades estabelecidas não são distribuídas para os lotes corretos, ocasio-
nando muitas perdas devido à forma de distribuição e mistura do concentrado com o volumoso.
I. Análise SWOT
A Análise SWOT ou Análise FOFA ou FFOA (Forças, Fraquezas, Oportunidades e Ameaças, em
português) é uma ferramenta voltada para análise de cenário, ou de ambiente, sendo usada como
base para gestão e planejamento estratégico de uma corporação ou empresa. Devido à sua sim-
plicidade, deve ser utilizada para qualquer tipo de análise de cenário, desde a criação de um blog
à gestão de uma multinacional.
A Análise SWOT constitui um sistema simples para posicionar ou verificar a posição estratégica
da empresa no ambiente em questão. A técnica é creditada a Albert Humphrey, que liderou um
projeto de pesquisa na Universidade de Stanford nas décadas de 1960 e 1970, a partir de dados da
revista Fortune das 500 maiores corporações.
O termo SWOT é uma sigla proveniente do idioma inglês, um acrônimo de Forças (Strengths),
Fraquezas (Weaknesses), Oportunidades (Opportunities) e Ameaças (Threats).
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Ajuda Atrapalha
Ambiente Interno
Forças Fraquezas
Strengths Weaknesses
F F
Ambiente Externo
Oportunidades Ameaças
Opportunities Threats
O A
As forças e fraquezas são determinadas pela posição atual da empresa e se relacionam, quase
sempre, a fatores internos. Já as oportunidades e ameaças são antecipações do futuro e estão
relacionadas a fatores externos.
Ambiente Interno
Forças/Strengths – Forças - Vantagens internas da empresa em relação às empresas concorrentes.
Ambiente Externo
Oportunidades/Opportunities – Oportunidades - Aspectos positivos da envolvente com potencial
de fazer crescer a vantagem competitiva da empresa.
O ambiente interno pode ser controlado pelos dirigentes da empresa, uma vez que é resulta-
do das estratégias de atuação definidas pelos próprios membros da organização. Dessa for-
ma, durante a análise, quando se notar um ponto forte, este deve ser ressaltado ao máximo,
e quando se identificar um ponto fraco, a organização deve agir para controlá-lo ou, pelo
menos, minimizar o seu efeito.
Já o ambiente externo está totalmente fora do controle da organização. Mas, apesar de não poder
controlá-lo, a empresa precisa conhecê-lo e monitorá-lo com frequência de forma a aproveitar as
oportunidades e evitar as ameaças. Evitar ameaças nem sempre é possível, no entanto pode-se
fazer um planejamento para enfrentá-las, minimizando seus efeitos.
A combinação desses dois ambientes - interno e externo - e das suas variáveis, Forças e Fraque-
zas, Oportunidades e Ameaças, irá facilitar a análise e a procura para a tomada de decisões na
definição das estratégias de negócios da empresa.
• Forças e Oportunidades - Tirar partido dos pontos fortes para aproveitar ao máximo as
oportunidades detectadas.
• Forças e Ameaças - Tirar proveito dos pontos fortes para minimizar os efeitos das ameaças
identificadas.
• Fraquezas e Oportunidades - Desenvolver estratégias que minimizem os efeitos negativos
46
dos pontos fracos e que, simultaneamente, aproveitem as oportunidades percebidas.
• Fraquezas e Ameaças - As estratégias a adotar devem minimizar ou ultrapassar os pontos
fracos e, tanto quanto possível, fazer face às ameaças.
Como podemos verificar, a matriz SWOT ajuda a empresa na tomada de decisão no sentido de
maximizar as oportunidades do ambiente em torno dos pontos fortes da empresa e minimizar os
pontos fracos, buscando a redução dos seus efeitos e ameaças.
Essa análise precisa ser complementada com um quadro que ajude a identificar qual o impacto
(elevado, médio e fraco) que os fatores podem assumir no negócio e qual a tendência (melhorar,
manter e piorar) futura que têm no empreendimento. A Matriz SWOT deve ser utilizada entre o
diagnóstico e a formulação estratégica propriamente dita. A aplicação da Análise de SWOT em um
processo de planejamento pode representar um impulso para a mudança cultural da organização.
Exemplos:
Por uma livraria não poder ter todos os títulos do mercado, ela aplica a regra de Pareto, focando
em 20% das obras que geram 80% da receita.
