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CONTABILIDADE INTERNACIONAL
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SUMÁRIO
1 – IDENTIFICAÇÃO
Colegiado de Curso: CIÊNCIAS CONTÁBEIS Ano Letivo: 2009
Área de Ensino: Ciências Sociais Aplicadas
Habilitação: Bacharel em Ciências Contábeis
Nome da Disciplina: CONTABILIDADE INTERNACIONAL Anual
Carga horária: 44 Série: 4ª A Cód. Disc:
Professor: Evanilde Drehmer Carminati
2 – EMENTA
Aspectos introdutórios. Harmonização Contábil Internacional.
Organismos Contábeis Internacionais. Práticas de Governança Cooperativa.
Demonstrações Contábeis em Ambiente Internacional.
3 – OBJETIVOS DA DISCIPLINA
3.1 – Gerais
Conhecer os principais aspectos da harmonização contábil internacional,
seus organismos regulamentadores e as diferenças relevantes entre os padrões nacionais e
internacionais.
3.2 – Específicos
Proporcionar ao acadêmico o conhecimento da linguagem universal da
contabilidade, os critérios contábeis aceitos em todo o mundo e a interpretação das
demonstrações contábeis internacionais.
4 – CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
Bimestre Conteúdo
1. Aspectos Introdutórios
1.1 Origem e Evolução da Contabilidade
1.2 Evolução em nível internacional
1.3 Evolução no Brasil
Primeiro
1.4 Organismos Reguladores da Contabilidade em âmbito Internacional.
1.5 Órgãos que emitem normas e pronunciamentos contábeis no Brasil
1.6 Órgãos que emitem normas e pronunciamentos contábeis norte-
americanos
2. Organismos Contábeis Internacionais
2.1 IFAC
2.2 ONU
2.3 IOSCO
2.4 OECD
Segundo
2.5 EEC
2.6 CAPA
2.7 FEE
2.8 BIS
2.9 AIC
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3. Harmonização Contábil Internacional
3.1 Princípios e procedimentos contábeis internacionais.
3.2 Práticas contábeis entre países
3.3 Prática contábeis norte-americanas
Terceiro 3.4 Conversão em moeda estrangeira
3.5 US GAAP
3.6 Braziliangaap
3.7 Europeangaap
3.8 Internationalgaap
4. Práticas de Governança Corporativa
4.1 Adaptações à Lei Sarbanis-Oexley
4.2 Responsabilidade corporativa como meta estratégica das empresas em
níveis internacionais
4.3 Accoutability
Quarto
4.4 Disclosure
5. Demonstrações Contábeis em Ambiente Internacional
5.1 Conceitos referentes às demonstrações contábeis
5.2 Análise das Congruências e divergências da estrutura das demonstrações
contábeis
5 – ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO
A disciplina será desenvolvida através de aulas expositivas, aulas participativas, debates,
trabalhos em equipe e individual, resolução de exercícios práticos e de estudos de caso.
6 – CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO
Análise e síntese de textos com apresentações e desenvolvimentos em sala de aula. O
aluno que participar de todos os trabalhos garantirá 10% na composição do conceito
bimestral.
Trabalho a ser desenvolvido individualmente ou em grupo, em assunto e tema escolhidos
posteriormente, correspondendo a 20% da nota bimestral.
Avaliação bimestral: provas dissertativas, objetivas ou práticas, abrangendo todo o
conteúdo exposto durante o bimestre. A prova será individual, com interpretação e
resolução, representando 70% da nota bimestral.
7 – BIBLIOGRAFIA INDICADA
7.1 – BÁSICA
NIYAMA, Jorge Katsumi. Contabilidade Internacional. 1ª ed 5.São Paulo: Atlas, 2008
SCHMIDT, Paulo; SANTOS, José Luiz dos; FERNANDES, Luciane Alves.
Contabilidade Internacional Avançada. 2ª ed. São Paulo: Atlas, 2007.
7.2 – COMPLEMENTAR
OLIVEIRA, Alexandre Martins Silva de; FARIA, Anderson de Oliveira; OLIVEIRA,
Luís Martins de; ALVES, Paulo Sávio Lopes da Gama. Contabilidade Internacional. São
Paulo: Atlas, 2008.
MÜLLER, Aderbal Nicolas; SCHERER, Luciano Márcio. Contabilidade Avançada e
Internacional . São Paulo: Saraiva, 2008.
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1. ASPECTOS INTRODUTÓRIOS
Com a natural evolução do mercado de capital e do ambiente corporativo empresarial em
nível mundial, juntamente com a globalização da economia e das finanças, foi necessário o
desenvolvimento de mecanismos para acompanhar essa evolução no âmbito da contabilidade e da
auditoria. (Oliveira, Faria, Oliveira e Alves, 2008)
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• Publicação, em 1494, do Tractatus de computis et scriptus, do Frei Luca Pacioli, que deu início
ao pensamento científico da contabilidade.
? Em 1886, criou-se nos Estados Unidos a Associação dos Contadores Públicos Certificados.
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Procedimentos Contábeis do AICPA publicou 51 boletins sobre pesquisas contábeis com o título
de Accouting Research Bulletins (ARB). A partir de 1959 tais tarefas passaram a ser executadas
pela APB – Accouting Principles Board – Junta de Princípios Contábeis – que emitiu mais 31
pronunciamentos até 1973.
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1931 a 1950 Surgimento da contabilidade de custos e dos primeiros relatórios da contabilidade
gerencial.
1951 a 1970 Aprimoramento da contabilidade de custos. Surgimento das técnicas e procedimentos
para as análises de custos, estatísticas de produção, custo-padrão, contabilidade
pública, contabilidade e planejamento tributário.
1971 a 1990 Aprimoramento da contabilidade gerencial, custeio por atividades, custo-padrão,
orçamento e planejamento estratégico. Primórdios da contabilidade social e ambiental.
Nesse período, a contabilidade já assume suas características como um sistema de
informações à disposição dos gestores para as tomadas de decisões, com o uso mais
intensivo da informática. São discutidas as primeiras tentativas da padronização dos
procedimentos contábeis em nível internacional.
1991 a 2000 Surgimento do balanced scoreard e disseminação da controladoria estratégica.
Surgem no Brasil as primeiras dissertações e teses sobre capital intelectual.
Globalização crescente da economia, dos investimentos internacionais e do uso de
instrumentos financeiros.
2001 Fortalecimento das práticas de governança corporativa e da tentativa para a
em diante harmonização dos padrões de contabilidade internacional.
Fonte: (Oliveira, Faria,Oliveira e Alves, 2008)
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• Em dezembro de 1976, com a Lei nº 6.404, conhecida como a Lei das Sociedades por Ações,
houve a normatização das práticas e relatórios contábeis, o que contribuiu muito para a
disciplina do mercado de capitais.
• Foi criada a Comissão de Valores Mobiliários (CVM), pela Lei nº 6.385/76, com a
responsabilidade de normatizar as práticas contábeis e trabalhos de auditoria das empresas de
capital aberto, além de exercer as funções de fiscalização, semelhante à Security Exchange
Commission norte-americana.
• Em 1985, o Banco Central do Brasil emitiu a Resolução nº 1007 – Normas Gerais de Auditoria -
com o auxílio do Instituto Brasileiro de Contadores (IBRACON) e do Conselho Federal de
Contabilidade (CFC), o que normatizou a auditoria e a contabilidade nas instituições financeiras
(Oliveira, Faria,Oliveira e Alves, 2008).
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• promover o uso e a aplicação dessas normas;
• promover a convergência entre as normas contábeis locais e as normas internacionais de
contabilidade. (Schmidt, Santos e Fernandes, 2007).
