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Direito
e
Justiça
Filosofia
–
10º
Ano
Como
devemos
viver
em
sociedade?
“A
Filosofia
política
distingue-‐se
de
outras
disciplinas,
como
a
ciência
política
e
a
sociologia.
Estas
disciplinas
estudam
o
modo
de
organização
social
e
política
das
sociedades
concretas.
O
objectivo
do
filósofo
político
é
saber
como
deve
qualquer
sociedade
organizar-‐se.
Por
exemplo,
enquanto
o
sociólogo
quer
saber
que
direitos
as
pessoas
efectivamente
possuem
numa
dada
sociedade,
o
filósofo
Direitos
e
Deveres
quer
antes
saber
que
direitos
as
pessoas
devem
ter,
seja
qual
for
a
sociedade.
Isto
significa
(...)
também
que
a
filosofia,
ao
contrário
de
disciplinas
empíricas
como
a
sociologia,
trata
de
problemas
relativos
à
organização
da
sociedade
em
geral
e
não
a
este
ou
àquele
país,
a
este
ou
àquele
contexto
histórico.
Contudo,
isso
não
implica
que
a
informação
empírica
facultada
por
essas
disciplinas
não
seja
importante
para
os
filósofos
políticos,
pois
saber
como
as
coisas
são
também
ajuda
a
perceber
o
que
é
ou
não
possível
e
o
que
é
ou
não
é
desejável.
A
filosofia
política
também
não
se
pode
confundir
com
a
política.
O
político
é
um
executor,
cuja
função
é
aplicar
medidas
concretas
que
visam
apenas
a
sociedade
a
que
pertence.
Contudo,
os
políticos
adoptam
muitas
vezes
princípios
gerais
inspirados
nas
ideias
dos
filósofos
políticos.”
ALMEIDA,
A.,
MURCHO,
D.,
(2006),
Textos
e
Problemas
de
Filosofia.
Lisboa:
Plátano
Editora,
p.82.
(Adaptado
por
Joana
Inês
Pontes)
______________________________________________________________________________________
“Pensa por momentos na tua própria sujeição política. Estás continuamente a ser sujeito
Regras;
a
regras
de
que
não
és
o
autor
–
designadas
por
leis
–
que
te
governam
não
apenas
a
ti,
mas
aos
Leis
outros,
que
impõem,
por
exemplo,
a
velocidade
a
que
deves
andar
na
auto-‐estrada,
o
comportamento
que
dever
ter
em
público,
que
tipo
de
acções
para
com
os
outros
são
permissíveis,
que
objectos
contam
como
“teus”
ou
“deles”,
e
assim
sucessivamente.
Estas
regras
são
impostas
por
determinadas
pessoas
que
seguem
as
directivas
daqueles
que
as
criaram
definindo
também
punições
para
o
caso
de
não
serem
cumpridas.
Sabes
ainda
que,
se
não
obedeceres
a
estas
regras,
é
bastante
provável
que
sofras
consequências
indesejáveis,
que
podem
ir
de
pequenas
multas
à
prisão
e
até
(em
certas
sociedades)
à
morte.
A
sensação
que
tens
quando
és
governado
é
a
de
que
não
és
subjugado
nem
coagido.
Se
não
aprovarmos
que
um
homem
aponte
uma
arma
à
tua
cabeça
e
que
exija
que
lhe
dês
o
teu
Poder
dinheiro,
então
por
que
havemos
de
aprovar
que
qualquer
grupo
ameace
recorrer
a
multas
ou
à
do
estado
prisão
ou
à
pena
de
morte
para
que
te
comportes
de
uma
certa
forma,
ou
para
que
lhes
dês
o
teu
dinheiro
(a
que
chamam
impostos)
ou
para
que
lutes
em
guerras
que
eles
provocaram?
Será
esta
sujeição
realmente
permissível?
De
um
ponto
de
vista
moral,
especialmente
porque
os
seres
humanos
precisam
de
liberdade
para
se
aperfeiçoarem?
HAMPTON,
Jean
(1996),
Political
Philosophy.
Oxford:
Westview,
p.3-‐6.
Professora
Joana
Inês
Pontes