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Em vendas comissionadas, 20% dos vendedores ganharão mais de 80% das comissões.
Entenda que o Princípio de Pareto ficou conhecido por essa relação 80/20, a qual mostra uma
relação muito desproporcional entre causa e efeito, mas com frequência existem quadros mais
extremos, por exemplo:
Esses números ilustram bem o que o Princípio de Pareto deixa claro: a realidade contraria a nossa lógica,
ou seja, não mostra o que esperamos, justamente uma relação de equilíbrio entre causas e resultados.
Com a apresentação desses princípios, fechamos a parte do nosso capítulo relacionada ao diag-
nóstico da atividade, ou seja, as três primeiras etapas da fase de planejamento. A prática da análise
é como aprender a nadar ou a andar a cavalo, a pessoa vai ficando melhor à medida que pratica, 47
de forma que domine cada vez mais os recursos, os modelos e as estatísticas. Por exemplo, em al-
guns casos, apenas com a análise vertical será possível diagnosticar e solucionar um problema; em
outros, será preciso detalhar a análise horizontal até identificar quais são realmente os pequenos
problemas causadores do problema maior.
4
ESTABELECIMENTO DE
OBJETIVOS E METAS
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“As metas são estabelecidas para estreitar a distância entre o real e o ideal.”
Katsuya Hosotani
Essa frase expressa a vontade natural de querer ser o ideal, o excelente, o melhor. Existe aí um
lado cultural a ser valorizado dentro da organização de tal forma que possa ser criado um clima
de alegria pelo alcance de valores excepcionais, realização de um sonho grande ou, simplesmente
pelo fato de pertencer a um time de vencedores. Sentimentos como esse é que ajudam a fazer a
alegria da vida.
A. Determinação de lacunas
Todos os diretores, gerentes e supervisores devem ser treinados para determinar, em suas res-
pectivas áreas de trabalho, as suas lacunas. O valor da lacuna é a base sobre a qual podem ser
estabelecidas metas racionais. Além disso, a lacuna dá a direção do gerenciamento. Tais lacunas
correspondem à diferença entre o valor atual de um indicador e um valor ideal. Esse valor ideal
pode ser o melhor encontrado em outras empresas da região, por exemplo, é possível que seja
um número ideal como “zero defeito”, “zero perdas”, um desvio-padrão bom para determinado
indicador, ou ainda valor equivalente a uma velocidade de escoamento ideal. Enfim, o ideal é usar
um referencial excepcional, ainda que seja teórico atingi-la. Os principiantes tremem diante das
lacunas por pensarem que aquilo é uma meta. Não é. A meta é estabelecida dentro da lacuna.
A função da lacuna é prover uma maneira criteriosa de se estabelecer uma meta, além de dar
uma visão de futuro para o gerenciamento. Existe uma regra de se estabelecer como meta anual
50% da lacuna. Tal meta é geralmente ultrapassada, e é melhor que o seja. No entanto, existem
situações em que esta regra não é possível, e cada caso deve ser analisado cuidadosamente.
Devemos, então, ser ambiciosos na determinação de lacunas, tendo sempre em mente que a
verdadeira alegria no trabalho é atingir as metas em equipe, com uma visão de construção de
uma empresa excelente.
B. Priorização
“Quem tem muitas prioridades acaba por não ter nenhuma.” Esse slogan é a mais pura verdade.
Cada chefia deve ter de três a cinco metas prioritárias, nunca mais do que isto. As prioridades
precisam sempre ser estabelecidas dentro de cada nível gerencial, de preferência por um critério
financeiro. Outra maneira é colocar como prioritário um problema que, muito embora não seja
um horizonte financeiro para a sua área, é assim assumida pela empresa. Por exemplo: metas que
decorrem da melhoria no prazo de entrega, da redução da devolução, entre outras.
50 C. Desdobramento
A grande maioria das metas em toda a organização deve se originar das metas estratégicas.
Essa é a razão da importância do gerenciamento pelas diretrizes ao garantir que o desdobramen-
to seja bem feito, alinhando toda a empresa e fazendo o acompanhamento e correções mensais.
A figura 13 mostra um exemplo de uma linha de desdobramento de uma meta, desde o diretor até o
piso operacional. Nesse desdobramento, as metas de cada nível têm de estar interligadas (se as
metas dos supervisores forem batidas, a do gerente também será) e a linhagem deve mudar em
cada nível, saindo de um indicador estratégico, passando por um geral até outro operacional e
atuável. O ideal é que os valores das metas estejam matematicamente interligados.