O IASC emitiu até dezembro de 2006 o total de 41 normas internacionais de contabilidade –
International Accouting Standards (IAS). Em outubro de 2007, 107 países usavam os padrões do
IAS.
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– façam recomendações ou aconselham o IASB. Esse conselho deve reunir -se, no mínimo, três
vezes ao ano, devendo ser consultados sobre todos os projetos e as suas assembléias públicas.
O SAC é composto de aproximadamente 30 membros, todos eles pertencentes a regiões
geográficas distintas, com especialização técnica que possibilite contribuir para a formulação de
normas contábeis. O Conselho Consultivo de Padrões tem por objetivos:
• recomendar as prioridades de trabalho do IASB;
• informar o IASB a respeito das implicações de normas propostas aos usuários e elaboradores das
demonstrações financeiras;
• fazer outras recomendações pertinentes ao IASB. (Schmidt,Santos e Fernandes, 2007).
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As trustees da fundação do IASC revisaram a sua constituição e criaram o IFRIC, que
funciona como sucessor do SIC, sendo responsável por interpretar a aplicação dos padrões do IASC
no contexto do seu referencial teórico. O IFRIC é composto de 12 membros designados pelas
trustees para um mandato de três anos. As trustees devem designar como presidente do IFRIC, um
membro do IASB (diretor de atividades técnicas ou um outro membro sênior, ou outro indivíduo
apropriadamente qualificado. (Schmidt,Santos e Fernandes, 2007).
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• proteger os titulares de valores mobiliários contra emissões irregulares e atos ilegais de
administradores e acionistas controladores de companhias ou de administradores de carteira de
valores mobiliários;
• evitar ou coibir modalidades de fraude ou manipulação destinadas a criar condições artificiais de
demanda, oferta ou preço de valores mobiliários negociados no mercado;
• assegurar o acesso do público a informações sobre valores mobiliários negociados e as
companhias que os tenham emitido;
• assegurar a observância de práticas comerciais eqüitativas no mercado de valores mobiliários;
• estimular a formação de poupança e sua aplicação em valores mobiliários;
• promover a expansão e o funcionamento eficiente e regular do mercado de ações e estimular as
aplicações permanentes em ações do capital social das companhias abertas.
A Lei também atribui à CVM competência para apurar, julgar e punir irregularidades
eventualmente cometidas no mercado. Diante de qualquer suspeita a CVM pode iniciar um inquérito
administrativo, através do qual, recolhe informações, toma depoimentos e reúne provas com vistas a
identificar claramente o responsável por práticas ilegais, oferecendo-lhe, a partir da acusação, amplo
direito de defesa. (www.cvm.gov.br/).
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• efetuar, como instrumento de política monetária, operações de compra e venda de títulos
públicos federais
• autorizar, normatizar, fiscalizar e intervir nas instituições financeiras
• controlar o fluxo de capitais estrangeiros, garantindo o correto funcionamento do mercado
cambial. (http://pt.wikipedia.org/wiki/Brasil_Central)
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característica de cuidar da classe dos auditores, porém como o nome IBRACON já estava
consolidado, tanto no meio profissional como nos setores público e empresarial, optou-se por
mantê-lo mudando a denominação para Instituto dos Auditores Independentes do Brasil, como
está atualmente, com abrangência de auditores, contadores e estudantes.
(http://www.ibracon.com.br/conheca/)
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Nos Estados Unidos da América, o formato e o conteúdo das demonstrações financeiras das
companhias aberta são reguladas pela SEC, que é a comissão de valores mobiliários norte-
americana, de forma similar à CVM brasileira, porém, muitas vezes tem delegado muitas das suas
responsabilidades ao FASB. (Schmidt,Santos e Fernandes, 2007).
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O AcSEC está autorizado a formular padrões de contabilidade, bem como representar o
AICPA em matéria de contabilidade, além de emitir auxílios técnicos em forma de respostas
publicadas às perguntas formuladas sobre os padrões de contabilidade e de auditoria.
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• Comitê de Educação: atua junto a países desenvolvidos e em desenvolvimento ou naqueles
cujas economias se encontrem em fase de transição para aperfeiçoamento da educação na área
contábil, por intermédio de programas ou estabelecimento de padrões ou guias de
recomendação;
• Comitê de Ética: Tem por finalidade estabelecer o Código de Ética para Contadores, em nível
global, que sirva de modelo para que órgãos profissionais de classe em cada país possam editar
seus códigos de ética;
• Comitê de Contadores Profissionais para o Gerenciamento dos Negócios: Tem por
finalidade orientar contadores em matéria de gerenciamento de atividades, tais como: Balanced
Scoread, orçamento, governança corporativa, finanças corporativas, gestão de custos, capital
intelectual, entre outros.
• Comitê de Setor Público: é responsável pela edição dos padrões contábeis internacionais do
setor público, incluindo aspectos de auditoria para os governos locais, regionais e nacional.
• Comitê de Auditores Transnacionais: dedicado a identificar problemas na prática de
auditoria, tais como controle de qualidade, práticas de auditoria, independência, treinamento e
desenvolvimento. (Niyama, 2008).
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com a participação de mais de 115 órgãos reguladores, semelhantes à nossa CVM e abrange a mais
de 85% do movimento global do mercado de capitais do mundo. Seus principais objetivos são:
• cooperar para a promoção de altos padrões de regulamentação do mercado de capitais, de modo
a refletir um mercado justo, eficiente e sadio;
• promover a troca de informações ou outras experiências para o desenvolvimento do mercado de
capitais “domésticos”;
• estabelecer padrões e efetivo monitoramento de transações internacionais, envolvendo títulos; e
• promover a integridade do mercado, mediante uma rigorosa aplicação de padrões regulatórios.
A CVM brasileira tem participado regularmente das reuniões periódicas realizadas pelas
IOSCO. (Niyama, 2008).
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2.5 EEC – European Economic Community - The European Union
A Comunidade Econômica Européia, atual União Européia, tem suas raízes na década de 50, após a
destruição parcial da Europa, provocada pelas duas guerras mundiais. Os países europeus sentiram a
necessidade de maior integração e fortalecimento, tanto no campo econômico como no campo
político, através de um bloco único, que pudesse amenizar suas dificuldades individuais e fazer
frente ao poderio econômico cada vez mais acentuado dos Estados Unidos da América. Ocorreram
dois tratados ou tentativas de integração:
• Tratado de Paris (1952) ou The European Coal and Steel Community, que veio a permitir livre
trânsito e fluxo de mão-de-obra e de capital entre as indústrias de carvão e aço da Bélgica,
Holanda, Luxemburgo, Itália, França e Alemanha;
• Tratado de Roma (1957), que foi assinado pelos mesmos 6 países, criando a Comunidade
Econômica Européia e é considerado o marco inicial do surgimento do atual bloco econômico,
conhecido hoje como União Européia. Nos anos seguintes outros países foram admitidos no
grupo: Dinamarca,Irlanda, Grã-Bretanha, Grécia, Portugal, Espanha, Suécia, Suíça, Finlândia,
Áustria). O Tratado de Roma proporcionou livre movimentação de mão-de-obra, capital, bens e
serviços entre os países-membros. Em dezembro/2004 foi aprovada a inclusão de mais 14
membros, inclusive alguns países da chamada cortina de ferro.
A tentativa de harmonização de princípios e práticas contábeis no âmbito da Comunidade
Econômica Européia e depois da União Européia foi implementada com a aprovação de diretivas
com características supranacionais, ou seja, cada país-membro fica obrigado a incluir na sua
legislação nacional os princípios básicos da Diretiva, que podem ser:
• Regras uniformes a serem implementadas sem alteração;
• Regras mínimas a serem cumpridas;
• Regras alternativas (um ou outro método) que possibilitem a livre escolha pelo país-membro.
