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UM CORAÇÃO EM CHAMAS!

Rev. Eduardo Galasso Faria

Sabemos pouco de Calvino. Na verdade, o que conhecemos dele muitas vezes


depende de imagens desfiguradas ou rótulos depreciativos: ora se fala do ditador de
Genebra, ora daquele que teria levado Serveto à fogueira, ora de sua difícil doutrina da
predestinação...
O que falta quase sempre é saber que por trás de um homem com muitos defeitos
sim, havia um dedicado servo de Jesus Cristo, cuja espiritualidade ainda hoje marca
aqueles que o conhecem – mas não o idolatram!
João Calvino (1509–1564) nasceu na França mas viveu grande parte de sua vida
na cidade de Genebra. Aí ele foi acolhido como professor de Bíblia, pregador e pastor.
Encaminhado a princípio para o sacerdócio, depois para a advocacia, buscou seu
próprio caminho como escritor inspirado no Humanismo de seu tempo.
Até então, a Europa vivia sob as sombras de uma religiosidade estéril e
supersticiosa, e o povo praticamente desconhecia a verdade viva e libertadora do
Evangelho. Foi a leitura dos escritos proibidos de Lutero e o testemunho dos mártires da
nova fé, queimados na fogueira na França, que levaram este francês franzino e tímido a
encontrar a nova verdade, que tanto ameaçava o clero e os poderosos de seu tempo.
A luta de Calvino consigo mesmo foi intensa. Resistiu o quanto pôde. Deus teve
de dobrar este homem que, passou a ser perseguido (cassado) e exilado. Embora pouco
afirmativo a respeito de si mesmo, deixou claro seu testemunho sobre este momento de
sua vida, por volta dos 24 anos: “Deus, por um ato súbito de conversão, subjugou minha
mente.... Tendo conhecimento da verdadeira piedade, imediatamente me senti
inflamado...” .
Os sonhos de se tornar um intelectual humanista foram se esfriando: “embora
não tivesse abandonado totalmente os outros estudos, me ocupei deles com menos
ardor.” Servo obediente ao Senhor Jesus, percebeu que esta verdade só estaria clara
através de uma prática (práxis) de vida cristã verdadeira.
Agora não havia mais tempo a perder! As crianças e os jovens desconheciam
Jesus Cristo e as Escrituras? Preparou-lhes um claro e instrutivo Catecismo. A cidade
tinha outras necessidades que precisavam ser atendidas. Faltava moradia para os
refugiados que chegavam de toda parte? Casas eram erguidas, escolas construídas.
Faltava emprego? Uma indústria têxtil foi inaugurada. Os professores reclamavam dos
baixos salários? A Igreja precisava estar do lado deles. Os banqueiros abusavam dos
juros, os ricos só pensavam em si? Do púlpito, ele lembrava que os pobres eram a
oportunidade para testemunhar o amor de Deus para com todos. Os velhos não podiam
se locomover até o Hospital? Então deveriam ser atendidos em suas casas, pelos
médicos contratados pelo Conselho da cidade.
Algo mais? Sim. Por que não um lema que expressasse a essência dessa vida
frutífera? E ele foi adotado: Ofereço-te meu coração, Senhor, pronta e sinceramente.

Revista Visão, 1ª. IPI de São Paulo, dezembro 2008


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