Existem dois tipos de metas, as quais orientam qualquer organização: resultados que desejamos
melhorar e resultados que desejamos manter. Nos dois casos, utilizamos o PDCA, como mostra
a figura 13:
Meta de
Melhoria
Melhoria da
Anomalias
A P
operação
crônicas
da organização
C D
Operação da Tratamento
organização de anomalias
A S
C D
Resultados da
organização
Na verdade, qualquer resultado que se melhora deve, imediatamente, ser estabilizado nas ope-
rações do dia a dia por meio da padronização e do treinamento no trabalho. Então, a ferramenta
PDCA, como demonstra a figura 13, não é utilizável por si só. Sempre que pretendemos gerenciar
(resolver problemas), devemos nos valer do PDCA e, para manter, utilizarmos o SDCA (Standardize
– Do – Check – Act). Chamamos o SDCA para manter porque na operação o plano (P) é o padrão
(S de Standardize).
52
5
CRONOGRAMA
DE AÇÕES
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O plano de ação é o planejamento de todas as ações necessárias para atingir um resultado desejado.
Constitui um momento importante para a entidade pensar sobre a sua missão, identificando e rela-
cionando as atividades prioritárias para o ano em exercício, tendo em vista os resultados esperados.
Para atingir um objetivo, uma meta, precisamos fazer alguma coisa, precisamos agir - realizar uma
ou, geralmente, várias ações. Até “não fazer nada” pode ser uma ação necessária para atingir um
objetivo. E, exceto nos casos de urgência máxima, precisamos definir uma data para concluir, ou
seja, demarcar um prazo.
Esse plano deve ser elaborado, considerando-se as demandas e as avaliações dos usuários, bem
como o cenário em que estão envolvidos.
Quanto maior o envolvimento dos responsáveis por sua execução, maior a garantia de se atingir
os resultados esperados.
Construção de 2
Seguir o prejeto
Ampliação do Aprisco novas baias de 25m2 Fazenda Produtor e Zé Ivo Em
Mar/15 15.000,00 apresentado em
das matrizes cada, com capacidade Lajedo (carpinteiro) andamento
visita
para 22 animais cada
Aquisição de um
Esta ação é
Reforma e manutenção novo eletrificador e
Fazenda Em fundamental para
das cercas elétricas susbstituição dos fios Set/14 Produtor 5.000,00
Lajedo andamento o correto manejo
das pastagens eletroplásticos
das pastagens
por fitas
A eficácia do
Redução da Seguir calendário
manejo será
mortalidade sanitário, e Fazenda Parcialmente
Out/14 José Ireno 600,00 avaliada a cada
ocasionada por orientações de Lajedo concluído
60 dias através de
verminoses manejo preventivo
exames de fezes
55
56
6
ANÁLISE CRÍTICA
DOS RESULTADOS
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Objetivos de aprendizagem
60000 5,8
5,7 58300
58000 5,7
56000 5,6
54000 5,5
52000 5,4 ANÁLISE DA INFORMAÇÃO
58 50000
50400
5,3
5,3
48000 5,2
46000 5,1
2012 2013
Conclusão da análise:
O resultado econômico da empresa é melhor
quando trabalhamos com o custo total y e CONHECIMENTO
alcançamos a renda de X R$/ano.
O processo de planejamento envolve pessoas, dados, fatos, recursos físicos e financeiros, entre
outros. Estes, por sua vez, estão sujeitos a variações e oscilações e, como bom técnico, você deve
estar preparado para lidar com essa situação.
Após concluir todas as etapas anteriores, teremos nosso plano de ação sendo executado. A partir
daí, é fundamental que passemos a desenvolver um trabalho de checagem e análise dos resulta-
dos, buscando mecanismos de melhorias.
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Equipe envolvida no
Consultor
planejamento
59
Necessidade de novas Análise
informações Nova lacuna
Aumento do preço Gasto com farelo
da Soja de soja
Coleta de novas
Realinhamento
ALVO informações
do problema
Redução do custo Produtos disponíveis
Reduzir gasto com operacional efetivo no mercado e
farelo de soja
cotações
Se existe um plano de ação e a meta não é batida, das duas uma: ou as ações não foram executa-
das ou o plano não está adequado à realidade da empresa. É por isso que a checagem e a análise
dos resultados são fundamentais para o sucesso do planejamento. Os seres humanos precisam
sentir que o que fazemos é importante. A equipe se sente importante quando cobrada pelo resul-
tado do trabalho. A cobrança de resultados é muito importante e as lideranças deveriam fazer isso
pessoalmente. O que move realmente o PDCA é o forte foco no check dos resultados.