A 4ª Diretiva em seu art.31 estabeleceu os princípios básicos a serem observados para registro e
reconhecimento de despesas e receitas:
a) a companhia deve estar apta a dar continuidade nos negócios;
b) os métodos de avaliação devem ser aplicados consistentemente de um exercício financeiro
para outro.
c) A avaliação deve ser feita sobre uma base prudente e específica;
d) Apenas lucros apurados no período de balanço devem ser nele incluídos;
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e) O registro de todo passivo previsível (resultante de perdas potenciais no curso do exercício
financeiro respectivo ou de exercício anterior) deve ser efetuado no período;
f) O registro da depreciação deve ser efetuado independentemente do resultado do exercício
financeiro ser lucro ou prejuízo;
g) O registro de receitas e despesas relacionadas com o exercício financeiro deve ser
independente da data do recebimento ou do pagamento dessas receitas ou despesas;
h) Os itens componentes do ativo e passivo devem ser avaliados separadamente; e
i) O balanço de abertura de cada exercício financeiro deve corresponder ao balanço de
encerramento do exercício financeiro precedente. (Niyama, 2008).
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internacionais no âmbito contábil, de auditoria e tributação e, normalmente, suas propostas, quando
aprovadas, são levadas a apreciação da União Européia.
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3. HARMONIZAÇÃO CONTÁBIL INTERNACIONAL
A contabilidade modifica-se de acordo com cada país e suas diferenças e similaridades com
relação às inúmeras normas, procedimentos e princípios acabam conflitando nas informações
contábeis de outros países.
As empresas multinacionais, ao conquistar novos mercados, influenciaram e foram
influenciadas pelas normas contáveis dos países que as recebiam e com a globalização cada vez
maior, tornou-se inevitável que ocorresse uma harmonização destas normas, bem como nos
princípios e procedimentos contábeis.
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• Substância prevalecendo sobre a forma: as transações e outros eventos devem ser contabilizados
e apresentados de acordo com a sua substância e realidade financeiras, e não meramente com sua
forma legal.
• Relevância (materialidade): as demonstrações financeiras devem divulgar todos os itens
suficientemente relevantes para afetar avaliações ou decisões. (Muller e Scherer, 2008)
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• Statement of Financial Accouting Standards (SFAS – Pronunciamento de Padrão em
Contabilidade Financeira ou FAS Statement): Apresentam normas e práticas específicas de
contabilidade que devem ser seguidas pelas empresas quando da elaboração de seus relatórios
financeiros.
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• SFAS 15 Contabilização de devedores e credores em processos de reestruturação de dívidas
problemáticas.
• SFAS 19 Contabilização e divulgação de relatórios financeiros pelas companhias petrolíferas e
de gás natural.
• SFAS 22 Mudanças nas provisões de contratos de arrendamento mercantil decorrentes de
reembolso de débitos e isenções de impostos.
• SFAS 23 Tratamento contábil específico em relação ao início do arrendamento
• SFAS 25 Suspensão de certos procedimentos contábeis para empresas petrolíferas e de gás.
• SFAS 27 Classificação contábil da renovação ou extensão de determinados tipos de contratos de
arrendamento mercantil.
• SFAS 28 Contabilização de contratos de arrendamento do tipo leaseback.
• SFAS 29 Determinação de aluguéis contingentes.
• SFAS 34 Capitalização das despesas financeiras como parte integrante do custo histórico de
ativos.
• SFAS 35 Contabilidade de a divulgação financeiras de fundos de pensão de benefícios definidos.
• SFAS 42 Questões acerca da materialidade da capitalização de despesas financeiras.
• SFAS 43 Contabilização de ausências compensadas.
• SFAS 44 Contabilização de ativos intangíveis por parte de empresas transportadoras.
• SFAS 45 Aborda a contabilização de receitas e taxas de franquias.
• SFAS 48 Reconhecimento de recitas quando da existência de direitos de retorno.
• SFAS 50 Divulgação de relatórios financeiros por parte da indústria de música.
• SFAS 51 Divulgação de relatórios financeiros por parte de companhias de televisão a cabo.
• SFAS 52 Conversão de Demonstrações contábeis em moeda estrangeira.
• SFAS 57 Divulgação de informações complementares em notas explicativas no tocante à partes
relacionadas.
• SFAS 58 Capitalização de despesas financeiras nas demonstrações financeiras que incluem
investimentos avaliados pela equivalência patrimonial
• SFAS 60 Contabilidade e divulgação financeiras de seguradoras
• SFAS 62 Capitalização de despesas financeiras em situações que envolvem empréstimos isentos
de impostos e determinadas doações.
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• SFAS 63 Divulgação financeira por parte de empresas de rádio e televisão
• SFAS 64 Liquidação de dívidas visando satisfazer requerimentos de fundos de amortização.
• SFAS 65 Contabilidade de determinadas atividades bancárias relacionadas a hipotecas
• SFAS 66 Contabilização de vendas de bens imóveis
• SFAS 67 Contabilização de custos e aluguéis operacionais iniciais de projetos imobiliários
• SFAS 68 Aspectos contábeis relacionados a acordos de pesquisa e desenvolvimento
• SFAS 69 Divulgação financeira em notas explicativas de companhias petrolíferas e de gás
• SFAS 71 Contabilização dos efeitos de determinados tipos de regulamentação
• SFAS 72 Contabilização da aquisição de determinadas instituições bancárias ou de parcimônia
• SFAS 73 Divulgação de mudanças de critérios contábil assoviado a estrutura de estradas de ferro
• SFAS 75 Postergação da data de vigência de certos requerimentos contábeis de fundos de
pensão patrocinados por governos estaduais e municipais
• SFAS 78 Classificação contábil de obrigações sujeitas a resgate pelo credor
• SFAS 84 Aspectos contábeis relacionados a conversões induzidas de dívidas conversíveis em
ações.
• SFAS 86 Aspectos contábeis relacionados à determinação dos custos de programas de
computador a serem vendidos, arrendados ou comercializados de outras formas.
• SFAS 87 Contabilização de planos de aposentadoria pelos empregadores
• SFAS 88 contabilização, por parte do empregador, da liquidação ou redução de planos de
aposentadoria definida.
• SFAS 89 Divulgação de informações financeiras ajustadas pela inflação
• SFAS 90 Contabilização de baixa contábil de fábricas em setores regulamentados
• SFAS 91 Contabilização de taxas não-reembolsáveis e custos associados com a obtenção de
empréstimos e custos diretos iniciais de arrendamentos mercantis.
• SFAS 92 Contabilização de plano de expansão de empresas de setores regulamentados
• SFAS 93 Contabilização de depreciação por parte de organizações sem fins lucrativos
• SFAS 94 Consolidação de subsidiárias com participação acionária majoritária
• SFAS 95 Demonstração do fluxo de caixa.
• SFAS 98 Aspectos relacionados à contabilidade de arrendamentos mercantis
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• SFAS 106 Contabilização, por parte de empregadores, de benefícios pós-aposentadoria que não
as próprias aposentadorias
• SFAS 107 Divulgação do fair value (valor justo) de instrumentos financeiros
• SFAS 109 Contabilização do Imposto de Renda
• SFAS 110 Divulgação dos contratos de investimento por parte de fundos de aposentadoria de
benefícios definidos
• SFAS 112 Contabilização, por parte dos empregadores, de benefícios pós-emprego de
empregados
• SFAS 113 Contabilização e Divulgação financeiras de contratos de resseguro de curto e longo
prazo.
