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scolhas e Poder Pessoal

por Mirtes Carneiro - mirtes@ajato.com.br

"O ser humano não é completamente condicionado e definido. Ele define a si


próprio seja cedendo às circunstâncias, seja se insurgindo diante delas.Em outras
palavras, o ser humano é, essencialmente, dotado do livre arbítrio. Ele não existe
simplesmente, mas sempre decide como será sua existência, o que ele se tornará
no momento seguinte". Viktor Frankl

Cada um de nós reage de forma única e particular aos acontecimentos da vida.


Escolhemos, consciente ou inconscientemente nossa reação frente às experiências
pelas quais passamos. Fatalmente, teremos que fazer escolhas ao longo de nossa
existência. Sim, é certo que algumas ou mesmo muitas vezes, somos forçados por
alguém ou pelas circunstâncias, a agir desta ou daquela maneira, mas isto não nos
tira, absolutamente, o poder de escolha. Esta escolha diz respeito à forma como eu
escolho lidar com a situação, intimamente.
O doutor Viktor Frankl, psiquiatra, esteve no campo de concentração na segunda
guerra mundial.
Sabemos que naqueles campos, os seres humanos eram tratados de forma
totalmente desumana, sendo submetidos à fome, humilhação, medo. Enquanto
esteve lá, ele observava as pessoas e percebeu que algumas lutavam para
sobreviver e outras não. Ali, ele pôde perceber a capacidade do ser humano de
"escolher a atitude pessoal que se assume diante de determinado conjunto de
circunstâncias".

A diferença entre as pessoas que sobreviviam e as outras era que as primeiras


possuíam um brilho especial no olhar. Este brilho no olhar é a exteriorização da
atitude mental, ou da representação interna daquela pessoa, do seu estado interno.
Diz o Dr. Frankl: "Em última análise, torna-se claro que o tipo de pessoa em que o
prisioneiro se transformava era o resultado de uma decisão interior, e não o
resultado só das influências do campo de concentração. Portanto,
fundamentalmente, qualquer ser humano, mesmo sob tais circunstâncias, pode
decidir o que vai ser dele - mentalmente e espiritualmente".
Esta passagem tão marcante e aterradora da história da humanidade, um momento
de extremo sofrimento para muitos seres humanos, foi estudado pelo Dr. Frankl e
através deste trabalho, podemos concluir que cada um de nós, escolhe, de alguma
forma, consciente ou inconscientemente, como vai reagir ao que lhe acontece.
A noção de escolha nasce da percepção e reconhecimento de nossos desejos. Por
exemplo, se é fim de semana, está fazendo um lindo dia de sol e eu preciso
trabalhar, posso desejar estar em uma praia, brisa fresca, bebida gelada, gente
bonita, companhia agradável... ok. Se tenho consciência de meu desejo, olho para
ele, analiso e decido de forma consciente ir trabalhar, será pouco provável que eu
culpe meu chefe por este dia de trabalho.
Ao contrário, se eu não estiver com a consciência da minha escolha, vai parecer
que eu não realizo meus desejos por causa de outrem, e isto significa que é este
outro que está com o poder sobre os meus desejos.

Posso ilustrar isto com um trecho do livro de John Powell, S.J, onde ele cita uma
passagem onde o colunista Sydney Harris conta uma estória em que acompanhava
um amigo à banca de jornais. O amigo cumprimentou o jornaleiro amavelmente,
mas como retorno recebeu um tratamento rude e grosseiro. Pegando o jornal que
foi atirado em sua direção, o amigo de Harris sorriu polidamente e desejou um bom
fim de semana ao jornaleiro.

Quando os dois amigos desciam pela rua, o colunista perguntou:

- Ele sempre te trata com tanta grosseria?


- Sim, infelizmente é sempre assim...
- E você é sempre tão polido e amigável com ele?
- Sim, sou.
- Por que você é tão educado, já que ele é tão inamistoso com você?
- Porque não quero que ele decida como eu devo agir.

É disto que estamos falando, de decidir o que queremos e fazer aquilo que
desejamos, isso é possível, sempre. Assim, ficamos menos sujeitos a uma postura
de vítimas perante a vida e as pessoas.
Todo comportamento começa com um pensamento. Eu posso escolher,
conscientemente, os meus pensamentos, portanto, posso escolher as minhas
atitudes e comportamentos.
Posso, por exemplo, escolher em que quero prestar atenção, cada manhã, quando
eu acordo.
Se ao acordar, percebo que está chovendo, que tipos de pensamentos acorrem à
minha mente?
Hoje vai ser um dia difícil? Gostaria de poder ficar mais na cama e não posso, por
isso, estou muito infeliz?
Estávamos mesmo precisando de chuva, que bom!? Esta chuva vai ajudar a encher
os rios?
O que mais? Justo hoje que tenho que sair está chovendo? Estão me castigando?
Da mesma forma, quando acordo e o sol está brilhando, o que eu penso?
Sempre, invariavelmente, podemos escolher a qualidade de nossos pensamentos.
Se não páro, conscientemente para perceber meus pensamentos, como é que eu
posso escolher o que penso?

Para podermos mudar algo, é necessário, primeiramente, perceber o que


aconteceria se você fizesse diferente.
Imagine como seria? O que o impediu de fazer diferente? O ambiente lá fora, o
outro, os seus medos, a chuva, sua mãe, seu filho...

De alguma forma, você escolheu fazer de certo jeito, que com certeza foi sua
melhor escolha naquele momento.
É importante perceber que escolhemos sempre, mesmo quando decidimos não
fazer nada a respeito de algo, estamos escolhendo. Se eu escolho não escolher
nada, ainda assim é uma escolha.
Quem assume suas escolhas assume o seu poder pessoal; assumir o Poder Pessoal
significa assumir responsabilidade por sua vida, suas escolhas, suas atitudes...
"Liberdade significa responsabilidade. Esse é o motivo pelo qual muita gente a
teme".

Estas palavras de George Bernard Shaw ilustram muito bem porque, muitas vezes,
torna-se mais fácil e confortável atribuir ao outro ou às circunstâncias a
responsabilidade pelos nossos medos, fraquezas, dúvidas, atitudes e
comportamentos...
"Não importa o que fizeram de mim. O que importa é o que eu faço com o que
fizeram de mim". Jean Paul Sartre, com esta frase, parece que nos chama a assumir
nossas escolhas trazendo o poder para nós.
Acredito que estamos sempre escolhendo e destas escolhas surgem os resultados.
Ao olhar para os resultados, se eles não o agradarem, faça diferente. Existe um
pressuposto da PNL que diz: se o que você está fazendo não está funcionando, faça
outra coisa. Faça qualquer coisa diferente.
Quando você estiver se sentindo injustiçado, quando a carga e os problemas
parecerem pesados demais, ao invés de perguntar por que está acontecendo com
você, volte-se para dentro de você, ali, no recôndito de seu ser, onde se encontra a
sua força, o seu poder pessoal e pergunte-se o que você pode fazer em relação
àquela situação, o que você tem a aprender, como tirar proveito do que lhe
acontece. Repare que assim você estará criando o hábito de entrar em contato com
seu poder pessoal, escolhendo como reagir aos fatos. Lembre-se, nós fazemos
sempre o melhor que podemos.
Seja mestre de sua própria vida!
Artigo baseado em capítulo do livro Você nasceu para Vencer, de autoria de Mirtes
Carneiro.

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