Para auxiliar os técnicos de campo do SENAR, apresentamos a seguir uma sugestão de relatório de
visitas às propriedades. Essa ferramenta objetiva auxiliar o técnico nessa “checagem” de resulta-
dos durante as visitas à propriedade, além de alertá-lo com antecedência sobre a possibilidade de
não atingir as metas e objetivos estabelecidos. Uma vez que o técnico percebe que o andamento
das ações não está bom, e que os resultados também não ocorrem dentro do esperado, é possível
traçar um novo plano de ação para buscar a melhoria daquele problema ainda não solucionado.
O relatório deve ser preenchido ao final de todas as visitas às propriedades, devendo conter as
assinaturas do técnico responsável e do produtor.
EMPRESA: _________________________________________________________________________________________
PROPRIETÁRIO:____________________________________________________________________________________
PROJETO:___________________________________________________________________________________________
DATA VISITA:_____/_____/_____
1. ATIVIDADES REALIZADAS
INTERFERÊNCIA TÉCNICA/GERENCIAL
REPRODUÇÃO
4. AVALIAÇÃO DA EXECUÇÃO DAS RECOMENDAÇÕES TÉCNICAS E GERENCIAIS NOS
ÚLTIMOS 12 MESES
90%
80%
70%
60%
50%
40%
30%
20%
10%
0%
bro
bro
ro
o
ro
rço
sto
o
ho
ho
io
ril
r
eir
mb
rei
tub
Ma
Ab
Jun
Jul
vem
zem
o
Ma
Jan
Ag
e
Ou
Fev
Set
De
No
5. AVALIAÇÃO DA EXECUÇÃO DO CRONOGRAMA DE ATIVIDADES PREVISTAS PELO PDCA DA PROPRIEDADE:
Atividades Julho Agosto Setembro Outubro Novembro Dezembro Janeiro Fevereiro Março Abril Maio Junho
Controle de
X X X X X X X X X X X X
receitas e despesas
Calagem X
Preparo do solo X
Plantio X
Divisão dos
X
piquetes
Anotações
X X X X X X X X X X X X
zootécnicas
Planejamento X X
5.1. OBSERVAÇÕES:
____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
OBS: RELATÓRIOS ANEXOS: FLUXO DE CAIXA, CUSTO DE PRODUÇÃO, ACOMPANHAMENTO DO PROJETO, GRÁFICOS DE ACOMPANHAMENTO DOS
INDICADORES TÉCNICOS E ECONÔMICOS.
6. DISCUSSÃO DA CARTA DO PRODUTOR
_____________________________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________________________
7. OBSERVAÇÕES GERAIS
_____________________________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________________________
8. AGENDA:
___________________________________________________________________________
( ASSINATURA DO PRODUTOR ) ( ASSINATURA DO TÉCNICO )
Quando o resultado da avaliação das recomendações técnicas e gerenciais estiver abaixo de 60%,
é fundamental conversar com os produtores atendidos para que, juntos, encontrem a raiz do pro-
blema e consigam contorná-lo. Esse cuidado é importante para que nenhuma das partes envolvi-
das sinta-se frustrada por não ter alcançado os as metas e objetivos estabelecidos.
Agora é com vocês: vamos levar todo o conhecimento adquirido nesta cartilha para os produtores
atendidos pelo SENAR.
66
7
BIBLIOGRAFIA
CONSULTADA
ASSISTÊNCIA TÉCNICA E GERENCIAL
Ovinocaprinocultura
BATALHA, Mário Otávio. Gestão agroindustrial. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2001.
BORGES, Altamiro. O grande desafio do agronegócio no Brasil. Disponível em: < http://www.em-
preendedorrural.com.br>. Acesso em: 12 mar.2014.
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www.agricultura.gov.br>. Acesso em: 05 mar.2014.
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CAMPOS, Vicente Falconi. O verdadeiro poder. Nova Lima (MG) : INDG TecS, 2009. 159 p.
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