• SFAS 114 Contabilização, por credores, da diminuição de valor de um empréstimo
• SFAS 115 Contabilização de determinados investimentos em títulos de dívida e ações.
• SFAS 116 Contabilização de contribuições recebidas e de contribuições ofertadas
• SFAS 117 Demonstrações financeiras que devem ser elaboradas por organizações sem fins
lucrativos
• SFAS 118 Reconhecimento de lucro e de aspectos de observância na contabilização, pelos
credores, da diminuição de valor de um ampréstimo
• SFAS 120 Contabilização e divulgação financeiras de certos tipos de contratos de participação
de longo prazo em companhias seguradorsa
• SFAS 123 Contabilização de planos de compensação baseados em ações
• SFAS 124 Contabilização de determinados investimentos mantidos por organizações sem fins
lucrativos
• SFAS 126 Exceções em relação às exigências de observância em notas explicativas de
determinados aspectos dos instrumentos financeiros de determinadas entidades fechadas
• SFAS 128 Cálculo e divulgação do lucro por ação
• SFAS 129 Divulgação de informações em relação à estrutura de capital
• SFAS 130 Divulgação do resultado abrangente
• SFAS 131 Divulgação em notas explicativas das informações por segmento
• SFAS 132 Divulgação em notas explicativas de fundos de pensão e outros benefícios pós-
aposentadoria
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• SFAS 133 Contabilização e divulgação em notas explicativas de instrumentos financeiros
derivativos e hedge
• SFAS 134 Contabilização de títulos hipotecários securitizados mantidos para a venda em
instituições bancárias que trabalham com hipotecas
• SFAS 136 Transferência de ativos para organizações sem fins lucrativos ou fundos de caridade
• SFAS 138 Contabilização de determinados instrumentos financeiros derivativos e hedge
• SFAS 140 Transferência e a realização de ativos financeiros e a liquidação (extinção) de
passivos
• SFAS 141 Aspectos contábeis e de divulgações financeiras em relação aos processos de
combinação (fusões e aquisições) de empresas.
• SFAS 142 Contabilização e divulgação financeira em notas explicativas do goodwill e de outros
ativos intangíveis
• SFAS 143 Contabilização das obrigações legais associadas à baixa de ativos, normalmente a
longo prazo
• SFAS 144 Contabilização do impairment (teste de recuperabilidade do valor) ou baixa
(descontinuidade) de ativos de longo prazo
• SFAS 146 Contabilização e divulgação dos custos associados com a saída ou descontinuidade de
atividades
• SFAS 147 Aspectos relacionados à aquisição de certas instituições financeiras
• SFAS 148 Contabilização de planos de compensação baseados em ação, especificamente de
transição e divulgação em notas explicativas
• SFAS 150 Contabilização de determinados instrumentos financeiros com características tanto de
capital social como de exigibilidades
• SFAS 152 Estabelece que a contabilização e a divulgação das transações referidas devem
observar o AICPA SOP 04-2
• SFAS 153 Introduz uma regra à mensuração com base no fair value nas trocas de ativos não-
monetários, que é o caso em que tais ativos não apresentam substância comercial, ou seja, que
não possuem potencial de alterar de forma significativa os fluxos de caixa da entidade
• SFAS 154 Modifica os critérios de divulgação de mudanças nos procedimentos contábeis e na
correção de erros
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• SFAS 156 Esclarece procedimentos contábeis a serem adotados em relação à realização de
ativos
• SFAS 157 Define fair value, estabelece procedimentos mensuração do fair value dentro do
escopo dos USGAAPs e expande as exigências de disclosure acerca da mensuração pelo fair
value
• SFAS 158 Estabelece critérios de reconhecimento e divulgação do deficit ou superavit das
provisões atuariais de plano de benefícios definidos
• SFAS 159 Estabelece que as entidades podem optar por mensurar os itens de que trata pelo fair
value. (Muller e Scherer, 2008).
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a) A escolha da taxa de câmbio a ser utilizada para fazer a conversão das demonstrações financeiras
para moeda estrangeira, as quais podem ser:
• taxa histórica: taxa de câmbio vigente na data da transação;
• taxa corrente: taxa de câmbio vigente na data de encerramento das demonstrações financeiras;
• taxa média: média aritmética ponderada das taxas de câmbio de um determinado período.
b) A definição da exposição cambial, ou seja, quais os ativos e os passivos que são ajustados para
mudanças na taxa de câmbio.
c) O tratamento dos ganhos e perdas de conversão.(Müller e Scherer, 2008)
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• Subsidiária estrangeira praticamente independente, operando principalmente no mercado
local.Nesse caso, a moeda local pode ser considerada moeda funcional,logo, o método de
câmbio de fechamento deve ser utilizado.
• Subsidiária muito integrada às operações da matriz, servindo como distribuidora de produtos e
serviços. Nesse caso, a moeda de relatório (ou seja, o dólar) deve ser considerada a moeda
funcional, portanto, o método temporal deve ser utilizado. (Müller e Scherer, 2008 , pg.138).
31
3.4.4.2 Método Temporal (temporal method)
Esse método deve ser utilizado quando a moeda local do país em que a subsidiária opera não
é considerada sua moeda funcional, o que faz com que esta seja a moeda de relatório (no caso, o
dólar, ou seja, a moeda da matriz). Também deve ser utilizado quando a economia do país for
considerada inflacionária (acima de 100% de inflação em 3 anos).
Os procedimentos de conversão são os seguintes:
• Itens monetários do Ativo e do Passivo (disponibilidades, contas a receber, contas a pagar,
empréstimos a pagar, fornecedores a pagar, etc.) são convertidos pela taxa de câmbio corrente,
nesse caso, a taxa de câmbio da data das demonstrações financeiras;
• Os itens não- monetários do Ativo e do Passivo (estoques, ativo permanente, adiantamento de
clientes, patrimônio líquido, etc) são convertidos pela taxa histórica, ou seja, da data de
ocorrência do evento. Em relação ao patrimônio líquido, os procedimentos que devem ser
adotados são os mesmos descritos no método de câmbio de fechamento.
• As receitas e despesas são convertidas pela taxa histórica ou pela taxa de câmbio média
ponderada do mês de ocorrência dos eventos. Observa-se que o custo das vendas deve
corresponder às quantias históricas em dólares baixadas dos estoques para resultado do
exercício.
• Os ganhos e perdas de conversão são lançados em uma conta de resultado, denominada
Ganhos/Perdas de Conversão (Translation Gain or Loss). (Müller e Scherer, 2008, pg. 140)
3.5 USGAAP
Embora consagrados mundialmente como princípios contábeis geralmente aceitos, a
expressão USGAAP quer dizer mais que isso, por incorporarem convenções, regras e procedimentos
necessários para definir práticas contábeis aceitas, não se limitando a serem guias de aplicações
genéricas, mas partindo para o detalhamento.
De acordo com o AICPA (Instituto Americano dos Contadores Públicos Certificados), em
ordem decrescente de importância, os USGAAP são os seguintes:
• Categoria A – Princípios Obrigatórios. São os princípios contábeis autorizados mais importantes
são promulgados pelos órgãos designados pela AICPA Council (Conselho do Instituto
Americano dos Contadores Públicos Certificados);
a) FASB Statements of Financial Accouting Standards – SFAS;
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b) FASB Interpretations – FASI;
c) APB Opinions; e
d) AICPA Accounting Research Bulletins – ARB
• Categoria B: quando um tratamento contábil de uma transação ou evento não for especificado
por um pronunciamento coberto pelas fontes autorizadas na Categoria A. São pontos de vista
que servem como orientação. Nesta categoria incluem-se os seguintes pronunciamentos:
a) FASB Technical Bulletins;
b) AICPA Industry Audit And Accouting Guides; e
c) AICPA Statement of Position..
• Categoria C: Também são pontos de vista e nesta categoria temos os seguintes pronunciamentos:
a) AICPA Bulletins – Accouting Standards Executive Committee Practices; e
b) Minutas conclusivas do FASB Emerging Issues Task Force.
• Categoria D: Pontos de vista com pronunciamentos pelo:
• AICPA – Accouting Interpretations and Implementatiom Guide.
33
3.6 Braziliangaap
De acordo com Muller e Scherer (2008, pg.1), “Os princípios contábeis geralmente aceitos
constituem um conjunto de fontes basilares que alicerçam a estrutura contábil básica”.
Muller e Scherer (2008, pg.1) afirmam que “Os Princípios Fundamentais de Contabilidade
constituem o campo conceitual em que a contabilidade se apóia para atingir seus objetivos”.
Os Princípios Fundamentais, segundo a RES nº 750/93, e em vigor no Brasil estão listados a
seguir:
1) Princípio da Entidade
2) Princípio da Continuidade
3) Princípio da Oportunidade
4) Princípio do Registro pelo Valor Original
5) Princípio da Atualização Monetária
6) Princípio da Competência
7) Princípio da Prudência.
34
“Art. 4º O Princípio da ENTIDADE reconhece o Patrimônio como objeto da Contabilidade e
afirma a autonomia patrimonial, a necessidade da diferenciação de um Patrimônio particular no
universo dos patrimônios existentes, independentemente de pertencer a uma pessoa, um conjunto de
pessoas, uma sociedade ou instituição de qualquer natureza ou finalidade, com ou sem fins
lucrativos. Por conseqüência, nesta acepção, o patrimônio não se confunde com aqueles dos seus
sócios ou proprietários, no caso de sociedade ou instituição.
Parágrafo único – O PATRIMÔNIO pertence à ENTIDADE, mas a recíproca não é verdadeira. A
soma ou agregação contábil de patrimônios autônomos não resulta em nova ENTIDADE, mas numa
unidade de natureza econômico-contábil”.. (www.cfc.org.br)
35
III – o registro deve ensejar o reconhecimento universal das variações ocorridas no patrimônio da
ENTIDADE, em um período de tempo determinado, base necessária para gerar informações úteis ao
processo decisório da gestão”. (www.cfc.org.br)
36
II – para que a avaliação do patrimônio possa manter os valores das transações originais (art. 7º), é
necessário atualizar sua expressão formal em moeda nacional, a fim de que permaneçam
substantivamente corretos os valores dos componentes patrimoniais e, por conseqüência, o do
patrimônio líquido;
III – a atualização monetária não representa nova avaliação, mas, tão-somente, o ajustamento dos
valores originais para determinada data, mediante a aplicação de indexadores, ou outros elementos
aptos a traduzir a variação do poder aquisitivo da moeda nacional em um dado período”.
(www.cfc.org.br)
37
III – pelo surgimento de um passivo, sem o correspondente ativo”. (www.cfc.org.br)
38
2.5 Das Contas de Compensação
2.6 Da Escrituração Contábil das Filiais
2.7 do Balancete
NBC T 3 – Conceito, Conteúdo, Estrutura e Nomenclatura das Demonstrações Contábeis
3.1 Das Disposições gerais
3.2 Do Balanço Patrimonial
3.3 Da Demonstração do Resultado
3.4 Da Demonstração de Lucros e Prejuízos Acumulados
3.5 Da Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido
3.6 Da Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos.
NBC T 4 – Da Avaliação Patrimonial
4.1 Disposições Gerais
4.2 Ativo
4.3 Passivo
NBC T 5 – Da Atualização Monetária
NBC T 6 – Da Divulgação das Demonstrações Contábeis
6.1 Da Forma de apresentação
6.2 Do Conteúdo das Notas Explicativas
6.3 Das Republicações
NBC T 7 - Efeitos das Mudanças nas Taxas de Câmbio e Conversão de Demonstrações Contábeis.
NBC T 8 – Das Demonstrações Contábeis Consolidadas
NCT T 9 – Da Fusão, Incorporação, Cisão, Transformação e Liquidação de Entidades
NBC T 10- Dos Aspectos Contábeis Específicos em entidades Diversas
10.1 Empreendimentos de Execução a Longo Prazo
10.2 Arrendamento Mercantil
10.3 Consórcios de Vendas
10.4 Fundações
10.5 Entidades Imobiliárias
10.6 Entidades Hoteleiras
10.7 Entidades Hospitalares
10.8 Entidades Cooperativas
39
10.9 Entidades Financeiras
10.10 Entidades de Seguro Comercial e Previdência Privada
10.11 Entidades Concessionárias do Serviço Público
10.12 Entidades Públicas da Administração Direta
10.13 Entidades Públicas da Administração Indireta
10.14 Entidades Agropecuárias
10.15 Entidades em Conta de Participação
10.16 Entidades que Recebem Subvenções, Contribuições, Auxílios e Doações
10.17 Entidades que Recebem Subsídios e Incentivos Fiscais
10.19 Entidades Sem Finalidades de Lucro
10.20 Consórcios de Empresas
10.21Entidades Cooperativas Operadoras de Planos de Assistência à Saúde
NBC T 11 – Normas de Auditoria Independente das Demonstrações Contábeis
NBC T 12 – Da Auditoria Interna
NBC T 13 – Da Perícia
NBC T 14 – Revisão Externa de Qualidade
NBC T 15 - Informações de Natureza Social e Ambiental
NBC T 16 – Normas Brasileiras De Contabilidade Aplicadas Ao Setor Público
NBC T 16.1 – CONCEITUAÇÃO, OBJETO E CAMPO DE APLICAÇÃO
NBC T 17 – Partes Relacionadas
NBCT 19 – Aspectos Contábeis Específicos
NBC T 19.1 – Imobilizado
NBC T 19.2 Tributos sobre Lucros
NBC T 19.4 Incentivos Fiscais, Subvenções, Contribuições, Auxílios e Doações
Governamentais
NBC T 19.5 Depreciação, Amortiza~/ap e Exaustão
NBC T 19.6 Reavaliação de Ativos
NBC T 19.7 Provisões, Passivos, Contingências Passivas e Contingências Ativas
NBC T 19.8 - Ativo Intangível.
NBC T 19.10 - Redução ao Valor Recuperável de Ativos.
NBC T 19.11 - Mudanças nas Práticas Contábeis, nas Estimativas e Correção de Erros
40
NBC T 19.12-Eventos Subseqüentes à Data das Demonstrações Contábeis
NBC T 19.13 - Escrituração Contábil Simplificada para Microempresa e Empresa de
Pequeno Porte.
NBC T 19.14 - Custos de Transação e Prêmios na Emissão de Títulos e Valores Mobiliários
NBC T 19.15 - Pagamento Baseado em Ações
NBC T 19.16 - Contratos de Seguro
NBC T 19.17 - Ajuste a Valor Presente
NBC T 19.18-Adoção Inicial da Lei 11.638/07 e MP 449/08
NBC T 19.19 - Instrumentos Financeiros: Reconhecimento, Mensuração e Evidenciação.
3.7 Internationalgaap
O IASB, International Accouting Standards Board, é o organismo responsável pela criação,
disseminação e utilização regulares de um padrão de normas internacionais, buscando a
convergência de normas entre os mais diversos países que integram sue quadro de membros.
As Normas Internacionais de Contabilidade têm ganhado proporções relevantes nas
discussões contábeis, levando inúmeros países a alterar seus padrões de contabilidade.
As Normas Internacionais de Contabilidade, as IAS, International Accouting Standards, com
a sua respectiva tradução e início de vigência, convergiram para as IFRS, International Financial
Reporting Standards. (Muller e Scherer, 2008).
41
• IAS 7 Demonstração das Mutações na Posição Financeira (1.1.79) - (fluxo de Caixa)
• IAS 8 Itens Comuns,Itens de Períodos Anteriores e Alterações nas Políticas Contábeis (1.1.79)
• IAS 10 Contingências e Eventos Ocorridos após a Data do Balanço
• IAS 11 Contabilização dos Contratos de Construção
• IAS 12 Contabilização do Imposto sobre a Renda
• IAS 16 Contabilização do Ativo Imobilizado
• IAS 17 Contabilização dos Arrendamentos
• IAS 18 Receitas
• IAS 19 Custos de Benefícios de Aposentadoria
• IAS 20 Contabilização das Subvenções Governamentais e Divulgação da Assistência
Governamental
• IAS 21 Os Efeitos das Mudanças em Taxas de Câmbio Estrangeiras
• IAS 22 Combinações de Negócios (substituída)
• IAS 23 Capitalização de Encargos Financeiros
• IAS 24 Divulgação de Partes Relacionadas
• IAS 25 Contabilização de Investimentos (ver IAS 40)
• IAS 26 Contabilização e Demonstração Financeira dos Planos de Benefício de Aposentadoria
• IAS 27 Demonstrações Financeiras Consolidadas e Contabilização de Investimentos em
Subsidiárias
• IAS 28 Contabilização de Investimentos em Associadas
• IAS 29 Demonstrações Financeiras em Economias Hiperinflacionárias
• IAS 30 Divulgações nas Demonstrações Financeiras de Bancos e Instituições Financeiras
Semelhantes (substituída)
• IAS 31Demonstrações Financeiras Referentes a Interesses em Joint Ventures
• IAS 32 Instrumentos Financeiros: Divulgações e Apresentação
• IAS 33 Lucros por Ação
• IAS 34 Relatórios Financeiros Provisórios
• IAS 35 Operações Descontinuadas (substituíd a e complementada)
• IAS 36 Descapitalização de Ativos
• IAS 37 Provisões, Obrigações de Contingências e Ativos de Contingêmcias
42
• IAS 38 Ativos Intangíveis
• IAS 39 Instrumentos Financeiros: Identificação e Mensuração
• IAS 40 Investimentos em Imóveis
• IAS 41 Agricultura .(Muller e Scherer, 2008)
técnicas do IASB, com o objetivo de melhorar a estrutura técnica e de validação dos novos
standards emitidos pelo IASB que passaram a receber a denominação de Internacional Financial
43
3.8 Europeangaap
Na Europa, as normas IAS e IFRS são adotadas desde 2005, apesar do Regulamento nº
1.606/2002 do Parlamento Europeu e do Conselho que trata da aplicação das normas internacionais
de contabilidade ter entrado em vigor em 14 de setembro de 2002. Foram em número de 65 as
grandes companhias européias que aderiram às normas internacionais de contabilidade, em um
primeiro momento. . (Muller e Scherer, 2008)
• A Grã-Bretanha tem uma profissão contábil altamente organizada, fruto da experiência e
tradição por ter sido o primeiro país a criar sua entidade profissional representativa da classe
contábil.: A Sociedade de Contadores de Edimburgo (Escócia) em 1854.
Os princípios contábeis nos padrões britânicos (SSAP) são os seguintes:
a) Continuidade da exploração
b) Comprometimento ou independência dos exercícios – as receitas e as despesas devem ser
reconhecidas no exercício em que se realizam as operações e não no exercício em que
ocorreu o pagamento ou recebimento;
c) Constância dos métodos – consistência;
d) Prudência;
e) Não-compensação – como regra geral, contas do ativo e passivo e de receitas e despesas não
poderão ser objeto de compensação;
f) Importância significativa – materialidade;
g) Custo histórico;
h) Intangibilidade do balanço – o balanço inicial deve corresponder ao de encerramento do
exercício anterior; e
i) Prevalência da realidade sobre a aparência – a essência econômica deve prevalecer sobre a
forma jurídica.
As companhias abertas estão sujeitas à obrigatoriedade de divulgar demonstrações financeiras e
notas explicativas: Balanço Patrimonial; Demonstração do Resultado do Exercício;
Demonstração do Fluxo de Caixa, Relatório da Diretoria e Relatório dos Auditores
Independentes.
44
Contábil Geral e fortemente legalista para empresas individuais que atuam, no mercado
doméstico; e um enfoque moderno, voltado para atendimento de usuários externos,
principalmente vinculados ao mercado de capitais para empresas multinacionais, que preparam
balanços sob a influência das regras internacionais e da globalização do mercado, denominado,
principalmente, pelos Estados Unidos da América.
O Código Comercial francês contempla os seguintes princípios:
a) continuidade dos negócios;
b) independência dos exercícios – reconhecer receitas e despesas em seus exercícios
competentes;
c) Custo histórico (porém a reavaliação é permitida na França, mas poucos a adotam, porque é
tributada);
d) Prudência;
e) Permanência dos métodos;
f) Não-compensação – contas do ativo e passivo, bem como receitas e despesas não podem ser
compensadas;
j) Intangibilidade do balanço – o balanço de abertura deve corresponder ao de encerramento do
exercício anterior; e
k) Prevalência da realidade sobre a aparência – é conhecido como essência versus forma
jurídica, aplicável somente em balanços consolidados.
Os relatórios anuais exigidos pelo Plano Geral de Contas incluem: Balanço Patrimonial;
Demonstração do Resultado do Exercício; Notas Explicativas e Fluxo de Caixa (não é
obrigatório, mas é recomendado pela Ordem dos Especialistas Contábeis.
• A contabilidade alemã, juntamente com a francesa, são exemplos clássicos do modelo da Europa
Continental, contrapondo-se ao modelo anglo-saxão. Os princípios contábeis alemães, previstos
no Código Comercial são os seguintes:
a) continuidade;
b) separação de exercícios por competência;
c) prudência;
d) permanência dos métodos ou consistência;
45
e) não-compensação – direitos e obrigações/receitas e despesas não podem ser balanceadas
umas com as outras;
f) importância significativa ou materialidade;
g) clareza ou transparência;
h) inteireza – as demonstrações devem refletir a situação da empresa contemplando todas as
transações de forma completa; e
i) substância sobre a forma – aparentemente só vale para a consolidação, já que o leasing
financeiro não pode ser capitalizado como ativo da arrendatária.
O Balanço Patrimonial e a Demonstração do Resultado do Exercício, complementados por Notas
Explicativas e Relatório da Diretoria, são as peças contábeis usualmente requeridas para
publicação anual das empresas alemãs.
• A Holanda é um país diferente, começando pelo lado geográfico, pois ocupa uma área do
tamanho do estado do Sergipe e possui uma população aproximada de 16 milhões de habitantes.
A Holanda surge como um país independente, desvinculada da influência anglo-saxônica e do
modelo da Europa continental, embora nos dias atuais, seja marcante a influência norte-
americana e da União Européia. Conforme o Código Civil holandês, os princípios contábeis
previstos para observância pelas empresas, tanto em nível de demonstrações consolidadas como
demonstrações individuais, são os seguintes:
a) realização;
b) prudência;
c) competência;
d) continuidade; e
e) avaliação individual (semelhante à entidade).
Os relatórios anuais compreendem Balanço Patrimonial, Demonstração do Resultado do
Exercício, Relatório da Diretoria e Notas Explicativas. O Código Civil exige a divulgação
específica das seguintes informações:
a) mutação do patrimônio líquido;
b) participação em outras empresas;
c) análise das vendas líquidas por classe de atividades e área geográfica;
d) relevantes compromissos financeiros de longo prazo;
46
e) informações sobre funcionários; e
f) remuneração e empréstimos ou adiantamentos para membros da Diretoria e Conselho de
Supervisão.
47
• regras mais rígidas de relacionamento entre empresas e seus auditores.
A SOX, além de ampliar prazos de reclusões para seus executivos envolvidos com fraudes,
estabelece que a certificação fraudulenta de relatórios contábeis e financeiros implica em multa de
até U$$ 5 milhões e/ou prisão de até 20 anos, dependendo da gravidade da falha. O Comitê de
Auditoria deve ser semelhante a um subcomitê do Conselho de Administração e nos Estados Unidos
se dedica:
• à averiguação dos controles internos da companhia;
• ao gerenciamento da implantação e observância dos padrões éticos e legais por toda a
organização;
• a revisão periódica de todo o seu sistema contábil;
ao acompanhamento dos trabalhos de Auditoria Interna e Externa. (Oliveira, Faria, Oliveira e
Alves, 2008).
48
4.3 Accountability
Accountability é um termo da língua inglesa, sem tradução exata para o português, que
remete à obrigação de membros de um órgão administrativo ou representativo de prestar contas a
instâncias controladoras ou a seus representados. Outro termo usado numa possível versão
portuguesa é responsabilização.
Accountability é um conceito da esfera ética com significados variados. Freqüentemente é
usado em circunstâncias que denotam responsabilidade social, imputabilidade, obrigações e
prestação de contas. Na administração, a accountability é considerada um aspecto central da
governança, tanto na esfera pública como na privada, como a controladoria ou contabilidade de
custos.
Na prática, a accountability é a situação em que "A reporta a B quando A é obrigado a
prestar contas a B de suas ações e decisões, passadas ou futuras, para justificá-las e, em caso de
eventual má-conduta, receber punições."
4.4 Disclosure
A evidenciação contábil é tão importante quanto o reconhecimento e a mensuração. A
evidenciação é a última etapa e é uma forma de comunicação com o usuário da informação contábil
(Iudicibus, 2000).
Embora a evidenciação se refira a todo o quadro das demonstrações contábeis, vários métodos de
realizar a evidenciação estão disponíveis:
• Forma e apresentação das demonstrações contábeis;
• Informação entre parênteses;
• Notas de rodapé (explicativas);
• Quadros e demonstrativos suplementares;
• Comentários do auditor; e
• Relatório da diretoria.
49
reconhecido como despesa durante o período. Prevê, como regra geral, o tratamento contábil de
reconhecer-se pesquisa como despesa quando incorridos e admite a capitalização dos gastos com
desenvolvimento se atendidas certas exigências. Nesse sentido, os gastos com desenvolvimento
que tenham sido incluídos como ativo devem ser objeto da seguinte evidenciação:
a) a vida útil ou a taxa de amortização adotada;
b) o método usado na amortização;
c) a importância bruta dos gastos com desenvolvimento capitalizados como ativo no início e no
final do período, bem como da respectiva conta retificadora de amortização acumulada;
d) onde foram incluídas as amortizações referentes aos gastos com desenvolvimento da
Demonstração do Resultado do Exercício, identificando a linha ou a conta;
f) movimentação no período (demonstrando saldo inicial e final) dos gastos com
desenvolvimento capitalizados.
50
i) um ano;
ii) entre um e até cinco anos;
iii) mais de cinco anos.
c) aluguéis contingentes reconhecidos como resultado do período;
d) o total dos pagamentos mínimos na forma de subarrendamento na data do encerramento do
Balanço;
e) uma descrição geral dos contratos de leasing, como:
i) como são determinados os alugueis contingentes;
ii) a existência e as condições para opções de renovação e compra, bem como cláusula de
reajustamento;
iii) cláusulas restritivas, tais como aquelas relacionadas a dividendos, dívidas adicionais,
entre outros,
Na arrendadora, as operações de leasing financeiro devem ser objeto da seguinte
evidenciação:
a) uma reconciliação entre o investimento bruto em leasing na data do Balanço e o valor
presente dos pagamentos mínimos de leasing a serem recebidos pela arrendadora, para cada um
dos seguintes períodos:
i) até um ano;
ii) entre um ano e até cinco anos;
iii) mais de cinco anos.
b) rendas financeiras a apropriar;
c) variações no valor residual não garantido que resultem em benefícios para a arrendadora;
d) o valor da provisão incidentes sobre os pagamentos mínimos de leasing a serem recebidos;
e) aluguéis contingentes reconhecidos no resultado do período;
f) descrição geral sobre os principais contratos de leasing celebrados pela arrendadora.
(Niyama, 2008, pg.128)
51
b) se o goodwil é amortizado em prazo superior a 20 anos, divulgar as razões do porquê está
sendo refutada a pressuposição de que a vida útil do goodwil não excederá esse prazo. Deve
também, com base nessas razões, descrever o (s) fator(es) que levou(aram) a companhia a adotar
ou determinar a vida útil do goodwil;
c) se o goodwil não é amortizado de forma linear, evidenciar o critério adotado e justificar
porque é mais adequado que o método linear;
d) a indicação da linha ou título contábil na Demonstração de Resultado, na qual está incluída a
amortização do goodwil;
e) a reconciliação com demonstração da movimentação ocorrida (saldo inicial e final) do valor
contabilizado como goodwil, incluindo a amortização, em especial quanto a adições, baixas,
perdas por impairment, entre outras. (Niyama, 2008, pg. 131)
• Avaliação de estoques pelo método UEPS ou LIFO: Ao adotar o UEPS, a companhia deve
evidenciar a diferença entre a importância do valor contabilizado como estoques no Balanço
Patrimonial e:
a) o menor valor entre o estoque avaliado pelo método PEPS ou a média e o valor realizável
líquido; ou
b) o menor valor entre o custo corrente na data do Balanço Patrimonial e o valor realizável
líquido. (Niyama, 2008, pg.133)
52
d) o valor agregado das diferenças temporais vinculadas aos investimentos em subsidiárias,
agências e companhias associadas, empreendimentos conjuntos, para os quais não foram
reconhecidos os respectivos passivos fiscais diferidos;
e) o valor do ativo fiscal diferido e a natureza das evidências que suportam o reconhecimento
contábil quando a utilização do ativo fiscal diferido é dependente de lucros tributáveis futuros
que excedem os lucros provenientes da reversão de diferenças temporais tributáveis e a empresa
tem um histórico de prejuízo no exercício corrente ou em exercícios anteriores na mesma
jurisdição fiscal em que o ativo fiscal diferido está vinculado. (Niyama, 2008, pg.133 )
• Encargos com planos de benefícios de aposentadoria para empregados : Uma entidade deve
evidenciar as seguintes informações sobre planos de benefícios definido:
a) a política contábil para reconhecimento dos ganhos e perdas atuariais;
b) uma descrição geral das características dos planos;
c) uma reconciliação de ativos e passivos reconhecidos no Balanço Patrimonial;
d) relativamente aos valores dos ativos do plano, avaliados pelo valor justo, destacar cada
categoria de instrumentos financeiros próprios da entidade que reporta e qualquer bem ou
propriedade ocupada pela entidade que reporta a outros ativos por ela urilizados;
e) a movimentação ocorrida durante o período no ativo (ou passivo) atuarial;
f) o total das despesas levadas a resultado;
g) o retorno real dos ativos, bem como o retorno real de quaisquer direitos por reembolso,
reconhecidos como ativo;
h) os principais pressupostos adotados para fins de elaboração das demonstrações contábeis.
(Niyama, 2008, pg.135 )
53
• Conversão de transações e demonstrações financeiras em moeda estrangeira: devem ser
objeto de evidenciação:
a) a importância das diferenças de conversão;
b) as diferenças líquidas de conversão classificadas como componente separado do Patrimônio
Líquido e a sua movimentação (saldo inicial/final) no período;
c) a importância das diferenças líquidas de conversão que são incluídas nos valores ajustados
(carrying amount) de ativos de acordo com tratamento alternativo permitido.
Quando uma entidade utiliza uma moeda diferente da moeda do país em que está domiciliada,
devem ser evidenciadas as razões pelas quais tal procedimento é adotado. Quando ocorre uma
mudança na classificação de uma operação estrangeira significativa, a entidade deve evidenciar:
a) a natureza da mudança na classificação;
b) as razões da mudança;
c) o impacto da mudança na classificação no Patrimônio Líquido; e
o impacto no lucro (ou prejuízo) líquido para cada período anterior apresentado em que tenha
ocorrido a mudança na classificação até o início do período mais recente. (Niyama, 2008, pg
144).
54
• Modelo Anglo-Saxão: composto pela Grã-Bretanha (incluindo Inglaterra, País de Gales, Irlanda
e Escócia), Austrália, Nova Zelândia,Estados Unidos da América, Canadá, Malásia, Índia,
África do Sul e Cingapura. As características predominantes são:
a) existência de uma profissão contábil forte e atuante;
b) sólido mercado de capitais, como fonte de captação de recursos; e
c) as demonstrações financeiras buscam atender,em primeiro lugar, os investidores.
• Modelo Continental: composto por países como França, Alemanha, Itália, Bélgica, países
comunistas, países da América do Sul, entre outros e as características predominantes são:
a) profissão contábil fraca e pouco atuante
b) forte influência governamental no estabelecimento de padrões contábeis, notadamente a de
natureza fiscal;
c) as demonstrações financeiras buscam atender primeiramente os credores e o Governo em vez
dos investidores; e
d) importância de bancos e outras instituições financeiras (inclusive governamentais) em vez de
recursos provenientes do mercado de capitais como fonte de captação pelas empresas.
5.2 Análise das Causas das Congruências e divergências da estrutura das demonstrações
contábeis.
Niyama, (2008), apresenta a classificação dos países em 10 grupos, adotando quatro
elementos de diferenciação, baseando-se em estudos realizados por outros autores:
a) estágio de desenvolvimento econômico;
b) complexidade empresarial;
c) economia planificada ou de mercado; e
d) credibilidade na legislação.
55
b) Austrália e Comunidade Britânica (Exceto Canadá): a legislação comercial segue uma linha
traçada pelo país-mãe. As atividades empresariais são altamente desenvolvidas, mas
usualmente tradicionais;
c) Alemanha-Japão: são países que tiveram crescimentos econômico fantástico após a 2ª
guerra mundial. Ambos sofreram influências externas (principalmente dos EUA).
Estabilidade da moeda e também nos campos social e político;
d) Europa Continental (Exceto Alemanha, Holanda e países escandinavos): há forte apoio
governamental na iniciativa privada. A propriedade privada e o lucro não são
necessariamente a base da orientação empresarial e econômica;
e) Países escandinavos: são países economicamente desenvolvidos com baixa taxa de
crescimento e de atividades empresariais. O governo tem controle sobre a legislação social.
Estabilidade no crescimento populacional e os países integrantes apresentam
comportamento bastante similar;
f) Israel- México: são países que alcançaram sucesso em termos de rápido crescimento
econômico com uma presença significativa do governo nas atividades empresariais;
g) América do Sul: são países de economia subdesenvolvida, com problemas na área social e
educacional. Atividade agrícola é predominante..A moeda é fraca e a população tende a ser
crescente;
h) África (exceto África do Sul): a maior parte dos países africanos se encontra ainda em
estágio pouco avançado de civilização. Pouca atividade empresarial predominante;
i) Nações desenvolvidas do Oriente Médio: conceitos modernos e ética dos negócios têm
origens no Ocidente e freqüentemente conflitam com cultura oriental. O desenvolvimento
mais rápido se verificou nos países neutros da OPEP; e
j) Países comunistas: são países de completo controle do governo central e, portanto,
classificáveis separadamente.
56
c) relacionamento entre Fisco e a Contabilidade;
d) a influência e o status da profissão contábil;
e) o nível de desenvolvimento da teoria da contabilidade;
f) acidentes de história (2ª guerra mundial, ocupação de países e sua influência)
g) linguagem (forma de comunicação, onde algumas línguas são comparativamente mais
conhecidas que outras);
h) o nível de inflação
i) qualidade na educação contábil;
j) religião;
k) geografia, entre outras.
57
nos 12 meses subseqüentes ao balanços e a entidade tem como postergar a sua liquidação por
mais 12 meses.
• Patrimônio Líquido: Segundo a IAS 1 os grupos do patrimônio líquido são os seguintes:
Participações Minoritária; Capital Social e reservas atribuídas para os acionistas( Reserva
legal,reserva estatutária e reserva de impostos) (Muller e Scherer, 2008, pg.86).
58
Outras Despesas (XXX) (XXX)
Custos Financeiros (XXX) (XXX)
Resultado de investimentos avaliados pelo método da equivalência patrimonial XXX XXX
Lucro antes dos impostos XXX XXX
Despesas com Imposto de Renda XXX XXX
Lucro do período XXX XXX
59
k) valores pagos ou reembolso de imposto de renda a menos que estes possam ser especificamente
identificados com atividades de financiamentos e investimentos;
l) valores recebidos e pagos por contratos possuídos com o propósito de realizar acordos ou
negociações. (Muller e Scherer, 2008, pg.95).
• Fluxos gerados pelas atividades de investimentos
a) pagamentos realizados para a aquisição de ativo imobilizado, intangível e outros ativos de
longo prazo. Incluem aqueles pagamentos relacionados com os custos de desenvolvimento e
construção de imobilizado para utilização própria;
b) valores recebidos de venda de ativos imobilizados, intangíveis e outros ativos de longo
prazo;
c) Pagamentos realizados para a aquisição de participações em outras entidades e juros em joint
ventures (outros pagamentos que são considerados instrumentos para serem equivalentes a
caixa e aqueles cuja posse é destinada ao propósito de ser negociado).
d) Valores recebidos de vendas de participações em outras entidades e juros em joint venture
(outros recebimentos que são considerados instrumentos para serem equivalentes a caixa e
aqueles cuja posse é destinada ao propósito d]de ser negociado).
e) Adiantamentos e empréstimos feitos por outras partes;
f) Recebimentos de contratos futuros, contratos feitos para outras partes;
g) Pagamentos de contratos futuros, contratos enviados, opções de contrato e contrato de swap,
exceto quanto o contrato é possuído com o propósito de ser trocado ou negociado, ou os
pagamentos são classificados como atividades de financiamento;
h) Recebimento de futuros, contratos enviados, opções de contrato e contrato de swap, exceto
quanto o contrato é possuído com o propósito de ser trocado ou negociado, ou os
pagamentos são classificados como atividades de financiamento. (Muller e Scherer, 2008,
pg. 96)
• Fluxos gerados por atividades de financiamentos:
a) montantes gerados da emissão de ações ou outros tipos de participação;
b) pagamentos para proprietários ou resgate de participações da entidade;
c) caixa procedente de emissões de debêntures, empréstimos, motas promissórias, títulos,
hipotecas e outros empréstimos de curto ou longo prazo.
d) Pagamento de montantes emprestados
60
e) Pagamentos de aluguel para redução de passivos relevantes relacionados a leasings
financeiros. (Muller e Scherer, 2008, pg.96)
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